Manejo e Conservação de Ecossistemas Naturais e Agrários - CAF

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    Astyanax paranae (Characiformes, Characidae) da Bacia do Alto Rio Paranaíba: estudos multidisciplinares e conservação da espécie
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-28) Alves, Rosana de Mesquita; Kavalco, Karine Frehner; http://lattes.cnpq.br/1854255024027285
    Devido à enorme diversificação, tanto morfológica quanto comportamental dos peixes, estes se tornam um grupo de difícil identificação. Em algumas espécies do gênero Astyanax, que são peixes de pequeno porte, pertencentes à família Characidae, isso é bastante frequente. Astyanax paranae, espécie endêmica da Bacia do Paraná, tem como nicho preferencial regiões de cabeceiras de rios e riachos, o que contribui diretamente para um maior grau de endemismo e, possivelmente, para eventos importantes em processos evolutivos, como especiação alopátrica. Diante disso, espera-se que diferentes populações de alguns afluentes da Bacia do Paraná apresentem uma estruturação genética bem definida, assim como uma boa estruturação morfológica. Marcadores moleculares e morfometria geométrica são algumas das técnicas que permitem avaliar se o hábito sedentário em cabeceiras de tributários pode impedir fluxo gênico e facilitar que populações se diferenciem. Assim, o presente trabalho visa a utilização de tais ferramentas em estudos filogeográficos para reconstruir as relações evolutivas de nove populações de A. paranae na região do Alto Paranaíba. Para as análises filogenéticas houve extração de DNA de uma porção do fígado e/ou coração dos indivíduos, com posterior amplificação do gene mitocondrial Citocromo Oxidase b via PCR. Já na morfometria, os indivíduos depois de coletados foram fotografados e houve marcação dos pontos anatômicos (landmarks) para comparação das variações do shape entre as populações e posterior Análise dos Componentes Principais (PCA). Os resultados das análises filogenéticas por inferência Bayesiana demonstram a estruturação evidente de algumas populações, com uma leve sobreposição entre outras. Tais dados estão diretamente relacionados à proximidade e conectividade dos pontos de coleta. A rede de haplótipos confirma a maioria dos dados obtidos na Bayesiana, com diversidade haplotípica maior no centro da rede, e menor nas periferias, além disso, demonstra a população dispersora dos haplótipos, assim como a que manteve o haplótipo ancestral. Na morfometria os resultados diferem, já que não houve diferenciação morfológica expressiva entre as populações analisadas. Houve uma população que se diferenciou das demais em ambas as análises, demonstrando a importância de um ambiente conservado para a manutenção dos indivíduos no meio ambiente, assim como sua diferenciação genética. Os resultados encontrados demonstram a eficácia de análises moleculares e morfológicas em definir as relações evolutivas entre populações, dando crédito à sua utilização em estudos filogeográficos. Além disso, possibilitam ampliar um pouco o conhecimento da história evolutiva de A. paranae na bacia, assim como sua diferenciação e estruturação genética, o que pode ser aplicado em estratégias de manejo e conservação da mesma.