Economia Doméstica

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    Desconstruindo o discurso sobre a velhice: revelando o idoso como cuidador
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-13) Gomes, Ivani Soleira; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; Pinto, Neide Maria de Almeida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701521A0; http://lattes.cnpq.br/1174073723312072; Pereira, Eveline Torres; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797481T0; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1
    O envelhecimento populacional tem-se apresentado como fenômeno mundial, registrando-se maior crescimento do número de idosos em comparação com as demais faixas etárias. No Brasil e nos demais países em desenvolvimento, esse fenômeno vem acontecendo de forma mais acelerada que nos países desenvolvidos. Observa-se, no entanto, que o aumento quantitativo de idosos vem ocorrendo no mesmo momento em que a família também experimenta transformações estruturais. O aumento da população idosa coloca novos desafios para a instituição família, uma vez que é vista como fonte de apoio informal, seja pela corresidência, seja pela cessão de bens e recursos financeiros. No entanto, verifica-se que alterações econômicas, sociais e culturais na família têm colocado o idoso como possibilidade de apoio aos descendentes, de forma temporária ou perene. Diante disso, procurou-se responder às seguintes questões: (1) Qual papel os idosos cumprem, atualmente, em relação à reprodução social das famílias? (2) Qual papel a família atribui-se a si, em relação aos seus idosos? (3) Como o envelhecimento interfere na dinâmica e organização do grupo? (4) Qual a percepção do grupo familiar sobre a institucionalização? Desse modo, este estudo teve como principal objetivo analisar o papel do idoso no grupo familiar e como o envelhecimento interfere na dinâmica e organização dos grupos familiares que têm em sua composição um idoso. Buscou-se, ainda, analisar a percepção que o idoso tem da institucionalização. Trata-se de estudo qualitativo de natureza descritiva, de corte transversal. Utilizaram-se como instrumentos de coleta de dados a análise documental, questionário e entrevista semiestruturada. A pesquisa foi realizada com 36 familias com presença de idosos, residentes no Bairro Santo Antônio, da cidade de Viçosa, MG. Os dados obtidos a partir do questionário foram analisados estatisticamente, utilizando-se o programa Microsoft Office Excel 2007, enquanto nas entrevistas foi empregada a análise das falas. Verificou-se que os idosos estudados são, em sua maioria, do sexo feminino, com médias de idade que os caracterizaram como idosos jovens , proprietários de suas moradias, portadores de doenças crônicas, com baixa escolaridade e com renda per capita que os colocaram acima da situação de pobreza. Verificou-se, ainda, que a renda do idoso constituía item importante na composição do orçamento doméstico familiar e essa renda é oriunda da previdência ou assistência social, via aposentadoria, pensão ou beneficio social. O envelhecimento foi percebido a partir de três temas específicos: mudanças fisiológicas e psicológicas, aspectos sociais e idade cronológica. Constatou-se a existência de uma rede de apoio informal dos idosos para o grupo familiar, evidenciada na corresidência, cuidado com as crianças, ajuda nas atividades da vida diária e nas atividades instrumentais externas. Nas famílias pesquisadas, o idoso era o principal provedor e a figura de autoridade no seu grupo familiar. As mudanças admitidas na dinâmica e organização familiar, em função do envelhecimento, referem-se ao trabalho e à disponibilidade e utilização do tempo livre. Foi verificado que os idosos rejeitam a ideia de serem institucionalizados, havendo expectativa de que eles venham a ser cuidados pelos familiares. Finalmente, constatou-se que, entre as famílias estudadas, não foi possível estabelecer associação clara entre dependência e envelhecimento. Ao contrário disso, o idoso cumpre papel importante na reprodução social do grupo familiar.