Engenharia Agrícola
URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/169
Navegar
Item A criação de suínos em confinamento tem proporcionado aumentos da produtividade no setor e fez expandir a atividade suinícula no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2003-04-17) Cordeiro, Cordeiro; Baêta, Fernando da Costa; http://lattes.cnpq.br/1860018511799246A criação de suínos em confinamento tem proporcionado aumentos da produtividade no setor e fez expandir a atividade suinícula no Brasil. A produção intensiva de suínos somente foi possível graças aos avanços tecnológicos alcançados em nutrição, genética, manejo e controle ambiental, que possibilitaram melhor rendimento em todo processo produtivo. A despeito da evolução observada, na moderna suinocultura objetiva-se o contínuo desenvolvimento de projetos tecnológica e economicamente viáveis e competitivos e que atendam as mais diferentes características das regiões brasileiras em relação ao conforto térmico ambiente, qualidade do ar e manejo de resíduos. O sistema tradicional de criação intensiva de suínos, normalmente empregado pela maioria dos produtores, nas fases de crescimento e terminação, inclui instalações abertas, com pisos total ou parcialmente concretados. Nestes tipos de instalações, para retirada dos dejetos sempre se usa água como carreadora das excretas. O uso de cama sobreposta para criação de suínos nas fases de crescimento e de terminação é uma tecnologia recente no Brasil, sendo a EMBRAPA Suínos e Aves a pioneira na pesquisa e implementação deste sistema no país. A pesquisa foi realizada com suínos nas fases de crescimento e terminação no período de agosto a novembro de 2002, na Área Experimental da EMBRAPA Suínos e Aves, na cidade de Concórdia, situada no oeste do estado de Santa Catarina. Para comparação dos índices de conforto térmico, foi adotado um esquema de parcelas subdivididas, tendo nas parcelas os tratamentos (cama de maravalha, cama de casca de arroz e piso de concreto) e nas subparcelas os horários (de 1 a 24), utilizando o delineamento em blocos casualizados, com 4 repetições (fases). Na avaliação do desempenho produtivo dos animais o experimento foi montado segundo esquema de parcelas subdivididas, estando os três tratamentos nas parcelas e nas subparcelas as 4 fases de observação no delineamento inteiramente casualizado (DIC), com quatro repetições. No experimento foram utilizadas três instalações com dimensões de 12,0 x 10,0 m, com idênticas características construtivas e orientação (leste/oeste), situadas na mesma área e distanciadas 10,0 m umas das outras (FIG. 1). Cada unidade constituiu-se de quatro baias de 30 m 2 (5 x 6m). Em uma das instalações foi implantado o sistema de cama sobreposta com maravalha (tratamento 1), em outra com casca de arroz (tratamento 2), e uma terceira em sistema convencional de piso concretado (tratamento 3). O conforto térmico dos animais nos ambiente estudados, avaliados pelos resultados de ITGU, CTR, UR e Tar, situaram-se dentro do intervalo aceitável para suínos nas fases de crescimento e terminação nas 3 primeiras fases de vida dos animais (25 a 105 Kg) sendo que a cama comprometeu o desempenho dos animais na última fase de vida (105-120 Kg). Os valores observados em todos os tratamentos ficaram abaixo do limite crítico de concentração (20 ppm).Item Ajuste de modelos e determinação de índice térmico ambiental de produtividade para frangos de corte(Universidade Federal de Viçosa, 2001-02-05) Medeiros, Carlos Moisés; Baêta, Fernando da Costa; http://lattes.cnpq.br/8819951888280359Com o objetivo de modelar estatisticamente respostas de frangos de corte em diferentes situações térmicas ambientais, foi conduzido um experimento com aves, da marca comercial Avian Farm, criados de 1 a 21 dias de idade em galpões convencional e de 22 a 42 dias em câmaras climáticas, onde se tinha controle total sobre o ambiente interno. Os tratamentos compreenderam combinações de 16, 20, 26, 32 e 36 °C de temperatura, com 20, 34, 55, 76 e 90% de umidade relativa e 0,0; 0,6; 1,5; 2,4 e 3,0 m.s -1 de velocidade do ar, sendo estas combinações feitas com base no delineamento composto central rotacional da metodologia de superfície de resposta. A água e alimentação foram fornecidas à vontade. Foram registradas as seguintes características animais: ganho de peso e consumo de ração diário, conversão alimentar, temperatura retal e da pele, freqüência respiratória e, por fim, foi registrada a mortalidade. Registrou-se ainda o comportamento para cada tratamento considerado. Com base nos resultados, foram obtidos os modelos estatisticos para as várias respostas animais. Com base no comportamento animal em diferentes ambientes térmicos, existe uma faixa em que as aves apresentaram o maior desempenho. De forma geral, estas condições ocorreram para temperatura entre 21 e 27 oC, umidade relativa entre 50 e 70% e velocidade do ar entre 0,5 e 1,5 m.s -1 . Considerando o ganho de peso e o consumo de ração diário, temperatura retal e freqüência respiratória como indicadores de estresse animal, foi desenvolvido um Índice Ambiental de Produtividade para frangos de corte - IAPfc. Esse Índice representou em um único valor o efeito da umidade e velocidade do ar em temperatura, com valores equivalentes a °C. Valores do IAPfc de 21 a 24 estão associados à máxima produtividade; para valores de 25 a 27 registrou-se perda de peso da ave em torno de 1 a 5%; para valores de 28 a 30, perdas de 5,1 a 15%; para valores de 31 a 34, perda de 15,1 a 30%; e para valores acima de 35, perdas de 30,1 a 87%.Item Alterações Física e Químicas do Solo e estado Nutricional do Cafeeiro em Resposta à Fertirrigação com Água Residuária de Origem Doméstica(Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-14) Medeiros, Salomão de Sousa; Soares, Antônio Alves; http://lattes.cnpq.br/9621251182899061A oferta de água no mundo tem relação estreita com a segurança alimentar, o estilo de vida das pessoas, o crescimento industrial e agrícola e a sustentabilidade ambiental. Nas regiões áridas e semi-áridas, a água tornou-se fator limitante para o desenvolvimento urbano, industrial e agrícola. O Brasil, apesar de apresentar uma disponibilidade elevada de recursos hídricos, cerca de 257.790 m 3 s -1 , aproximadamente 17,3% dos recursos hídricos do planeta, a possui de forma desigual. Dos nove estados do Nordeste, cinco (Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe) já sinalizam a escassez hídrica, por apresentar uma disponibilidade menor que 1.700 m 3 hab -1 ano -1 . Neste contexto de escassez de água, associada aos problemas de qualidade surge, como alternativa, a utilização da água residuária. Neste sentido, objetivou-se, investigar as alterações física e químicas do solo e o estado nutricional do cafeeiro, em resposta à fertirrigação com água residuária filtrada de origem doméstica e comparar os resultados com aqueles obtidos com o manejo convencional. As características física e químicas do solo monitoradas, foram: P, K + , Na + , Ca 2+ , Mg 2+ , Al 3+ , H + Al, matéria orgânica (MO), N – total, P – remanescente, Zn, Fe, Mn, Cu, B, S, pH, condutividade elétrica do extrato da pasta saturada do solo (CE), argila dispersa em água (ADA), razão de adsorção de sódio (RAS) e porcentagem de sódio trocável (PST); nas folhas do cafeeiro foram monitoradas as concentração de N, P, K, Ca, Mg, S, Zn, Fe, Mn, Cu e B. O experimento foi implantado na Unidade Piloto de Tratamento de água residuária e Agricultura Irrigada, localizada na Universidade Federal de Viçosa – UFV, pertencente ao Departamento de Engenharia Agrícola – DEA. O delineamento experimental constituiu-se de 18 unidades experimentais, cada uma composta de oito plantas. O experimento foi montado segundo o esquema de parcelas subdivididas, tendo nas parcelas os tipos de manejo adotados (convencional – MC e com água residuária de origem doméstica – MR com aplicação de cinco diferentes lâminas) e nas subparcelas, as faixas de profundidades do solo (0 – 0,20; 0,20 – 0,40 e 0,40 – 0,60 m) no delineamento em blocos casualizados (linhas de plantio) com três repetições. O período de monitoramento das alterações física e químicas do solo e do estado nutricional do cafeeiro, foi de 270 dias, sendo que a cada 90 dias eram realizadas amostragens do solo e a coleta de amostras foliares, para verificar o efeito dos manejos ao longo do tempo. O MC (tratamento T 1 ), constituiu-se de calagem, adubação convencional e irrigação suplementar com água da represa. No MR foram aplicadas cinco diferentes lâminas de água residuária filtrada de origem doméstica (tratamentos: T 2 , T 3 , T 4 , T 5 e T 6 ) as quais variaram de acordo com o tempo. No tempo 1 – T p1 (após 90 dias, a adoção dos manejos) as lâminas de água residuária aplicadas totalizaram: 117, 146, 234, 264 e 293mm. No tempo 2 – T p2 (após 180 dias, a adoção dos manejos) 155, 197, 309, 360 e 399mm e no tempo 3 – T p3 (após 270 dias, a adoção dos manejos) 202, 262, 399, 468 e 532 mm. Os resultados mostraram que: quanto ao aspecto de salinidade, a água residuária de origem doméstica não apresentou qualquer grau de restrição de uso, porém, avaliando-a quanto ao risco potencial de provocar problemas de infiltração no solo, a água apresentou restrição de uso, de ligeiro a moderado. No que se refere à toxicidade de íons específicos, a água residuária não indicou restrições de uso, por apresentar uma concentração de Na + menor que 69 mg L -1 . O valor médio do pH da água residuária foi considerado médio, estando de acordo com a faixa normal para uso na irrigação. As concentrações médias de Zn e Mn estão de acordo com as diretrizes para uso na irrigação por longos períodos; já as concentrações médias de Cu e Fe estão um pouco acima do recomendado se a lâmina aplicada for maior de 1200 mm ano -1 . Quanto à influência da qualidade da água residuária de origem doméstica no surgimento de problemas de obstrução no sistema de irrigação localizada, a concentração de sólidos suspensos não proporcionou nenhum grau de restrição; no entanto, apresentou grau de restrição de ligeira a moderada para o pH e concentração de Mn e severa para concentração de Fe. A aplicação de água residuária filtrada de origem doméstica foi eficaz no suprimento das necessidades hídricas do cafeeiro e, devido à sua composição química, possibilitou melhoria na fertilidade do solo e do estado nutricional do cafeeiro. Os principais impactos positivos observados no solo em resposta à adoção do MR, foram: aumento do pH, das concentrações de P disponível, K + , Ca 2+ , Mg 2+ e S trocáveis, MO, N –total e diminuição da acidez trocável e potencial e ADA, enquanto os impactos negativos verificados no solo em decorrência do MR, foram: incremento nas concentrações de Fe, Mn e B disponíveis, Na + trocável, aumento da CE, RAS e PST. Apesar do aumento da CE do solo no MR, não se constataram problemas de salinização no solo, por apresentar CE < 2000 μS cm -1 . Avaliando os valores da PST (< 7%), verificou-se que o solo não apresenta comprometimento da sua estrutura; já avaliando a CE e PST do solo conjuntamente, o solo submetido ao MR foi classificado como normal. De maneira geral, o MR foi mais efetivo na melhoria do estado nutricional do cafeeiro, do que o MC, pois as concentrações dos principais nutrientes (N, Ca, Mg, S, Zn e Cu) ficaram dentro dos níveis considerados adequados. Os nutrientes passíveis de causar problemas de toxicidade ao cafeeiro, são o Fe e Mn. Do ponto de vista ambiental, a disposição de água residuária no solo pode vir como alternativa para o tratamento dessas águas, além de potencializar a produção de alimentos.Item Ambiente solo–semente em um latossolo vermelho- amarelo com diferentes mecanismos rompedores e compactadores de uma semeadora de plantio direto na cultura do milho(Universidade Federal de Viçosa, 2003-09-29) Reis, Elton Fialho dos; Fernandes, Haroldo Carlos; http://lattes.cnpq.br/6753732840477137O sucesso do desenvolvimento geral de uma cultura, bem como a sua produção, depende, em parte, do ambiente do solo inicialmente em torno da semente e, posteriormente, no estabelecimento da cultura. O microambiente próximo à semente é influenciado diretamente pelo tipo de mecanismo de abertura do sulco no solo. Nesse sentido, este trabalho objetivou estudar a relação solo–semente na região da semente em semeadura direta, com diferentes teores de água do solo, tipos de mecanismos de abertura do sulco e elementos compactadores, em um Latossolo Vermelho Argiloso com a cultura do milho. O experimento foi montado em esquema de parcelas subsubdivididas, onde as parcelas foram constituídas de três teores de água do solo (0,22; 0,28; e 0,34 kg kg -1 ); as subparcelas, de dois mecanismos de abertura do sulco (haste sulcadora tipo facão e disco duplo); e as subsubparcelas, de dois tipos de elementos compactadores (borracha e liso) com três repetições, no delineamento em blocos casualizados. As avaliações de densidade e contato solo–semente foram feitas no dia do plantio. Foram retiradas duas amostras indeformadas em caixas metálicas de 0,18 x 0,08 x 0,08 m, uma para o estudo micromorfológico do contato solo– semente e outra para a realização de tomografias com resolução milimétrica, a fim de determinar sua densidade. Para o estudo micromorfológico foi feita a impregnação do solo com resina, e, depois de impregnado, foram feitos cortes sucessivos de 1 cm até localizar a semente, quantificando a porosidade na região desta pelo programa Quantiporo (DPS-UFV) . A amostra para tomografia foi subdividida em seis amostras de 4 cm de diâmetro, devido às limitações do tomógrafo. Nessas amostras foram realizadas as determinações de densidades máxima, mínima e média do solo, na posição onde se encontrava a semente. Foram retiradas amostras deformadas de solo na linha de semeadura, para determinação do diâmetro médio ponderado (DMP). A resistência do solo à penetração foi determinada três dias após a semeadura, com um penetrômetro de impacto. De acordo com os resultados, pode-se concluir que: os tratamentos estudados não interferiram significativamente nos valores de índice de velocidade de emergência, densidade mínima medida pelo tomógrafo; o teor de água do solo interferiu significativamente na resistência à penetração após a semeadura, apresentando maiores valores para o menor teor de água, bem como maior diâmetro médio ponderado para o menor teor de água; o mecanismo de abertura do sulco tipo disco duplo proporcionou maiores valores de densidades média e máxima medidas com o tomógrafo, bem como maior profundidade de plantio e menor percentagem de emergência; e o uso do elemento compactador de borracha proporcionou maior profundidade de plantio, maior resistência à penetração e, mesmo apresentando maior peso aplicado sobre o solo, causou menor pressão aplicada sobre a semente, em virtude de possuir maior área de contato com o solo. A interação entre o teor de água do solo e o sulcador foi significativa para a macroporosidade na região da semente, apresentando menores valores para os maiores teores de água no mecanismo de abertura tipo disco duplo. O método da tomografia computadorizada se mostrou adequado e eficiente na determinação da densidade do solo na região da semente.Item Ambiente térmico, qualidade do ar, bem-estar e desempenho produtivo de emas (Rhea americana) confinadas, em fase de crescimento(Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-18) Bressan, Waleska Soares; Souza, Cecília de Fátima; http://lattes.cnpq.br/4686807772119181Com finalidade de suprir informações a respeito da criação de emas e considerando a importância do conforto térmico ambiental na criação de animais, o presente estudo teve como objetivos analisar os efeitos de temperatura, umidade, radiação e velocidade do ar, bem como da qualidade do ar sobre o desempenho produtivo, respostas fisiológicas e resultantes comportamentais de emas, durante a fase de crescimento, e também estabelecer faixas de índices do ambiente térmico, associadas ao conforto, ao bem-estar e conseqüentemente, à eficiência produtiva desses animais. O experimento foi realizado no município de Viçosa - MG, durante o período de abril e maio de 2004. Foram utilizadas trinta e seis emas em fase de crescimento, com idade média de sete meses. Os animais ficaram alojados sobre piso sem cama, em um galpão de 61,0 m de comprimento; 10,0 m de largura e 3,50 m de pé-direito, orientado no sentido leste-oeste. O galpão foi dividido longitudinalmente em boxes, de dimensões idênticas (3,0 m x 10,0 m), nos quais ficou alojado um casal em cada boxe. Para aquisição dos valores das variáveis ambientais (temperatura do ar, umidade relativa e temperatura de globo negro), dados para cálculo do Índice de Temperatura de Globo e Umidade (ITGU), Carga Térmica Radiante (CTR) e Umidade Relativa do Ar (UR), foram utilizadas unidades de aquisição de dados e para os valores de velocidade do ar, um anemômetro digital de hélice. Com finalidade de caracterizar o ar dentro do galpão, foram feitas medições de concentrações instantâneas de amônia. O desempenho animal foi avaliado de acordo com os índices zootécnicos, ou seja, peso vivo médio (PVM), ganho de peso (GP), consumo de ração (CR) e conversão alimentar (CA). Respostas fisiológicas como a freqüência respiratória (FR) e a temperatura retal (TR) também foram avaliadas. O comportamento das aves foi registrado mediante observações visuais e também por meio de fotografias. Com base nos resultados das variáveis ambientais, observou-se que entre 11 e 14 horas foram registrados os maiores de valores de ITGU e CTR, durante este período as emas tiveram indicativos comportamentais de desconforto por calor, tais como eriçamento de penas, abertura das asas, bico entreaberto e contato direto com o piso. Durante este período pode-se sugerir que o ajuste do ambiente térmico ou acondicionamento de galpões para emas, em crescimento, seja feito de forma que o ITGU seja mantido na faixa de 65 a 71, a CTR na faixa de 398 a 452 W.m -2 e a UR, de 50 a 70%. Foram observadas respostas isoladas dos animais indicando mal-estar por frio, como exposição ao sol da manhã e uso da campânula. Não foi detectada presença de amônia internamente no galpão. Os maiores valores de FR foram observados durante o período de maiores valores de ITGU e CTR. Os valores médios de TR mantiveram-se semelhantes durante todo período experimental. O desempenho dos animais, no que diz respeito ao PVM, GP, CR e CA atingidos, não foi afetado de maneira significativa pela condição ambiental imposta, considerando-se o tempo de exposição utilizado deste experimento. Por meio dos resultados da presente pesquisa, foi enfatizada a importância do ajuste do ambiente térmico para a criação racional, manutenção do conforto e bem-estar de emas confinadas, em fase de crescimento.Item Análise da aplicação de inseticida no controle de mosca-branca em berinjela(Universidade Federal de Viçosa, 2000-11-06) Figueiredo, José Luís Aguiar; Pinto, Francisco de Assis de Carvalho; http://lattes.cnpq.br/4029614997763935Esta tese teve por objetivo determinar a influência do volume de calda e a uniformidade de distribuição resultante durante aplicações inseticidas, no controle de mosca branca (Bemisia tabaci), na cultura da berinjela. Foram realizados ensaios de laboratório com os bicos leque das séries LD e API e com bicos tipo cone vazio JD 12P, onde foi caracterizado o espectro da população de gotas obtido e determinado a influência do tipo de bico, da vazão nominal, da pressão de trabalho, do ângulo de abertura e da posição sobre o alvo na uniformidade de distribuição transversal do líquido pulverizado. Os ensaios de campo constaram de amostragens de ninfas e adultos de mosca branca (B. tabaci) nos terços apical e mediano do dossel de plantas de berinjela, antes, 4, 7, 14 e 21 dias após a aplicação dos tratamentos e da caracterização do espectro da população de gotas obtido. Os tratamentos utilizados foram resultantes da combinação de tipo de equipamento (costal manual equipado com válvula de pressão constante de 2 bar e costal de precisão), bicos hidráulicos (tipo leque séries API e LD e tipo cone vazio JD 12P) e taxa de pulverização (500, 700 e 1000 L/ha respectivamente), além de testemunha onde não houve aplicação. A melhor uniformidade de distribuição foi obtida com bicos da série API com 110o de ângulo de abertura, trabalhando com pressões entre 2 e 4 bar, na altura de 50 cm sobre o objetivo. O uso de menores taxas de aplicação implicou em gotas de menor tamanho e melhor cobertura, avaliada em termos de impactos por unidade de área. O melhor controle de ninfas e adultos de mosca branca (B. tabaci) foi obtido através da combinação de equipamento costal manual dotado de válvula de pressão constante (2 bar), bico leque (API 11003) e taxa de pulverização de 500 L/ha.Item Análise da eficiência do uso da radiação solar e da água pela cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill), submetida a estresse de luz e água(Universidade Federal de Viçosa, 2002-02-25) Lima, Francisca Zenaide de; Costa, Luiz Cláudio; http://lattes.cnpq.br/1142303458441497Este trabalho foi realizado com o objetivo de analisar os efeitos dos estresses de luz (sombreamento) e água nas eficiências de uso da radiação (EUR) e da água (EUA) pela cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill) durante as suas fases de desenvolvimento. Para tal, foram conduzidos dois experimentos (anos agrícolas 1997/98 e 1998/99) na Área Experimental Vila Chaves, no Campus da Universidade Federal de Viçosa, localizada no Município de Viçosa, MG. Com as medições de radiação fotossinteticamente ativa, matéria seca produzida pela cultura, e a área foliar, foram analisados os efeitos dos estresses hídrico (durante as fases vegetativa e de florescimento) e de luz (durante a fase vegetativa), sob os mecanismos de interceptação da radiação fotossinteticamente ativa (RFA) pela soja e as suas EUR e EUA. As análises indicaram que a redução do nível de radiação (sombreamento), durante a fase vegetativa, nos dosséis das plantas de soja não causou modificações no seu poder de interceptação (PI) da radiação fotossinteticamente ativa. No primeiro ano de cultivo da soja, o PI das plantas sombreadas foi de 55%, sendo o PI das plantas que se desenvolveram sob o fluxo normal de radiação de 52%. No segundo ano, a soja sombreada interceptou 31% e a não-sombreada, 35%. Foi observado que as plantas sob deficiência de luz tendem a expandir suas folhas mais rapidamente que as não-sombreadas, apresentando uma área foliar específica maior. Na fase seguinte após serem expostas ao nível normal de irradiância solar, mesmo exibindo menor área foliar, essas plantas conseguiram interceptar a radiação na mesma proporção das plantas que não passaram por estresse de luz na fase anterior. Esses mecanismos de adaptação ao estresse de luz permitiram à soja sombreada uma maior eficiência de uso da radiação (EUR), sendo nos dois experimentos, a EUR das plantas sombreadas superior em 16% a EUR das plantas não-sombreadas. A EUR da soja que recebeu estresse hídrico na fase vegetativa apresentou valores diferenciados de um experimento para outro, ou seja, 0,75 g.MJ -1 no ano agrícola 1997/98 e 1,22 g.MJ -1 no ano agrícola 1998/99, sendo, no primeiro experimento, a interceptação da radiação semelhante à das plantas sem estresse hídrico, e no segundo ano houve redução de 21%. O sombreamento da soja ocasionou considerável redução na EUA da soja, enquanto as plantas que receberam estresse hídrico apresentaram os maiores valores de EUA.Item Análise da variabilidade espacial da capacidade de armazenamento de água do solo e seu impacto no gerenciamento da irrigação(Universidade Federal de Viçosa, 2005-07-12) Bufon, Vinicius Bof; Mantovani, Everardo Chartuni; http://lattes.cnpq.br/9426127327587087Esse trabalho foi desenvolvido com o objetivo de estudar a acurácia e a precisão de métodos de estimativa da capacidade de campo e a variabilidade espacial da capacidade de armazenamento de água, num Latossolo Vermelho-Amarelo, e o efeito dessa variabilidade no gerenciamento de irrigação. Na análise das estimativas de capacidade de campo pelos métodos da mesa de tensão, extrator de Richards, equivalente de umidade e equivalente de umidade corrigido por equação, coletou-se amostras deformadas e indeformadas, nas profundidades 0 22 e 22 51 cm, em quatro pontos. Compararam-se as estimativas às determinações do método padrão de campo. Realizou-se a mesma amostragem num gride de 50 x 50 m, 152 pontos, incluindo as análises de densidade do solo e ponto de murcha, para análise da variabilidade espacial da capacidade de armazenamento de água. Avaliou-se o efeito dessa variabilidade no gerenciamento de irrigação, pela evapotranspiração da cultura, precipitação efetiva, demanda de irrigação, e consumo de energia elétrica ou diesel, para três anos de cultivo de milho safra e safrinha. Comparou-se o gerenciamento convencional, que utiliza capacidade de armazenamento média da área, e o gerenciamento de precisão, que considerando-se a variabilidade e dividindo-se a área em três zonas de armazenamento. Analisando-se as estimativas de capacidade de campo, as melhores precisões foram, em ordem decrescente: mesa de tensão, extrator de Richards, equivalente de umidade corrigido e equivalente de umidade, com coeficientes de variação de até 3; 5; 6,9 e 8,6%, e erro padrão de até 0,02; 0,07; 0,11; 1,59 e 1,80; respectivamente. As melhores acurácias foram, em ordem decrescente: mesa de tensão, equivalente de umidade, equivalente de umidade corrigido e extrator de Richards. Na análise da variabilidade espacial da capacidade de armazenamento, os melhores ajustes de semivariograma foram para modelos exponenciais. Encontraram-se alcances de 129 e 128m, e dependência espacial forte e moderado, para as profundidades 0 - 22 e 22 - 51 cm, respectivamente. Os coeficientes de regressão da validação cruzada para os modelos foram baixos. Comparando-se ao gerenciamento de irrigação de precisão, o gerenciamento convencional subestimou em 9% a capacidade de armazenamento, e superestimou em até 19,3; 12,8; 21,7 e 13% a evapotranspiração, precipitação efetiva e demanda de irrigação, e consumo de energia elétrica, ou diesel, respectivamente. Em face das metodologias empregadas, pôde-se concluir que: a) a mesa de tensão apresentou melhor precisão e acurácia nas estimativas da capacidade de campo e o equivalente de umidade mostrou-se prático e de baixo custo, mas exigindo maiores repetições para melhorar a precisão; b) a capacidade de armazenamento de água apresentou dependência espacial, porém, mais estudos devem ser conduzidos para aprimorar o entendimento de sua variabilidade; e c) o gerenciamento de irrigação, considerando a variabilidade da capacidade total de armazenamento de água do solo tem potencial para melhorar as estimativas da evapotranspiração, precipitação efetiva, demanda de irrigação, gerar uso mais racional e sustentável dos recursos naturais, menores custos e maior rentabilidade na agricultura irrigada.Item Análise da variabilidade espacial da produtividade na cafeicultura de montanha com uso de técnicas de sensoriamento remoto(Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-15) Campos, Diogo Santos; Queiroz, Daniel Marçal de; http://lattes.cnpq.br/4262444895133195A adoção da agricultura de precisão tem, como ponto de partida, uma linha de procedimentos, que geralmente começam com a elaboração de um mapa de produtividade durante a colheita. Para a cultura de alguns grãos, como o milho e a soja, já existem dispositivos disponíveis no mercado, que acoplados às colhedoras combinadas, geram esses mapas de produtividade. No caso de culturas perenes, os sistemas de mapeamento de produtividade estão menos desenvolvidos devido à menor utilização da colheita mecanizada. Grande parte da colheita do café no Brasil é, ainda, feita manualmente. Nas áreas de produção de café de montanha, como é o caso da Zona da Mata, é difícil obter o mapeamento da produtividade uma vez que não se utilizam colhedoras automotrizes. Assim para o mapeamento da variabilidade da produtividade do café de montanha, há necessidade da geração de tecnologias específicas. O objetivo principal deste trabalho foi estudar a variabilidade espacial da produtividade na cafeicultura de montanha, por meio de técnicas de sensoriamento remoto. Foram selecionadas seis áreas para implantação das parcelas experimentais, sendo que, dentro de cada área, as plantas possuíam mesma idade, variedade e espaçamento. Três subáreas foram instaladas no campo, dentro de cada área, por meio de estacas de madeira georreferenciadas com uso de um GPS diferencial Trimble Pro XRS. Foi obtida a produtividade corrigida para a umidade padrão de 12% de cada subárea. As imagens aéreas foram obtidas a 2.000 metros de altura, nos dias nove de setembro e 27 de novembro de 2003. Identificadas nas imagens georreferenciadas, as subáreas foram recortadas e processadas, usando-se os índices espectrais Vdn, Vmn, IVn, RVm, RVd, NDVI, GNDVI e SAVI. Para efeito de análises estatísticas, foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado, em que as diferentes áreas foram consideradas como um fator primário designado às parcelas e as diferentes avaliações mensais (épocas de tomadas de imagens) como sendo um fator secundário designado às subparcelas, caracterizando, assim, um experimento em parcelas subdivididas no tempo. Foram realizadas análises de variância para cada índice espectral, nas diferentes épocas de tomada de imagens. Selecionaram-se os índices, que resultaram em teste F não-significativo para interação e significativo para área e época. Para cada uma das duas épocas, foram ajustados modelos lineares de regressão de primeiro e segundo grau da produtividade, pelo método dos mínimos quadrados, em função dos valores do índice selecionado. O modelo selecionado foi de segundo grau referente ao índice banda verde normalizada (Vdn) para o conjunto de imagens obtidas no dia nove de setembro de 2003, que apresentou significância de 7,91% na análise de variância da regressão. O modelo e as imagens, adquiridas no dia nove de setembro de 2003, foram utilizados na geração de mapas de produtividade estimada com uso do programa MATLAB. Nas condições em que o trabalho foi realizado, concluiu- se que, entre os índices espectrais avaliados, apenas o índice Vdn em imagens aéreas falsa-cor satisfez os critérios estabelecidos para seleção de índices. Imagens aéreas falsa-cor, obtidas logo após a colheita da safra anterior, produziram um modelo de regressão com melhor ajuste para estabelecer a relação funcional entre produtividade e índice espectral Vdn. A discriminação da variabilidade espacial da produtividade a partir de índices espectrais obtidos a partir de imagens aéreas falsa-cor é possível, mas ajustes são necessários.Item Análise da variabilidade espacial da qualidade do café cereja produzido em região de montanha(Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-15) Alves, Enrique Anastácio; Pinto, Francisco de Assis de Carvalho; http://lattes.cnpq.br/5345762839720874A qualidade do café é resultado da interação entre a cultura, meio ambiente e tratos culturais, criando um elevado número de fatores que, aliados a variabilidade espacial da produção e qualidade, dificultam sua otimização. A agricultura de precisão, com o manejo localizado desses fatores segundo sua variabilidade, pode trazer grandes benefícios à cafeicultura, tornando-a mais sustentável e lucrativa. O presente trabalho teve como objetivos: identificar a variabilidade espacial da qualidade do café de montanha colhido no estádio cereja, gerando um mapa temático dos níveis de qualidade obtidos; correlacionar as notas e critérios de qualidade de bebida com o teor de açúcares dos frutos e grãos, nitrogênio e potássio dos grãos e estado nutricional das plantas; e identificar a influência da orientação da face de exposição ao sol dos talhões sobre a qualidade de bebida do café. O trabalho foi desenvolvido durante a safra 2003/4, no Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa e na Fazenda Braúna, situada no município de Araponga, MG, e constou de três etapas. Na primeira, analisou-se o efeito da face de exposição das plantas de café ao sol sobre a produção, maturação e qualidade de bebida. Selecionou-se um talhão homogêneo utilizando o delineamento inteiramente casualizado, foram amostrados aleatoriamente 36 grupos, formados por quatro plantas, sendo que de cada um deles foram coletadas duas amostras de frutos, uma para cada face de exposição em relação às linhas de plantio. As amostras foram pesadas e classificadas quanto ao estádio de maturação, sendo os frutos cereja submetidos às análises de qualidade. Utilizou-se o teste t para dados pareados a fim de verificar a ocorrência de diferença estatística entre os tratamentos. Na segunda etapa, estudou-se o efeito da orientação da face de exposição ao sol de parcelas de plantas de café na qualidade de bebida dos frutos cereja. Demarcaram-se quatorze parcelas homogêneas, que foram classificadas segundo a orientação de suas faces de exposição ao sol. Em cada parcela foi coletada uma amostra composta de frutos cereja, das quais foram analisados os critérios de qualidade de bebida, brix, N, K e açúcares dos grãos. Os valores obtidos foram submetidos à análise de variância, segundo o delineamento inteiramente casualizado e ao teste de Tukey. Foi, também, realizada a análise de correlação entre os parâmetros estudados. Na terceira etapa, investigou-se a variabilidade espacial da qualidade do café cereja, cultivado em região de montanha, identificando-se os talhões quanto às características culturais e faces de exposição ao sol. A partir da amostra de cada talhão, foram realizadas as análises da qualidade de bebida e grau brix dos frutos. Utilizando-se estatística, descritiva analisou-se o efeito da densidade de plantio, face de exposição dos subtalhões e idade das plantas sobre as notas de qualidade. Gerou-se um mapa temático dos níveis de qualidade nos subtalhões, bem como procedeu-se à correlação entre as notas de qualidade de bebida, seus critérios, grau brix e o índice de balanço nutricional médio (IBNm). Concluiu-se que: a face de exposição das plantas, submetida a uma maior exposição ao sol, apresentou produção e qualidade de bebida superior à face sombreada; sendo que o mesmo efeito não foi verificado para a maioria das classes de maturação e os valores médios de brix. Detectou-se correlação significativa de qualidade de bebida com o teor de potássio dos grãos. O brix dos frutos apresentou correlação significativa com os critérios de qualidade aroma e balanço. Com exceção para o IBNm, nenhum outro fator ou critério de qualidade apresentou diferença significativa para a orientação da face de exposição das parcelas. A densidade de plantio, face de exposição dos subtalhões e idade das plantas não influenciaram as notas de qualidade. Houve variabilidade das notas de qualidade de bebida entre os subtalhões, que variaram de um mínimo de 70 a um máximo de 85, com uma média de 77.Item Análise da viabilidade técnica e econômica de armazenagem, a granel, de café beneficiado em silo metálico modular(Universidade Federal de Viçosa, 2001-08-27) Vieira, Gilmar; Silva, Jadir Nogueira da; http://lattes.cnpq.br/8449428294454216Analisou-se a qualidade dos grãos de café beneficiado, armazenados a granel em silos sem e com aeração, e em sacos de juta, a viabilidade técnica econômica da armazenagem e, as pressões verticais e horizontais durante o descarregamento e carregamento do silo. No primeiro experimento foi avaliado as possíveis alterações nas propriedades físicas e químicas durante o armazenamento, em dois diferentes sistemas de armazenagem e em saco de juta. As propriedades físicas avaliadas foram, teor de umidade pelo método padrão de estufa a 105oC durante 24 horas, e a massa específica aparente por meio de uma balança de peso hectolítrico, com capacidade para um quarto de litro. As propriedades químicas analisadas foram a atividade da polifenoloxidase, os compostos fenólicos, a acidez titulável, os açúcares totais, redutores e não redutores e lixiviação de potássio foram determinados segundo a metodologia proposta pela literatura e normas técnicas. O índice de coloração foi obtido pela leitura da densidade ótica em espectofotômetro a 425mm. A avaliação da qualidade do café quanto à bebida, aspecto e tipo foram avaliadas por três equipes de provadores de localidades diferentes. No segundo experimento efetuou-se uma análise comparativa dos custos entre os sistema de armazenagem a granel do café beneficiado. Verificou-se a viabilidade técnica e econômica dos sistemas de armazenagem convencional, a armazenagem em silo, e aproveitamento do sistema convencional já existente em armazenagem em silo. Foram utilizadas duas análises de investimento e de custo, que proporcionaram elementos para uma avaliação detalhada dos aspectos econômicos dos sistemas de armazenagem. No terceiro experimento as deformações axiais foram medidas pelos “strain gages” instalados na superfície das paredes do silo, e pela lei de Hook determinou-se as pressões experimentais. As pressões calculadas foram obtidas por equações, com os coeficientes K igual a 0,5, e o coeficiente grão parede, μ’ igual a 0,3, conforme recomendado pela ASAE Standard EP 433.1 1991, e o coeficiente de atrito grão parede, μ’ igual 0,25, e o coeficiente k igual a 0,36, e a massa específica ρ igual a 600kg/m3, determinado para os grãos de café beneficiado. Concluiu-se que houve variação e aumento do teor de umidade em todos os sistemas de armazenagem, e apesar das variações ocorridas, durante o armazenamento nos valores médios dos compostos químicos analisados, observou-se que não houve redução da qualidade do grão de café beneficiado, armazenado em silos sem e com aeração e em sacos de juta. Quanto à bebida, aspecto e tipo dos grãos de café, houve variação na classificação entre as equipes de provadores de diferentes localidades. A análise de investimento e custo mostraram retorno financeiro para os três sistemas de armazenagem analisados. Porém, o melhor sistema, em termos financeiros e econômicos, é o sistema de armazenagem em silo, pois este apresentou maiores indicadores de rentabilidade. As pressões de carregamento e descarregamento, obtidas experimentalmente, apresentaram variabilidade entre os valores registrados nas quatro profundidades, e numa mesma profundidade, esta variabilidade, pode ter sido causada pelo tipo de estrutura, em que foi construído o silo.Item Análise de um destilador de álcool em regime contínuo(Universidade Federal de Viçosa, 2004-12-17) Jesuz, Julio Cesar; Silva, Juarez de Souza e; http://lattes.cnpq.br/8496889285141009Com o desenvolvimento dos carros de combustível “flex” e o preço do petróleo em alta o consumo de combustível a álcool está apontando para uma mesma direção. Seguindo este padrão crescente, o Brasil pode facilmente abastecer, com exportações, parte da demanda internacional para “combustíveis limpos”. Apesar de ter a tecnologia para produção e utilização de álcool em grandes destilarias, pouco é sabido sobre produção de álcool em termos de fazendas no Brasil. Por causa do tamanho das fazendas, os fazendeiros brasileiros têm capacidade para produzir o próprio combustível em quantidade suficiente para abastecer as demandas das fazendas e até mesmo vender o excesso produzido. A produção de álcool torna possível a geração de energia para todas as operações da fazenda, inclusive energia térmica e iluminação, aumentando a renda das propriedades familiares. Esta pesquisa tem como objetivo a análise de um sistema de evaporador contínuo para produção de álcool a ser usado em termos de fazenda. Para testar a eficiência do protótipo em destilação contínua de álcool, foram realizados experimentos com diferentes taxas de fluxo da solução, como também diferentes conteúdos de álcool na solução (15 % e 50 %). Devido à impossibilidade de se produzir a solução tradicionalmente fermentada, utilizou-se uma solução hidroalcoólica com 15 % álcool para simular o vinho de cana-de-açúcar. Outra solução com 50 % de álcool foi usada para simular o retificado de um destilado de cana-de- açúcar ou os resíduos da cachaça (cabeça e cauda da destilação). Se utilizada pelo tradicional produtor brasileiro de cachaça, a produção de combustível a partir dos resíduos da cachaça contribuirá, significativamente, para a redução de perdas e para a melhoria da qualidade da bebida. O programa desenvolvido para simular o processo de destilação determina: (1) o total de álcool evaporado durante o processo; (2) a concentração do álcool produzido; (3) a taxa de fluxo líquida em cada compartimento do evaporador; (4) a concentração de álcool em cada compartimento do evaporador; e (5) a taxa de transferência de calor no evaporador. A eficiência do programa foi avaliada pelo erro relativo percentual em dois parâmetros: taxa de fluxo de álcool evaporado e concentração do álcool produzido para os casos testados experimentalmente. Os erros relativos médios envolvidos na taxa de fluxo e concentração de álcool produzido foram 19,6 e 30,8, respectivamente. Os erros na taxa de fluxo em cinco casos ficaram abaixo de 10 %, enquanto em termos das concentrações de álcool, também em cinco casos, os erros ficaram abaixo de 15 %.Item Análise do crescimento e desenvolvimento da cultura de soja sob diferentes condições ambientais(Universidade Federal de Viçosa, 2002-11-28) Pereira, Carlos Rodrigues; Costa, Luiz Cláudio; http://lattes.cnpq.br/4424174602474669As variações anuais que ocorrem nas safras agrícolas podem ser minimizadas através do estudo das interações entre cultura e ambiente. Uma ferramenta de grande utilidade, nesses estudos, é constituída pelos modelos de simulação. Visando um aporte à pesquisa, na modelagem de crescimento e desenvolvimento da cultura de soja, este estudo objetivou determinar os parâmetros fisiológicos e climáticos em diferentes ambientes. Dois experimentos foram conduzidos na estação experimental Vila Chaves, campus da UFV, com a cultura de soja [Glycine max (L.) Merrill] utilizando a variedade cultivada ‘Capinópolis’, durante as estações de cultivo dos anos agrícolas 1997/98 e 1998/99. Foram aplicados os seguintes tratamentos: irrigado por todo o período (IPTP); irrigado e sombreado na fase vegetativa (ISFV); não- irrigado na fase vegetativa (NIFV); e não- irrigado na fase de florescimento (NIFF). Nos dois ensaios, foram feitas medições de matéria seca da raiz, do cotilédone, do caule (haste principal, ramos e pecíolos), da folha, da flor, da vagem e grãos, além de medições da área foliar ao longo do ciclo da cultura. No ensaio feito em 1998/99, foram realizadas medições da fotossíntese nas fases vegetativa, de florescimento e enchimento de grãos, bem como o acompanhamento da umidade do solo por meio de sonda de nêutrons. Os tratamentos ISFV e NIFV apresentaram quedas nítidas na produção de matéria seca, em relação aos tratamentos IPTP e NIFF, e redução na área foliar durante a fase vegetativa. O tratamento NIFV, irrigado a partir do início da fase de florescimento, conseguiu recuperar sua área foliar e atingir uma produtividade igual àquela obtida no tratamento IPTP. O tratamento ISFV, com a retirada do sombreamento, não conseguiu recuperar a área foliar e, assim, a produtividade de grãos foi fortemente afetada, apresentando uma queda de 40%, em relação ao IPTP. NIFF apresentou uma queda de 25% em produtividade de grãos. Os valores médios de produtividade para IPTP, ISFV, NIFV e NIFF foram 3,64, 2,19, 3,78 e 2,74 t ha -1 , respectivamente. Na fase vegetativa, os tratamentos ISFV e NIFV apresentaram uma redução na fotossíntese máxima (P m ) de 34 e 44%, respectivamente. Na fase de florescimento, NIFF mostrou queda de 35% em P m . Na eficiência de uso da radiação, ao longo de todo o ciclo, ISFV, NIFV e NIFF apresentaram quedas de 36, 8 e 3%, respectivamente. Na eficiência de uso da água, ISFV apresentou queda de 50% enquanto NIFV e NIFF mostraram aumento de 10 e 27%, respectivamente. Para o ciclo todo, IPTP, ISFV, NIFV e NIFF apresentaram os valores de 0,49, 0,85, 0,64 e 0,70, para o coeficiente de extinção da radiação solar, e 0,037, 0,044, 0,039 e 0,038 m 2 g -1 , respectivamente, para área foliar específica. O comprimento do ciclo da cultura foi diminuído no ensaio realizado em 1997/98, em virtude da elevação da temperatura média. A variedade de soja ‘Capinópolis’ mostrou- se sensível ao estresse hídrico, na fase de florescimento, e ao estresse por sombreamento na fase vegetativa, ao passo que a deficiência hídrica, na fase vegetativa, mostrou-se benéfico para a produtividade de grãos, capacitando melhor a cultura para a captura de recursos tais como água, nutrientes, radiação e CO 2 durante as fases subseqüentes. Os parâmetros fisiológicos variaram, conforme o ambiente ao qual a cultura foi exposta.Item Análise do status do nitrogênio no feijoeiro utilizando imagens digitais(Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-21) Baesso, Murilo Mesquita; Pinto, Francisco de Assis de Carvalho; http://lattes.cnpq.br/5488991673181730O feijão era tido como cultura típica de pequenos produtores, sendo em sua maioria, usado como cultura de subsistência. Porém, nos últimos anos, o feijão tem sido plantado por grandes produtores com o uso de uma agricultura tecnificada. O nitrogênio (N) é um dos principais nutrientes para o feijoeiro, sendo sua deficiência bastante comum. Visualmente, a identificação dessa deficiência é feita pela observação de uma clorose nas folhas, que se inicia pelas mais velhas, possibilitando assim o uso da reflectância espectral das culturas na detecção da deficiência de N. Este trabalho teve como objetivo geral o desenvolvimento de um sistema para determinar o status da deficiência do nitrogênio no feijoeiro. E como objetivos específicos: avaliar índices espectrais das imagens como descritores para discriminar diferentes doses de nitrogênio; desenvolver um classificador estatístico para distinguir as diferentes doses de nitrogênio aplicadas; avaliar a possibilidade de utilização do medidor de clorofila na determinação da deficiência de N; e comparar o desempenho dos blocos de imagens e dos valores SPAD na avaliação do status do nitrogênio no feijoeiro. O trabalho foi conduzido em casa de vegetação localizada no campus da UFV, com 5 tratamentos (0, 50,100, 150 e 200 kg de N ha -1 ), com 10 repetições, totalizando 50 vasos com 8dm3 de material de solo cada um. O cultivo foi realizado em vasos para que houvesse melhor controle das quantidades aplicadas de nutrientes. Cada vaso teve três plantas do feijoeiro comum, Phaseolus vulgaris. Devido ao fato de o nitrogênio ser um nutriente de alta mobilidade no solo, a dose foi aplicada em duas etapas: uma no ato do plantio, correspondendo a um terço do total e o restante aos 20 dias após a germinação. Os demais nutrientes foram misturados com o material de solo de maneira uniforme em todos os vasos. A quantidade usada foi calculada com base nos resultados da análise de solos. Os vasos foram dispostos em um delineamento inteiramente casualizado, em parcelas subdivididas no tempo: as doses foram alocadas nas parcelas e a época, nas subparcelas. Foi feita uma irrigação diária para que não houvesse nenhuma influência do déficit hídrico nas plantas. Para validação do nível de deficiência de nitrogênio na planta, foram feitas análises foliares de cada tratamento aos 50 DAE (dias após a emergência). As imagens foram obtidas por uma câmera de vídeo digital colorida da marca JAI, modelo CV-M7+CL, padrão CamLink ® , com um CCD de 2/3” e salvas no formato TIFF (“tagged image file format”) com uma resolução de 1380 (h) x 1030 (v) pixels. Foi usada também uma lente manual da marca Tamron, modelo 23FM25L, com distância focal de 25mm. Os seguintes índices foram calculados: excesso de verde; vermelho normalizado; verde normalizado; e razão verde-vermelho. As diferentes doses de nitrogênio influenciaram os valores SPAD, porém a classificação com esses valores só foi favorável aos 50 DAE. As análises foliares tiveram uma correlação positiva com os valores SPAD, com um R = 0,72. Os blocos de imagens que proporcionaram os melhores resultados, foram os sub- blocos de 20x20 pixels, com destaque para os sub-blocos das imagens aos 30 e 50 DAE, quando foram alcançados valores de exatidão global de 74% e um coeficiente Kappa de 0,67 para os dois períodos.Item Análise técnica de sistemas de irrigação por pivô central utilizados na cafeicultura irrigada do Norte do Espírito Santo e Extremo Sul da Bahia(Universidade Federal de Viçosa, 2001-06-22) Sousa, Mauricio Bonatto Alves de; Mantovani, Everardo Chartuni; http://lattes.cnpq.br/5930393891078843O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo geral de analisar tecnicamente a cafeicultura irrigada por pivô central na região Norte do Espírito Santo e Extremo Sul da Bahia. O trabalho foi dividido em três etapas na primeira avaliou-se a uniformidade de aplicação de água de dez sistemas de irrigação por pivô central, distribuídos em seis municípios, sendo determinado o coeficiente de uniformidade de Christiansen (CUC) e o coeficiente de uniformidade de distribuição (CUD) de cada sistema. Dentre os dez pivôs avaliados, dois deles (20% dos casos), apresentaram problemas de uniformidade de aplicação de água, resultados estes que podem ser considerados satisfatórios, se considerarmos que foram avaliados pivôs com até quinze anos de uso. Em uma segunda etapa, três propriedades, dentre as dez avaliadas, foram utilizadas para estudar o manejo de irrigação adotado, analizando-se a lâmina aplicada e o momento da irrigação. 38Para isto foram feitas três avaliações consecutivas de manejo em cada uma destas propriedades, determinando-se a umidade do solo antes da irrigação e a lâmina aplicada pelo sistema. Em todas as propriedades avaliadas nesta etapa foram detectadas falhas no manejo de irrigação adotado, com atraso nas irrigações e lâminas aplicadas inferiores às lâminas requeridas, proporcionando elevados valores de déficit. Na terceira etapa, complementando o estudo anterior, foi feito um acompanhamento do manejo de irrigação em outras três propriedades selecionadas, durante o período de um ano, utilizando-se para isto dados meteorológicos de estações locais e o programa computacional SISDA 3.0. Foram detectadas falhas no manejo de irrigação nas três propriedades avaliadas, com déficits hídricos acentuados em importantes fases da cultura. Apesar disto as produtividades obtidas em cada propriedade foram satisfatórias, devido principalmente à boa distribuição de chuvas na região durante o período de estudo, embora a aplicação adequada da água pudesse ter elevado estas produtividades, sendo necessário, no entanto, estudos posteriores para quantificar estas perdas.Item Análises do manejo de água, graus-dia, radiação interceptada e produtividade na lima ácida ‘Tahiti’(Universidade Federal de Viçosa, 2001-11-22) Souza, Maria José Hatem de; Ramos, Márcio Mota; http://lattes.cnpq.br/7970272190518262Avaliaram-se, neste trabalho, a influência do manejo da água na distribuição temporal da produção da lima ácida ‘Tahiti’, e o efeito de três porcentagens de área molhada na produção, durante novembro de 2000 a novembro de 2001. O experimento foi conduzido em Visconde do Rio Branco – MG. Determinaram-se, os graus dias necessários desde a antese até o ponto de colheita da lima ácida ‘Tahiti’. Os tratamentos constituíram-se de quatro níveis de estresse hídrico: sem estresse, SE; estresse leve, EL; estresse moderado, EM; e, estresse severo, ES; os quais foram proporcionados por quatro períodos sem irrigação: 0, 7, 10 e 13 semanas; durante os meses de junho a agosto de 2000, e durante os meses de maio a julho de 2001; e de três porcentagens de área molhada: 15, 31 e 46%, e a testemunha, totalizando 13 (12 + 1) tratamentos. Avaliaram-se a umidade do solo e a radiação interceptada e refletida, durante os dois períodos de estresse. As características comerciais dos frutos também foram avaliados. Para a determinação dos graus dias necessários da antese ao ponto de colheita, marcaram-se flores nas 78 árvores do experimento. Os graus-dia foram determinados a partir da diferença entre a temperatura média diária e a temperatura basal inferior, considerada 13 °C. O acúmulo de graus-dia (GD), necessários desde a abertura da flor até a colheita, para a lima ácida ‘Tahiti’, irrigada, são 1493 GD, situando a lima ácida ‘Tahiti’ entre as variedades precoces, que requerem 1600 a 1800 GD. Os frutos, das árvores não irrigadas, necessitam de maior acúmulo de graus-dias, 1585 GD, para atingir o ponto de colheita. O estresse hídrico reduziu a produção de frutos das árvores durante o período de aplicação do estresse hídrico e aumentou a produção nos meses subsequentes ao estresse. A duração do estresse hídrico teve influência naépoca e na produtividade sazonal da lima ácida, porem não influenciou significativamente na produção total. A duração do estresse hídrico deslocou a época das maiores produções nos tratamentos de estresse. O estresse térmico, ocorrido durante os meses do inverno, também influenciou a produção de frutos nos meses subsequentes. A porcentagem de área molhada não afetou a produção das árvores de lima ácida ‘Tahiti’. A irrigação aumentou a produção de frutos e afetou as sofreram estresse radiação refletida características comerciais dos frutos. As árvores que não hídrico foi interceptaram superior nas maior árvores do quantidade de tratamento radiação. não-irrigado. A Para novembro e dezembro de 2000, meses da entressafra, o tratamento EM foi o que maior produção proporcionou. Para os meses de outubro e novembro de 2001, o tratamento de EL foi o que proporcionou maior produção. Para a região da Zona da Mata, para obtenção de uma maior produção nos meses da entressafra, o estresse hídrico deve ter a duração de 7 a 10 semanas, dependendo da precipitação ocorrida no período, a partir do mês de abril ou maio.Item Análises multivariadas e de séries temporais de elementos meteorológicos e de parâmetros fenológicos do cacaueiro (Theobroma cacao L.) sob diferentes estratégias de irrigação(Universidade Federal de Viçosa, 2002-11-28) Hamakawa, Paulo José; Sediyama, Gilberto C.; http://lattes.cnpq.br/9319831360222249Os objetivos deste trabalho foram avaliar as interações defasadas no tempo, entre um conjunto de elementos meteorológicos e um conjunto de variáveis fenológicas de uma cultura de cacaueiro, sob três níveis de irrigação suplementar, bem como comparar os conjuntos de variáveis fenológicas, entre si, em um “corte transversal” no tempo. O experimento foi realizado em Linhares (ES), no período de setembro de 1989 a agosto de 1993, em uma área experimental pertencente à CEPLAC. Os tratamentos foram: irrigação suplementar o ano todo; irrigação suplementar nos períodos de pico de formação da almofada floral e floração (outubro a abril) e a testemunha, sem irrigação. O grupo das variáveis meteorológicas avaliadas foi composto pelas temperaturas máxima, mínima e média, irradiância solar global, insolação, velocidade média do vento a dois metros de altura, evapotranspiração estimada, precipitação e irrigação suplementar; enquanto que o grupo das variáveis fenológicas incluiu o número de folhas novas por planta, queda de folhas por planta, intensidade da floração, número de frutos novos por planta e número de frutos pecos por planta. A análise canônica foi eficiente na detecção das altas correlações entre os grupos das variáveis meteorológicas com o das fenológicas, mesmo em se tratando de séries temporais. A técnica, também, mostrou efeitos dos eventos meteorológicos com apreciável persistência no tempo sobre a fenologia do cacaueiro, até cinco meses após, insinuando indícios de periodicidades anuais nas inter- relações entre os grupos de variáveis. Também, mostrou-se capaz de separar os tratamentos, sugerindo o maior grau de similaridade entre os tratamentos irrigados entre si, do que qualquer um deles em relação à testemunha, sem irrigação. A análise de componentes principais, ao menos as técnicas utilizadas neste trabalho, em princípio, não se mostraram capazes de selecionar aquelas variáveis meteorológicas que seriam mais importantes para posteriores análises. Esta técnica, foi eficiente na detecção das variáveis meteorológicas que contêm as maiores quantidades de informações, retendo, assim, as variáveis meteorológicas que, em si mesmas, resultam de interações de diversos fatores, descartando, entretanto, as causas primeiras. Também, tenderam a descartar as variáveis ligadas à quantidade de água presente na atmosfera, umidade relativa e precipitação. A análise harmônica de Fourier, foi aquela que explicitou a maior quantidade de informações. A função de autocorrelação foi capaz de mostrar as periodicidades intrínsecas de cada uma das variáveis, meteorológicas e fenológicas. Por seu turno, a correlação cruzada realçou inter-relações entre as diversas variáveis, revelando nuances invisíveis pelas análises estatísticas mais usuais. Os resultados,aparentemente, mais surpreendentes foram as correlações cruzadas entre o fotoperíodo – variável astronômica, por excelência e assim, causa primeira – com as variáveis fenológicas. As respostas fenológicas, em todos os tratamentos, a essa variável astronômica, revelaram-se consistentes, destacando de maneira inequívoca os efeitos das diferentes estratégias de irrigação. As técnicas utilizadas de análise espectral não mostraram resultados particularmente elucidativos, nem acrescentaram informações consistentes àquelas apontadas pela análise harmônica. Uma possível explicação dessas discrepâncias encontradas pelas duas estruturas matemáticas utilizadas para o estudo das séries temporais, seria que o tamanho das séries utilizadas não foram longas o suficiente, em termos de número de dados de cada série, para que a análise espectral pudesse mostrar sua robustez. Concluir-se-ia, então que, pelo menos, para séries curtas a análise harmônica superaria a espectral, na elucidação das inter-relações entre as diversas variáveis.Item Análises quantitativa e qualitativa do crescimento e desenvolvimento da grama- batatais e grama-esmeralda em diferentes lâminas de irrigação(Universidade Federal de Viçosa, 2004-07-30) Silva, Denise Freitas; Oliveira, Rubens Alves deEste trabalho teve como objetivos: avaliar o efeito da aplicação das lâminas de água correspondentes a 40, 60, 80 e 100% da evapotranspiração de referência sobre a produção de matéria seca da grama-batatais (Paspalum notatum) e da grama-esmeralda (Wild zoysia); obter a lâmina mínima de água que preserve a qualidade visual do gramado, possibilitando a economia de água e energia; e determinar os coeficientes de cultura (Kc) para as duas espécies. O trabalho foi conduzido na Área Experimental de Irrigação e Drenagem do Departamento de Engenharia Agrícola, no período de abril a outubro de 2003. Na área experimental, foram instalados 20 lisímetros de drenagem, constituídos por caixas de cimento-amianto, com capacidade de 1,0 m 3 . O material de solo utilizado no preenchimento dos lisímetros foi retirado dos primeiros 50 cm de profundidade de um Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico. Quatro lisímetros foram utilizados para se determinar a evapotranspiração da cultura, sendo dois cultivados com grama-batatais e dois com grama-esmeralda. Em dez lisímetros, plantou-se grama- batatais e, nos demais, grama-esmeralda. O plantio foi feito manualmente, no dia 15 de abril de 2003. Os tratamentos iniciaram-se em 28 de junho de 2003, depois da consolidação do gramado, finalizando em 31 de outubro de 2003, com a última poda. Foram feitos quatro cortes das gramíneas em períodos de 30 dias. O experimento foi montado em esquema de parcelas subdivididas, tendo nas parcelas um esquema fatorial de 4 lâminas de água x 2 tipos de gramas e, nas subparcelas, os cortes, num Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC), com duas repetições. Antes de cada corte, foi avaliada a qualidade visual dos gramados por meio da aplicação de um questionário a 16 avaliadores, de acordo com a seguinte classificação: péssimo: < 2; ruim: 2 e < 4; regular: 4 e < 6; bom: 6 e < 8; e muito bom: 8. Após cada corte, avaliou-se a produção de matéria seca, o que possibilitou determinar a eficiência do uso da água. Na determinação do Kc da grama-batatais e da grama-esmeralda, a ETc foi calculada pelo lisímetro e a ETo estimada pelo método de Penman-Monteith. Assim, pela análise dos resultados, concluiu-se que a produção de matéria seca e a qualidade visual da grama-batatais e da grama-esmeralda não foram afetadas pelas diferentes lâminas de água aplicadas nos meses mais frios (julho e agosto). Para a grama-batatais, recomenda-se a lâmina de 40 % da ETo no mês de julho; e para ambas as gramas, nos outros meses, recomenda-se a lâmina de 80% da ETo, inclusive no mês de julho para a grama-esmeralda. Os valores médios de Kc foram de 0,98 para a grama-batatais e de 0,96 para a grama-esmeralda.Item Aplicação da equação de Green-Ampt na modelagem da infiltração de água em Latossolo Vermelho-Amarelo estratificado(Universidade Federal de Viçosa, 2002-03-15) Cecílio, Roberto Avelino; Silva, Demetrius David da; http://lattes.cnpq.br/5497084995510727A infiltração de água no solo é um dos principais fenômenos componentes do ciclo hidrológico, pois é um dos fatores que determinam a disponibilização de água para as culturas, a recarga dos aqüíferos subterrâneos, a ocorrência e magnitude do escoamento superficial e o manejo do solo e da água. O modelo de Green-Ampt é um dos mais utilizados na previsão da infiltração por se basear em aspectos físicos do processo, entretanto diversos autores alertam para a necessidade de adequação dos parâmetros de entrada deste modelo para as condições de campo. Como este modelo foi desenvolvido para solos homogêneos faz-se necessário a realização de estudos deste em solos estratificados, principalmente para solos típicos de regiões de clima tropical. Neste trabalho, procurou-se avaliar o modelo de Green-Ampt, assim como as diversas proposições de correção dos seus parâmetros de entrada (umidade de saturação, θ s ; condutividade hidráulica do solo saturado, K 0 ; e, potencial matricial na frente de umedecimento, ψ), aplicado a um típico solo brasileiro sob condições de estratificação de sua textura, o Latossolo Vermelho-Amarelo. Foram conduzidos dois experimentos, um utilizando colunas e outro uma caixa de solo, dentro dos quais compactou-se material de solo pertencente a cada um dos três horizontes do Latossolo Vermelho- Amarelo (A, B e C). Determinou-se a infiltração acumulada (I), taxa de infiltração (Ti), bem como as características físicas do perfil necessárias para a aplicação do modelo de Green-Ampt. Verificou-se que o valor de umidade de saturação de campo (θ w ) que melhor simulou os valores medidos de infiltração quando não se considera θ w variável com a textura do solo variou entre 0,81 θ s (caixa de solo) e 0,86 θ s (colunas de solos). Quando se considera, para a caixa de solo, θ w variável com a textura, os melhores valores foram de 0,79 θ s para o material de solo de textura argilosa (horizontes A e B) e 0,86 θ s para o material de solo de textura franca (horizonte C). Utilizando-se estes valores nas simulações de Ti, I e profundidade da frente de umedecimento, percebeu-se que a textura do solo exerce grande influência no valor de θ w , pois todas as simulações foram melhores quando se considerou a variação deste parâmetro de acordo com a granulometria do material de solo. Utilizando-se, nas simulações, combinações entre seis metodologias para o cálculo de ψ e três para a determinação da condutividade hidráulica, percebeu-se que três diferentes combinações simularam bem a infiltração ocorrida nas colunas (condição de baixa umidade inicial) e que quatro diferentes combinações simularam bem o processo de infiltração ocorrido na caixa de solo (condição de alta umidade inicial). Para a condição de baixa umidade inicial (colunas de solo), as proposições que melhor simularam a infiltração foram: K w igual a 0,5 K 0 associada a ψ igual a ψ (θ i ); K w igual a K 0 associada a ψ igual à média entre ψ (θ w ) e ψ (θ i ) e; K w igual à taxa de infiltração estável (T ie ) associada a ψ calculado com base na textura e porosidade do solo. Já para a condição de alta umidade inicial (caixa de solo), estas proposições foram: condutividade hidráulica (K w ) igual a 0,5 K 0 associada ao potencial matricial na frente de umedecimento (ψ) igual a ψ (θ i ); K w igual à T ie associada a ψ igual à média entre ψ (θ w ) e ψ (θ i ); K w igual a K 0 associada a ψ calculado com base na textura e porosidade do solo e; K w igual à T ie associada a ψ calculado com base na textura e porosidade do solo. Duas das combinações foram exatamente as mesmas tanto para a condição de alta, quanto de baixa umidade inicial. O modelo de Green-Ampt simulou melhor o processo de infiltração da água no Latossolo Vermelho- Amarelo estratificado quando este apresentou menor variação na condutividade hidráulica ao longo do perfil.Item Aproveitamento agrícola de material orgânico utilizado como filtro no tratamento de águas residuárias da suinocultura(Universidade Federal de Viçosa, 2000-05-10) Febrer, Márcia Cristina Ausina; Matos, Antonio Teixeira deEste trabalho foi realizado em duas etapas distintas. A primeira correspondeu à degradação individual dos materiais orgânicos (casca de café, fino de carvão, casca de arroz, serragem de madeira, bagaço de cana-de-açúcar e sabugo de milho triturado), utilizados nos filtros de tratamento de águas residuárias da suinocultura com vistas à utilização agrícola do material obtido. Esses materiais foram dispostos em medas de 60 x 35 x 20 cm e submetidos a revolvimento e umedecimento sempre que necessário. Amostras das medas foram coletadas, quinzenalmente, para determinação das concentrações de nitrogênio e carbono. Após seis meses de degradação, retiraram-se amostras para avaliação da concentração de nutrientes dos compostos orgânicos obtidos. Avaliou-se também a dinâmica do carbono, do nitrogênio e da relação C/N durante o processo de degradação. Dentre os materiais orgânicos estudados, os compostos produzidos com casca de arroz e fino de carvão não apresentaram degradação satisfatória no período de estudo, porém ficaram enriquecidos em termos químicos. O composto produzido com bagaço de cana-de-açúcar pode ser considerado o material orgânico de mais rápida degradabilidade e o fino de carvão vegetal, o de menor degradabilidade, nas condições estudadas. Na segunda etapa, buscou-se quantificar o conteúdo de nutrientes extraídos na produção da alface, cultivar Brasil 303, em doses crescentes dos seis compostos orgânicos produzidos e o efeito residual da aplicação desses compostos no solo. O cultivo da alface foi feito em vasos, arranjados no delineamento inteiramente casualizado. O experimento foi estabelecido em esquema fatorial formado pela combinação de seis tipos de composto orgânico e três doses de adubação, com quatro repetições, além das testemunhas absoluta e química, como tratamentos adicionais. As doses de adubos orgânicos incorporados foram calculadas em termos de N total, equivalentes a uma, duas e quatro vezes à da adubação nitrogenada mineral recomendada para a cultura da alface. Os conteúdos de nutrientes na planta mostraram-se sempre menores que os encontrados na literatura. Entre os tratamentos estudados, de forma geral, os que receberam composto orgânico produzido com fino de carvão e casca de arroz foram os que apresentaram maior produção de matéria seca e maiores conteúdos de nutrientes, tanto na planta quanto no substrato, enquanto entre os substratos de mais baixas relações C/N, tal como a casca de café e o sabugo de milho triturado, foram obtidas as menores produções de matéria seca e conteúdos de nutrientes.