Ciência Florestal

URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/171

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 2 de 2
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Inventário e neutralização de emissões de gases de efeito estufa: avaliação e desenvolvimento de software de cálculo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-19) Alves, Eliana Boaventura Bernardes Moura; Jacovine, Laércio Antônio Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/6625018021862595
    Em virtude da observância de impactos ambientais, econômicos e sociais gerados ou previstos para ocorrer em função das mudanças climáticas, o Brasil possui papel de destaque em relação às ações, voluntárias ou não, nos âmbitos individual e coletivo, privado e governamental. No entanto, juntamente com a ascensão de iniciativas que possibilitem a quantificação das fontes emissoras e de remoção de Gases de Efeito Estufa (GEE), cresce também a preocupação com a confiabilidade dos dados e metodologias disponibilizadas. Dentre as intercorrências presentes nos mecanismos e ferramentas de cálculo já existentes, enfatiza-se inadequações metodológicas em geral, como a falta de atualização frequente dos fatores de conversão e a não adaptabilidade das variáveis e dos parâmetros à realidade do Brasil, o que justifica a relevância do presente trabalho. Assim, objetivou-se com o estudo avaliar iniciativas de realização de inventário e neutralização de emissões de GEE e desenvolver um software integrado de cálculo. Independente da inciativa, uma ação básica no processo decisório de gestão das emissões é a realização do inventário de GEE. A nível organizacional, um exemplo são os inventários corporativos de GEE disponibilizados pelo Programa Brasileiro GHG Protocol e, em âmbito individual, as calculadoras online de carbono. No intuito de avaliar as inconsistências que podem ser apresentadas em iniciativas de cálculo de emissões e compensação, além da crescente demanda por ferramentas que forneçam estimativas de maneira prática e consistente, a tese foi composta por três capítulos específicos. No primeiro capítulo objetivou-se avaliar os inventários publicados no registro público de emissões do Programa Brasileiro GHG Protocol entre 2012 e 2016. Diante das análises, observou- se que organizações de diferentes portes publicam seus inventários no Programa e uma maior contribuição dos setores de Indústrias extrativas e de transformação tanto no montante das emissões absolutas quantificadas, como também no valor total removido. Constatou-se também que os setores associados à prestação de serviços, apesar de possuírem a maior participação no PIB brasileiro, apresentam a menor contribuição em termos de emissões absolutas. Em geral, foi observado que as organizações estão mais comprometidas com a credibilidade de seus inventários, porém, ainda sim faz-se necessária uma reavaliação do Programa no sentido da não obrigatoriedade de relato de alguns itens do inventário e suscitar uma maior padronização dos indicadores das emissões relativas. O foco do segundo capítulo foi avaliar as calculadoras individuais de carbono disponibilizadas em websites do Brasil. A partir de uma análise qualitativa e quantitativa dessas ferramentas, verificou-se uma ampla variabilidade nos dados de entrada, nos fatores de conversão e, consequentemente, nos resultados gerados. Observou-se também que os plantios de neutralização são a alternativa de compensação mais adotada, mesmo custando mais ao usuário. Por fim, a complexidade da interface gráfica de ferramentas deste tipo, associado ao déficit de parâmetros relevantes para cálculo das estimativas e à crescente demanda por ferramentas que podem ser aplicadas a distintas atividades, justificam o desenvolvimento de um novo sistema. Diante disso, a proposta com o último capítulo foi desenvolver um software integrado para inventário de emissões de GEE e neutralização de carbono em três níveis de cálculo: individual, eventos e propriedade rural. Assim, foi desenvolvido o software CZ 1.0 que apresenta distintos diferenciais e amplas possibilidades de aplicações frente a outras ferramentas já existentes. A oportunidade de utilização dos sistemas por usuários com diferentes níveis de conhecimento sobre os dados a serem fornecidos e a interface que facilita a comunicação entre o usuário e o software, podem contribuir para o aprimoramento de ações já realizadas e o balizamento de novas iniciativas. Em geral, concluiu-se que a confiabilidade dos dados e das metodologias disponibilizadas reforçam o empenho que deve ser tomado diante de iniciativas em relação às ações que promovam o inventário e a neutralização de emissões de GEE e quanto ao desenvolvimento de novas ferramentas. As inconsistências verificadas nos inventários e nas ferramentas de cálculo podem afetar a credibilidade dessas iniciativas. Em virtude da contribuição de medidas com potencial de mitigação das mudanças climáticas, como o GHG Protocol e as calculadoras de carbono, o aprimoramento dos métodos oportuniza a adoção de ações mais focadas e uma melhor gestão das emissões de GEE. A manutenção de práticas como essas, assim como a difusão de novos mecanismos, devem ser fundamentados em métodos e diretrizes que favoreçam a minimização de erros e incertezas. Melhorias na consistência e clareza dessas iniciativas propiciam benefícios ainda maiores e possibilitam análises ainda mais aprofundadas, o que favorece o empenho de indivíduos e organizações diante dos esforços para minimização dos problemas associados às alterações no clima.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Mudanças climáticas: percepção do produtor, balanço de carbono em propriedades rurais e neutralização de evento da Universidade Federal de Viçosa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-07-18) Alves, Eliana Boaventura Bernardes Moura; Jacovine, Laércio Antônio Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/6625018021862595
    De forma a auxiliar o Brasil quanto à redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), é necessário empenho conjunto de diversos setores da sociedade. O poder público, as empresas e as pessoas físicas, por meio de suas atividades nas zonas rural e urbana, devem estar cientes da problemática relacionada às mudanças no clima e precisam estar envolvidos com alternativas que permitam a mitigação das emissões desses gases. Dessa maneira, há crescente demanda por serviços de quantificação das emissões de GEE e, consequentemente, a compensação dessas emissões, justificando a realização de estudos que abordem o balanço de GEE relacionados às várias atividades desenvolvidas no país. Assim, objetivou-se com esse estudo verificar a percepção dos produtores rurais com relação às causas e consequências das mudanças climáticas e quantificar as emissões e remoções de gases de efeito estufa no âmbito das propriedades rurais e da organização de um evento da Universidade Federal de Viçosa (UFV). A fim de atender a esse objetivo geral, o trabalho foi dividido em três capítulos. No Capítulo 1, objetivou-se avaliar a percepção dos produtores rurais acerca das alterações climáticas, bem como a respeito das causas e consequências dessas alterações relacionadas à sua produção agropecuária. No xiCapítulo 2, o objetivo foi analisar o perfil das emissões e remoções de gases de efeito estufa em propriedades rurais dos participantes da 84a Semana do Fazendeiro. E, por fim, no Capítulo 3, objetivou-se realizar o inventário de gases de efeito estufa da 84a Semana do Fazendeiro, o cálculo da compensação das emissões por meio do plantio de árvores e a identificação de medidas de redução dessas emissões. O trabalho foi desenvolvido com base no Projeto Carbono Zero, iniciativa da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura em parceria com o Departamento de Engenharia Florestal, ambos da UFV. De modo geral, verificou-se que a maioria dos produtores rurais percebia a existência de mudanças no clima, porém ainda há grande desconhecimento deles acerca da relação entre as atividades desenvolvidas em suas propriedades e a contribuição delas para as mudanças climáticas. Observou-se que a maior parte das propriedades rurais tem balanço positivo de carbono, ou seja, a remoção de carbono é superior à sua emissão. Verificou-se, também, que a criação de animais é a principal fonte de emissões de GEE nas propriedades rurais e as florestas de produção são responsáveis pela principal fonte de remoção. No que se refere ao inventário de GEE da 84a Semana do Fazendeiro, identificou-se que os setores que envolvem o consumo de combustíveis fósseis são aqueles que mais contribuem para a emissão total desses gases. Por fim, entre outros aspectos, concluiu-se que a compensação das emissões por meio do plantio de árvores, seja em propriedades rurais, seja também em eventos, é estratégia de extrema importância para mitigação das mudanças climáticas. Apesar disso, é uma estratégia que não soluciona completamente os problemas sociais e ambientais decorrentes do aumento das emissões de GEE e deve estar atrelada a medidas de redução dessas emissões. Além disso, o Projeto Carbono Zero demonstra que a Universidade Federal de Viçosa vem contribuindo para a redução e compensação das emissões de GEE, demonstrando sua responsabilidade ambiental e social perante as mudanças climáticas.