Ciência Florestal
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Item A influência das praças arborizadas no conforto térmico urbano de Viçosa(Universidade Federal de Viçosa, 2020-10-28) Cardoso, Hiohanes Moura; Martini, Angeline; http://lattes.cnpq.br/4612508929316006A expansão das áreas urbanas resultantes do aumento do contingente humano, acarretou no desenvolvimento de cidades sem planejamento e ausência de infraestrutura adequada. Como consequência, observa-se problemas relacionados à saúde e bem-estar. Dentre estes problemas, o calor é uma das principais ameaças e, as áreas verdes urbanas são alternativas para melhoria destas condições. As praças são áreas verdes públicas que proporcionam melhoria do conforto térmico urbano e ainda, são locais em que a população interage e desenvolve atividades físicas. Compreender a relevância destes espaços no conforto e bem-estar urbano é ferramenta essencial para um bom planejamento das cidades. O objetivo desta pesquisa foi investigar quantitativamente a influência que áreas verdes exercem no microclima urbano e na promoção de conforto térmico em Viçosa, Minas Gerais, além de avaliar quais características presentes nas praças proporcionam melhoria do conforto e quais características nas ruas adjacentes às praças auxiliam na promoção do conforto térmico, quantificando seu raio de influência. A metodologia consistiu na escolha de cinco praças arborizadas em Viçosa, as quais diferem em tamanho e localização. Foram feitas coletas de variáveis meteorológicas simultaneamente em cada praça e ruas adjacentes, com a utilização de pares de equipamentos, nos quais um fixo na praça e outro percorrendo as ruas adjacentes a fim de observar as diferenças entre os ambientes. Os dados meteorológicos foram convertidos em conforto térmico com a utilização do índice UTCI e por fim avaliado características tanto das praças como das ruas adjacentes que influenciavam no conforto observado. Observou-se menores valores de temperatura e maiores de umidade relativa nas praças quando comparado às ruas adjacentes. Essas duas variáveis demonstraram-se mais estáveis nas praças. O conforto térmico, embora não ideal, foi mais agradável nas praças do que nas ruas adjacentes. As áreas de copa das árvores presentes nas praças foi a característica que mais influenciou no conforto térmico. Vias mais largas e a presença de arborização nas vias são características urbanas que auxiliam na promoção do conforto térmico proporcionado pelas praças. As praças arborizadas influenciam, em média,um raio de 90 metros no conforto térmico urbano. Foi possível observar com este estudo a relevância que a arborização em praças proporciona em termos de conforto térmico. Tais estudos são importantes, pois servem de subsídio para profissionais que venham a trabalhar em planejamento urbano, lançando mão de estratégias como a utilização de arborização para uma ambiência mais confortável ao contexto urbano. Ainda, este estudo ressalta a relevância da arborização também em cidades de pequeno porte, haja vista o papel destas cidades no cenário atual brasileiro. Palavras-Chave: Floresta urbana. Microclima urbano. Estresse térmico. Áreas verdes. Temperatura do arItem A influência de diferentes espécies arbóreas no microclima urbano(Universidade Federal de Viçosa, 2021-11-05) Carvalho, Laíssa Ferreira; Martini, Angeline; http://lattes.cnpq.br/3619200955269955O processo de urbanização e as mudanças microclimáticas vem causando muitas alterações no microclima das cidades, como na temperatura do ar, umidade relativa e precipitações. Por isso, uma medida importante na ajuda da mitigação desses fatores é a floresta urbana, que ajuda as cidades a se tornarem mais sustentáveis e resilientes, configurando o que se denomina atualmente como solução baseada na natureza (SbN). O objetivo deste estudo foi analisar a influência de diferentes espécies arbóreas no microclima da cidade de Viçosa-MG, para identificar quais espécies utilizadas na arborização promovem maior benefício microclimático. Além de avaliar se há alteração no benefício em diferentes períodos do dia e do ano, analisar o raio de influência de cada espécie e determinar quais características arbóreas influenciam de forma mais expressiva na melhoria do microclima. A metodologia consistiu na escolha de 33 indivíduos arbóreos, de 11 espécies comumente utilizadas na arborização urbana. As coletas de dados foram realizadas seguindo a metodologia do transecto móvel, onde um conjunto de aparelhos permaneceu embaixo da copa da árvore o outro conjunto foi utilizado por um pesquisador que caminhava a distâncias de 0, 5, 10, 15, 20 e 25 m (considerado como o ambiente “céu aberto”), medindo simultaneamente as variáveis temperatura do ar, umidade relativa do ar e velocidade do vento. Esse procedimento foi feito em três diferentes horários do dia (às 9, 15 e 19h), e em três diferentes períodos do ano (I – temperaturas mais baixas e sem precipitação, II – temperaturas mais elevadas e sem precipitação, III – temperaturas mais altas e com precipitação). Os resultados mostraram que o ambiente embaixo da copa das árvores era diferente do ambiente a céu aberto. Observou-se que as árvores, de forma geral, diminuem a temperatura em 2,37 °C e aumentam a umidade relativa em 4,85 unidades, sendo que cada espécie apresenta um valor diferente. Notou-se também, que às 19h foi quando houve uma menor diferença entre os ambientes, e embora tenha diferença estatística entre às 9 e 15h, a análise realizada por espécie não indicou essa evidência. Para os diferentes períodos do ano, a redução da temperatura e aumento da umidade relativa foi observada em todos os períodos, sendo mais evidente do período I (temperaturas mais baixas e sem precipitação). As espécies que promoveram melhoria microclimática mais expressiva foram Filicium decipiens e Handroanthus serratifolius. O raio de influência dos indivíduos arbóreos, de modo geral, foi de 25 m (última distância estudada) para a temperatura e de 5 m para a umidade relativa, com variações de acordo com as espécies. As variáveis microclimáticas e dendrométricas obtiveram baixas correlações umas com as outras, mostrando que a melhoria microclimática não depende apenas de uma variável isolada. Foi possível observar com este estudo a importância da floresta urbana na melhoria do microclima, promovendo qualidade de vida para a população, mesmo sendo uma árvore isolada. Este tipo de pesquisa é importante na compreensão da importância do uso das espécies mais adequadas para cada tipo de situação, buscando a otimização dos serviços ecossistêmicos desse patrimônio natural. Palavras-chave: Arborização urbana. SbN. Benefício microclimático. Temperatura. Umidade relativa. Vento.Item Aplicação de aprendizado de máquina e SIG em estudos de incêndios florestais(Universidade Federal de Viçosa, 2021-07-09) Reis, Thaynara Lopes dos; Torres, Fillipe Tamiozzo Pereira; http://lattes.cnpq.br/6593302284756879Os incêndios florestais causam grandes impactos, como desastres ecológicos, diminuição da qualidade da água e perda de vidas humanas e de animais. Entender o comportamento do fogo permite prever as situações de perigo e os impactos dos incêndios. Através de modelos de previsão construídos utilizando redes neurais artificiais (RNA), pode ser possível prever esse comportamento. Para diminuir o perigo de incêndios florestais, é necessário entender as variáveis que mais propiciam o início e propagação do fogo e as áreas mais suscetíveis. Isto é possível a partir da utilização de Sistemas de Informações Geográficas (SIG), onde são criados mapas de suscetibilidade, que avaliam potenciais ocorrências em função de fatores ambientais. Dessa forma, este trabalho foi subdividido em dois capítulos para melhor entender o teor de umidade dos materiais combustíveis, o comportamento do fogo e as variáveis que favorecem a suscetibilidade a incêndios florestais. No primeiro capítulo, configurou-se redes neurais artificiais para previsão da umidade do material combustível de diferentes classes de espessura e do comportamento do fogo em plantios de eucalipto. As variáveis dias sem chuva (Dsch) e umidade relativa do ar (UR) são as que mais contribuem para a umidade do material combustível e a velocidade do vento (VV) e a umidade relativa do ar (UR) são as que mais contribuem para o comportamento do fogo. No segundo capítulo, analisou-se as classes de variáveis ambientais que controlam a ocorrência de incêndios florestais em Coimbra, Portugal, e, a partir delas, confeccionou-se mapas de suscetibilidade a incêndios florestais para a região. As classes que obtiveram maiores porcentagens de áreas queimadas foram: Florestas, >400 m, 0–15º e alto acumulado, para as variáveis uso do solo, proximidades, inclinação do terreno e radiação solar, respectivamente. O SIG se mostrou uma ferramenta eficiente na análise de suscetibilidade a incêndios, pois o modelo escolhido para o mapeamento de suscetibilidade a incêndios na região apresentou maiores somas dos valores das classes “alta” e “altíssima” e menores somas das classes “baixa” e “baixíssima”. Palavras-chave: RNA. Modelos de previsão. Monitoramento. Suscetibilidade a incêndios. Inteligência artificial. Fogo.Item Arborização de ruas da cidade de Viçosa, MG: parâmetros fitossociológicos e socioeconômicos(Universidade Federal de Viçosa, 2021-12-09) Barbosa, Gerson Augusto Lourenço; Martini, Angeline; http://lattes.cnpq.br/4208780378355299O intenso processo de urbanização tem gerado diversos impactos negativos nas cidades, acarretando em prejuízos para a população que reside nesses locais. Uma das formas de alcançar a mitigação de alguns desses impactos é através da presença de vegetação nas áreas urbanas, que promovem uma série de benefícios. Toda a vegetação presente na cidade, compreendendo as praças, fragmentos remanescentes de mata nativa, bosques, jardins, arborização de ruas, dentre outros, formam a floresta urbana. Dessa forma, é necessário que haja planejamento e adequação dos ambientes urbanos para potencialização dos benefícios advindos da presença de vegetação. Com isso, o objetivo desse estudo foi realizar um diagnóstico quali-quantitativo da arborização de ruas da cidade de Viçosa-MG, para subsidiar o planejamento e gestão da floresta urbana. Para isto, foi realizado um inventario florestal urbano do tipo censo, entre outubro/2020 e julho/2021, onde parâmetros quali-quantitativos foram obtidos em campo para caracterizar a estrutura física das ruas e dos indivíduos que compõe a arborização. Com os dados obtidos, foi determinada a composição e distribuição florística, a caracterização dendrométrica das espécies, a qualidade da arborização e a relação com o meio físico da cidade como um todo e das suas regiões e a relação entre a distribuição da arborização viária com os fatores socioeconômicos de cada região. Foram mensurados 2381 indivíduos nas ruas da cidade, distribuídos em 78 espécies, predominantemente nativas do Brasil. A maioria dos indivíduos foram espécies de pequeno a médio porte (cerca de 87%), com boas condições de copa (78%), tronco (86%) e raiz (60%), sem problemas fitossanitários (92%) e que não necessitavam de práticas de manejo (81%). Em média, 19% das árvores ofereceram obstáculo à passagem de pedestres e 38% não possuem área livre de canteiro disponível. A análise fitossociológica indicou que as espécies com maior valor de importância para a arborização viária da cidade foram Pleroma granulosum, seguida por Moquilea tomentosa e Cenostigma pluviosum. De acordo com o cálculo dos índices espaciais, Viçosa tem baixo grau de arborização, com média de 21,5 árvores por quilômetro de calçada, sendo necessário plantar mais de 17 mil árvores para atingir o número ideal. Porém, por meio da caracterização do meio físico, foi constatado que isso não é simples, devido a cidade apresentar ruas e calçadas estreitas, com média de 9,8m e 1,5m, respectivamente. Foi observado que regiões menos populosas e com maior renda tendem a apresentar mais árvores na cidade de Viçosa. Por fim, foi possível concluir que a arborização viária da cidade de Viçosa tem boa qualidade, mas necessita de incremento quantitativo e melhor distribuição espacial. Porém, para que isso ocorra, é necessário a adequação da infraestrutura urbana, de modo a priorizar a existência de árvores nas ruas, impulsionando o fornecimento de benefícios diretos à população de toda a cidade. Palavras-chave: Floresta urbana. Arborização viária. Análise fitossociológica. Inventário florestal. Censo florestal.Item Associação entre floresta urbana e indicadores da saúde humana(Universidade Federal de Viçosa, 2018-03-12) Moreira, Gilberto Fialho; Souza, Amaury Paulo de; http://lattes.cnpq.br/7884811287764010A vida agitada e o estresse das cidades contemporâneas são as principais causas das chamadas “doenças modernas”. Em contrapartida, viver em ambientes naturais, onde se pode ter um conforto térmico devido ao sombreamento das árvores, somado à beleza cênica do local e outros benefícios oferecidos pela natureza, proporciona ao ser humano bem-estar e saúde. Neste sentido, este trabalho investigou a relação entre os indicadores de saúde das pessoas e a floresta urbana do entorno de onde estas vivem. Foi utilizada uma metodologia diferenciada em relação a outros estudos similares (pois foram estudados 26 indicadores de saúde), dividida em diagnósticos e resultados de exames laboratoriais, muito dos quais geralmente não são contemplados nesses estudos. Além disso, as informações fornecidas pelos participantes fizeram parte da realidade de suas vidas e não apenas observações realizadas momentaneamente. Nesse sentido, foi aplicado um formulário eletrônico para os funcionários da Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves. Logo, considerou-se apenas a área urbana de Belo Horizonte para realização das análises. Os dados foram analisados por meio da Estatística Descritiva e correlações, a partir da estimativa do coeficiente de Correlação de Pearson, Correlação de Spearman e Frequência Relativa. Os indicadores de saúde que apresentaram maiores associações e consequente diminuição da sua incidência em relação ao aumento da floresta urbana, principalmente aquela encontrada mais próxima à residência dos participantes, foram: ansiedade, depressão, enxaqueca e hipertensão. Os respectivos Coeficientes de correlação linear simples foram de -0,0457, -0,0428, -0,0137 e -0,0963 em relação à floresta encontrada na área circular de raio de 1 km e de -0,0214, -0,0654, -0,0989 e -0,0735 para raio de 0,5 km. Ansiedade e hipertensão também obtiveram comportamento similar em relação ao número de árvores. Em contrapartida, os casos de asma e alergias aumentaram concomitantemente em relação ao número de árvores e à área de floresta urbana, bem como os diagnósticos de depressão à medida que as pessoas moravam mais perto de um parque urbano aberto à visitação. A floresta urbana, a qual inclui todos os tipos de vegetação das cidades, foi o dado ambiental que mais apresentou correlação com os indicadores de saúde estudados, contribuindo principalmente na diminuição da ocorrência de doenças categorizados como doenças psicológicas ou originadas por processos psicológicos ou distúrbios mentais.Item Avaliação do manejo da visitação no Parque Nacional do Caparaó - MG(Universidade Federal de Viçosa, 2015-08-10) Almeida, Marcello Pinto de; Martins, Sebastião Venâncio; http://lattes.cnpq.br/8673606882090076Desde a década de 70, diversas iniciativas têm sido empreendidas com o intuito de promover o manejo adequado da visitação nas áreas protegidas espalhadas por todo o planeta. No Brasil, entretanto, o planejamento e desenvolvimento de ações de manejo da visitação ainda acontece de forma incipiente, contrapondo- se ao expressivo incremento de visitantes observado nas unidades de conservação brasileiras. O presente trabalho buscou comparar duas metodologias de manejo da visitação, apontando suas similaridades e particularidades, além de identificar os principais impactos ambientais negativos nos locais abertos ao uso público, adotando-se como área de estudo o Parque Nacional do Caparaó. As metodologias selecionadas, Capacidade de Carga Turística (CCT) e Número Balizador da Visitação (NBV), baseiam-se em diagnósticos ambientais preliminares para obtenção da estimativa do número de visitantes que um determinado local pode suportar, por dia, sem apresentar danos acentuados sobre os recursos naturais. Em 2014, o Parque Nacional do Caparaó registrou recorde de visitação, sendo que, neste mesmo ano, o número máximo de visitantes que a unidade recebeu em um único dia foi de 731 pessoas. Assim, a atual intensidade de visitação que ocorre no parque não excede a Capacidade de Carga Turística ou o Número Balizador da Visitação estabelecidos neste trabalho, cujos valores foram, respectivamente, 1.322 e 2.310 visitantes por dia, considerando especificamente a Trilha ao Pico da Bandeira a partir da Tronqueira. O Número Balizador da Visitação, metodologia mais recente, tem sua origem no conceito de Capacidade de Carga Turística, contudo verificam-se diversos avanços. Os fatores limitantes utilizados na estimativa do NBV, por exemplo, vagas no estacionamento e tamanho da área de camping, são menos subjetivos que os fatores de correção considerados no cálculo da CCT, por exemplo, acessibilidade e alagamento. Além disso, os fatores limitantes são mais dinâmicos que os fatores de correção, ou seja, se alteram com maior facilidade. Outra vantagem comparativa do NBV é sua abordagem mais específica. Em outras palavras, a CCT é estimada uma única vez para todo o percurso, ao passo que o NBV é estabelecido individualmente para cada fator limitante de manejo, permitindo a concepção de resultados mais fidedignos.Item Avaliação ecológica de uma floresta em restauração após mineração e de um ecossistema de referência, Zona da Mata Mineira(Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-20) Silva, Kelly de Almeida; Martins, Sebastião Venâncio; http://lattes.cnpq.br/4923470847427504A restauração florestal possui fundamental importância no restabelecimento da biodiversidade e dos processos ecológicos de um ecossistema que foi degradado e está em processo de restauração, sendo primordial a sua avaliação para o alcance dessas premissas. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o processo de restauração florestal, através dos indicadores banco de sementes do solo, regeneração natural e serapilheira acumulada, de uma floresta em restauração há cinco anos, após a mineração de bauxita, e compará-la com um ecossistema de referência (Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio de sucessão); além de verificar a influência do uso de hidrogel e cobertura morta na sobrevivência e desenvolvimento de mudas de Guarea guidonia (L.) Sleumer para a restauração de áreas degradadas. Foram alocadas 30 parcelas de 2,0 x 2,0 m em cada uma das duas florestas. Para a análise do banco de sementes do solo, no centro de cada parcela coletou-se uma amostra de solo superficial (0,25 x 0,30 x 0,05 m), e estas foram levadas para a casa de sombra para avaliação, durante seis meses, das plântulas emergidas. Para avaliar a regeneração natural, os arbustos e árvores regenerantes foram identificados e medidos a altura e o diâmetro ao nível do solo. Para análise da serapilheira acumulada, no centro de cada parcela coletou-se todo o material orgânico não decomposto contido em amostras de 0,50 x 0,50 m para posterior obtenção da massa seca. Para avaliação do plantio das mudas de Guarea guidonia foi implantado quatro tratamentos (núcleos de quatro mudas), em delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições. Tratamento controle (Tc): apenas plantio das mudas; Tratamento 1 (T1): plantio das mudas com hidrogel; Tratamento 2 (T2): plantio das mudas com deposição de cobertura morta; Tratamento 3 (T3): plantio das mudas com hidrogel junto com a deposição de cobertura morta. No banco de sementes da floresta em processo de restauração (Floresta A1) emergiram 4.872 plântulas (61 espécies). No banco de sementes do ecossistema de referência (Floresta A2) emergiram 764 plântulas (58 espécies). A florística da regeneração natural da Floresta A1 foi representada por 61 indivíduos pertencentes a 16 espécies (5.083 indivíduos ha -1 ). Na Floresta A2 a florística foi representada por 315 indivíduos pertencentes a 58 espécies (26.250 indivíduos ha -1 ). A densidade média de indivíduos e riqueza de espécies foram maiores (p < 0,05) no ecossistema de referência. A distribuição das categorias sucessionais apresentou vidiferença significativa entre a Floresta A1 e a Floresta A2 (χ 2 = 241,9; p < 0,05), com predomínio de indivíduos pioneiros na Floresta A1 e predomínio de indivíduos secundários tardios na Floresta A2. A serapilheira média acumulada no piso florestal da Floresta A1 foi de 4.640 ± 1.812 kg ha -1 , e na Floresta A2 foi de 6.339 ± 1.357 kg ha -1 , com diferença entre as duas florestas (p < 0,05). Em relação ao desenvolvimento das mudas de Guarea guidonia, o tratamento controle (Tc) apresentou maior taxa de mortalidade (55%) (p < 0,05) em relação aos demais tratamentos (5% cada), porém entre os tratamentos T1, T2 e T3 não houve diferença (p > 0,05). Os resultados mostraram que a floresta em restauração apresenta sinais de restabelecimento de processos ecológicos importantes como um banco de sementes com capacidade de cicatrização de clareiras naturais e a presença de indivíduos regenerantes que representam a sua resiliência. O uso do hidrogel com cobertura morta ou apenas o uso do hidrogel propiciou maior sobrevivência e incremento em altura e diâmetro das mudas de Guarea guidonia, e, portanto, são recomendados na restauração de áreas degradadas de regiões sujeitas a déficit hídrico.Item Banco de sementes do solo, regeneração natural e dinâmica da serapilheira em área minerada em processo de restauração no sudeste do Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2015-02-27) Miranda Neto, Aurino; Martins, Sebastião Venâncio; http://lattes.cnpq.br/6299588871609750Este estudo teve como objetivo geral avaliar o banco de sementes do solo, o estrato de regeneração e a serapilheira de uma área minerada em processo de restauração, após dez anos de sua implantação. Na área, foram alocadas 40 parcelas de 3,0 x 3,0 m. Em cada parcela coletou-se uma amostra de solo superficial (0,25 x 0,30 x 0,05 m) para avaliação do banco de sementes do solo pelo método de germinação em casa de sombra, durante seis meses. Para avaliar o estrato de regeneração, todos os arbustos e árvores com altura ≥ 0,30 m e diâmetro a 1,30 m de altura (DAP) ≤ 5,0 cm presentes nas parcelas foram amostrados e classificados em categorias sucessionais e síndromes de dispersão. Foram instalados 40 coletores de 1 m2. O material (serapilheira) interceptado pelos coletores foi coletado mensalmente, durante um ano, e separado em frações: folha, flor, fruto/semente e ramos. Em seguida, a produção foi quantificada. Quarenta litterbags foram distribuídos na área de estudo. Foi estimada a taxa de decomposição "k" e o tempo de meia vida (t 0,5 ) da serapilheira. No banco de sementes emergiram 2.489 plântulas, pertencentes a 69 espécies e 23 famílias botânicas, e densidade de 830 propágulos m -2 . As famílias com maior densidade foram Poaceae e Cannabaceae. Houve maior proporção de espécies e indivíduos da categoria sucessional pioneira e síndrome de dispersão zoocórica. No estrato de regeneração natural foram registrados 705 indivíduos, 80 espécies e 30 famílias. As famílias com maior riqueza de espécies foram Fabaceae e Melastomataceae e a espécie com o maior valor de importância (VI) foi Myrcia splendens (Sw.) DC. Predominaram as espécies secundárias iniciais e zoocóricas. A produção anual de serapilheira foi estimada em 6.772 ± 1.940 kg ha -1 . A fração predominante foi de folhas (5.101 ± 1.486 kg ha -1 ). A maior taxa de decomposição e consequente menor valor de meia-vida foram registrados no período outubro-dezembro de 2012. Com os resultados obtidos, após dez anos de implantação do projeto de restauração, em relação a composição florística do estrato de regeneração, da capacidade de resiliência da floresta e da dinâmica da serapilheira, pode-se considerar que os processos ecológicos da área foram restaurados com sucesso.Item Comparação de metodologias para o mapeamento do risco de incêndio florestal no município de Braga, Portugal(Universidade Federal de Viçosa, 2021-12-03) Freitas, Flávia Silva de; Lima, Gumercindo Souza; http://lattes.cnpq.br/0075654331819707O aumento da ocorrência de incêndios florestais nas últimas décadas levou a uma crescente preocupação em relação à preservação dos recursos naturais. Embora grande parte desses incêndios não sejam originários de causas naturais, ainda é necessário desenvolver um mecanismo de alerta eficaz para prevenir os incêndios florestais, e a forma mais eficiente para essa prevenção é conhecer os seus riscos. Para isso, são utilizados mapas de risco de incêndios, sendo possível fazer uma análise da situação e propor tomadas de decisões importantes em relação ao combate e prevenção dos mesmos. O objetivo deste estudo é comparar a combinação entre três metodologias distintas de atribuição de notas às variáveis para o mapeamento do risco de incêndio florestal para o município de Braga (Portugal), por meio do Sistema de Informação Geográfica (SIG). A elaboração dos mapas de risco foi realizada no software ArcGIS 10.5 utilizando os dados das variáveis de uso e cobertura do solo, proximidades, exposição das vertentes, declividade e radiação solar. Para gerar os mapas de riscos de incêndios, cada variável foi reclassificada de acordo com três metodologias distintas de atribuição de notas às variáveis. Os dados de ocorrência de incêndio em Braga (PT) entre 2010 e 2001 foram cruzados com cada mapa de risco que foram gerados para testar a eficiência dos modelos na predição de incêndios. De acordo com os resultados, a atribuição das notas em conformidade com a área queimada da variável em relação ao total da variável, utilizando a exposição das vertentes, refletiu como a mais satisfatória. Palavras-chave: Fogo. Risco. Sistema de Informação Geográfica.Item Efeitos do fogo na regeneração natural e nas características de materiais combustíveis em Floresta Estacional Semidecidual(Universidade Federal de Viçosa, 2020-11-16) Souza, Fábia Maria dos Santos; Torres, Fillipe Tamiozzo Pereira; http://lattes.cnpq.br/1687603319828664O presente estudo foi realizado no fragmento florestal de Mata Atlântica, com e sem ocorrência de fogo, denominado “Recanto da Cigarra” pertencente à Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais. Foram instaladas 20 parcelas, sendo 10 na área queimada e 10 na não queimada. Esse estudo foi dividido em dois capítulos, no primeiro objetivou-se avaliar as mudanças ocorridas no estrato da regeneração natural nas duas áreas. Os parâmetros fitossociológicos e a diversidade funcional da comunidade vegetal foram avaliados no levantamento florístico, realizado nas parcelas instaladas, em 2018 e 2019. Foram coletados 113 e 126 indivíduos e 23 e 16 espécies pertencentes a 13 e nove famílias botânicas na área queimada e não queimada, respectivamente. A espécie Piper sp.1 foi a mais representativa, ocorrendo em 100% das parcelas. A quantidade de indivíduos entre os anos reduziu, entretanto não houve diferença estatística entre as áreas. Maior riqueza de espécies foram amostradas em áreas com ocorrência de incêndio de baixa severidade. A presença de espécies do gênero Piper ocorre com frequência em áreas de Floresta Estacional com sinais de perturbação. As áreas apresentam valores semelhantes quanto a riqueza de espécies, embora a diversidade de espécies tendeu ao aumento, com ligeiro incremento no índice de equitabilidade devido ao incêndio ter sido de baixa severidade. Portanto, a perturbação que o fogo gerou pode ser considerada um aspecto importante para que ocorra essa diferenciação florística. No segundo capítulo, objetivou-se quantificar o teor de umidade e caracterizar o material combustível do estrato da regeneração natural, nas áreas com e sem a ocorrência do fogo. Vinte amostras do material combustível foram coletadas no período seco (agosto de 2018) e 20 no chuvoso (novembro de 2019), sendo 10 em cada área. A contribuição de massa úmida e seca para cada classe e do teor de umidade, foram obtidas a partir da secagem do material combustível em estufa com temperatura de 70°C por 72 horas. Houve diferença estatística nos valores de massa seca, com novembro sendo menos representativo, porém as áreas queimadas apresentaram os menores valores de massa seca. A maior carga total e o menor teor de umidade foram encontrados na classe I de menor diâmetro. O maior valor médio do teor de umidade foi encontrado em novembro de 2019, e os menores valores desse teor foram amostrados nas áreas queimadas. A menor massa seca em novembro, é justificada pela maior umidade presente em épocas chuvosas, que facilita a decomposição do material combustível. Na área queimada, a massa seca foi menos representativa, pois o fogo após a sua passagem remove a biomassa. O material com maior probabilidade de começar o processo de ignição é a classe I, a que se destacou, uma vez que apresentou a maior carga média, indicando risco de novos incêndios na área. Além disso, a menor umidade foi encontrada na área queimada, resultado da abertura do dossel após a mortalidade de árvores pós-incêndio, que favorece o acúmulo de material combustível morto e seco, tornando as áreas de Floresta Estacional, mais susceptíveis a ocorrência de novos incêndios. Palavras-chave: Degradação. Diversidade. Recuperação.Item Efetividade de manejo das RPPNS, localizadas na área de proteção ambiental de Macaé de Cima, Nova Friburgo, RJ(Universidade Federal de Viçosa, 2021-12-06) Oliveira, Larissa Pires de; Lima, Gumercindo Souza; http://lattes.cnpq.br/3950976654634847O processo de expansão das ocupações humanas no Brasil foi acentuado ao decorrer dos anos, causando graves interferências no meio ambiente, as quais podem ser observadas em áreas protegidas. No Brasil, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), é o instrumento que estabelece a criação, implantação e gestão das unidades de conservação (UCs). A efetividade de gestão dessas áreas protegidas, tem um papel importante no alcance dos objetivos, pois permite identificar as principais tendências e aspectos que necessitam ser considerados para melhorar a gestão e o manejo. Entre as categorias de UCs estabelecidas pelo SNUC, destaca-se a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), que é a única de domínio privado, e tem apresentado significativo crescimento ao longo dos anos. Nova Friburgo é o município com mais RPPNs no estado do Rio de Janeiro, e grande parte dessas reservas estão localizadas dentro de outra Uc, a Área de Proteção Ambiental de Macaé de Cima (APAMC), que tem grande importância na preservação da biodiversidade. Neste contexto, objetivou-se caracterizar e avaliar a gestão e manejo das RPPNs localizadas na APAMC, de forma a gerar subsídios para o planejamento de estratégias de conservação. O estudo foi conduzido em 11 das 15 RPPNs localizadas dentro dos limites da APAMC. Utilizou- se indicadores, subdivididos em âmbitos e variáveis, para avaliação da efetividade de manejo. Os indicadores foram selecionados previamente, e então construídos cenários ótimos para cada um, e esses foram associados a uma escala padrão. A efetividade de manejo foi obtida mediante a integração e comparação em uma matriz de dupla entrada, dos resultados quantitativos. Como resultados, constatou-se que a maioria dos proprietários destinou mais de 40% de sua propriedade para a criação da RPPN. Apenas 9,1% das reservas conseguiram obter o nível mediano de classificação, 54,5% foram classificadas como nível inferior, e outras 36,4% obtiveram nível muito inferior. O sistema geral das UCs avaliadas foi classificado como em nível de fragilidades. As principais motivações para criação apontadas pelos proprietários foram à conservação ou a satisfação pessoal. Os principais objetivos de manejo primários citados foram, a conservação de espécies ou ecossistemas, conservação dos rios e bacias hidrográficas, promoção da pesquisa científica, e conservação da beleza cênica. Concluiu-se com este estudo que há um potencial para aumento da conservação por meio das RPPNs, visto que a maioria dos proprietários está protegendo mais do que a porcentagem exigida por lei; a efetividade de gestão das RPPNs avaliadas ainda apresenta um nível abaixo do ideal para atender os objetivos de manejo e garantir a continuidade das UCs; o baixo número de pesquisas científicas e projetos sendo desenvolvidos nas áreas, é uma grande lacuna, e o incentivo dessas atividades poderia contribuir muito com o manejo das reservas. As principais motivações para a criação e objetivos de manejo das RPPNs estão ligadas à conservação ou a motivações pessoais, o que demonstra o perfil conservacionistas dos proprietários de RPPNs na região da APA Macaé de Cima. Palavras-chave: Áreas Protegidas. Reservas Privadas. Eficácia de Gestão. Mata Atlântica.Item Escoamento superficial em áreas de mineração de bauxita, pré e pós lavra, na Zona da Mata Mineira(Universidade Federal de Viçosa, 2017-07-18) Silveira, Lucas Jesus da; Dias, Herly Carlos Teixeira; http://lattes.cnpq.br/7360864079047469A sustentabilidade das áreas após a exploração do minério bauxita, que em Miraí se encontram na forma de corpos superficiais, é dependente de todo processo de lavra e reabilitação, sendo o escoamento superficial o processo hidrológico ao qual estão ligadas as perdas de recursos naturais, tais como água, solo, nutrientes, matéria orgânica e microrganismos. Avaliou-se o escoamento superficial em duas áreas de mineração, pré e pós-lavra de bauxita, em Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico sob plantio de eucalipto e mesma classe de declividade. Observou-se que o escoamento superficial na área pós-lavra (0,17%) foi significativamente menor (ρ < 0,01) em virtude da maior área de copa projetada do plantio (12.924,92 m2.ha -1 ) e do preparo em nível do terreno, em contraste com o escoamento superficial na área pré- lavra (0,56%), que apresentou um plantio heterogênio com grande número de falhas (31%), baixa área de copa projetada (7.696,37 m2.ha -1 ), solo com característica hidrofóbica e preparo do solo paralelo ao declive, proporcionando um escoamento superficial praticamente nulo em chuvas de até 30 mm para a área pós-lavra e somente de 10 mm para a área pré-lavra. A caracterização dos dois ambientes, pré e pós-lavra, e a correlação entre seus atributos, foi satisfatória. O processo de reabilitação da área minerada satisfez a diminuição do escoamento superficial em virtude da implantação de um plantio mais produtivo, apresentando uma densidade de copa maior e um menor número de falhas (0%), e um manejo do solo mais adequado.Item Estudo de caso sobre as relações de uma empresa florestal brasileira com a comunidade: diagnóstico e proposta de aperfeiçoamento do processo(Universidade Federal de Viçosa, 2015-06-29) Conrado, Vinícius Nascimento; Silva, Elias; http://lattes.cnpq.br/2038363755877127O segmento florestal do Brasil vem experimentando inúmeros avanços tecnológicos, que têm lhe permitido alcançar recordes de produtividade e atender o mercado nacional e uma expressiva parcela do internacional. Sendo assim, na administração dos seus ativos, projetos e planos a executar, necessita considerar os princípios de Responsabilidade Social Empresarial (RSE) para bem se relacionar com as comunidades do entorno de seus empreendimentos, assim como com funcionários, acionistas, fornecedores, clientes, representantes de órgãos públicos e de entidades não governamentais, entre outros. Ou seja, todos aqueles capazes de interferirem na imagem e na capacidade produtiva da empresa. Diante desta situação, este estudo teve por objetivo geral diagnosticar e interpretar as ações realizadas no campo socioambiental de uma destacada empresa florestal brasileira, qual seja, a Celulose Nipo- Brasileira S/A (CENIBRA), por meio do seu Instituto, e de forma complementar propor aperfeiçoamentos do processo. Como estudo de caso, concentrou-se na análise de relatórios de instituições públicas e privadas e em material acadêmico, na forma de teses e artigos científicos. Também teve foco nos relatórios anuais de sustentabilidade da CENIBRA; nas informações divulgadas e fornecidas pelo site do Instituto CENIBRA; em dados sobre o Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS), fornecido pela Fundação João Pinheiro (FJP); e em dados sobre o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), idealizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O estudo abrangeu a área de atuação da CENIBRA, região na qual o instituto que leva o seu nome desenvolve as ações de RSE. Esta área compreende 54 municípios mineiros, distribuídos nas mesorregiões do Vale do Rio Doce, Metropolitana de Belo Horizonte e Zona da Mata, além de Carmésia. Os resultados obtidos demonstram que o Instituto CENIBRA desenvolve ações da maior importância para as comunidades atendidas, haja vista que os indicadores sociais da região são normalmente baixos. Em sintonia com esta situação, detectou-se concentração de ações no trinômio emprego e renda, cultura e meio ambiente. Além das ações promovidas diretamente pela empresa ou pelo instituto no campo socioambiental, ela executou, em 2013, o investimento de R$ 595 mil em infraestrutura, como melhoria de estradas e construções de pontes, que podem ser utilizadas pela população em geral, bem como direcionou 13,08% da receita líquida em projetos sociais e 0,54% em projetos relacionados com meio ambiente. Nestes termos, destacaram-se duas conclusões: a empresa não faz autopromoção por meio de suas ações ou de seu Instituto, pois o foco é o público alvo, ou seja, os seus stakeholders (atores sociais); e o aprimoramento da relação da empresa com as comunidades surge como efeito secundário, uma vez que as pessoas atendidas passam naturalmente a reconhecê-la como sua legítima parceira. Bem assim, como proposta de aperfeiçoamento do processo, a necessidade de expandir as ações para as outras áreas, haja vista a concentração de esforços na mesorregião do Vale do Rio do Doce. Por fim, como recomendação geral, na medida em que se reconhece que a CENIBRA e o Instituto CENIBRA se constituem num modelo a seguir, que outras empresas do segmento florestal brasileiro incorporem esta filosofia de trabalho em sua rotina e no relacionamento com as comunidades inseridas em seu raio de influência.Item Fauna de vertebrados ameaçada de extinção como indicadora de biodiversidade para consolidação de um corredor ecológico na Costa do Descobrimento, Bahia(Universidade Federal de Viçosa, 2021-08-23) Campostrini, Ludimila Grechi; Melo, Fabiano Rodrigues de; http://lattes.cnpq.br/2457055129331861A transformação de habitats em remanescentes florestais compromete o desenvolvimento das relações ecológicas, traz prejuízos à vegetação e ocasiona a diminuição da biodiversidade. Corredores ecológicos conectam fragmentos e atuam como ferramenta de gestão territorial, aumentando as chances de sobrevivência das espécies a longo prazo. Este estudo aborda a temática de corredores e suas aplicações, dividido em dois capítulos: uma revisão bibliográfica e uma pesquisa de campo. O primeiro capítulo trabalha diferentes perspectivas relacionadas a definições, eficiência e leis aplicadas a corredores ecológicos no decorrer dos anos, fundamentado em uma revisão de caráter exploratório e seletivo, priorizando publicações a partir de 1990. As palavras-chave utilizadas foram: fragmentação; matriz; conservação; primatas; e avifauna; em português e inglês, combinadas aleatoriamente, resultando na seleção de 16 artigos para o tópico I, 23 artigos para o tópico II e 16 artigos para o tópico III. Obteve-se uma média de 18 artigos considerados principais, ou produções acadêmicas similares, de acordo com a aderência ao tema dos tópicos, sendo eles: (I) Fragmentação florestal e conceitos sobre corredores ecológicos; (II) Eficiência de corredores ecológicos na conservação da biodiversidade e (III) Políticas públicas aplicadas aos corredores ecológicos e sua influência na proteção ambiental. O segundo capítulo trabalha a hipótese de que a área proposta no corredor ecológico utilizada pela fauna é eficiente na manutenção da biodiversidade local, especialmente para aves e primatas ameaçados de extinção. O objetivo principal é avaliar a eficiência de um corredor entre duas unidades de conservação no sul da Bahia, utilizando como referência grupos da fauna de vertebrados, envolvendo quatro espécies de primatas (Callithrix geoffroyi, Sapajus robustus, Callicebus melanochir e Alouatta guariba guariba) e a avifauna ameaçada de extinção dentro da área avaliada, a fim de verificar a viabilidade e consolidação do corredor proposto. O levantamento de primatas é realizado através da reprodução de playbacks nas sete áreas selecionadas para campanha. A presença ou ausência da avifauna é inventariada em conjunto com o monitoramento de primatas. Os resultados mostram que, dentre os primatas, o C. geoffroyi é a espécie mais avistada em trânsito no corredor, seguida por indivíduos de C. melanochir. A espécie S. robustus está presente apenas nas áreas protegidas e não há registro do A. guariba na pesquisa. 14 espécies de aves ameaçadas estão presentes nas áreas de campanha. Não há registros de diferentes grupos faunísticos considerados em risco. Os resultados mostram que o padrão de similaridade entre as áreas amostradas é afetado pelo tipo de habitat constituinte e não há diferença significativa entre as áreas quanto a riqueza de espécies. Ainda assim, as áreas rurais neste estudo são semelhantes as áreas protegidas. O corredor é eficiente para fornecer o trânsito de fauna e algumas espécies endêmicas e ameaçadas conseguem persistir na paisagem fragmentada. Também apresenta a importância das áreas protegidas na conservação ambiental, pela preservação e riqueza dessas áreas. Pela análise dos capítulos, pode-se concluir que a proposição de um corredor ecológico para aumentar a permeabilidade da matriz favorece o movimento de fauna e a perpetuação de espécies em ecossistemas degradados. Palavras-chave: Fragmentação. Matriz. Conservação. Primatas. Avifauna.Item Fitossociologia e dinâmica do solo e da paisagem em áreas sob influência da mineração de bauxita em Minas Gerais-Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-04) Balestrin, Diego; Martins, Sebastião Venâncio; http://lattes.cnpq.br/7760744281726016Este estudo teve como objetivos avaliar a fitossociologia de duas áreas mineradas com diferentes idades e modelos de restauração utilizados, relacionar a cobertura do dossel com o banco de sementes do solo de uma área em processo de regeneração natural, analisar a dinâmica da paisagem, bem como, estimar a influência da mineração no contexto da dinâmica do solo através da modelagem de sedimentos em duas microbacias na Zona da Mata Mineira. Para avaliação fitossociológica das áreas em restauração, foi realizado o inventário florestal tipo censo total, com identificação de todos os indivíduos com CAP≥ 15cm para uma área minerada onde foi realizado o plantio de mudas e CAP≥ 10cm para outra em regeneração natural. No tocante a análise da relação do dossel com o banco de sementes, foram definidos 10 pontos onde foram tomadas fotografias do dossel com uma câmera digital NIKON D40X e lente de 8 mm (Fish-eye) sendo também coletadas amostras de solo superficial com o auxílio de um gabarito de 45 x 29 x 5cm. A análise da paisagem foi realizada levando em consideração uma série histórica de 31 anos (1985, 1995, 2005, 2010, 2016), sendo utilizadas imagens orbitais. Quanto à modelagem da erosão, esta foi estimada através da modelagem LAPSUS para duas microbacias de influência direta da atividade de mineração. Como resultados, através dos estudos fitossociológicos, pode-se constatar que ambas as áreas estão cumprindo sua função ecológica no ambiente, sendo necessária a intervenção através do enriquecimento em diversidade apenas da área restaurada através da regeneração natural, estando também o dossel influenciando na seleção e presença de determinadas espécies presentes no banco de sementes do solo. Quanto à análise de paisagem, observou-se que a mineração, no contexto de paisagem, influenciou de forma positiva o aumento da cobertura florestal nas regiões avaliadas, constatado também pela modelagem de solo, que revelou que a atividade de maior impacto para a região é a agropecuária, devido ao predomínio desta classe perante as demais, além do estado atual das mesmas (geralmente degradadas). Assim, pode-se concluir que, quando bem geridas e executadas as atividades de restauração em ambientes minerados, estas podem produzir bons resultados e a atividade se tornar sustentável em termos ambientais.Item Fragilidade ambiental e traçado de trilhas no Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2021-06-15) Neves, Camila Nascimento; Lima, Gumercindo Souza; http://lattes.cnpq.br/4547329728531622A criação de unidade de conservação (UC) é uma importante medida de proteção aos ecossistemas e habitats naturais. Nessas áreas as atividades são regulamentadas por meio do plano de manejo. Os parques são UCs que além do objetivo de proteger áreas de relevante interesse ecológico, também são responsáveis por prover atividades de uso público para a sociedade, como visitação através das trilhas. Sabe-se que a ações antrópicas causam impactos ao ambiente. A fragilidade ambiental, é a característica que exprime a forma como os ambientes naturais respondem às pressões antrópicas e outras alterações, logo, entender esse conceito é para o planejamento da visitação e das trilhas nas unidades de conservação, um importante mecanismo de gestão. O objetivo deste trabalho foi caracterizar e avaliar a fragilidade ambiental do Parque Estadual do Ibitipoca (PEIB) e o traçado das trilhas atuais e ideais, com o intuito de gerar informações para a gestão, principalmente, das atividades de uso público. Para isso, foram mapeados cinco fatores ambientais que interatuam para caracterizar a fragilidade ambiental do PEIB: precipitação, declividade, tipo de solo, cobertura do solo e fluxo acumulado. Em ambiente de Sistemas de Informações Geográficas, os mapas foram sobrepostos e atribuídos pesos estatísticos para então, gerar o mapa final de fragilidade ambiental. As trilhas atuais foram coletadas a partir de idas à campo. Já as trilhas ideais foram geradas com uso do método do Caminho de Menor Custo (CMC), considerando as variáveis: cobertura do solo, declividade, fluxo acumulado e fragilidade ambiental. A paisagem do PEIB apresentou domínio das classes média e alta fragilidade. O Circuito do Pico do Pião foi o que apresentou maior variação (16,47%) entre as classes de fragilidade quando comparados os traçados atuais e ideais. A distribuição dos trechos de alta fragilidade se deu de forma não homogênea e caracteriza os locais onde as trilhas podem sofrer o maior impacto da visitação. A determinação do traçado ideal auxiliar no manejo das trilhas, principalmente dos trechos mais vulneráveis aos impactos da visitação. Palavras-chave: Unidades de conservação. Uso público. Manejo da visitação.Item Hidromorfismo como parâmetro para delimitação da zona ripária de nascentes no município de Viçosa, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-18) Alves, João Carlos de Freitas; Dias, Herly Carlos Teixeira; http://lattes.cnpq.br/5089659815241089O objetivo deste trabalho foi avaliar o hidromorfismo como parâmetro prático de campo para delimitação das zonas ripárias em APPs de nascentes no município de Viçosa MG, contribuindo desta forma para os programas de produção de água, recuperação de áreas ciliares, conservação ambiental e atendimento à legislação em vigor. Foram avaliadas 19 nascentes, sendo 10 difusas e 9 pontuais. O método de delimitação da extensão da zona ripária em nascentes foi o visual, executando-se tradagens para avaliar ocorrência de hidromorfismo no solo até a profundidade 50 centímetros de profundidade, desse modo foi considerado que a zona ripária se estenderia até o fim da ocorrência desta presença do hidromorfismo. A metodologia desenvolvida se mostrou bastante eficiente e as zonas ripárias em nascentes pontuais e difusas foram encontradas até 2,83 e 9,36 metros respectivamente. De um modo geral, as nascentes estudadas encontram-se bastante degradadas e 7 (36%) delas apresentaram intermitência quanto ao fluxo. Ao longo da pesquisa verificou-se que as nascentes difusas possuem características hidrogeológicas que se aproximam muito às veredas. Neste sentido, propõe-se o que o início cômputo da APP em nascentes seja iniciado, após o termino da zona ripária, ou seja, logo após o termino da ocorrência de solos hidromórficos encontrados a 50 centímetros de profundidade, sendo assim a APP seria uma faixa de 50 metros de largura após o termino da zona ripária, e não um raio de 50 metros contados a partir do inicio do curso d’água como previsto na Lei Federal 12651/2012.Item Inclinação da placa de raízes em espécies da arborização urbana com o uso de Tree Motion Sensors – TMS(Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-28) Carvalho, Thamires de Souza; Martini, Angeline; http://lattes.cnpq.br/2377247214693168As árvores são inestimáveis para a paisagem urbana e desempenham funções ecológicas, sociais e econômicas. No entanto, a condição hostil que o meio urbano oferece contribui para que esses indivíduos se tornem frágeis e menos estáveis. A queda de árvores é um problema grave e neste contexto é importante conhecer o comportamento da ancoragem das espécies utilizadas na arborização. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade da ancoragem de espécies utilizadas na arborização urbana e estabelecer parâmetros com base no comportamento da inclinação da placa de raízes. Para isso foram analisadas inclinações da placa de raízes de árvores plantadas em condições ideais, assim como o impacto dos diferentes tipos de poda na ancoragem e o comportamento da inclinação em diferentes condições de canteiro. Para a coleta foram utilizados sensores (TMS), que registram a inclinação real da placa de raízes. As variáveis inclinação máxima e média da árvore e o número de ocorrências de inclinação foram obtidas para os três diferentes tratamentos, e foram correlacionadas com variáveis dendrométricas para indivíduos em condições ideais. Para analisar a relação da inclinação e rajada de vento máxima elaborou-se um diagrama de dispersão. Gráficos radares permitiram observar a oscilação da placa de raízes, indicando a resposta direcional da árvore à ação do vento. Para a influência dos tipos de poda e as diferentes condições de canteiro realizou-se teste estatístico comparando as diferentes situações. Também foram apresentados gráficos para evidenciar o valor de inclinação máxima e média das espécies. Os resultados indicaram forte correlação entre inclinação e as variáveis dendrométricas, indicando que maiores valores de DAP e diâmetro de copa apresentaram melhor ancoragem. Os valores de inclinação máxima encontrados para as nove espécies estudadas em condição ideal foram: Licania tomentosa (0,1540°); Ceiba speciosa (0,1092°); Spathodea campanulata (0,1799°); Delonix regia (0,2793°); Caesalpinia peltophoroides (0,3959°); Lagerstroemia speciosa (1,8314°); Handroanthus serratifolius (0,6839°); Handroanthus impetiginosus (0,1841°); Libidibia ferrea (0,1881°). Lagerstroemia speciosa foi considerada a menos estável dentre as espécies. Aproximadamente 51% dos elementos que influenciaram na inclinação foram explicados apenas pela rajada de vento e a maioria dasárvores apresentou inclinação no sentido sudoeste/nordeste. Observou-se maior estabilidade em indivíduos sem interferência de poda, a poda unilateral foi considerada a menos estável e a em V a mais favorável. As árvores plantadas em condições ideais apresentaram melhores condições. Conclui-se que os resultados encontrados fornecem indícios dos valores de inclinação da placa de raízes de árvores permitindo estabelecer padrões que podem ser utilizados como referência para análises futuras quanto à estabilidade das espécies. Palavras-chave: Ancoragem. Estabilidade. Vento. Poda. Área de canteiro.Item Infestação de lianas após ocorrência de incêndio florestal em uma floresta estacional semidecidual com Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze(Universidade Federal de Viçosa, 2022-03-11) Comini, Indira Bifano; Lima, Gumercindo Souza; http://lattes.cnpq.br/3578893636073473Lianas são componentes das florestas tropicais que competem com as árvores por luz, água e nutrientes, diminuindo seu crescimento e aumentando sua mortalidade. Sua ocorrência está fortemente associada com o acontecimento de eventos perturbadores, como a fragmentação florestal, que é uma consequência do desmatamento e uma das piores causas de perda de biodiversidade. Uma das origens do desmatamento são os incêndios florestais provocados pelo homem, a fim de modificar o uso da terra, como por exemplo, cultivar pastagens onde havia florestas. Estima-se que os incêndios florestais ocorrerão com mais frequência e maior intensidade em função do cenário desencadeado pelas mudanças climáticas. A partir da alteração do regime do fogo e aumento da ocorrência de incêndios florestais, um aumento na ocorrência de lianas nas florestas tropicais também é esperado, sobretudo nas florestas sazonais. Nesse contexto, essa tese teve como objetivo discutir a temática da infestação de lianas na floresta estacional semidecidual após ocorrência de incêndio florestal, sendo dividido em três capítulos, em formato de artigo. O primeiro capítulo foi uma revisão a respeito das lianas, suas características, sua relação com a floresta e com a ocorrência de distúrbios. O segundo capítulo avaliou a densidade e diversidade de lianas após a ocorrência de incêndio florestal. E o terceiro capítulo avaliou a infestação de lianas na floresta, traçando um perfil de ocupação das árvores hospedeiras pelas lianas, após a ocorrência de incêndio florestal. O fogo foi capaz de alterar a composição e estrutura de lianas, aumentando sua abundância e diminuindo a sua diversidade. A maioria das árvores foi infestada por lianas após o incêndio e a maioria das lianas infestou o tronco de árvores, indicando que elas ainda estão subindo até o dossel da floresta, e, portanto, competem a nível de solo (por água e nutrientes), mas ainda não competem a nível de luz. Os resultados encontrados mostram que mesmo a passagem de fogo de baixa intensidade foi capaz de oferecer condições para as lianas infestarem as árvores a ponto de se tornarem 65% mais abundantes e infestarem mais de 50% das árvores da área perturbada, cinco anos após a ocorrência do incêndio florestal. Diante do cenário exposto levando em consideração as condições climáticas que tendem a favorecer a ocorrência de incêndios florestais, as lianas se tornam um ponto chave para a conservação da biodiversidade e estocagem de carbono, devendo ser consideradas nos estudos de ecologia e dinâmica florestal a fim de que seu comportamento seja cada vez mais compreendido e soluções possam ser pensadas e propostas para que não haja perda de biodiversidade nem de estoque de carbono no futuro em função do seu aumento descontrolado causado pelo aumento da frequência de perturbações de origem antrópica. Palavras-chave: Cipós. Distúrbios em florestas. Fogo.Item Métodos estatísticos e sistema neuro-fuzzy aplicados na avaliação de impactos ambientais(Universidade Federal de Viçosa, 2015-11-30) Valdetaro, Erlon Barbosa; Silva, Elias; http://lattes.cnpq.br/6531597054204753O objetivo geral do trabalho foi avaliar a aplicabilidade do teste de qui-quadrado (χ2) e da lógica neuro-fuzzy na avaliação de impactos ambientais. Avaliou-se o uso dos métodos para reduzir a gama de dados de matrizes de interação e, assim, facilitar a exposição de seus resultados em audiências públicas e, também, calcular o grau de impacto a partir das características qualitativas do impacto ambiental. O estudo foi realizado com dados extraídos de matrizes de interação de avaliação quali-quantitativa de impactos ambientais de um programa de fomento florestal. O trabalho foi dividido em dois capítulos. No primeiro capítulo, por meio da estatística do qui-quadrado, foi investigado se a avaliação qualitativa das matrizes de interação exerce alguma influência nos resultados da avaliação quantitativa (grau de impacto) e também se os quadros de contingência, preparados para o teste, podem sintetizar as informações das matrizes de interação. Foi mostrado que existe uma associação entre as variáveis qualitativas e quantitativas e que os quadros de contingência são adequados para sintetizar os resultados das matrizes de interação de impactos ambientais, podendo ser utilizados em audiências públicas como forma de exposição dos resultados. No segundo capítulo foi avaliada a aplicabilidade de um sistema neuro-fuzzy para cálculo do grau de impacto ambiental a partir dos dados de avaliação qualitativa dos mesmos e, ainda, a capacidade dos gráficos de superfície, gerados pelo sistema, sintetizarem os resultados de matrizes de interação. Com os dados obtidos, foram criadas 87 regras e, após treinamento e teste, estimou-se 87 graus de impacto, um para cada regra, evidenciando que é possível a estimativa do grau de impacto por meio de sistema neuro-fuzzy. Os gráficos de superfície gerados pelo sistema se mostraram eficientes na síntese de resultados de matrizes de interação. Os dois métodos testados são capazes de reduzir a gama de dados de matrizes de interação e facilitam a exposição de resultados em audiências públicas.