Genética e Melhoramento
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Item Caracterização fisiológica e expressão de genes relacionados à resistência ao déficit hídrico em soja(Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-29) Gomes, Wellington Silva; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780851Y3; Caixeta, Eveline Teixeira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728636Z7; Oliveira, Aluízio Borém de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783555Z3; http://lattes.cnpq.br/9155410235400780; Campos, André Narvaes da Rocha; http://lattes.cnpq.br/4718389161844570; Carneiro, José Eustáquio de Souza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783648T9Tolerância à seca em plantas é uma característica complexa, resultado de um conjunto de mecanismos que trabalham para evitar ou tolerar períodos de déficit hídrico. O estresse hídrico é um dos mais importantes fatores ambientais que induz mudanças fisiológicas, como diminuição do potencial de água na célula, o fechamento dos estômatos e o desenvolvimento de processos oxidativos mediante a formação das espécies reativas de oxigênio (EROs). As enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD) e Peroxidase (POX) são eficientes eliminadores das EROs. Dois cultivares de soja (BR–16 e Embrapa 48), com respostas contrastantes ao déficit hídrico, foram estudadas com o uso da técnica de PCR em Tempo Real para identificar genes que podem apresentar diferenças de expressão durante períodos de seca. A caracterização fisiologia dos genótipos demonstrou diferenças significativas entre eles. Houve aumento considerável na peroxidação de lipídios no genótipo sensível, enquanto que, no tolerante, a quantidade de MDA (aldeído malônico formado) foi significativamente igual ao controle irrigado. O aumento da atividade das enzimas antioxidativas, SOD e POX, foi significativo apenas no genótipo suscetível, nos potenciais hídricos de - 1,5MPa, para a a primeira e -3,0MPa para a segunda. O genótipo BR-16, quando submetido ao estresse hídrico, demonstrou aumento de expressão gênica para os genes OST1, SnRK2.2 e SnRK2.3. Em contrapartida, o genótipo Embrapa 48 não demonstrou alteração nos níveis de expressão para nenhum dos quatro genes testados. A tolerância do genótipo Embrapa 48 não se relaciona a expressão dos genes, nem tão pouco com o aumento da atividade de enzimas antioxidativas, aqui analisados. Isso indica a necessidade de compreendermos melhor os processos bioquímicos, fisiológicos e moleculares envolvidos na tolerância desse genótipo ao déficit hídrico. O estudo da expressão desses genes e a identificação dos genes responsáveis pelo aumento da tolerância no genótipo Embrapa 48, poderão ser utilizados em programas de melhoramento visando a obtenção de plantas tolerantes ao déficit hídrico.Item Correlações, análise de trilha e diversidade fenotípica e molecular em soja(Universidade Federal de Viçosa, 2011-01-26) Nogueira, Ana Paula Oliveira; Cruz, Cosme Damião; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788274A6; Reis, Múcio Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783370J4; Sediyama, Tuneo; http://lattes.cnpq.br/4911178878735418; http://lattes.cnpq.br/0999266992389089; Pereira, Derval Gomes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703155U1; Sediyama, Maria Aparecida Nogueira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783366Z4A soja é um dos principais produtos agrícolas que participam da economia brasileira, ocupando posição de destaque nas exportações do País. Sabe-se que a base genética da soja, no Brasil, é estreita e o estudo de diversidade genética propicia informações importantes para o melhoramento genético. Ao longo do processo seletivo, deseja-se melhorar simultaneamente vários caracteres. Desse modo, informações sobre correlações e análise de trilha contribuem para elaboração de estratégias de seleção. Os objetivos deste trabalho foram estudar as correlações entre caracteres, bem como seu desdobramento pela análise de trilha tendo-se como caráter principal a produção de grãos; avaliar a diversidade genética em soja com base em caracteres fenotípicos e marcadores moleculares microssatélites. Foram conduzidos experimentos em condições de casa de vegetação e em laboratório. Este primeiro envolveu 90 genótipos de soja, cultivados em duas épocas de semeadura em delineamento de blocos casualizados com três repetições. Foram avaliados caracteres qualitativos e quantitativos. No experimento em laboratório, foram estudadas 41 cultivares de soja mais produtivas e mais cultivadas em diferentes regiões do País, utilizando-se 40 marcadores microssatélites. Foram verificadas diferenças significativas na ordem de 1% de probabilidade para todos os caracteres estudados. Os estudos das correlações fenotípicas, genotípicas e a análise de trilha identificaram o número de vagens por planta, independentente da época de semeadura, de maior efeito favorável sobre a produção de grãos em soja. A época de semeadura influenciou na expressão de caracteres agronômicos e, consequentemente, nas estimativas de correlações fenotípicas, genotípicas e ambientais. Para os caracteres fenotípicos, empregaram-se análises uni e multivariadas. Com base na distância generalizada de Mahalanobis (D2) observou-se alta divergência entre os genótipos estudados. Na semeadura de fevereiro, D2 oscilou de 4,38 a 458,68, ao passo que, na semeadura de dezembro, tal medida teve menor amplitude, variando de 2,62 a 362,46. Os caracteres de maior contribuição da dissimilaridade genética foram o número de dias para maturidade, a altura de planta na maturidade e a massa seca da parte aérea. Os métodos de Tocher e UPGMA apresentaram semelhança no padrão de agrupamento. Em torno de 50% dos 90 genótipos estudados constituíram um mesmo grupo e pertencem à região de adaptação no Centro-oeste. Os agrupamentos gerados permitem a identificação de genitores divergentes para cruzamentos. Entre os 40 locos microssatélites, dois foram monomórficos e 38 marcadores amplificaram 131 alelos, oscilando entre dois e cinco alelos por loco, com média de 3,45. Adotou-se o índice ponderado pelo número de alelos para estimar a dissimilaridade entre as 41 cultivares. Essa, por sua vez, oscilou entre 0,26 a 0,80 com média de 0,57. A distribuição da dissimilaridade entre os pares de 41 genótipos compreendeu 75% entre as distancias de 0,5 e 0,69. Ao realizar um corte em torno de 87% de dissimilaridade, verificou-se a formação de doze grupos com número distintos de cultivares. Houve semelhança entre as metodologias de UPGMA e Tocher na constituição dos grupos. O uso de marcadores moleculares microssatélites permitiu detectar significativa variabilidade genética em cultivares elites indicando que ainda existe variabilidade genética útil ao melhoramento de soja no Brasil.