Meteorologia Aplicada

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    Resposta da temperatura à conversão da cobertura do solo em centros urbanos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-02-10) Silva, Darlan Teles da; Rodrigues, Jackson Martins; http://lattes.cnpq.br/2688151470890069
    O crescimento exacerbado e desorganizado da população nos aparatos urbanos tem provocado diversos impactos ambientais localmente e até mesmo regionalmente. As ações antrópicas têm provocado o constante aumento das temperaturas da superfície terrestre, por esse motivo é de fundamental importância a realização de estudos para investigar as mudanças na temperatura associadas ao crescimento dos municípios e principalmente formas de mitigar esse efeito. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é identificar o incremento da temperatura de superfície em centros urbanos brasileiros e regiões sem alterações na cobertura do solo (Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Manaus e Recife) no período de 1985 até 2021. Para tal, foi utilizado imagens de satélite do Landsat 5, 7 e 8, coleção 2 de nível 2, a qual possui a banda de temperatura de superfície (“Land Surface Temperature” – LST) aplicando o fator de escala. As análises foram divididas em em 3 grupos: i) imagens mensais para comparação com dados observados de estação meteorológica; ii) média dos anos 1985-1990, 1991-1996, 1997-2002, 2003- 2008, 2009-2014 e 2015-2021 para compreender o comportamento da temperatura de superfície (Land Surface Temperature - LST) espacialmente em cada uma das áreas de estudo; e iii) média anual para confrontar com os dados de ocupação do solo. Os resultados mostraram tendência positiva de LST para quase todas as regiões, com exceção de Recife, que apontou tendência negativa, e Curitiba não apresentou tendência. Na análise espacial foi identificado um constante aumento no número de pixels com temperatura mais elevadas a partir do ano de 2003 em todas as áreas de estudo, sendo que o período com maior quantidade de pixels com temperaturas menores foi entre 1991-1996. No período analisado, 2015-2021 foi o período mais quente em quase todas as regiões, com exceção de Recife, podendo ser justificado pelo forte El Niño que ocorreu em 2015/16. Ao contrastar a LST obtida do Landsat com as imagens de ocupação do solo é possível afirmar que a substituição da vegetação nativa por asfalto, casas, prédios, indústrias e outros elementos urbanos impactaram o microclima elevando a temperatura da superfície. Dentro das amostras selecionadas em cada área, Recife foi a única região que, ao passo que a urbanização crescia, manteve a preservação, e até mesmo reflorestamento de algumas regiões com formações florestais, no qual as modificações da ocupação do solo e aumento da temperatura média o impacto foi menos agressivo. A análise de detecção de mudanças, baseada em imagens de satélite de 1985 a 2021, indica que na década de 80, a porcentagem de vegetação nativa nas áreas de estudo eram superiores ao ano de 2021, e o oposto é observado para a área urbana. Palavras-chave: Ilhas de calor. Mudanças climáticas. Sensoriamento remoto.