Ciência Florestal
URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/171
Navegar
Item Análise da gestão institucional e da atuação de Organizações Não Governamentais ambientalistas mineiras(Universidade Federal de Viçosa, 2008-06-30) Rodrigues, Jaqueline Sicupira; Griffith, James Jackson; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787063H6; Fontes, Luiz Eduardo Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783256H7; Jacovine, Laércio Antonio Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723889U0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4211575Z3; Ribeiro, Guido Assunção; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783554H6; Silva, Elias; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798029H5As ONGs (Organizações Não Governamentais) são entidades voltadas para a defesa da cidadania, legalmente constituídas sob a forma de associação ou fundação. É um subconjunto do terceiro setor formado por entidades sem fins econômicos, em função de um bem coletivo e não governamentais. As ONGs podem apresentar diversas finalidades, dentre elas, a proteção ao meio ambiente. As organizações que atuam na área ambiental teem exercido um papel fundamental na evolução da gestão ambiental no Brasil, entretanto, carecem de uma gestão organizacional mais adequada. Neste contexto, esse estudo teve como objetivo descrever e analisar a gestão organizacional e a atuação das ONGs ambientalistas mineiras na proteção ao meio ambiente. Especificamente, pretendeu-se descrever os componentes da gestão organizacional (recursos humanos, parcerias, objetivos e ações estatuárias, áreas de atuação e perfil de liderança) e analisar o desenvolvimento organizacional das ONGs; conhecer e qualificar o trabalho voluntário existente nas ONGs, identificando a contribuição do voluntariado para a proteção ambiental por meio da sua valoração; e conhecer a atuação individual e coletiva das ONGs como forma de influenciar a internalização das externalidades. Para alcançar os objetivos pretendidos, o universo em estudo foi composto pelas organizações do Fórum de ONGs Ambientalistas e Poder Público de Minas Gerais , formado por 78 organizações. Os dados foram coletados a partir dos arquivos do Fórum, além de levantamentos adicionais realizados com uma parcela das entidades (23% das ONGs do Fórum), por meio de consulta a estatutos e relatórios de suas atividades e aplicação de questionário. Os resultados indicaram que, nas reuniões do Fórum de ONGs, as organizações discutem, principalmente, assuntos relacionados a políticas públicas, com ênfase para temas como legislação e licenciamento ambiental. As ONGs atuam coletivamente, por meio do Fórum, nas políticas públicas, e, individualmente, principalmente na prestação de serviços, relacionados aos temas educação ambiental, pesquisas e publicações. Ambas as atuações contribuem para a proteção e conservação do patrimônio natural, porém, apesar de a atuação ser diversificada, é também pulverizada. Com isso, acaba por não alavancar resultados significativos na internalização das externalidades em nível estadual. Estas ações podem ser potencializadas a partir do aprimoramento da gestão organizacional. Conclui-se que questões que envolvam a ampliação do quadro de voluntários e uma reflexão focada nos perfis de liderança poderão contribuir para alavancar avanços em termos de gestão.Item Análise técnica, econômica e ambiental de macaúba e de pinhão-manso como alternativas de agregação de renda na cadeia produtiva de biodiesel(Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-24) Tolêdo, Diego de Paula; Carneiro, Angélica de Cássia Oliveira; http://lattes.cnpq.br/9474032258378987; Soares, Carlos Pedro Boechat; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798603J4; Jacovine, Laércio Antonio Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723889U0; http://lattes.cnpq.br/9759448593035238; Dias, Luiz Antonio dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763137P6; Leite, Hélio Garcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785373Z6Com o aumento da concentração de gases na atmosfera, o efeito estufa vem se agravando e ocasionando a elevação da temperatura global, principalmente pela queima de combustíveis fósseis observada desde a Revolução Industrial. É notório que ações antrópicas têm aumentado a emissão de gases causadores do efeito estufa (GEE) e comprometido a sustentabilidade ambiental do Planeta. No cenário de mudanças climáticas, a busca por fontes renováveis de energia, a preservação ambiental e o projeto de mudanças de uso da terra com plantios energéticos são saídas viáveis para contribuir reduzir os gases de efeito estufa. Assim, o objetivo deste trabalho foi realizar uma análise técnica, econômica e ambiental das culturas de macaúba e do pinhão-manso como alternativas de agregação de renda na cadeia produtiva de biodiesel. Os objetivos específicos foram: propor a produção de briquetes dos resíduos da exploração dos frutos da macaúba e da torta gerada pela extração de óleo das sementes do pinhão-manso; analisar economicamente o extrativismo dos frutos de macaúba com a simulação de uma unidade de produtos energéticos, em forma de cooperativas de produtores rurais; e quantificar o estoque de biomassa e carbono das duas culturas. Como resultado deste trabalho concluiu-se que a produção de briquetes dos resíduos estudados, em mistura com partículas de eucalipto, é tecnicamente viável pelos testes de densidade básica, variação volumétrica e resistência à compressão plana. O efeito da mistura e dos tempos de prensagem foram os parâmetros que mais influenciaram a produção dos briquetes. A produção de briquetes de endocarpo de macaúba foi viável até uma proporção de 50% do resíduo com o eucalipto; de epicarpo de macaúba com o uso apenas do resíduo; e da torta de pinhão-manso com até 75% de mistura com o eucalipto. O projeto de unidade de fabricação de produtos energético dos frutos de macaúba para atender ao extrativismo de uma área de regeneração natural de 200 ha foi viável economicamente pelos critérios econômicos de VPL, TIR e VAE, com valores de R$ 2.667,23, 12,07% e R$ 282,94.ano-1, respectivamente. Contudo, uma análise financeira do empreendimento mostra que ele não foi atrativo. O estoque de carbono encontrado no quarto ano da cultura do pinhão-manso foi de 6,92 MgC.ha-1, correspondendo a um IMA de 6,769 MgCO (eq).ha-1.ano-1, que convertidos em créditos de carbono podem gerar uma receita bruta de R$200,81.ha-1.ano-1. O estoque de carbono da área de regeneração natural de macaúba foi de 33,851 MgC.ha-1, correspondendo a 12,412 MgCO2 eq.ha-1, que convertidos em créditos de carbono podem gerar uma receita bruta de R$3.682,14.ha-1 da área que for destinada à conservação da espécie. Estes resultados mostram que tanto o pinhão-manso quanto a macaúba são espécies com forte potencial de uma geração de renda para produtores rurais que queiram fornecer matéria-prima para a indústria do biodiesel, geração de produtos energéticos renováveis, mitigando o aquecimento global, e para elaboração de projetos de MDL na cadeia produtiva do biodiesel.Item Análises técnica e econômica da geração de créditos de carbono em projetos florestais na região de Viçosa, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-14) Torres, Carlos Moreira Miquelino Eleto; Soares, Carlos Pedro Boechat; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798603J4; Oliveira Neto, Silvio Nolasco de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723934E9; Jacovine, Laércio Antonio Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723889U0; http://lattes.cnpq.br/2087212860072636; Souza, Agostinho Lopes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787807J6; Nardelli, áurea Maria BrandiO objetivo geral do trabalho foi fazer análises técnica e econômica da geração de créditos de carbono em projetos florestais na região de Viçosa, MG. O estudo foi desenvolvido no Parque Tecnológico de Viçosa, que tem em sua área um Fragmento de Floresta Estacional Semidecidual Montana, com 44,11 ha, plantios florestais de restauração florestal e Sistemas Silvipastoris com eucalipto, cedro australiano e espécies nativas (Anadenanthera peregrina, Piptadenia gonoacantha, Apuleia leiocarpa, Plathymenia foliolosa, Copaifera langsdorffii, Hymenaea courbaril). O trabalho foi divido em quatro capítulos. No primeiro capítulo, analisou-se a estrutura florística e fitossociológica da floresta nativa existente na área de estudo. Para essas avaliações, foram lançadas 22 parcelas com 500 m2 (10 x 50m), em que todos os indivíduos com DAP≥ 5 cm tiveram sua circunferência na altura do peito (1,30 m) e sua altura total mensuradas. A composição florística constou de 40 famílias, 95 gêneros e 135 espécies. O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H ) para a área estudada foi de 3,94. As espécies que se destacaram no índice de valor de importância volumétrica foram Piptadenia gonoacantha, Mabea fistulifera, Anadenanthera peregrina, Apuleia leiocarpa , Siparuna guianensis, Eucalyptus sp., Matayba elaeagnoides, Bathysa nicholsonii, Annona sp., contribuindo com 39,36% para este índice. No segundo capítulo, foram quantificadas a biomassa e a estocagem de carbono nessa mesma área. Para isso, foram utilizadas duas metodologias distintas, uma com equações regionais e outra sugerida pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima (IPCC). A biomassa média para as espécies com DAP≥ 5 cm foi de 98,46 t ha-1, utilizando equações regionais e 89,41 t ha-1, com a sugerida pelo IPCC. Essa metodologia subestima em 9,11% a biomassa, em relação às equações regionais. A estocagem média de carbono foi de 46,76 e de 42,03 para a metodologia, utilizando equações regionais e pelo IPCC, respectivamente. A metodologia do IPCC subestima em 10,04% o carbono em relação às equações regionais. A biomassa média do sub-bosque, indivíduos vivos com DAP < 5 cm, foi de 6,96 e 5,10 t ha-1, e a estocagem de carbono foi de 3,73 e 2,40 t ha-1 para a metodologia utilizando equações regionais e pelo IPCC, respectivamente. A biomassa média para a serapilheira foi de 11,57 e 11,54 t ha-1, para a metodologia utilizando equações regionais e para a do IPCC, respectivamente. A estocagem média de carbono foi de 5,82 e 4,27 t ha-1, utilizando equações regionais e para a do IPCC. A metodologia do IPCC tem como característica subestimar a biomassa e o carbono em relação às equações regionais. No terceiro capítulo, foram avaliados a sobrevivência e o crescimento inicial das espécies plantadas em uma área no Parque Tecnológico de Viçosa. O plantio foi realizado utilizando um Delineamento em Blocos Casualizados (DBC), em que foram estabelecidos quatro blocos. Em cada bloco, foram aplicados quatro diferentes espaçamentos (2x2m, 3x3m, 3x4m, e 3x5m), sendo que as espécies plantadas pertencem a diferentes categorias sucessionais (pioneiras, secundárias iniciais, secundárias tardias e sem caracterização). Nas parcelas, foram avaliados a sobrevivência, o diâmetro ao nível do solo e a altura total das espécies. A sobrevivência foi de 82,97%, 82,98%, 77,69% e 77,74% para os espaçamentos 2x2, 3x3 3x4 e 3x5, respectivamente, não havendo diferença estatística entre eles pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade. O diâmetro ao nível do solo médio das espécies foi de 25,48mm, 23,78mm, 24,03mm e 23,66 para os espaçamento 2x2, 3x3 3x4 e 3x5, respectivamente, não existindo diferença estatística entre eles. A altura total média para as plantas foi de 120,73 cm, 120,42; 112,83 e 112,99 cm, para os espaçamentos 2x2, 3x3 3x4 e 3x5, respectivamente, não existindo, também, diferença estatística entre eles. As espécies pioneiras e secundárias inicias foram as que obtiveram maiores valores de diâmetro ao nível do solo e altura total, respectivamente. As espécies Plathymenia foliolosa e Platypodium elegans se destacaram tanto em relação ao diâmetro ao nível do solo, quanto na altura. No quarto capítulo, avaliou-se a viabilidade econômica de projetos florestais com a inclusão de créditos de carbono. Para isso, foram analisados separadamente a floresta nativa (REDD), as áreas de restauração florestal e os Sistemas Silvipastoris com eucalipto, com cedro australiano e com espécies nativas. Para cada projeto, foram calculados a estocagem de carbono, os custos e as receita para um horizonte de planejamento de 30 anos. Os critérios econômicos utilizados foram Valor Presente Líquido (VPL), Valor Anual Equivalente (VAE) e Taxa Interna de Retorno (TIR). Em todos os cenários estudados, a inclusão dos créditos de carbono proporcionou um aumento no VPL, VAE e TIR. Em termos percentuais, os créditos elevaram o VPL e VAE em 10,26%, 13,81%, 12,65%; 6,96% e 5,20%, no REDD, restauração florestal, Sistema Silvipastoril com espécies nativas, eucalipto e cedro australiano, respectivamente. Em relação à TIR, o Sistema Silvipastoril com espécies nativas obteve um aumento de 1,35%, com eucalipto de 3,53% e com cedro australiano de 1,58%. Pode-se concluir pelo trabalho que, em função de a metodologia do IPCC subestimar o carbono estocado nas florestas, é necessário ajustar equações para cada fitofisionomia a fim de obter estimativas mais precisas. Estudos sobre sobrevivência e crescimento das espécies podem servir para diminuir as incertezas relacionadas aos projetos florestais e, com isso, incrementar sua inserção no mercado de carbono. Para que pequenas propriedades sejam inseridas em projetos de créditos de carbono, é necessário que sejam organizadas em cooperativas e/ou associações.Item Certificação de manejo florestal em programas de fomento(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-14) Basso, Vanessa Maria; Griffith, James Jackson; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787063H6; Jacovine, Laércio Antonio Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723889U0; http://lattes.cnpq.br/5828424807413864; Nardelli, áurea Maria Brandi; Alves, Ricardo Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/8779279236738059; Souza, Agostinho Lopes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787807J6O setor de base florestal vem se destacando nas últimas décadas, gerando emprego e renda em várias regiões do país, principalmente, através dos plantios florestais. Nos últimos anos, o aumento da demanda por produtos de origem florestal no mercado fez com que as empresas do setor iniciassem programas de expansão. Mas, devido às pressões socioambientais e aos altos custos de investimentos, essas organizações têm evitado o aumento de produção pela aquisição de novas áreas. Uma das alternativas encontradas foi a criação de programas de fomento, nos quais os plantios são realizados em parcerias com produtores rurais. Com o aumento da área de fomento no Brasil, pode haver questionamentos por parte da sociedade a respeito da sustentabilidade ambiental, social e econômica deste sistema de produção. Para as áreas próprias, essa sustentabilidade é atestada pela certificação do manejo florestal. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo analisar o contexto e a aplicação da certificação florestal para os pequenos produtores florestais brasileiros. Inicialmente, procurou-se entender o funcionamento destes programas de fomento no meio rural, analisando suas vantagens e benefícios. Verificou-se que há três setores do meio agrário cujos tipos de programas se aproximam daqueles praticados no setor florestal, sendo eles: avicultura, suinocultura e fumicultura. Notou-se que os programas de fomento florestal são mais recentes que os outros, não tendo se consolidado completamente e necessitam de ajustes em seus contratos. Mas, de forma geral, conclui-se q ue, além da especialização técnica aos produtores, esses programas trazem benefícios à sociedade, uma vez que há uma tendência cada vez maior de cobrança do atendimento dos requisitos legais e outras questões relacionadas aos aspectos ambientais e sociais nas propriedades. Também foi necessário entender o contexto do processo de certificação florestal no Brasil. Com isso, verificou-se a situação da certificação florestal no Brasil e no mundo, com foco nas certificações em grupo, de forma a analisar as perspectivas de certificação para pequenos e médios produtores florestais. Como resultado, verificou-se que o número de unidades de manejo com a certificação florestal no mundo são bastante expressivos, mas o percentual em grupo é pequeno. No Brasil, a situação não difere, pois são somente sete certificados em grupo (7,8%), sendo todos referentes ao manejo de florestas nativas, localizados na Região Amazônica. Apesar das várias dificuldades para obtenção da certificação, acredita-se que a certificação em grupo seja a alternativa mais viável para pequenos e médios produtores florestais brasileiros. Por fim, avaliou-se um grupo de produtores florestais no atendimento aos princípios e critérios da certificação florestal. O objetivo foi avaliar a real situação dos produtores florestais brasileiros e as principais dificuldades para a adequação ao processo de certificação. Como resultado verificou-se que todas as propriedades apresentaram algum tipo de não conformidade em relação ao atendimento aos princípios e critérios da certificação. Os principais problemas encontrados estavam diretamente relacionados aos trabalhadores, desde a falta de registros, pagamentos extras, condições inadequadas de trabalho, ausência de equipamentos de segurança, entre outros. As atividades que apresentaram os maiores problemas foram a aplicação de herbicidas e a colheita. Ao final, pode-se concluir que a adequação das propriedades é um desafio e dependerá de esforço conjunto dos produtores e das empresas fomentadoras.Item Contabilidade ambiental: evidenciação das questões ambientais em relatórios contábeis pelas empresas florestais de capital aberto(Universidade Federal de Viçosa, 2009-02-17) Moreira, Adriane Bernardo de Oliveira; Silva, Márcio Lopes da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784225D6; Valverde, Sebastião Renato; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727576Y0; Jacovine, Laércio Antonio Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723889U0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4210912U1; Leite, Hélio Garcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785373Z6; Gomes, Ricardo Corrêa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790595U6A preservação do meio ambiente tem sido, nas últimas décadas, um assunto explorado por todos os meios de comunicação; é evidente a mudança de conceito sobre o tema: conservar o meio ambiente deve ser feito de forma sustentável, para benefício das gerações futuras. Sob esse aspecto, devem-se ressaltar os avanços promovidos pelo setor florestal em relação à conservação ambiental no manejo das florestas plantadas. Neste contexto, o estudo teve como objetivo avaliar como as empresas de base florestal de capital aberto têm evidenciado as questões ambientais em seus relatórios. A pesquisa incluiu uma revisão das características da informação contábil e dos principais conceitos relacionados com a contabilidade ambiental, identificando a contribuição dessa ciência para se evidenciar a relação entre empresas e meio ambiente. Foram pesquisadas sete empresas brasileiras de base florestal de capital aberto, que divulgam suas demonstrações contábeis no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no período de 1997 a 2007. O problema foi investigado e os pressupostos da pesquisa foram confirmados; houve uma evolução na divulgação das informações de caráter ambiental, mas ainda é preciso melhorar esse fluxo. Algumas ressalvas devem ser observadas, como, por exemplo, inserir as informações ambientais nos demonstrativos contábeis. Sugere-se que sejam realizadas outras pesquisas na área da ciência contábil quanto a outras questões ambientais relacionadas com o setor florestal brasileiro.Item Critérios e indicadores ambientais utilizados por bancos de desenvolvimento para avaliação de projetos(Universidade Federal de Viçosa, 2006-04-28) Silva, Elaine Cristina Gomes da; Jacovine, Laércio Antonio Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723889U0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4130693T5; Valverde, Sebastião Renato; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727576Y0; Silva, Márcio Lopes da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784225D6; Silva, Elias; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798029H5; Silva Júnior, Aziz Galvão da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797493T5O setor financeiro brasileiro tem avançado bastante na incorporação de questões ambientais, buscando integrar o exercício de seu papel social às práticas de negócio. Em face dessa responsabilidade, os bancos necessitam avaliar em conjunto as questões econômicas com a performance ambiental de cada empresa, beneficiando aquelas que melhor se desempenharem nessas questões para que não comprometam a imagem comercial e financeira da própria instituição. Dessa forma, este estudo teve como objetivo realizar uma análise comparativa do desempenho dos bancos de desenvolvimento brasileiros quanto à contribuição deles para o desenvolvimento sustentável, através do uso de critérios e indicadores dentro de políticas ambientais que subsidiem a avaliação de projetos pleiteadores de financiamento creditício. Para tal análise, compararam-se as principais políticas ambientais adotadas pelas instituições financeiras no Brasil e no mundo; as definições e classificações dos critérios/indicadores que compuseram essas políticas; o desempenho operacional dos bancos em volume de financiamentos (valor); e as políticas ambientais mais utilizadas no Brasil e no mundo com as empregadas atualmente pelos bancos pesquisados. Os procedimentos metodológicos foram divididos em duas partes, sendo que na primeira se buscou uma contextualização sobre o uso de critérios e indicadores ambientais e, na segunda parte, definiu-se a amostra e, após a obtenção das informações solicitadas, fez-se a comparação entre elas. Para o desenvolvimento do trabalho, foi realizada uma pesquisa analítica comparativa, descrevendo-se qualitativa e quantitativamente as políticas ambientais dos bancos de desenvolvimento que compuseram a amostra (BANDES, BDRE, BNDES e BDMG). Pelos resultados, pôde-se concluir que, em meio aos vários modelos de políticas ambientais que estão surgindo no Brasil e no mundo, o uso de critérios e indicadores ambientais tem sido feito além da limitação ao cumprimento da legislação, mas no sentido de estimular as práticas socioambientais menos danosas aos tomadores de crédito; que as políticas Princípios do Equador e Diretrizes JBIC demonstraram maior desempenho no processo seletivo de projetos em relação às demais; houve grande aumento no volume (valor) de financiamentos para empresas (aumentando a coresponsabilidade dos bancos); e que, dos quatro bancos pesquisados, dois obtiveram melhor desempenho com relação aos demais, todavia se percebeu ainda a deficiência na utilização de critérios que valorizem o processo seletivo de projetos dos quatro bancos. Após tais proposições, sugeriu-se a adoção de alguns critérios não empregados por nenhum dos bancos estudados. Este estudo pode contribuir para com os bancos financiadores na avaliação de projetos, beneficiando ou enquadrando aqueles que apresentarem maiores características de sustentabilidade e que acarretarem menores danos ao meio ambiente, além da melhoria da imagem do banco financiador.Item Estocagem e compensação de carbono pelas árvores do campus-sede da Universidade Federal de Viçosa(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-13) Brianézi, Daniel; Soares, Carlos Pedro Boechat; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798603J4; Jacovine, Laércio Antonio Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723889U0; http://lattes.cnpq.br/2835157934367913; Gonçalves, Wantuelfer; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785438Z8; Silva, Cláudio Mudado; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727931T6O objetivo geral deste estudo foi inventariar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) das principais atividades do campus-sede da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e avaliar o potencial de estocagem e compensação de carbono pela arborização da UFV. Deste modo, a pesquisa, dividida em quatro capítulos, foi realizada no campus-sede da UFV localizado no município de Viçosa, MG. No capítulo 1, realizou-se o levantamento arbóreo das vias de acesso, estacionamentos e arboretos da UFV, identificando 100% das espécies encontradas, além da frequência dos indivíduos, condição fitossanitária e dispersão. Foram inventariados 2.893 indivíduos, distribuídos em 114 espécies e 34 famílias botânicas, sendo duas espécies pertencentes ao grupo das gimnospermas. O oiti, Licania tomentosa, é a espécie mais plantada, totalizando 448 indivíduos, seguida de Michelia champaca (magnólia) com 304 árvores. No capítulo 2, quantificou-se o estoque de carbono presente na arborização do campus-sede da UFV, por meio de equações alométricas ajustadas para estimar carbono das árvores individuais. A partir dos dados de cubagem rigorosa em pé dos indivíduos arbóreos, de densidade básica e do teor de carbono adotado, calculou-se o carbono presente nas árvores-amostra. Posteriormente, foram avaliados os modelos de Schumacher e Hall (1933) e Spurr (1952), modificados para estimar o carbono total presente na arborização do campus. O modelo de Schumacher e Hall (1933) foi o que apresentou maior precisão para o carbono total e dos galhos. As árvores apresentaram, em média, 221,24 Kg de carbono por indivíduo, valor superior ao encontrado para as palmeiras que foi de 101,50 KgC.indivíduo-1. Com base na idade de plantio das árvores do campus, obteve-se um Incremento Médio Anual em Carbono (IMAC) de 7,79 KgC.indivíduo-1.ano-1. A espécie Lecythis pisonis (sapucaia) foi a que apresentou maior incremento, resultando em 27,60 KgC.indivíduo-1.ano-1, sendo assim, uma das mais indicadas para arborização, quando idealiza-se a compensação de carbono. Analisando a área de copa ocupada pelos indivíduos avaliados, com média de 25 anos, obteve-se um estoque médio de carbono de 54,0 tC.ha-1, resultado superior ao encontrado em florestas nativas do Cerrado stricto sensu e na Caatinga, mas inferior ao encontrado em outras tipologias florestais. No capítulo 3, quantificou-se as emissões de GEE das atividades desenvolvidas no campus-sede da Universidade Federal de Viçosa. Com base na ABNT NBR ISO 14.064 (2007) e nas diretrizes do GHG Protocol Brasil, definiu-se os limites organizacionais e operacionais do inventário, seus escopos e as fontes emissoras de GEE. Dentro de cada escopo, quantificou-se as emissões de GEE das fontes emissoras, conforme metodologias desenvolvidas pelo IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories (2006). O campus-sede da UFV emitiu, durante o ano-base, 6.034,18 tCO2e., sendo o Escopo 1 responsável por 61,0% desta estimativa, destaque para a pecuária (3.071,64 tCO2e.). O manejo dos resíduos sólidos da UFV, que compreende o Escopo 3, foi a segunda maior fonte de emissão de GEE, com 999,70 tCO2e., seguido do tratamento anaeróbico dos efluentes (Escopo 2), com 750,56 tCO2e.. Por fim, no capítulo 4, realizou-se o balanço das emissões e remoções de GEE do campus-sede da UFV, pela comparação entre a emissão de GEE do ano-base adotado e o Incremento Médio Anual de Carbono (IMAC) pelos sumidouros da universidade. Para isto, gerou-se, primeiramente, dois balanços: um rural, comparando as emissões da pecuária, principal fonte emissora de GEE da UFV e os sumidouros de carbono da universidade; e outro, denominado urbano, que equiparou as demais emissões de GEE do campus com a taxa de fixação de carbono pela arborização. Apesar da arborização do campus não neutralizar toda a emissão urbana de GEE da UFV (4,24% das emissões), a mesma contribui para a compensação da emissão de GEE oriunda da queima de biomassa, de GLP e de parte da combustão móvel. Com relação ao balanço rural, ao todo, as áreas de floresta, capoeira e reflorestamento presentes no campus-sede da UFV apresentaram uma taxa de fixação anual de carbono de 5.181,47 tCO2e., valor superior à emissão de GEE pela pecuária (3.071,64 tCO2e.), tornando o balanço positivo. Verificou-se que os sumidouros presentes no campus fixaram 5.307,16 tCO2e. e compensaram 87,95% das emissões totais (6.034,18 toneladas de CO2e.) da UFV. Deste modo, o balanço geral obtido das emissões e remoções de GEE da UFV foi negativo, sendo que este balanço poderia ser zerado ou até mesmo positivo se adotada outras ações de recomposição vegetal de áreas degradadas na universidade e compensação a nível de indivíduo. Desta forma, conclui-se que as estimativas de fixação de carbono pela arborização obtidas neste estudo podem ser usadas como referência para o estabelecimento de projetos de neutralização de carbono em ambientes verdes urbanos, como contribuição à mitigação das mudanças climáticas e geração de serviços ambientais à população. Entretanto, a iniciativa não se resume a ela mesma. Assim, é importante que a mesma esteja interligada com outras ações de compensação, como a conservação florestal e plantios de recomposição vegetal em áreas degradadas; e de redução de emissões de GEE.Item Estoque de biomassa e carbono em cerrado e em plantio comercial de eucalipto no Estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-27) Ribeiro, Sabina Cerruto; Soares, Carlos Pedro Boechat; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798603J4; Souza, Agostinho Lopes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787807J6; Jacovine, Laércio Antonio Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723889U0; http://lattes.cnpq.br/7957106735055358; Rezende, Alba Valéria; http://lattes.cnpq.br/8798342921398977; Neri, Andreza Viana; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777187T2No Brasil existem cerca de 6.510.693 hectares de florestas plantadas, as quais geralmente formam um mosaico com florestas nativas. Dessa forma é de grande importância que se promovam estudos de quantificação de biomassa e carbono considerando essas duas formações vegetais, de forma a balizar os projetos de créditos de carbono. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo a quantificação da biomassa e estoque de carbono de um plantio comercial de eucalipto e de um fragmento de cerrado sensu stricto (cerrado s.s.) localizado em meio a uma matriz de eucalipto. A quantificação da biomassa e do carbono nas duas formações vegetais se deu no município de Curvelo, no Estado de Minas Gerais, em áreas pertencentes a uma empresa florestal que atua na produção de ferro gusa. No fragmento de cerrado s.s. 120 árvores pertencentes a 18 espécies foram abatidas para a determinação da biomassa e teor de carbono do tronco, galhos e folhas. Cinco modelos alométricos foram testados, usando-se as variáveis independentes DAP, altura (H), DAP2H e densidade básica da madeira para estimar a biomassa acima do solo de árvores individuais. Um modelo baseado na área basal como parâmetro também foi testado como alternativa para a predição da biomassa acima do solo no nível de povoamento. A biomassa e o teor de carbono do componente radicular foram estimados com base em dez sub-parcelas. Para o eucalipto foram abatidas 23 árvores para a determinação da biomassa acima do solo, das quais foram selecionadas 9 para se estimar a biomassa de raízes. Além da quantificação da biomassa do tronco, galhos, folhas e raízes, foi determinado o teor de carbono desses componentes em laboratório. Dois modelos foram testados para estimar a quantidade total de carbono e a biomassa total usando-se como variáveis independentes o DAP, H e DAP2H. Uma estimativa do estoque de carbono no plantio de eucalipto também foi gerada. Para o fragmento de cerrado s.s. verificou-se que a biomassa média acima do solo (tronco, galhos e folhas) e a biomassa média abaixo do solo corresponderam a 62,97 t ha-1 e 37,50 t ha-1, respectivamente. A estimativa da biomassa acima do solo é maior do que o observado em outros estudos, enquanto que a estimativa de biomassa abaixo do solo está dentro da faixa de valores reportada por outros estudos. A melhor equação para estimar a biomassa acima do solo de árvores individuais foi aquela com as variáveis independentes DAP e densidade básica da madeira ( 2 = 0,896; Sy.x = 0,371). No nível de povoamento, a equação testada apresentou um bom ajuste ( 2 = 0,926; Sy.x = 0,224). O teor de carbono médio para o tronco+galhos, folhas, raízes, arbustos e serapilheira foi de 48%. O estoque de carbono total estimado para o fragmento de cerrado s.s. é de 54,36 tC ha-1. Para o plantio de eucalipto, obteve-se um teor de carbono médio para o tronco, galhos, folhas e raízes de 44,6%, 43,0%, 46,1% e 37,8%, respectivamente. O teor de carbono do caule, galhos, folhas e raízes foi menor do que o valor genérico comumente usado (50%). Isso destaca a importância de se determinar o teor de carbono em laboratório em vez de se usar um valor padrão. O estoque de carbono total no plantio de eucalipto foi estimado em 73,38 t C ha-1, estando dentro da faixa encontrada em outros estudos. As equações para se estimar a quantidade total de carbono e biomassa total que obtiveram melhor ajuste apresentavam DAP2H como variável independente.Item Marketing, estratégia competitiva e viabilidade econômica para produtos com certificação de cadeia de custódia na indústria moveleira(Universidade Federal de Viçosa, 2010-06-30) Alves, Ricardo Ribeiro; Griffith, James Jackson; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787063H6; Silva, José de Castro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709265Z5; Jacovine, Laércio Antonio Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723889U0; http://lattes.cnpq.br/8779279236738059; Nardelli, áurea Maria Brandi; Lima, Afonso Augusto Teixeira de Freitas de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777096T7O estudo dos modelos tradicionais das áreas de comportamento do consumidor, administração de marketing, estratégia e vantagem competitiva fornece elementos para a inserção da variável meio ambiente nos negócios empresariais. A adaptação desses modelos tradicionais de Administração, com vista à compreensão das questões ambientais, aliada a uma discussão envolvendo a importância das certificações ambientais, entre as quais a florestal, como sinalizador da qualidade ambiental dos produtos, aponta para o novo caminho que as empresas percorrem: a busca do diferencial verde, ou seja, estratégias ligadas à variável meio ambiente e que proporcionam às empresas se destacarem dos concorrentes. Nesse contexto, este estudo teve como objetivo avaliar o marketing, a estratégia competitiva e a viabilidade econômica dos produtos com certificação de cadeia de custódia, especificamente os da indústria moveleira. Verificou-se que a certificação florestal tem oferecido às empresas de base florestal oportunidades de diferenciar seu produto. No entanto, a busca dessa certificação deve ser uma opção estratégica das empresas visando à obtenção de resultados econômicos. A indústria moveleira, uma das mais importantes do setor florestal, pode ajudar no desenvolvimento da certificação no país. Para auxiliar o empresário com relação ao processo de implementação da certificação da cadeia de custódia foi desenvolvido um guia , fruto da assessoria prestada a uma empresa moveleira, visando à obtenção dessa certificação. Além disso, apuraram-se os custos envolvidos em todo o processo de certificação, identificando a sua viabilidade econômica. Verificou-se que a obtenção da certificação de cadeia de custódia é um processo relativamente simples, viável para empresas de médio porte e com custos, na maior parte dos casos, que podem ser internalizados pela empresa. A certificação florestal deve fazer parte da estratégia competitiva da empresa, e, para isso, ela deve ser capaz de sinalizar para seus clientes a qualidade ambiental de seus produtos. Dessa forma, torna-se fundamental que a empresa realize uma boa estratégia de marketing para destacar o valor que está sendo oferecido ao consumidor.Item Potencial de neutralização das emissões de gases de efeito estufa na pecuária leiteira pelos sistemas silvipastoris(Universidade Federal de Viçosa, 2013-09-04) Lopes, Nathália Lima; Jacovine, Laércio Antonio Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723889U0; http://lattes.cnpq.br/6921598078264593; Oliveira Neto, Silvio Nolasco de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723934E9; Marcondes, Marcos Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4731725A6Objetivou-se com este estudo avaliar o potencial de neutralização das emissões de gases de efeito estufa na pecuária leiteira pelos sistemas silvipastoris. Para atender aos objetivos, a pesquisa foi realizada em duas propriedades rurais que tem a pecuária leiteira como atividade principal, sendo que em uma o sistema de produção é caracterizado como intensivo (Propriedade 1) e em outra é adotado o sistema semi-intensivo (Propriedade 2). A Propriedade 1 localiza-se no município de Coimbra (MG) e a Propriedade 2 localiza-se em Porto Firme (MG). O Sistema Silvipastoril estudado caracteriza-se pela produção de leite consorciada com o plantio do híbrido Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis, clone GG 100,no espaçamento 7x6 m. Para realização do inventário de emissões nas duas propriedades foram considerados a fertilização nitrogenada, a fermentação entérica, manejo de dejetos animais, combustíveis fósseis e energia elétrica. Quantificou-se as emissões de GEE das fontes emissoras, conforme metodologias desenvolvidas pelo IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories (2006).Realizou-se um inventário arbóreo em que todos os indivíduos tiveram seu DAP (Diâmetro à Altura do Peito) e altura medidos. A quantificação do volume do fuste e biomassa dos indivíduos foi feita através do método indireto, por meio da utilização de equações de regressão. As emissões totais de GEE pela atividade leiteira nas Propriedades 1 e 2, durante o ano-base adotado, foram de 637,91 tCO2e/ano e 71,57 tCO2e/ano. Já as emissões por animal foram de 5,27 e 5,44 tCO2e.cab/ano, respectivamente. Considerando a produtividade, a Propriedade 1 apresentou uma emissão de 0,132 kgCO2e.litro/ano e a Propriedade 2 apresentou uma emissão de 0,354 kgCO2e.litro/ano. Em relação à produção do Sistema Silvipastoril encontrou-se um volume de madeira de 11,81 m3/ha e um Incremento Médio Anual de Carbono (IMAC) de 17,54 KgC.ind/ano, aos 30 meses de idade. Os volumes de madeira encontrados aos 14 anos de planejamento, pelo modelo de predição de volume de Clutter (1983), foram de 164,28, 180,50 e 198,30 m3/ha para a baixa, média e alta produtividade (S=20, S=26 e S=32). O balanço de carbono nas duas propriedades foi negativo, ou seja, -625,22 tCO2e.ha/ano na Propriedade 1 e -58,88 tCO2e.ha/ano na Propriedade 2. Esses valores demonstram o potencial emissor da pecuária leiteira e, principalmente, da fermentação entérica. A compensação das emissões totais através do Sistema Silvipastoril analisado, seria possível através d o plantio de 9.712,9 indivíduos em uma área de 40,79 ha para a Propriedade 1 e 914,71 indivíduos numa área de 3,84 ha para a Propriedade 2. O incremento de carbono encontrado aos 30 meses é suficiente para a neutralização de 2,41 animais na Propriedade 1 e 2,33 animais na Propriedade 2, o que demonstra a eficiência ambiental da intensificação do sistema de produção. Conclui-se que, quando bem manejados, os Sistemas Silvipastoris são importantes para mitigar as emissões de parte da produção de propriedades leiteiras intensivas e semi-intensivas.Item Quantificação das áreas de preservação permanente e reserva legal e de seus impactos econômicos na Bacia do Rio Pomba em Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2006-07-31) Corrêa, João Batista Lúcio; Valverde, Sebastião Renato; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727576Y0; Silva, Márcio Lopes da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784225D6; Jacovine, Laércio Antonio Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723889U0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4131814Z6; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788177J6; Coelho, France Maria Gontijo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784228E8Este estudo teve como objetivo principal avaliar o impacto econômico da efetivação das áreas de preservação permanente (APPs) e de reserva legal (ARLs) em propriedades da sub-bacia do Rio Pomba, Zona da Mata Mineira, no município de Rio Pomba. A amostra de trabalho foi composta por 47 propriedades rurais, correspondente a 10% do número de propriedades apresentado pelo Censo Agropecuário 1995- 1996 (IBGE, 2005), para o município de Rio Pomba, e, estratificada proporcionalmente em 6 estratos, sendo o critério de estratificação o tamanho da área de cada uma delas. A primeira etapa da coleta de dados consistiu de levantamento com GPS em cada propriedade. Foram percorridos os limites de cada uma delas, assim como os limites de todos os fragmentos de floresta. Também foram marcadas todas as nascentes a fim de conferir com a base cartográfica do IBGE, possibilitando uma atualização e o cálculo preciso das APPs em torno delas. Esses dados foram manipulados nos softwares ArcView 3.3 e ArcMap 9.0, e posteriormente, gerado o Modelo Digital de Elevação (MDE) que permitiu delimitar as APPs de topo de morros, linhas de cumeada, margens de cursos d água e em torno de nascentes. A segunda etapa da coleta de dados consistiu na aplicação de questionário, através do qual buscou-se avaliar o nível de informação dos proprietários, no que diz respeito às APPs e ARL, identificar os motivos que os impedem de cumprir a legislação e conhecer a receita líquida anual de cada propriedade para que se pudesse calcular o possível impacto econômico da efetivação destas áreas. Os resultados obtidos mostram que todas as propriedades pesquisadas estão em desacordo com a lei, tanto no que diz respeito às APPs, quanto à ARL, já que, segundo os entrevistados, a maioria dos produtores não sabe o que são APPs e ARL. Da área total das 47 propriedades estudadas (1854,35ha), 811,35ha são APPs e ARL, o que corresponde a 43,79% da área total, segundo a legislação vigente. Desse total de APPs e ARL exigido (811,35ha), apenas 171,17ha , ou 21,09% estão de acordo com a legislação, permanecendo um déficit de 640,18ha, equivalente às APPs e ARL a serem efetivadas. Para uma receita líquida anual de R$633.880,75, a efetivação das APPs e ARL promove um impacto de R$240.238,14, equivalente a 38,08% da receita líquida total. O custo médio de oportunidade obtido com base nas atividades econômicas desenvolvidas nestas propriedades é de R$ 341,83.ha-1.ano-1, representando o valor da receita líquida que o produtor deixa de auferir para cada hectare em que for efetivado a APP ou ARL. Os resultados obtidos mostram que a partir da efetivação das APPs e ARL, a pecuária como atividade principal desta região torna-se inviável, já que estas áreas ocupam elevado percentual destas propriedades, principalmente as áreas de várzeas, consideradas como as mais importantes na geração de renda neste tipo de atividade.Item Quantificação do estoque de biomassa e análise econômica da implementação de projetos visando a geração de créditos de carbono em pastagem, capoeira e floresta primária(Universidade Federal de Viçosa, 2007-07-16) Ribeiro, Sabina Cerruto; Soares, Carlos Pedro Boechat; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798603J4; Martins, Sebastião Venâncio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784895Z9; Jacovine, Laércio Antonio Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723889U0; http://lattes.cnpq.br/7957106735055358; Souza, Agostinho Lopes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787807J6; Nardelli, áurea Maria BrandiA carência de estudos no bioma Mata Atlântica, relacionados à quantificação da biomassa e carbono fixado, e o aumento da demanda de projetos no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, motivou a execução desse estudo, cujo objetivo foi quantificar a biomassa e o estoque de carbono em um fragmento florestal de Mata Atlântica, assim como avaliar a viabilidade econômica de cinco cenários (Florestamento/ reflorestamento com espécies nativas e venda antecipada dos créditos - FRVA, Florestamento/reflorestamento com espécies nativas e venda dos créditos de carbono ao longo dos anos - FRVL, Capoeira com venda antecipada - C, Floresta primária - FP e Floresta primária com serviços ambientais - FPSA), considerando-se a geração de créditos de carbono. A quantificação da biomassa e do estoque de carbono foi realizada no Sítio Bom Sucesso, em um fragmento florestal conhecido na região como Mata do Seu Nico , localizado no município de Viçosa. Essas estimativas foram obtidas para os fustes da floresta primária e capoeira, localizados no fragmento florestal, e para a pastagem a ele circundante. A quantificação da biomassa do fuste sem casca na floresta primária e capoeira foi feita pelo método não-destrutivo por meio do uso de uma densidade média das espécies de maior valor de importância. A biomassa da pastagem foi quantificada pelo método direto por meio da coleta do material localizado a 5 cm acima do solo. A conversão da biomassa em carbono se deu pela adoção de um fator 0,5 e a contabilização dos Créditos de Carbono (CCs) gerados por um fator 3,67. Após a contabilização dos CCs, procedeu-se à análise econômica, para um horizonte de planejamento de 30 anos. Os critérios econômicos utilizados foram o Valor Presente Líquido (VPL), o Valor Anual Equivalente (VAE) e a Taxa Interna de Retorno (TIR). O preço da tonelada de CO2(eq) foi de US$ 10,90.tCO2 -1 (mercado Quioto) ou US$ 3,25.tCO2-1 (mercado paralelo à Quioto), dependendo do cenário se enquadrar ou não nas regras do Protocolo de Quioto. Verificou-se que o estoque de carbono da floresta primária e capoeira foi de 83,34 ± 37,29 tC.ha-1 e 10,81± 4,68 tC.ha-1, respectivamente. Na pastagem obteve-se um estoque de carbono médio de 0,42 ± 0,18 tC.ha-1. Pelos resultados infere-se que o sítio analisado possui potencial de estocagem de carbono e de geração de créditos de carbono. A análise econômica demonstrou que no caso do FRVA e FP, os cenários foram economicamente viáveis, enquanto que os cenários FRVL, C e FPSA foram economicamente inviáveis. Os recursos a fundo perdido representaram uma alternativa para a viabilização econômica do cenário C. As estimativas apresentadas podem vir a ser usadas como referência para a predição da variação do estoque de carbono ao longo da sucessão florestal em diferentes idades e dar subsídios para a elaboração mais segura de projetos que venham a pleitear sua aprovação no âmbito do MDL ou em mercados paralelos às regras oficiais de Quioto, como a Bolsa do Clima de Chicago.Item Valoração ambiental de áreas de preservação permanente da microbacia do Ribeirão São Bartolomeu no Município de Viçosa, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2006-02-22) Mattos, Ana Dantas Mendez de; Jacovine, Laércio Antonio Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723889U0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4130387D0; Valverde, Sebastião Renato; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727576Y0; Souza, Agostinho Lopes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787807J6; Lima, João Eustáquio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783228J6; Silva, Márcio Lopes da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784225D6A área de preservação permanente (APP) é uma área protegida no Código Florestal, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico da fauna e da flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. Essas áreas se localizam em topos de morros, encostas, margens de rios, etc; e nelas, os recursos naturais não podem ser explorados. Apesar disso, estão sendo usadas para cultivos agrícolas ou estão degradadas e sem uso. A área intocada geralmente não tem valor econômico para os produtores, tornando qualquer outra forma de uso mais rentável. Desta forma, acredita-se que seja necessário estabelecer alguma forma de benefício econômico para que esses proprietários rurais mantenham a vegetação nativa nas áreas determinadas pela legislação. Como os benefícios gerados pela manutenção das APPs são para toda a sociedade, uma solução seria ela pagar pela proteção. Partindo dessa premissa, o presente estudo buscou determinar o valor monetário das APPs da microbacia do Ribeirão São Bartolomeu, por meio do valor de existência revelado pela população urbana de Viçosa, município da região da Zona da Mata de Minas Gerais, onde está localizada a microbacia. A região é caracterizada pela alta concentração de pequenas propriedades, pelo seu relevo acidentado e pela alta incidência de mananciais hídricos. Isso faz com que extensões consideráveis das propriedades rurais da região sejam consideradas de preservação permanente. Foi utilizado o método de valoração ambiental denominado valoração contingente (MVC), em que se medem as preferências individuais a partir da disposição a pagar (DAP), neste caso, pela recuperação ou preservação das APPs da microbacia. Foi criado um mercado hipotético no qual as pessoas pagariam uma taxa adicional na conta de água para ser direcionada à recuperação ou preservação de APPs. Além disso, a fim de diminuir o viés do subdesenvolvimento, foi incorporado ao estudo o componente da disposição ao trabalho voluntário (DATv) para a recuperação ou preservação das APPs. Aliado a isso, procurou-se também avaliar a percepção ambiental da população urbana em relação à legislação florestal e aos serviços ambientais prestados pelas APPs da microbacia. Os dados foram coletados por meio de entrevistas pessoais com o uso de questionários. A técnica de eliciação utilizada para determinar a DAP foi uma adaptação do método referendum com jogos de leilão; já para a DATv, as questões foram abertas para que os entrevistados manifestassem livremente as horas por semana que estariam dispostos a dedicar ao trabalho voluntário. Foi utilizado o modelo logit para se identificarem as variáveis que influenciavam a probabilidade de os indivíduos aceitarem a DAP proposta pela recuperação ou preservação das APPs. A DAP verdadeira mensal média obtida foi de R$ 27,98, o que resultou em R$ 3.863.926,08 por ano. Logo, chegou-se ao valor de R$ 3.616,52 por hectare/ano para a recuperação ou preservação das APPs da microbacia do Ribeirão São Bartolomeu. O valor estimado por ano para DATv foi de R$ 11.671.249,50, confirmando que a introdução deste componente aumenta consideravelmente o valor monetário do bem ambiental. Os valores encontrados podem servir de subsídios para o estabelecimento de políticas ambientais que consolidem a efetivação das APPs nas propriedades rurais.Item Valoração econômica de serviços ambientais em propriedades rurais(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-29) Vilar, Mariana Barbosa; Dias, Herly Carlos Teixeira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782478T6; Souza, Agostinho Lopes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787807J6; Jacovine, Laércio Antonio Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723889U0; http://lattes.cnpq.br/3349436711409691; Silva, Luciana Ferreira da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4708694Y4; Oliveira Neto, Silvio Nolasco de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723934E9Serviços ambientais, dos mais variados tipos, relacionados à produção de água e à manutenção da biodiversidade e do clima são realizados por produtores rurais anônimos, que ainda não são reconhecidos pela sociedade. A legislação vigente não incentiva o produtor rural a manter áreas importantes para a garantia desses serviços e, pelo contrário, pune-os através da política de comando e controle, que tem se mostrado pouco efetiva. Para que os serviços ambientais sejam reconhecidos e valorizados é necessário realizar pesquisas que possam orientar os tomadores de decisões e balizar os próprios produtores rurais na determinação do valor econômico de suas propriedades. Este estudo teve como objetivo geral determinar o valor econômico dos serviços ambientais prestados em propriedades rurais pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Turvo Limpo-MG, como base para a implantação de sistemas de incentivo à proteção ambiental. Foram estudadas dez propriedades rurais, que se encontram em região limítrofe aos municípios de Viçosa, Porto Firme e Guaraciaba-MG. Para valoração dos serviços ambientais foi utilizada uma adaptação da matriz de valoração de danos ambientais, gerando a chamada Matriz de Valoração de Benefícios Ambientais. Para utilização desse método foram identificadas duas categorias de variáveis: quantificáveis e intangíveis. O produto do somatório dos quantificadores das variáveis intangíveis pelo somatório dos valores das variáveis quantificáveis resulta no Valor Estimado de Referência para os Benefícios Ambientais (VERB). Dentro da categoria das variáveis quantificáveis foram estimados os estoques de carbono da vegetação arbórea e da vegetação gramináceo-herbácea em Áreas de Preservação Permanente (APPs) no entorno de nascentes. A determinação da biomassa da vegetação arbórea foi realizada através de equações alométricas, visto que nessas áreas não seria viável, técnica e legalmente, a utilização do método destrutivo. A biomassa da vegetação gramináceoherbácea foi definida através do método da proporcionalidade. A conversão da biomassa em carbono se deu pela adoção de um fator 0,5 e a contabilização dos créditos de carbono foi gerada por um fator igual a 3,67. Outra variável quantificável, que também compôs a Matriz de Valoração de Benefícios Ambientais, foi a produção líquida de água das nascentes localizadas nas propriedades rurais estudadas. Essas nascentes abastecem os Rios Turvo Sujo e Turvo Limpo, que são afluentes do Rio Doce, um dos principais rios do Estado de Minas Gerais. As medições das vazões das nascentes foram realizadas durante o período de setembro de 2008 a junho de 2009. Foram utilizados o método direto de medição da vazão, empregando-se balde e cronômetro, e também o método indireto, através de um micromolinete. Foram atribuídos aos estoques de carbono existentes nas propriedades rurais os valores da comercialização dos créditos de carbono na bolsa de Chicago. Para a produção de água nas propriedades rurais foram atribuídos dois valores: valor utilizado na cobrança pelo uso da água na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (cenário 1); e valor utilizado no sistema de pagamento por serviços ambientais empregado em Apucarana-PR (cenário 2). Os serviços ambientais relacionados à qualidade do ar, qualidade da água, conservação do solo e biodiversidade caracterizaram as variáveis intangíveis, às quais não foram atribuídos valores econômicos e sim indicadores passíveis de quantificação. Na vegetação arbórea, o estoque de carbono médio estimado foi igual a 59,72 t.ha-1 nas APPs protegidas. A média do estoque de carbono encontrado nas gramíneas, que caracterizaram as APPs em processo de recuperação, foi de 3,87 t.ha-1. Convertendo os estoques de carbono presentes nas APPs dessas propriedades em créditos de carbono, tem-se para a vegetação arbórea um valor médio de R$568,06.propriedade-1 e para a vegetação gramináceo-herbácea a quantia de R$12,74.propriedade-1. Foram encontrados um deflúvio máximo de 333.807,00 m³.ano-1 e um deflúvio mínimo de 1.591,92 m³.ano-1. O consumo médio de água por propriedade rural é de 1.603,55 m³.ano-1, o que significa que todas as propriedades rurais são autossuficientes em relação à produção de água. Considerando a produção líquida de água como sendo a diferença entre o deflúvio anual das nascentes e o consumo anual nas propriedades rurais, tem-se uma média da produção líquida de água igual a 65.375,16 m³.ano-1. Isto geraria um valor de R$653,75.ano-1 para a produção líquida de água considerando o cenário 1. No cenário 2, a produção líquida de água teve valor médio de R$798,00.ano-1. O produto do somatório das variáveis intangíveis pelas variáveis quantificáveis gerou valores médios de VERB iguais a R$16.942,21. ano-1 (cenário 1) e R$21.127,44.ano-1 (cenário 2). Adotando-se esses valores como referência, pode-se dizer que eles se referem à valorização dessas propriedades rurais devido à presença dos recursos naturais e ao manejo adotado pelos produtores para manutenção dos serviços ambientais. Aprimorando este método de valoração realizou-se a ponderação das variáveis intangíveis através da técnica Delphi. Foram consultados 15 especialistas da área, para que eles expressassem sua opinião sobre o grau de importância de cada indicador utilizado. A nova matriz de valoração incluiu a ponderação das variáveis intangíveis e um fator de correção dos valores conforme a caracterização socioeconômica e ambiental dos produtores rurais envolvidos na pesquisa. A nova matriz de valoração, após aprimoramento através da técnica Delphi de ponderação, indicou valores médios ponderados de VERB por área da propriedade rural iguais a R$402,18.(ha.ano)-1, no cenário 1; e R$517,78.(ha.ano)-1, no cenário 2. Esses novos valores atribuídos aos benefícios ambientais promovidos nas propriedades rurais estudadas servem como referência para implantação de políticas públicas que incentivem o produtor rural a manter os serviços ambientais. Os estoques de carbono e a produção de água podem ser considerados importantes parâmetros para a valoração econômica de serviços ambientais prestados em propriedades rurais. Entretanto, a simples valoração não significa o sucesso da implantação dos sistemas de incentivo ambiental. Para que isso ocorra é necessário haver engajamento político de todos os atores que serão envolvidos nesse processo, e certamente os benefícios serão notados tanto pelos produtores rurais quanto pelos consumidores de serviços ambientais. Ao efetivar um sistema de incentivo à proteção ambiental incorporam-se os recursos naturais ao sistema econômico e minimizam-se os efeitos da utilização indiscriminada desses bens e serviços fornecidos pelo meio ambiente.