Ciência Florestal
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Item A cultura tradicional do sertanejo e o seu deslocamento para a implantação do Parque Nacional Grande Sertão Veredas(Universidade Federal de Viçosa, 2006-04-05) Souza, Flávia Aparecida Andrade; Lima, Gumercindo Souza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723065Y4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4717079T9; Doula, Sheila Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785704Z8; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Ribeiro, Guido Assunção; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783554H6; Jacovine, Laércio Antonio Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723889U0Este trabalho investigou o conhecimento que as populações tradicionais detêm a respeito dos recursos naturais, sua relação com esses recursos e, especificamente, a relação entre a comunidade tradicional do Parque Nacional Grande Sertão Veredas e o parque; o histórico de sua ocupação da região, sua percepção da unidade, assim como seus anseios e sentimentos; objetivou-se também identificar os impactos que a retirada das populações tradicionais de seu habitat podem causar na vida, e até mesmo, na cultura dessas comunidades. O trabalho foi realizado em três etapas durante os anos de 2004 e 2005. A metodologia utilizada para a pesquisa foi uma metodologia estritamente qualitativa, utilizando-se a observação participante e entrevista semi-estruturada. A análise dos dados obtidos revelou que o parque é culturalmente muito rico e a população que reside ou residia em seu interior é, em sua grande maioria, tipicamente sertaneja e utiliza grande quantidade de recursos naturais provenientes dos ecossistemas locais, estes recursos são essenciais à sua sobrevivência e são utilizados a partir do conhecimento tradicional adquirido e repassado de geração em geração. O parque tem grande valor afetivo para seus moradores e ex-moradores e a relevância da área para a conservação após décadas de manejo por essas populações tradicionais, sugere que as áreas protegidas dos países em desenvolvimento sejam tratadas de uma forma diferente do que as áreas protegidas dos países desenvolvidos que possuem uma realidade cultural, social e ambiental bem distinta. O parque possui grande valor afetivo para seus moradores e a sua retirada da área foi muito sentida pelas populações tradicionais que possuem uma forma peculiar e diferenciada de apropriação dos recursos naturais, o que deveria ser levado em consideração pelas políticas públicas de gestão ambiental, pois tal conhecimento pode vir a se constituir importante instrumento de manejo e conservação de ecossistemas do cerrado.Item Impacto da BR-482 na intensidade de uso do habitat e na diversidade de mamíferos no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2008-10-02) Prado, Maressa Rocha do; Giudice, Gisele Mendes Lessa Del; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786794H3; Feio, Renato Neves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785728J7; Lima, Gumercindo Souza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723065Y4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4130151E7; Silva, Elias; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798029H5; Ribeiro, Guido Assunção; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783554H6O objetivo deste trabalho foi verificar a influência de uma rodovia sobre a comunidade de mamíferos no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB). Para isto foram estabelecidos dois grids (G1 e G2), compostos por três transectos de 300 m cada, paralelos à rodovia e distantes dela 10 m, 80 m e 150 m respectivamente. Cada transecto continha 10 parcelas de 1,0 x 1,0 m cada, com uma distância de 30 m entre elas. As parcelas foram preparadas com o próprio substrato, com auxílio de uma enxada e peneira, sendo iscadas com frutas e carne. Também foram feitas observações fora dos grids, onde puderam ser observados outros indícios de mamíferos. As coletas foram feitas durante os meses de fevereiro e agosto de 2008. A riqueza de espécies foi estimada a partir dos dados de presença ou ausência nas parcelas, pelo procedimento Jackknife 1 e utilizando o Programa EstimateS. Determinou-se a intensidade de uso do habitat através do número de registros de cada espécie nos transectos, sendo essas informações analisadas através do teste Qui-Quadrado de independência (χ2). Para quantificar a similaridade foi utilizado o Índice de Similaridade de Sorensen. Obteve-se o registro de 23 espécies de mamíferos, sendo 15 obtidas pela metodologia de parcelas, sendo a guilda mais representativa dos onívoros, seguido dos carnívoros e herbívoros. Foram encontradas armadilhas para captura de animais, e foi detectada a presença de animais domésticos na área; elementos que afetam diretamente a conservação da fauna. A estimativa de riqueza de espécies por guilda mostrou a presença dominante dos onívoros nas duas áreas, que pode ser explicado pela dieta pouco específica, e por possuírem uma maior tolerância a ambientes alterados. Quanto à intensidade de uso do habitat, não ocorreram variações entre os tratamentos, exceto nas espécies de maior abundância. Pôde ser verificado que o efeito de borda atingiu até os 150 m para dentro da floresta em ambas as áreas. Somente em G1 pôde ser observado a riqueza de espécies sendo afetada pela presença da rodovia; tal resultado corrobora a hipótese de que as atividades administrativas estariam afetando diretamente os mamíferos e com mais intensidade que a rodovia. As análises de similaridade revelaram que em G1 há uma mudança gradual na diversidade de espécies à medida que se afasta da rodovia, e em G2 indicou que as espécies se distribuem de forma equitativa, e pode-se dizer que a presença da rodovia não é tão sentida neste local. Sendo assim, foi observado para o PESB que as espécies são típicas de ambientes de borda e de taxa generalistas.Item Impactos e realidade dos incêndios florestais nas unidades de conservação brasileiras(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-08) Bontempo, Gínia César; Ribeiro, Guido Assunção; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783554H6; Doula, Sheila Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785704Z8; Lima, Gumercindo Souza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723065Y4; http://lattes.cnpq.br/7740263302383138; Sant'anna, Cléverson de Mello; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799669T6; Batista, Antônio Carlos; http://lattes.cnpq.br/5978707229868875Esta pesquisa teve como objetivos identificar e avaliar, qualitativamente, os impactos ambientais decorrentes do uso do fogo no manejo do solo; avaliar as condições de prevenção e combate a incêndios florestais nas unidades de conservação federais; e avaliar a aplicabilidade do Registro de Ocorrência de Incêndio (ROI) bem como fornecer subsídios para seu melhor preenchimento e utilização por parte dos gestores das unidades de conservação. A metodologia usada foi essencialmente descritiva. Os procedimentos metodológicos utilizados foram a pesquisa bibliográfica; as técnicas de Avaliação de Impactos Ambientais: Ad Hoc, Rede de Interação e Check-list; a pesquisa documental; o levantamento das condições de prevenção e combate a incêndios florestais das unidades de conservação federais por meio da aplicação de questionário on line; e a pesquisa de campo no Parque Nacional do Caparaó por meio da realização de entrevista junto à equipe técnica e da observação não participante da atuação dos brigadistas. A coleta de dados ocorreu entre os meses de abril de 2010 e março de 2011. Os dados obtidos foram analisados utilizando-se a estatística descritiva. Foram identificados 79 impactos ambientais, sendo dez deles no meio físico (12,5%), 25 no meio biótico (31,5%) e 44 no meio antrópico (56%). Apenas 16 impactos foram considerados positivos (20%) e nove deles (56%) dizem respeito ao uso da técnica da queima controlada. A grande quantidade de impactos considerados regionais (45; 57%) indica a repercussão do uso do fogo no ambiente. Sessenta e sete impactos foram considerados reversíveis (85%), o que indica a possibilidade de reverter a maior parte dos impactos identificados. Entre as unidades pesquisadas, 77% não têm pessoal permanente para atuar na prevenção e combate a incêndios florestais e 48% delas não tiveram brigadistas contratados temporariamente em 2010. Das unidades avaliadas, 66% não têm infraestrutura adequada; 54% não têm equipamentos de proteção individual suficientes; 63% não têm equipamentos e ferramentas suficientes; 67% não têm sistemas de comunicação e localização suficientes; e 64% das unidades não têm meios de transporte suficientes para a prevenção e combate a incêndios florestais. O grau de satisfação para cada um dos itens mencionados alcançou frequência sempre superior a 50% no somatório das categorias muito baixo , baixo e médio dentre as cinco categorias analisadas. Apenas 14% das unidades pesquisadas preenchem o Registro de Ocorrência de Incêndio (ROI) em todas as vezes que ocorre o incêndio. O preenchimento do ROI envolve a participação de diferentes colaboradores incluindo membros da equipe técnica e brigadistas. Foram listadas 23 diferentes habilidades e competências necessárias ao preenchimento do ROI, relacionadas aos campos das ciências naturais e sociais. São necessários 16 diferentes instrumentos e equipamentos para a obtenção dos dados. É possível obter as informações solicitadas no ROI, desde que haja recursos humanos, capacitação e equipamentos para tal. Por meio deste estudo foi possível concluir que o uso do fogo gera, principalmente, impactos negativos, regionais e reversíveis, o que reforça a importância e a necessidade de políticas públicas e programas de educação ambiental direcionados ao uso do fogo na agropecuária; é urgente o investimento em recursos humanos e financeiros para adequação das unidades de conservação na prevenção e combate a incêndios florestais; o ROI é um instrumento adequado e fundamental na elaboração de estratégias regionais e nacionais de prevenção da ocorrência de incêndios florestais nas unidades de conservação.Item Implementação e fator de qualidade de áreas de proteção ambiental em Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2008-12-05) Oliveira, Viviane da Silva de; Ribeiro, Guido Assunção; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783554H6; Fontes, Luiz Eduardo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783256H7; Lima, Gumercindo Souza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723065Y4; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4250947Y6; Jacovine, Laércio Antonio Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723889U0; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4A Área de Proteção Ambiental (APA) é uma categoria de Unidade de Conservação de Uso Sustentável que tem como objetivo disciplinar a ocupação humana e conciliar o uso do solo com a conservação dos recursos naturais. A partir do ano 2000, houve grande expansão na criação de APAs no Brasil, especialmente nos municípios pertencentes aos estados que repassam ICMS Ecológico. As APAs representam aproximadamente 42% do total de Unidades de Conservação de Uso Sustentável em Minas Gerais, ocupando mais de 78% do total de hectares de áreas protegidas no Estado. Neste contexto, o presente trabalho objetivou avaliar a situação das APAs em Minas Gerais, no que se refere à efetividade na conservação da biodiversidade e dos recursos naturais e a pontuação das APAs do Estado, no Fator de Qualidade. O Fator de Qualidade é um instrumento determinado pela Deliberação Normativa nº 86/05 do Conselho Estadual de Política Ambiental (DN/Copam) que tem como finalidade avaliar qualitativamente o funcionamento das Unidades de Conservação (UCs), por meio de parâmetros e procedimentos relacionados à gestão. O Estado de Minas Gerais, atualmente repassa o ICMS Ecológico (Lei Estadual/MG 13.803/2000) de acordo com o Fator de Qualidade alcançado pelas UCs. Foram analisados dados da Diretoria de Áreas Protegidas do IEF - Instituto Estadual de Florestas, no período 2004-2008, referentes ao cadastramento e recadastramento destas UCs, parâmetros e instrumentos legais referentes à criação, implementação e avaliação qualitativa de seu funcionamento. Foi realizado um estudo de caso que avaliou o processo de implementação de duas APAs municipais, situadas em Espera Feliz/MG, de acordo com os parâmetros e critérios do Fator de Qualidade estabelecidos pelo Estado, adotando metodologias de gestão participativa. O estudo mostrou que a grande maioria das APAs não está efetivamente implementada, apresentando carência de corpo técnico capacitado para implementar e gerenciar as unidades criadas. Tais fatores evidenciaram que o repasse de ICMS Ecológico teve ação indutora direta na criação destas unidades em detrimento dos objetivos de conservação. Além disso, a implantação de novos instrumentos de avaliação, utilizados atualmente pelo Estado, tem estimulado a implementação e a melhoria da qualidade destas unidades e apresentado mais rigor no processo de criação e implementação desta categoria de Unidade de Conservação, sobretudo no repasse de ICMS Ecológico, apontando um grande avanço na história das APAs que, se bem manejadas, podem ser consideradas áreas piloto para aplicação de ações sustentáveis integradas com a conservação da biodiversidade.Item Ocorrência de incêndios florestais e educação ambiental nos parques abertos à visitação pública em Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2006-12-20) Bontempo, Gínia César; Ribeiro, Guido Assunção; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783554H6; Doula, Sheila Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785704Z8; Lima, Gumercindo Souza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723065Y4; http://lattes.cnpq.br/7740263302383138; Ribeiro, Kátia Torres; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795752U6; Gonçalves, Wantuelfer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785438Z8Este trabalho teve como objetivo geral levantar e conhecer as medidas educativas adotadas na prevenção de incêndios florestais nos parques estaduais e nacionais abertos à visitação pública em Minas Gerais. Por se tratar de uma pesquisa social, de caráter qualitativo, foram utilizados para a coleta de dados o levantamento, a pesquisa documental e a pesquisa de campo. Aos gerentes dos parques foi aplicada uma entrevista semi-estruturada e solicitado o material educativo. De posse do levantamento feito por meio das entrevistas e da coleta dos materiais educativos, selecionaram-se as cartilhas Queimada Controlada e Queima Controlada Orientações e Procedimentos, para a análise participativa envolvendo a comunidade do entorno do Parque Nacional do Caparaó. A pesquisa mostrou que os incêndios florestais constituem um desafio real e constante para os gerentes dos parques abertos em Minas Gerais. De forma geral, está havendo uma redução das áreas queimadas, muito em função dos avanços nas medidas de redução de propagação do fogo, como, por exemplo, a formação de brigadas, a construção do aceiro e o monitoramento, por satélite, de focos de calor. Com relação às medidas educativas, observou-se que, de forma geral, estas têm se limitado às campanhas de sensibilização, com a realização, principalmente, de palestras e distribuição de cartilhas e folhetos que instruem sobre a legislação, os riscos e os prejuízos relacionados ao uso do fogo, além de orientar a respeito da técnica da queima controlada. A análise participativa demonstrou que os produtores rurais detêm conhecimento sobre o uso do fogo, que é transmitido de geração em geração. O fogo que se torna incêndio e atinge as unidades de conservação nem sempre é resultado da falta de cuidado ou de informação a respeito da técnica por parte do produtor, e, sim, de sua relação conflituosa com a unidade, pela morosidade do processo de indenização ou pelo impedimento de antigas atividades econômicas. Considerando os princípios do Método de Compreensão Crítica de Paulo Freire, conclui-se que há, ainda, muito a ser feito com relação às medidas educativas, que podem, a médio e longo prazo, proporcionar resultados duradouros e permanentes. Para isto, é necessário que os órgãos gestores, IEF e IBAMA, invistam em recursos humanos, criando equipes multidisciplinares capacitadas a interagir com as comunidades-alvos por meio de metodologias participativas. Que se discuta, coletivamente, a origem dos incêndios e se proponha alternativas ao uso do fogo, já que foi apontado nesta pesquisa que a causa principal dos incêndios é criminosa. É preciso também que os órgãos gestores apóiem financeira e logisticamente as iniciativas das unidades de conservação na confecção de seu próprio material educativo, que, com certeza, será contextualizado às suas particularidades e, conseqüentemente, mais eficaz.Item Percepção ambiental e relação dos moradores com as APAs Alto Taboão e Caparaó, no Estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-02) Drumond, Ana Carolina de Freitas; Doula, Sheila Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785704Z8; Ribeiro, Guido Assunção; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783554H6; Lima, Gumercindo Souza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723065Y4; Jucksch, Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723123H4; Gonçalves, Wantuelfer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785438Z8O presente estudo teve como objetivo avaliar a relação e a percepção ambiental dos moradores sobre a Área de Proteção Ambiental Alto Taboão em Espera Feliz, MG e a Área de Proteção Ambiental Caparaó, em Caparaó, MG. A abordagem tem caráter qualitativo e a metodologia utilizada para coleta de dados foi pesquisa de campo, documental e bibliográfica, assim como técnicas de Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) e entrevistas semi-estruturadas realizadas com os residentes nas mesmas. Como resultado, o estudo comparativo sobre as APAs abordadas apontou que a existência de infra-estrutura não garante sua implementabilidade. Entretanto, contribui para a sensibilização das populações residentes, servindo como uma referência espacial para as mesmas. Apesar das populações analisadas desconhecerem que residem em uma Área de Proteção Ambiental, estas possuem sensibilidade em relação aos problemas ambientais existentes. Cerca de 80% dos entrevistados, na APA Alto Taboão e 40% na APA Caparaó, não compreendem o significado e os objetivos das APAs. Cerca de 28% dos entrevistados na APA Alto Taboão e 10%, na APA Caparaó, não souberam dizer quais benefícios uma APA poderia trazer para as comunidades e suas famílias. E a maioria, 75%, não acredita que as APAs possam trazer quaisquer prejuízos às comunidades e às suas famílias. Desta forma, as APAs não causaram impactos significativos no cotidiano das comunidades envolvidas e não têm cumprido seus objetivos para os quais foram criadas. Verificou-se, também, que os moradores das comunidades estão conscientes e desejam que sejam implementadas ações de conservação e recuperação ambiental nas APAs. No entanto, para se atingir metas para a conservação, é de suma importância a participação das comunidades nos conselhos gestores das unidades, esclarecimento sobre os objetivos existenciais das APAs e compromisso das autoridades em implementá-las de fato. A região possui potencial para proteger grandes áreas por meio da integração ou da gestão em mosaico das unidades de conservação de diferentes categorias. As Áreas de Proteção Ambiental Alto Taboão e Caparaó devem ser implementadas conforme seus objetivos de criação e manejo.