Economia Doméstica

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    A integralidade do cuidado em saúde sexual e reprodutiva: um estudo de caso sobre profissionais do Programa de Saúde da Família de Córrego Fundo- MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-04-15) Alves, Aline Rodrigues; Barletto, Marisa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763744U6; Bevilacqua, Paula Dias; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727999P6; Lopes, Maria de Fátima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793922P1; http://lattes.cnpq.br/1269588124174787; Gediel, Ana Luisa Borba; http://lattes.cnpq.br/4847726396513108
    Esta pesquisa é de natureza qualitativa e objetivou, através de um estudo de caso, analisar as noções e práticas de profissionais do Programa de Saúde da Família PSF a respeito da saúde sexual e reprodutiva, evidenciando em que medida tais noções e práticas se aproximam ou se distanciam do princípio da integralidade do cuidado. Parte-se do ponto de que, embora as políticas públicas preconizem que o atendimento de saúde deva ser feito de forma integral e contemple o indivíduo como um ser holístico, esta prática ainda é um desafio a ser alcançado pelos profissionais de saúde. Os dados da pesquisa foram construídos através de fontes primárias, quais sejam: entrevistas, observação direta e conversas com os profissionais da saúde, além de fontes secundárias: dados do Sistema de Informação da Atenção Básica SIAB, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE e documentos do Ministério da Saúde, que abordavam o Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher PAISM; o Sistema Único de Saúde SUS; e o PSF. A pesquisa empírica foi realizada no Município de Córrego Fundo, MG, que tem 5.821 habitantes, entre os meses de agosto e outubro de 2010. Os dados foram analisados à luz das categorias sexo, sexualidade, corpo e gênero e revelaram que, apesar de as políticas de saúde da mulher e também de saúde da família terem incorporado em seus documentos legais a perspectiva de gênero, o foco principal da atenção à saúde sexual e reprodutiva, nos PSFs pesquisados, está na figura da mulher, o que caracteriza uma situação de exclusão dos homens. Identificou-se que, em se tratando das ações de saúde nos campos sexual e reprodutivo, a equipe multiprofissional reconhece que a integralidade inexiste nas práticas de saúde por ela realizada e que a efetivação desse princípio está longe de ser alcançada. Entre as dificuldades mencionadas para a efetivação da integralidade do cuidado nas práticas de saúde, destacam-se: a falta de tempo hábil para uma abordagem mais ampla sobre as condições de saúde dos indivíduos, devido à burocracia no preenchimento de planilhas e à cobrança por produtividade; a sobrecarga de trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde ACSs; a falta de comprometimento da equipe para resolver os problemas de saúde da população; a não compreensão, por parte dos usuários, sobre a proposta preventiva do PSF; as práticas de saúde voltadas para o curativismo; e a falta de capacitação profissional. Em se tratando da saúde sexual e reprodutiva, as entrevistadas relataram que as principais dificuldades para desenvolver ações nesse campo ocorrem devido à vergonha, ao silêncio das mulheres, à fragilidade do vínculo profissional e também à falta de capacitação profissional para trabalhar essas questões. A partir dos resultados, ressalta-se a urgente necessidade de capacitação e treinamento para as profissionais de saúde envolvidas no processo de cuidar, principalmente para as ACSs. Acredita-se que a proposta de um programa de Educação Permanente possa, de fato, auxiliar as equipes de saúde da família estudadas a compreender e organizar melhor o processo de cuidado, visando à maior resolutividade das ações de saúde, integração profissional e, consequentemente, integração das ações de saúde.