Manejo e Conservação de Ecossistemas Naturais e Agrários - CAF

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    Influência da herbivoria simulada e elevada [CO2] sobre o crescimento e fisiologia foliar em Hymenaea stigonocarpa Mart. Ex Hayne (Fabaceae - Caesalpinioideae)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-04-18) Maia, Renata Aparecida; Souza, João Paulo de; http://lattes.cnpq.br/2534350976174066
    A compreensão dos efeitos da elevada concentração de CO2 ([CO2]) sobre os vegetais tem grande relevância em ecossistemas severamente ameaçados, como o Cerrado. O aumento da [CO2] pode influenciar nos processos fisiológicos e de crescimento das plantas, e sua interação com fatores ambientais, como a herbivoria, pode modificar as respostas das espécies vegetais. O presente trabalho objetivou avaliar as respostas fotoquímicas do fotossistema II (PSII) e de crescimento em Hymenaea stigonocarpa Mart. Ex Hayne crescendo em atmosfera enriquecida com CO2 e expostas a eventos de herbivoria simulada. As plantas foram dispostas em quatro câmaras de topo aberto submetidas a duas [CO2] (390 ppm e 1000 ppm). Após 313 dias mantidas nessas condições, iniciou-se o tratamento que simula a ação de herbívoros. Em cada planta foi removido o equivalente a 50% da área das folhas de 50% das folhas da parte inferior ou superior do caule num prazo de quatro dias (12,5%/dia). Para avaliar as respostas fisiológicas foram determinadas a fluorescência da clorofila a e o índice de clorofila. Essas medições foram realizadas antes e após o início do experimento em folhas localizadas na parte mediana do caule, tanto nas plantas que tiveram partes do limbo removidas, quanto nas plantas que não passaram por remoção de tecido foliar. Após a simulação de herbivoria foram avaliados o crescimento, a produção de nectários extraflorais, a nutrição mineral das folhas e a produção de biomassa. Plantas de H. stigonocarpa crescendo sob elevada [CO2] após a remoção de tecido foliar na parte superior do caule apresentaram maiores valores da taxa de transporte de elétrons (TTE), eficiência fotoquímica efetiva do fotossistema II (Φ FSII) , clorofila a (Chla) e clorofila b (Chlb). As folhas jovens nas plantas de H. stigonocarpa foram capazes de compensar a eliminação de parte de suas lâminas foliares aumentando seu rendimento fotossintético. Por outro lado, a perda de tecido foliar na parte inferior do caule nas plantas crescendo sob elevada [CO2] resultou em indivíduos com maiores alturas, comprimento de ramos, comprimento de raiz, número de folhas, área foliar, número de nós e velocidade de expansão foliar. Quando submetida à herbivoria simulada com remoção de tecido na parte inferior do caule, H. stigonocarpa responde alocando mais biomassa para partes diretamente relacionadas com a captura de recursos essenciais, como água e luz. Desta forma, o aumento da [CO2] irá amenizar os efeitos negativos da herbivoria foliar em plantas de H. stigonocarpa, devido aos ajustamentos que melhoram seu desempenho mediante a perda de tecido foliar tanto na parte inferior quanto superior do caule.
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    Dois séculos de perda da biodiversidade na bacia do Rio Doce: aves como modelo de estudo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-06-26) Reis, Jessica Naiara; Lopes, Leonardo Esteves; http://lattes.cnpq.br/1735057704767148
    As florestas tropicais estão sendo desmatadas em um ritmo alarmante, ocasionando perdas de espécies de aves. Eventos de extinção raramente são bem documentados, o que dificulta determinar quando ou mesmo se uma espécie foi extinta. O objetivo dessa pesquisa foi estudar o estado de conservação da avifauna de toda uma Bacia Hidrográfica Brasileira, a Bacia do Rio Doce – BRD (86.715 km2), ao longo de 203 anos de exploração ornitológica na área. A compilação dos dados sobre os registros de aves na bacia foi realizada a partir de uma extensa revisão bibliográfica, abrangendo fontes publicadas (livros, capítulos de livros, revistas científicas e anais de congressos), fontes não publicadas (planos de manejo, relatórios técnicos, teses e dissertações), espécimes de museus, arquivos sonoros, observações de campo inéditas e dados de ciência cidadã. Para espécies com quatro ou mais registros, utilizou-se de modelos matemáticos para inferir sua probabilidade de extinção. Espécies que não atenderam ao número mínimo de registros de observação exigidos pelo modelo, mas que também não contam com nenhum registro ao longo dos últimos cinquenta anos, foram consideradas possivelmente extintas. Já as espécies que não foram registradas nos últimos trinta anos, foram destacadas merecendo atenção quanto ao seu estado de conservação. Por fim, foram investigadas quais características ecológicas e da história de vida têm maior influência na probabilidade de extinção. Cinco espécies foram extintas regionalmente na BRD, sendo 48 os eventos de extinção ou possível extinção local nos três trechos da BRD (Alto, Médio e Baixo Rio Doce), os quais correspondem à 44 espécies. Trinta e cinco espécies extintas ou possivelmente extintas estão classificadas em alguma categoria de ameaça. As extinções locais foram explicadas pelo menor número de habitats em que a espécie ocupa, pelo status migratório da espécie e pelo endemismo da Mata Atlântica. Levando-se em conta o recente grande impacto que acometeu a BRD, associado à elevada fragmentação florestal e degradação ambiental, bem como a ineficiência e inadequação da atual rede de áreas protegidas, é possível prever que o número de extinções locais continuará a aumentar, resultando em um marcado empobrecimento e homogeneização da biodiversidade local.
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    Base de conhecimentos para a meliponicultura: geração de renda e restauração ecologica nas comunidades atingidas pelo rompimento da barragem de fundão, em Mariana/MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-27) Vieira, Kamilla Ingred Castelan; Resende, Helder Canto; http://lattes.cnpq.br/6164023702548907
    O Brasil é um país com alto potencial para atividade de mineração sendo essa caracterizada como um dos setores básicos da economia mundial. No processo de extração de minério quantidades significativas de rejeitos e estéreis são geradas afetando diretamente o meio ambiente, causando danos incalculáveis a biodiversidade. Exemplo de um fato negativo no setor da mineração foi rompimento da barragem de Fundão de propriedade da Samarco Minerações S.A, ocorrido em 05 de novembro de 2015, ocasionando o derramamento de aproximadamente 60 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério de ferro. O evento resultou em 19 mortes, desalojou cerca de 340 famílias, destruiu 1.469 hectares de vegetação, sereva mortalidade da biodiversidade, atingiu diretamente oito distritos de Mariana, os rios Gualaxo do Norte, Carmo e posteriomente o Rio Doce até sua foz no oceano Atlântico, em Esperito Santo, esse são apenas alguns dos danos causados pelo evento. Por tais conseqüências o acontecido passou a ser considerado o maior desastre ambiental já ocorrido no Brasil. No intuito de buscar formas para regenerar e/ou minimizar impactos ambientais trabalhamos nessa dissertação a prática da meliponicultura (criação de abelha sem ferrão) como uma alternativa de desenvolvimento sustentável. Isso porque é possível a geração de renda complementar pela exploração econômica dos produtos das abelhas, ao passo que se promove o aumento das populações de abelhas na natureza e consequentimente os serviços de polinização prestados por estes insetos. Dessa forma esse trabalho foi dividido em três capítulos, tendo como obejtivo geral compreender a diversidade local de espécies de abelhas e plantas nas áreas sob influencia do rompimento da barragem de rejeitos de Fundão em Mariana, Minas Gerais. Para assim subsidiar o desenvolvimento da meliponicultura nas comunidades atingidas pelo rompimento, determinando quais espécies de abelhas nativas da região apresentam interesse econômico para tal prática.