Engenharia Agrícola
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Item Características físico-químicas e microbiológicas da mistura milho moído e farelo de soja ozonizada utilizada na alimentação de frangos de corte(Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-19) Benevenuto Júnior, Augusto Aloísio; Geraldo, Adriano; http://lattes.cnpq.br/5916530666875980; Albino, Luiz Fernando Teixeira; http://lattes.cnpq.br/7930540518087267; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://lattes.cnpq.br/1847895869686195; Cecon, Paulo Roberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788114T5; Gonçalves, Rogério Amaro; http://lattes.cnpq.br/2441207859930558Objetivou-se com este estudo avaliar o efeito do gás ozônio nas características físico-químicas e microbiológicas da mistura milho moído e farelo de soja exposta a diferentes períodos de tempo (0, 10, 20, 30 e 40 h), numa concentração de 11,25 mg L-1, vazão do gás de 5 L min-1. Foram utilizadas rações formuladas com a mistura, milho moído e farelo de soja, exposta ao ozônio, para avaliar o desempenho, o rendimento de carcaça e a qualidade de carne de frangos de corte. O efeito do gás ozônio sobre os microrganismos foi avaliado pela contagem total de aeróbicos mesófilos, pela contagem total de bolores e leveduras e pelo número mais provável de coliformes totais e coliformes termotolerantes. Para avaliar as características físico-químicas, foram analisados os teores de água, de proteínas, de lipídeos, índice de peróxido e coloração da mistura milho moído e farelo de soja. Na avaliação do desempenho, do rendimento de carcaça e da qualidade de carne de frangos de corte, foram utilizados 384 pintos machos de um dia de idade, da linhagem Cobb-500. Adotou-se o delineamento em blocos ao acaso com 6 (seis) tratamentos, sendo um tratamento controle positivo e 5 (cinco) tratamentos (0, 10, 20, 30 e 40 h) de exposição da mistura de milho e farelo de soja ao gás ozônio e dois blocos (lado um e dois do galpão) com quatro repetições em cada bloco, com fornecimento às aves no período de 1 a 21 dias de idade. Cada unidade experimental foi constituída de oito aves. O tratamento controle positivo que se constituiu-se de ração formulada à base de milho e de farelo de soja sem ozonização, atendendo a mesma exigência nutricional proposta para os demais tratamentos utilizados. As variáveis de desempenho das aves avaliadas foram consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar. Também foram avaliadas o rendimento de carcaça, as vísceras comestíveis fígado, coração e moela, e as partes peito com osso, peito, coxa, sobrecoxa, asa, dorso, pés, cabeça e pescoço. As variáveis de qualidade da carne avaliadas foram pH e capacidade de retenção de água (perda por gotejamento) do músculo do peito. Os resultados demonstraram que o gás ozônio foi eficiente no controle microbiológico da mistura milho moído e farelo de soja, com redução: dois ciclos log (99%), na contagem total de bolores e leveduras; quase três ciclos log (99,9%), na contagem total de aeróbicos mesófilos; e coliformes totais e termotolerantes de 150 NMP g-1, para valores próximos de 4 NMP g-1. Com relação ao efeito do ozônio sobre as características físico-químicas, o teor de lipídeos reduziu 15,7% para uma exposição ao gás ozônio por 40 h. O índice de peróxido aumentou, quando a mistura milho moído e farelo de soja foi exposta ao gás, por até 20 h, embora tenha ficado abaixo de 20 meq kg-1. Com relação aos parâmetros de cor, observaram-se pequenas alterações da luminosidade, do índice do amarelo, da tonalidade e da saturação quando a mistura milho moído e farelo de soja foram expostas, por até 20 h, ao gás ozônio. No período inicial de 1 a 21 dias de idade, os melhores resultados de peso médio, ganho de peso e conversão alimentar dos frangos foram obtidos com ração formulada com milho moído e farelo de soja ozonizada por até 30 h, não diferindo os resultados do tratamento controle positivo; já os tratamentos 0 h e 40 h de exposição ao gás ozônio, o desempenho das aves foi inferior em relação ao tratamento controle positivo. No período de crescimento e final, correspondido entre 21 e 42 dias, e do período total de 1 a 42 dias de idade, o consumo de ração reduziu à medida que se aumentou o período de exposição da mistura milho moído e farelo de soja ao gás ozônio. No período de 1 a 42 dias de idade, o maior ganho de peso e a melhor conversão alimentar foram obtidos para períodos máximos de exposição ao gás ozônio de 14,9 e 22,8 h, respectivamente. Os rendimentos de carcaça e a qualidade da carne dos frangos de corte abatidos aos 42 dias de idade e alimentados na idade de 1 a 21 dias com a mistura milho moído e farelo de soja ozonizada não foram afetados. Concluiu-se que o ozônio é uma alternativa eficaz na descontaminação de ingredientes como milho moído e farelo de soja sem alterações das características físico químicas, podendo ser usado na alimentação de frangos de corte desde que o período de exposição não seja maior que 30 h, na concentração de 11,25 mg L-1 e vazão do gás de 5 L min-1.Item Difusão e cinética de decomposição do ozônio no processo de fumigação de grãos de milho (Zea mays)(Universidade Federal de Viçosa, 2008-02-26) Santos, Joseane Erbice dos; Martins, Márcio Arêdes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798288T8; Martins, José Helvécio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787754Z3; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4774415U8; Silva, Jadir Nogueira da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783346P3; Santos, Jamilton Pereira dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727696H4; Urruchi, Wilfredo Milquiades Irrazabal; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707408T7A necessidade de encontrar alternativas para o controle de insetos-praga estimula o desenvolvimento de pesquisas visando à obtenção de novos métodos e técnicas que possibilitem a manutenção e preservação da qualidade dos produtos. Uma das alternativas é a utilização da atmosfera modificada, empregando-se o gás ozônio (O3) como fumigante. O ozônio é um forte agente oxidante e biocida, que pode ser gerado por meio de uma descarga elétrica, descartando-se a necessidade de manipulação, armazenamento ou eliminação de embalagens. Este trabalho foi desenvolvido com os objetivos de analisar a concentração residual do gás ozônio depois da fumigação de grãos de milho; determinar o tempo necessário para a saturação e modelar a cinética de decomposição do gás ozônio na massa de grãos; avaliar o efeito da saturação nas características fisiológicas dos grãos; e determinar o coeficiente efetivo de difusão, considerando-se os processos de difusão e decomposição do O3. O gás ozônio foi obtido por um gerador desenvolvido pelo Departamento de Física do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Para determinar a cinética de decomposição, foram utilizadas três amostras de 1 kg de grãos de milho, com teor de água em média de 12,8% b.u. Cada amostra foi acondicionada em um recipiente de vidro com capacidade para 3,25 L e submetida à atmosfera modificada com 100 ppm do gás ozônio, a uma vazão de 4,6 L min-1. A concentração residual de O3 foi medida em intervalos regulares de tempo até que se mantivesse constante, o que indicava o estado de saturação do sistema O3-milho. A cinética de decomposição foi determinada a partir da saturação da massa porosa de grãos pelo gás, acompanhando a variação da concentração em função do tempo. O estudo de cinética de decomposição do O3, para grãos previamente saturados, foi realizado testando-se os modelos de cinética de ordem zero, de primeira e segunda ordens e de ordem dois terços. Determinou-se o teor de água do produto e, para avaliar as características fisiológicas, efetuaram-se os testes de potencial de germinação e de condutividade elétrica. O coeficiente efetivo de difusão foi determinado, utilizando-se três amostras de 1 kg de grãos de milho acondicionados em uma coluna cilíndrica em aço inox acoplada a uma câmara de gás, e o método utilizado foi uma adaptação da célula de diafragma. Posteriormente, desenvolveu-se um modelo de difusão considerando o regime estacionário no meio poroso. Na determinação da concentração residual do ozônio, tanto para a cinética de decomposição quanto para o coeficiente efetivo de difusão, o gás era absorvido em uma solução acidificada de iodeto de potássio, e o iodo liberado era titulado com tiossulfato de sódio, utilizando-se suspensão de amido como indicador. Aos dados de concentração residual de ozônio, foi ajustada uma função do tipo exponencial, e o modelo que melhor se ajustou aos dados de cinética de decomposição foi o de primeira ordem. A constante de taxa de decomposição (k), que é dada pela inclinação da reta, foi de 0,1243 min-1, e o tempo de meia vida, que evidencia a interação do sistema O3-milho, foi de 5,57 min. A análise dos dados e a interpretação dos resultados permitiram concluir que o O3 se decompõe, durante o processo de fumigação do milho, em duas fases distintas: uma decomposição inicial e rápida devido à saturação dos sítios ativos, nos primeiros 70 min, seguido por uma decomposição mais lenta; os grãos de milho não apresentam alterações nas características fisiológicas depois da saturação com o gás ozônio; o coeficiente efetivo de difusão do ozônio através da massa de grãos de milho é de 1,29x10-2 cm2 s-1 e, para efeito de validação e comparação do resultado obtido, o coeficiente efetivo de difusão do ozônio em grãos de milho, calculado por meio do modelo teórico de Brokaw, é de 1,31x10-2 cm2 s-1 para porosidade previamente obtida de 0,40.Item Difusão e sorção do isotiocianato alilo e o seu efeito no controle de Sitophilus zeamais e na qualidade do milho(Universidade Federal de Viçosa, 2008-02-25) Paes, Juliana Lobo; Dhingra, Onkar Dev; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051H5; Cecon, Paulo Roberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788114T5; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://lattes.cnpq.br/8567579362150921; Silva, Jadir Nogueira da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783346P3; Picanço, Marcelo Coutinho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786700U4; Martins, José Helvécio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787754Z3Neste trabalho, teve-se como meta avaliar o transporte do isotiocianato alilo (AITC) através da massa de grãos de milho, bem como o seu efeito fumigante nas fases de desenvolvimento de Sitophilus zeamais Motsch. (Coleoptera: Curculionidae) e na qualidade dos grãos de milho. O trabalho, conduzido na Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, MG, foi realizado em três etapas. Na primeira, avaliou-se o transporte do AITC por meio do estudo do mecanismo de sorção e da difusão deste gás através da massa de grãos. Em todo o experimento, foram utilizados grãos de milho com teor de água de 13% e porosidade de 40%, na temperatura de 25 oC. Para o estudo do processo de sorção, fez-se a injeção de vapor saturado de AITC em frascos de vidro contendo os grãos. Por meio de um manômetro de coluna líquida, registrou- se a diferença de pressão a cada 10 min até o tempo final de 130 min. Esse procedimento também foi realizado sem a presença do AITC. Modelos cinéticos de ordem zero, de primeira e de segunda ordem foram ajustados aos dados de concentração do AITC, com a finalidade de determinar a constante da taxa de sorção. Para o estudo da difusão, utilizou-se um protótipo com uma câmara de gás e uma coluna cilíndrica para contenção dos grãos. Amostras foram coletadas a cada 1h50min, em sete pontos da coluna e na câmara, e injetadas imediatamente em um cromatógrafo a gás. Com os dados da constante da taxa de sorção e concentração do AITC, determinou-se o coeficiente efetivo de difusão do AITC na massa de grãos, por meio do modelo matemático que descreve a difusão em regime transiente, ao qual foi adicionado o termo referente à taxa de sorção. Na segunda etapa, grãos de milho infestados com as fases imaturas (ovo, larva de terceiro ínstar e pupa) e adulta de S. zeamais foram submetidos ao tratamento com AITC nas concentrações de 0; 1,25; e 1,87 µL L-1, durante 10 períodos de exposição (6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54 e 60 h). A avaliação da mortalidade dos insetos adultos foi realizada depois de 48 h do final de cada período de exposição e a das fases imaturas, depois de completar 42 dias da data em que foi feita a postura, contando-se o número de insetos adultos emergidos. Os tempos letais (TL50 e TL95) das fases imaturas e adulta de S. zeamais foram estimados pela análise de Probit, utilizando-se o programa SAS versão 6.12. Na terceira etapa, grãos de milho foram submetidos às mesmas concentrações de AITC e períodos de exposição do experimento realizado para estimar os tempos letais das fases de desenvolvimento de S. zeamais. A cada 6 h, foram avaliados o teor de água, a condutividade elétrica e o potencial de germinação até completar 60 h de exposição. Verificou-se que o modelo cinético para o mecanismo de sorção é o de primeira ordem e a constante da taxa de sorção, igual a 6,26x10-4 s-1. O valor do coeficiente efetivo de difusão do AITC através da massa de grãos de milho é de 7,2x10-3 cm2 s-1. Com relação ao efeito fumigante, observou-se que o aumento no período de exposição elevou a eficácia dos tratamentos com AITC em todas as fases de desenvolvimento estudadas do S. zeamais. A fase ovo requer maiores tempos letais, ao passo que a larva de terceiro ínstar exige menores tempos letais de 50 e 95%. Os ovos e as pupas foram as fases mais tolerantes, enquanto os adultos e as larvas foram as mais sensíveis ao AITC. Os tratamentos com AITC não afetaram a qualidade dos grãos de milho ao longo de 60 h de exposição. Conclui-se que o transporte do AITC através da massa de grãos de milho é lento, devido ao baixo valor do coeficiente efetivo de difusão e à elevada taxa de sorção desse componente pelos grãos. No entanto, a capacidade do isotiocianato alilo em controlar todas as fases de desenvolvimento do inseto-praga S. zeamais e o fato de não afetar a qualidade dos grãos indicam a potencialidade como fumigante.Item Distribuição do gás ozônio em milho armazenado em silo metálico usando sistema de aeração(Universidade Federal de Viçosa, 2013-02-06) Rozado, Adriano Ferreira; Urruchi, Wilfredo Milquiades Irrazabal; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707408T7; Martins, Márcio Arêdes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798288T8; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://lattes.cnpq.br/0146075717105981; Alencar, Ernandes Rodrigues de; http://lattes.cnpq.br/0646231743976574; Sinício, Roberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783643E1O presente trabalho teve por meta avaliar a distribuição do gás ozônio em diferentes posições da massa de grãos, submetidos aos processos de ozonização sem e com recirculação do ozônio residual e, ainda, avaliar as qualidades física e fisiológica dos grãos de milho submetidos aos dois processos. Grãos de milho com teor de água em torno de 12,5% (b.u.) foram acondicionados em silo metálico, com 0,60 m de diâmetro, 3,0 m de altura e dispositivos para injeção, exaustão e recirculação do gás. A uma distância de 0,26 m da base do silo, colocou-se um fundo metálico com 25% de perfuração para sustentação dos grãos e formação de uma câmara plenum para insuflação da mistura ar/ozônio. Para avaliar a distribuição do ozônio foram construídas sondas em PVC com 0,04 m de diâmetro e 0,30 m de comprimento. Estas sondas foram dispostas em seis pontos eqüidistantes de 0,5 m ao longo da coluna de grãos por onde foram realizadas amostragens do ozônio em intervalos regulares de 1,0 h e, também, em um ponto localizado no plenum e outro acima da coluna de 3,0 m de grãos para determinação das concentrações de entrada e residual, respectivamente. Os sistemas de ozonização funcionaram continuamente, injetando-se a mistura ar/ozônio, por um período de 148 h. O procedimento de coleta das amostras e quantificação da concentração de ozônio consistiu no borbulhamento do gás em solução de iodeto de potássio durante um minuto, seguida de titulação com solução de tiossulfato de sódio. O ozônio produzido pelo gerador foi injetado no plenum, em conexão localizada na base do silo e a mistura ar/ozônio insuflada na massa de grãos sob vazão específica de 1,0 m3 min-1 t-1, em concentrações médias de 622,1 e 494,2 ppm (1,33 e 1,06 g m-3), para os processos sem e com recirculação do ozônio residual, respectivamente. Para avaliar o efeito dos níveis de concentração do ozônio nas qualidades física e fisiológica dos grãos de milho, foram realizados testes de teor de água, massa específica, potencial de germinação e condutividade elétrica. A temperatura da massa de grãos, a temperatura da mistura ar/ozônio no plenum, a temperatura e a umidade relativa do ar antes da passagem pelo ventilador e a temperatura da mistura ar/ozônio após passagem pela massa de grãos, foram monitoradas e registradas por meio de um sistema de aquisição e armazenamento de dados denominado 1-wire, utilizando sensores de temperatura (DS18B20) e umidade relativa (DS2438). A temperatura da massa de grãos submetida ao processo de ozonização com recirculação foi, em média, 2,0 oC superior à dos grãos submetidos ao processo sem recirculação. Os dados obtidos da quantificação da concentração de ozônio foram submetidos à análise de regressão e, com base no coeficiente de determinação, ajustou-se o modelo de distribuição do gás ozônio na massa de grãos e do residual liberado, utilizando-se o software Sigmaplot. Os dados de avaliação das qualidades física e fisiológica dos grãos submetidos aos processos de ozonização foram comparados com os dados das amostras controle, aplicando-se o teste Dunnett ao nível de 5% de probabilidade, utilizando-se o software Saeg. Concluiu-se que o modelo matemático ajustado que representou o processo de distribuição do gás ozônio na massa de grãos de milho foi o de Chapman-Richards, sigmoidal assintótico com três parâmetros, independentemente do processo de ozonização. Observou-se, ainda, que quanto mais próximo ao ponto de injeção do gás ozônio, maior o nível de concentração e menor o tempo para estabilização do ozônio, independentemente do processo de ozonização, sem ou com recirculação do ozônio residual. O maior valor assintótico que a concentração de ozônio pode atingir é de 425,89 ppm (0,912 g m-3) para coluna de grãos de 0,5 m sem a recirculação do ozônio residual. A menor concentração assintótica possível na massa de grãos de milho foi de 180,1 ppm (0,386 g m-3) quando situados a 3,0 m do ponto de insuflação (plenum), em processo sem recirculação do ozônio residual. Em geral, os menores tempos estimados para obtenção da concentração local desejada foram obtidos pelo processo de ozonização com recirculação do ozônio residual. O menor tempo estimado para obter a concentração de 50 ppm (0,107 g m-3) foi de 1,1 h, com a recirculação do ozônio residual, para uma coluna de grãos de 0,5 m. O maior período estimado para atingir 50 ppm de ozônio foi de 46,9 h, sem a recirculação do ozônio residual, para os grãos situados a 3,0 m do ponto de insuflação da mistura ar/ozônio. Em geral, os processos de insuflação de ozônio na massa de grãos não afetaram a qualidade fisiológica dos grãos de milho, independentemente da posição e do processo de ozonização. Porém, houve uma redução no teor de água final da ordem 0,7% e 1,0% para os grãos submetidos aos processos de ozonização sem e com a recirculação do ozônio residual, respectivamente, em razão das condições ambientais envolvidas nos processos. Portanto, os dois processos de ozonização estudados, sem e com recirculação do ozônio residual, possibilitam obter concentrações de ozônio na massa de grãos capazes de controlar pragas de milho armazenado em períodos inferiores a 148 h.Item Efeitos das condições de armazenagem sobre a qualidade da soja (Glycine max (L.) Merrill) e do óleo bruto(Universidade Federal de Viçosa, 2006-07-28) Alencar, Ernandes Rodrigues de; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://lattes.cnpq.br/0646231743976574; Silva, Luís César da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793547H0; Martins, Márcio Arêdes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798288T8; Donzeles, Sergio Mauricio Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787758D8; Lacerda Filho, Adílio Flauzino de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788667H5A estimativa para a safra de grãos 2005/06 no Brasil é de cerca de 120 milhões de toneladas. Desse total, o Brasil deve produzir 53 milhões de toneladas de grãos de soja, ou seja, 44% da produção nacional. Entretanto, a produção agrícola brasileira precisa ir ao encontro das exigências internacionais para alcançar o mercado externo, e para isso a manutenção da qualidade dos grãos é essencial. Os grãos de soja apresentam cerca de 20% de teor lipídico e são susceptíveis ao processo de deterioração qualitativa, quando armazenados de forma inadequada, podendo acarretar sérios problemas, como danos à qualidade do óleo bruto, refinado, branqueado e desodorizado. Objetivou-se com este trabalho avaliar as principais alterações qualitativas dos grãos de soja durante o armazenamento e a influência dessas alterações na qualidade do óleo bruto extraído. Utilizaram-se grãos de soja colhidos com teor de água em torno de 18% b.u., que foram secos em secador de camada fixa com ar natural, até teores de água de 11,2, 12,8 e 14,8% b.u. Após a secagem, os grãos foram acondicionados em recipientes de plástico de aproximadamente 3,0 L e armazenados em câmaras do tipo B.O.D., nas temperaturas de 20, 30 e 40 ºC. Para garantir o mesmo teor de água dos grãos de soja durante o armazenamento em diferentes temperaturas, manteve-se a umidade relativa de equilíbrio (URe) previamente calculada para cada combinação de temperatura e teor de água, dentro de cada B.O.D. Utilizou-se um sistema computacional denominado 1-wireTM para aquisição e armazenamento de dados de umidade relativa. A cada 45 dias até 180 dias de armazenamento, foram realizadas análises qualitativas dos grãos e do óleo bruto extraído. Os parâmetros qualitativos dos grãos de soja armazenados com diferentes teores de água e combinações de temperatura e umidade relativa analisados foram: teor de água, classificação, massa específica aparente, condutividade elétrica, germinação, cor e teor de lipídios. A qualidade de óleo bruto extraído dos grãos de soja foi avaliada pelas análises índice de iodo, ácidos graxos livres, índice de peróxido e índice fotométrico de cor. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, em parcelas subdivididas, com três repetições. Os tratamentos, combinações de temperatura (20, 30 e 40 ºC) e teor de água (11,2, 12,8 e 14,8% b.u.) foram alocados na parcela, enquanto que a subparcela correspondeu ao período de armazenamento (0, 45, 90, 135, 180 dias), fazendo com que a estrutura de tratamentos correspondesse ao fatorial 3×3×5. As análises dos dados e a interpretação dos resultados obtidos relacionados aos grãos permitiram as seguintes conclusões: para fins de certificação, o armazenamento de soja não é recomendado nas seguintes combinações de teor de água e temperatura: 11,2% b.u. a 40 ºC; 12,8% b.u. a 30 e 40 ºC; e 14,8% b.u. a 20, 30 e 40 ºC; para comercialização de soja dentro dos limites da referência básica, é possível armazenar durante 180 dias grãos com teor de água de até 14,8% b.u. nas temperaturas de 20 e 30 ºC; na temperatura de 40 ºC, somente os grãos com teor de água de 11,2% b.u. poderão ser armazenados por 180 dias; grãos com teor de água de 12,8 e 14,8% b.u. a 40 ºC poderão ser armazenados por 90 e 45 dias, respectivamente. Conclui-se, a partir dos dados obtidos dos parâmetros qualitativos do óleo obtido dos grãos de soja armazenados nas diferentes condições que: o armazenamento de grãos de soja com teor de água de até 14,8% b.u. a 20 ºC não afeta qualitativamente o óleo bruto extraído desses grãos; o óleo bruto obtido de grãos de soja armazenados com teor de água de até 12,8% b.u. a 30 ºC permanece com qualidade satisfatória até 180 dias; não é possível obter óleo bruto, dentro dos padrões de qualidade exigidos para comercialização, de grãos de soja armazenados com teor de água superior a 11,0% b.u., na temperatura de 40 ºC; as características qualitativas dos grãos de soja afetam a qualidade do óleo bruto extraído desses grãos. Como medidas preventivas de manuseio pós-colheita que permitam reduzir os riscos de perdas qualitativas dos grãos e subprodutos de soja, propõe-se: armazenar, a 20 ºC, soja com teor de água de até 15,0% b.u. sem risco de deterioração por até 180 dias; em regiões com temperaturas em torno de 30 ºC, armazenar soja com teor de água de até 13,0% b.u.; não armazenar soja com teor de água superior a 11,0% b.u. em regiões em que a temperatura da massa de grãos possa alcançar 40 ºC, sob o risco de ser acelerado o processo de deterioração dos grãos e subprodutos.Item Eficácia do ozônio em grãos de trigo infestados com Rhyzopertha dominica(Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-17) Silva, Gutierres Nelson; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://lattes.cnpq.br/2968968667886414; Pimentel, Marco Aurélio Guerra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762855A4; Grossi, José Antônio Saraiva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784442D6Existe a necessidade de encontrar novas alternativas para o controle de insetos-praga em unidades armazenadoras e processadoras de grãos, que possibilitem a manutenção da qualidade dos produtos e que ocasione menor impacto ambiental. Uma alternativa consiste no uso do gás ozônio, um poderoso agente oxidante. Embora os efeitos tóxicos do ozônio já sejam conhecidos para os insetos-praga de produtos armazenados, são escassas as informações sobre os seus efeitos no interior de uma massa de grãos. Este trabalho teve por objetivo avaliar a toxicidade do ozônio sobre Rhyzopertha dominica em grãos de trigo, bem como avaliar a taxa instantânea de crescimento populacional (ri) destes insetos expostos a tempos-letais. Aliado a isto, objetivou-se avaliar o efeito da ri nas características físicas, fisiológicas e físico-químicas dos grãos de trigo. A toxicidade do ozônio foi avaliada através de estimativas dos tempos-letais para 50 e 95% (TL50 e TL95) dos insetos adultos. O ozônio foi aplicado na concentração de 1,61 mg L-1 e fluxo de 2,0 L min-1. Os grãos foram ozonizados no interior de recipientes cilíndricos de PVC com 20 cm de diâmetro e 100 cm de altura, os quais continham em seu interior os insetos acondicionados em gaiolas plásticas, contendo 400 g de grãos de trigo. As gaiolas foram distribuídas no interior da massa de grãos em três pontos distintos: sobre o plenum, parte mediana e parte superior. Foram utilizadas três repetições com 20 insetos, variando o período de exposição ao gás. Nas tampas inferior e superior dos cilindros foram instaladas conexões para injeção e exaustão do gás, respectivamente. Para a estimativa da taxa instantânea de crescimento (ri) e testes de qualidade foram utilizados apenas os grãos provenientes das gaiolas com os insetos, distribuídas na parte superior. A taxa instantânea de crescimento (ri) foi determinada utilizando os tempos-letais (TL10, TL30, TL50, TL70 e TL90), obtidos no bioensaio de toxicidade. Foram utilizados 50 insetos adultos, não-sexados. Após a exposição ao ozônio, a massa de grãos de trigo contendo os insetos foi retirada das gaiolas e transferida para frascos de vidro de 0,8 L e, após 60 dias, a progênie adulta foi contabilizada. Para avaliar o efeito da taxa instantânea de crescimento na qualidade do trigo, foram realizados testes de condutividade elétrica, percentual de germinação, teor de água, peso hectolítrico e teor de cinzas e proteínas. Os resultados de toxicidade indicaram que os períodos de exposição ao ozônio, necessários para ocasionar a mortalidade de 50% (TL50) e 95% (TL95) dos adultos de R. dominica, aumentou à medida que se distanciou as gaiolas contendo os insetos do ponto de injeção do gás ozônio. Com o incremento do período de exposição ao gás ozônio, foi observado que a taxa instantânea de crescimento de R. dominica reduziu, após 60 dias de armazenamento. Observou-se, correlação significativa entre a taxa instantânea de crescimento e as características físicas e fisiológicas dos grãos de trigo. A presença de R. dominica na massa de grãos de trigo, provenientes da taxa instantânea de crescimento, possivelmente, afetou os parâmetros físicos e fisiológicos dos grãos de trigo.Item Ozônio como agente fungicida e seu efeito na qualidade dos grãos de milho(Universidade Federal de Viçosa, 2013-04-19) Brito Júnior, Joel Guimarães de; Cecon, Paulo Roberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788114T5; Nascimento, Wellingta Cristina Almeida do; http://lattes.cnpq.br/0414181182362458; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://lattes.cnpq.br/0751857724701488; Gonçalves, Rogério Amaro; http://lattes.cnpq.br/2441207859930558; Alencar, Ernandes Rodrigues de; http://lattes.cnpq.br/0646231743976574Os fungos são capazes de ocasionar sérios danos aos grãos durante o armazenamento, podendo comprometer as características organolépticas e nutritivas, bem como o aproveitamento industrial dos grãos e seus subprodutos. Além disso, podem produzir micotoxinas que são metabólitos secundários potencialmente danosos à saúde humana e animal. Desta forma, é fundamental o controle de fungos nas unidades armazenadoras. Dentre as tecnologias apontadas como promissoras no controle de microrganismos, destaca-se a ozonização. O ozônio é um poderoso agente oxidante que promove estresses oxidativos em células vivas e vem sendo indicado como alternativa no controle de microrganismos. No entanto, pouco se conhece a respeito do potencial desse gás como agente redutor de populações microbianas em milho armazenado. Diante do exposto, objetivou-se com este trabalho determinar a concentração e o tempo de saturação do ozônio em massa de grãos de milho, definir o tempo de ozonização eficaz para a desinfecção microbiológica dos grãos, bem como avaliar o efeito da ozonização nas características físico-químicas do produto. Utilizou-se nos ensaios grãos de milho (Zea mays L.), com teor de água de 14,4% b.u., contendo 94 e 97% de infecção natural por Penicillium spp e Aspergillus spp, respectivamente. Durante a ozonização, amostras de 2,0 kg de grãos foram acondicionadas em recipientes cilíndricos de PVC (19,3 x 23,0 cm). Para determinação da concentração e do tempo de saturação dos grãos de milho pelo ozônio, aplicou-se o gás na concentração de 2,14 mg L-1 e fluxo de 5,8 L min-1. Considerou-se como tempo de saturação o momento a partir do qual os valores de concentração residual do ozônio se mantiveram praticamente constantes. A concentração residual obtida neste ponto foi considerada como a concentração de saturação. Foram estabelecidos cinco períodos de exposição ao ozônio, com a finalidade de avaliar o efeito do gás na desinfecção microbiológica e na qualidade dos grãos de milho. Os períodos de exposição adotados foram 0, 10, 20, 30 e 50 h. No controle, grãos de milho foram submetidos ao tratamento com ar atmosférico, em condições semelhantes ao tratamento com gás ozônio. A quantificação de fungos filamentosos e leveduras em meio de cultura e a ocorrência dos gêneros Aspergillus e Penicillium nos grãos foram avaliadas com a adoção de dois diferentes métodos. O primeiro método foi o da contagem em placas para fungos filamentosos e leveduras e, o segundo, o plaqueamento direto sobre papel de filtro (Blotter test). Ao final de cada período de exposição, os grãos de milho foram avaliados quanto ao teor de água, à condutividade elétrica, ao teor de lipídeos, ao teor de proteínas e ao índice de peróxido. Observou-se que a concentração e o tempo de saturação do gás ozônio nos grãos de milho foi de 0,9874 mg L-1 e 138,56 min, respectivamente. Ocorreu redução em 2,0 ciclos log na contagem de fungos filamentosos e leveduras nas amostras de milho ozonizadas. O ozônio reduziu em 78,5 e 98,0% o índice de ocorrência de Aspergillus spp e Penicillium spp. Com relação às características qualitativas, verificou-se que o ozônio reduziu o teor de água e elevou o índice de peróxido dos grãos de milho. No entanto, a ozonização não alterou a condutividade elétrica, o teor de lipídios e o teor de proteínas. Os resultados demonstrados neste estudo confirmam o potencial efeito fungicida do gás ozônio em grãos de milho, nas condições adotadas.Item Ozônio como agente fungicida na pós-colheita do mamão (Carica papaya L.)(Universidade Federal de Viçosa, 2012-05-25) Costa, André Rodrigues da; Salomão, Luiz Carlos Chamhum; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785502E7; Pereira, Olinto Liparini; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767879D4; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://lattes.cnpq.br/0847021377485828; Berbert, Pedro Amorim; http://lattes.cnpq.br/0529623886649332As doenças fúngicas de pós-colheita, principalmente a antracnose, constituem uma das causas de depreciação do mamão, com perdas na comercialização. O processo normalmente utilizado para controle dessa doença em pós-colheita inclui tratamento hidrotérmico dos frutos a 49 °C durante 20 min, com posterior resfriamento por igual período, além da aplicação de fungicidas. As desvantagens associadas aos tratamentos convencionais tornam necessária a busca de novos métodos de controle da antracnose na pós-colheita do mamão. Uma das alternativas é a utilização do gás ozônio (O3), por se tratar de forte agente oxidante e antimicrobiano, que pode ser gerado no local por meio de uma descarga elétrica, descartando a necessidade de manipulação, armazenamento ou eliminação de embalagens. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia do ozônio dissolvido em água para controle de antracnose em mamões, bem como verificar a influência desse tratamento nas características físs e químicas dos frutos. Foram utilizados mamões (Carica papaya L.) Golden , colhidos no estádio de maturação 1, com até 15% de cor da casca amarela. Para a avaliação do efeito do ozônio no controle de antracnose, os frutos foram inoculados com suspensão de conídios de Colletotrichum gloesporioides e C. magna, na concentração de 2,3 x 106 UFC mL-1. Posteriormente procedeu-se à ozonização dos frutos em tanque com água contendo ozônio dissolvido na concentração de 0,8 mg L-1, pelos períodos de 40, 80, 120 e 160 min. Como controle foram utilizados frutos não ozonizados. Após esse processo, os frutos foram armazenados em câmaras climáticas a 11 °C e 80 a 85% UR por 15 dias. Foram feitas análises nesse período no primeiro e no 15° dia. Posteriormente, a temperatura da câmara foi modificada para 25 °C, sendo feitas análises nos 17°, 19°, 21° e 23° dias de armazenamento. Foram analisados o percentual de área lesionada, produção de CO2, perda de massa fresca, acidez titulável, sólidos solúveis, cor da casca, teor de vitamina C, firmeza da polpa e pH. Durante o armazenamento a 11 °C, não houve aumento significativo de área lesionada por antracnose. Os mamões apresentaram aumento da taxa respiratória, com uma tendência de menor aumento para aqueles expostos ao ozônio. A firmeza da polpa apresentou redução nesse período. Os valores do ângulo Hue (h°) apresentaram decréscimo e os valores de Croma e Diferença de cor aumentaram. A massa fresca dos frutos sofreu decréscimo e os parâmetros acidez titulável, sólidos solúveis, teor de vitamina C e pH não apresentaram variação nesse período. Durante o armazenamento a 25 °C, foi verificado menor percentual de área lesionada nos frutos tratados com ozônio, em comparação aos não tratados. Os frutos expostos ao ozônio dissolvido na água também apresentaram menor perda de firmeza da polpa e menor taxa respiratória ao longo do armazenamento. Os parâmetros de cor (Croma, Hue° e diferença de cor), pH, sólidos solúveis e acidez titulável dos mamões ozonizados não diferiram dos observados nos frutos expostos ao ozônio. Pode-se concluir que a aplicação do ozônio dissolvido na água, na concentração de 0,8 mg L-1, por até 160 min, é eficiente na diminuição da severidade de antracnose na pós-colheita de frutos de mamão Golden , sem, entretanto, afetar negativamente a qualidade dos frutos.Item Ozônio como fumigante na proteção de milho armazenado(Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-18) Rozado, Adriano Ferreira; Urruchi, Wilfredo Milquiades Irrazabal; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707408T7; Guedes, Raul Narciso Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721108T2; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://lattes.cnpq.br/0146075717105981; Berbert, Pedro Amorim; http://lattes.cnpq.br/0529623886649332; Velázquez, Edilberto PozoO presente trabalho teve por meta avaliar a suscetibilidade dos adultos de Sitophilus zeamais (Motschulsky) (Coleoptera: Curculionidae) e Tribolium castaneum (Herbst) (Coleoptera: Tenebrionidae), submetidos ao tratamento com ozônio em diferentes camadas da massa de grãos, estimando-se, assim, os tempos letais (TL) para 50% e 95% da população de cada espécie e, ainda, avaliar a qualidade fisiológica dos grãos de milho submetidos aos tratamentos com ozônio. Grãos de milho com teor de umidade em torno de 13% (b.u.) foram distribuídos em recipientes cilíndricos, construídos em PVC, com 20 cm de diâmetro, 100 cm de altura e conexões para injeção e exaustão de gás. A 10 cm da base do recipiente, colocou-se uma tela metálica para sustentação dos grãos e formação de um plenum para melhor distribuição do gás. Para avaliar a eficácia do ozônio como fumigante, grãos de milho infestados com adultos de Sitophilus zeamais e Tribolium castaneum, obtidos de criação contínua em câmara climática do tipo B.O.D., foram distribuídos em gaiolas de 3,0 cm de altura e 15,0 cm de diâmetro, também em PVC, sendo o fundo e a tampa confeccionados em tecido do tipo organza. Estas gaiolas foram dispostas em diferentes camadas da massa de grãos (sobre o plenum, mediana e superior) e submetidas a uma atmosfera modificada com 50 ppm de ozônio em diferentes períodos de exposição. O ozônio foi injetado em fluxo contínuo de 8,0 L min-1, em conexão localizada na base (plenum) do recipiente. Para avaliar o efeito da fumigação com o ozônio na qualidade do milho, foram realizados testes de condutividade elétrica, potencial de germinação e teor de umidade. Em todo o experimento, a temperatura da massa de grãos foi mantida próxima de 25 oC. Para tanto, construiu-se uma câmara com controle de temperatura onde foram acondicionados os recipientes cilíndricos, sendo esta monitorada por meio de um sistema de aquisição e armazenamento de dados denominado 1-wire. Em todos os ensaios foram utilizados seis recipientes cilíndricos, sendo que em três destes injetou-se ozônio e nos outros foi injetado ar atmosférico (testemunha). Concluiu-se que, em geral, o aumento do período de exposição resultou no aumento da eficácia dos tratamentos com 50 ppm de ozônio para os adultos de S. zeamais e T. castaneum. A espécie que se mostrou mais susceptível foi S. zeamais. O maior período de exposição para o controle de 95% dos insetos foi de 240,75 h para o S. zeamais e de 390,18 h para o T. castaneum. O maior período de exposição para o controle de 50% dos insetos adultos foi de 124,20 h para o S. zeamais e de 234,75 h para o T. castaneum. Em geral, os tratamentos com atmosfera modificada com 50 ppm de ozônio e com ar atmosférico, não afetaram a qualidade fisiológica dos grãos de milho.Item Ozônio na degradação de resíduos de inseticidas em grãos de milho(Universidade Federal de Viçosa, 2013-03-26) Freitas, Romenique da Silva de; Queiroz, Maria Eliana Lopes Ribeiro de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781671U3; Cecon, Paulo Roberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788114T5; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://lattes.cnpq.br/9383770536917624; Oliveira, André Fernando de; http://lattes.cnpq.br/6431782934661974; Sousa, Adalberto Hipólito de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4772347Y6; Alencar, Ernandes Rodrigues de; http://lattes.cnpq.br/0646231743976574Os resíduos de agrotóxicos representam sérios riscos à saúde da população. Em decorrência disto, é necessária a adoção de estratégias para a degradação dos resíduos dos inseticidas presentes nos grãos e subprodutos, antes do consumo. Uma estratégia potencial consiste no uso do ozônio, o qual vem sendo empregado para a remoção de resíduos de agrotóxicos em diferentes matrizes. Este trabalho teve por objetivo avaliar a eficiência do ozônio na degradação de bifentrina e pirimifós-metílico em grãos de milho. O estudo foi dividido em duas etapas, onde na primeira foi realizada a otimização e validação da técnica de extração sólido-líquido com partição em baixa temperatura (ESL-PBT) para determinação de bifentrina e pirimifós-metílico em grãos de milho; e na segunda etapa estudou-se a cinética de degradação destes inseticidas em função do período de exposição ao ozônio. Aliado a isto, avaliou-se o efeito da ozonização sobre a qualidade dos grãos de milho. Os resultados indicaram que a técnica ESL-PBT atende aos critérios estabelecidos pela ANVISA e INMETRO, podendo ser utilizada para a determinação de bifentrina e pirimifós-metílico em amostras de milho. Observou-se que o ozônio foi eficiente na degradação dos inseticidas, sendo o aumento na eficiência diretamente proporcional ao aumento no período de exposição ao gás. Este processo ajustou-se a um modelo cinético de primeira ordem com tempos de meia vida para bifentrina e pirimifós-metílico iguais a 4,1 e 0,2 h, respectivamente. Verificou-se ainda que o processo de aplicação do ozônio não alterou as características qualitativas avaliadas. Desta forma, torna-se evidente o uso do ozônio como estratégia potencial para a remoção de resíduos de agrotóxicos em grãos e subprodutos armazenados.Item Ozonização da farinha de trigo: cinética de reação e efeito nas características tecnológicas(Universidade Federal de Viçosa, 2011-12-07) Paes, Juliana Lobo; Pirozi, Mônica Ribeiro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782511T6; Cecon, Paulo Roberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788114T5; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://lattes.cnpq.br/8567579362150921; Pimentel, Marco Aurélio Guerra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4762855A4; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3O objetivo deste trabalho foi estudar a cinética de reação do gás ozônio, avaliar seus efeitos nas características físico-químicas, reológicas, de panificação e sensorial da farinha de trigo ozonizada ou não, bem como o possível efeito residual do ozônio na inibição de micro-organismos nos pães. A ozonização da farinha de trigo nas concentrações de 0,54 mg L-1 por até 17 h, de 1,07 mg L-1 por até 13 h e de 1,61 e 2,14 mg L-1 por até 10 h foi feita em um protótipo composto por um tambor cilíndrico e um sistema de mistura por rosca helicoidal. O gás ozônio foi produzido por um gerador, para o qual foi fornecido oxigênio industrial, e sua quantificação foi feita pelo método iodométrico. Com o estudo da cinética de reação do gás ozônio foram determinados o tempo de saturação, a taxa de decomposição e o tempo de meia vida. Os efeitos do gás ozônio nas características físico-químicas da farinha de trigo foram avaliados pelos teores de água, de cinzas e de proteínas, pH, falling number (número de queda), cor e teor de glúten. As características reológicas avaliadas foram farinografia e extensografia. Nos pães elaborados com farinha de trigo ozonizada ou não, foram feitas análises de panificação experimental de volume específico, firmeza e cor da crosta e do miolo. Para a avaliação sensorial da farinha de trigo e dos pães, adotou-se o Teste de Aceitação. O possível efeito inibidor do gás ozônio foi analisado pela contagem de fungos filamentosos e leveduras e pela inoculação do fungo do gênero Penicillium sp. nos pães. O tempo de saturação do ozônio foi de 812, 434, 370 e 342 min nas concentrações de 0,54, 1,07, 1,61 e 2,14 mg L-1, respectivamente. Em todas as concentrações de ozônio avaliadas, o modelo cinético de decomposição obtido foi o de primeira ordem, em que a média da constante da taxa de decomposição foi de 0,23 ± 0,008 min-1 e do tempo de meia vida na farinha de trigo, de 3,02 ± 0,081 min. No geral, a composição centesimal e o pH da farinha de trigo ozonizada não foram alterados quando comparados com a farinha controle, porém se observou tendência na redução destes parâmetos em função do período de exposição ao gás. O falling number da farinha ozonizada apresentou diferença significativa da farinha controle e aumentou com o período de exposição. A luminosidade L* e a coordenada a* da farinha de trigo ozonizada foram significativamente superiores ao comparar com as da farinha controle e aumentaram com o período de exposição, indicando um aumento da intensidade do branco, enquanto a coordenada b* se reduziu devido à oxidação dos pigmentos amarelos. O efeito branqueador do gás ozônio na farinha de trigo pode ser confirmado pela diferença total de cor. Observou-se que a ozonização em diferentes concentrações e períodos de exposição exerceu um efeito diferenciado sobre cada característica reológica da farinha de trigo, alterando as propriedades viscoelásticas da massa. A farinha de trigo ozonizada nas concentrações de 0,54 mg L-1 por 9 e 11 h e 1,07 mg L-1 por 1 e 4 h apresentou um desempenho de panificação semelhante ao da farinha controle, sendo estes tratamentos indicados para a elaboração de pães. A farinha de trigo ozonizada apresentou maior aceitabilidade que a farinha controle, e o pão elaborado com a farinha de trigo ozonizada foi considerado um produto de qualidade com boa aceitação pelos provadores. A ozonização da farinha de trigo não inibiu o crescimento de fungos filamentosos nos pães. Conclui-se que a farinha de trigo ozonizada nas concentrações de 0,54 mg L-1 por 9 e 11 h e de 1,07 mg L-1 por 1 e 4 h apresenta características adequadas para a panificação.Item Processo de ozonização como tecnologia pós-colheita na conservação de goiabas Pedro Sato(Universidade Federal de Viçosa, 2012-08-24) Simões, Rodrigo de Oliveira; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; Salomão, Luiz Carlos Chamhum; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785502E7; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://lattes.cnpq.br/7502153861659336; Lino Neto, José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786229P1; Berbert, Pedro Amorim; http://lattes.cnpq.br/0529623886649332As podridões em frutas e hortaliças, resultantes da atividade de patógenos, causam grandes perdas na fase pós-colheita. A aplicação de fungicidas químicos tem se mostrado o método mais eficiente na redução de infecções fúngicas em produtos hortícolas. No entanto, o crescente interesse do consumidor e das autoridades públicas de saúde sobre a presença de resíduos de pesticidas em produtos agrícolas, bem como o acúmulo dessas substâncias no ambiente, tem estimulado a pesquisa de métodos alternativos para o controle de doenças no pós-colheita. Uma alternativa aos métodos tradicionais empregados no controle de doenças fitopatogênicas de frutas é o emprego do processo de ozonização pós-colheita. O ozônio (O3) é um agente oxidante, que pode ser aplicado na forma gasosa ou dissolvido em água, minimizando a ocorrência de agentes fitopatogênicos e de microrganismos deterioradores de produtos hortícolas. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do ozônio gasoso, empregado no processo de ozonização pós-colheita, na conservação de frutos de goiaba "Pedro Sato". Num primeiro experimento, objetivou-se determinar a concentração, o tempo de saturação e os períodos de exposição empregados no processo de ozonização. Os frutos foram submetidos ao processo de ozonização, injetando-se o gás nas concentrações de 0, 65, 95, 185, 275, 370 e 460 μg L-1 e vazão de 2 L min-1 em uma câmara de fumigação desenvolvida e confeccionada totalmente em material acrílico. Foram determinados a concentração e o tempo de saturação quantificando-se a concentração residual do ozônio pelo método iodométrico após a passagem do gás pelos frutos, até que ela se mantivesse constante. Avaliou-se também o efeito do ozônio no controle de doenças bem como na sensibilidade dos frutos às diferentes concentrações de ozônio utilizadas. Cerca de 20% do gás injetado interagiu com os frutos, podendo ser o responsável pela redução na incidência e na severidade da antracnose causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides. Concentrações de ozônio abaixo de 185 μg L-1 não foram suficientes para impedir o desenvolvimento da antracnose nos frutos. As goiabas Pedro Sato‟ responderam ao estresse oxidativo induzido pelo ozônio em concentrações acima de 185 μg L-1, causando anomalias visíveis, com formação de pontuações intervenais esverdeadas e bolhas vermelho-amarronzadas no epicarpo do fruto. Num segundo experimento, objetivou-se avaliar a conservação de goiabas Pedro Sato‟ submetidas ao processo de ozonização como tecnologia pós-colheita, injetando-se o gás nas concentrações de 0, 95, 185, 275 μg L-1 e vazão de 2 L min-1 na câmara de fumigação durante 60 min. A avaliação foi feita pela análise de qualidade fisiológica e físico-química dos frutos, durante o armazenamento em condições ambientes. O conteúdo de vitamina C foi reduzido, já o teor de sólidos solúveis totais e de acidez titulável total se elevou em função do aumento na concentração do gás ozônio. Verificou-se também eficácia gradativa das concentrações do gás ozônio, especialmente para a concentração de 185 μg L-1, que resultou na redução de mais de 50% na incidência da doença, aqui identificada como antracnose. Por fim, no terceiro experimento, objetivou-se avaliar a conservação de goiabas "Pedro Sato" submetidas ao processo de ozonização como tecnologia pós-colheita, injetando-se o gás na concentração de 185 μg L-1 e vazão de 2 L min-1 na câmara de fumigação durante os períodos de exposição de 0, 40, 60 e 80 min. A avaliação também foi feita pela análise de qualidade fisiológica e físico-química dos frutos, durante o armazenamento em condições refrigeradas, seguida de condições ambientes. Detectou-se um aumento no padrão respiratório, mensurado pela produção de CO2 e no teor de sólidos solúveis totais, além de expressivo efeito deletério no teor de ácido ascórbico, ambos em função do incremento no período de exposição ao gás ozônio, independentemente da mudança nas condições climáticas do ambiente de armazenamento. O gás ozônio na concentração de 185 μg L-1 durante 60 min de fumigação, resultou em menor índice de incidência e agressividade da doença, aqui identificada como antracnose. Pode-se concluir, pelos resultados obtidos, que o ozônio gasoso, empregado na concentração de 185 μg L-1, durante 60 min, é um eficiente agente fungicida, atuando no controle da antracnose em goiabas Pedro Sato‟. O processo de ozonização como tecnologia pós-colheita, de forma geral, não afeta a qualidade dos frutos, para os parâmetros avaliados, à exceção do conteúdo de vitamina C, que é reduzido diretamente em função do incremento, seja na concentração ou no período de exposição ao gás ozônio. De posse das informações já registradas, ressalta-se que novos dados devem ser coletados, que permitirão, além de elucidar os mecanismos envolvidos na sensibilidade do fruto da goiabeira ao gás ozônio, a expansão do processo de ozonização na pós-colheita de produtos hortícolas.Item Processo de ozonização de amendoim (Arachis hypogaea L.): cinética de decomposição, efeito fungicida e detoxificante de aflatoxinas e aspectos qualitativos(Universidade Federal de Viçosa, 2009-11-19) Alencar, Ernandes Rodrigues de; Cecon, Paulo Roberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788114T5; Martins, Márcio Arêdes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798288T8; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://lattes.cnpq.br/0646231743976574; Parizzi, Fátima Chieppe; http://lattes.cnpq.br/6613796563578826; Silva, Washington Azevedo da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4765007Y5; Soares, Nilda de Fatima Ferreira; SOARES, N. F. F.Este trabalho teve por objetivos avaliar a cinética de decomposição do gás ozônio, o efeito do gás como agente fungicida e detoxificante sobre aflatoxinas e possíveis alterações qualitativas nos grãos de amendoim e no óleo bruto extraído desses grãos em decorrência do processo de ozonização. O trabalho, realizado no Setor de Pré-Processamento e Armazenamento de Produtos Agrícolas do Departamento de Engenharia Agrícola e no Laboratório de Embalagens, do Departamento de Tecnologia de Alimentos, ambos na Universidade Federal de Viçosa, consistiu de três etapas. Na primeira etapa, avaliou-se a cinética de decomposição do ozônio, utilizando-se amostras de 1 kg de amendoim, com teores de água de 7,1 e 10,5% (b.u.), acondicionadas em recipientes de vidro com capacidade de 3 L. Os grãos de amendoim foram ozonizados na concentração de 450 μg L-1, nas temperaturas de 25 e 35 ºC e vazões do gás de 1,0 e 3,0 L min-1. Determinou-se o tempo de saturação quantificando-se a concentração residual do ozônio, pelo método iodométrico, após a passagem do gás pela massa de grãos, até que ela se mantivesse constante. A cinética de decomposição do ozônio foi avaliada depois da saturação da massa de grãos com o gás. Obteve-se a concentração residual do ozônio, depois de períodos de repouso, durante os quais o gás reagia no meio poroso, e dessa forma, era decomposto. O modelo cinético de primeira ordem foi ajustado aos dados da concentração residual de ozônio em função do tempo, após linearização. A partir dos valores da constante da taxa de decomposição foi possível obter a meia vida do ozônio em grãos de amendoim. Na segunda etapa, grãos de amendoim com teor de água de aproximadamente 9,0% (b.u.) foram expostos ao gás ozônio para avaliação do efeito fungicida e da capacidade detoxificante desse gás sobre aflatoxinas. No processo de ozonização, utilizaram-se concentrações de 13 e 21 mg L-1, temperatura de 25 ºC, vazão do gás de 1,0 L min-1 e períodos de ozonização de 0, 24, 48, 72 e 96 h. Avaliou-se o efeito do gás ozônio na contagem de fungos totais e das espécies potencialmente aflatoxigênicas Aspergillus flavus e A. parasiticus, pela técnica de diluição, e na infecção interna dos grãos por esses microorganismos, pela técnica de plaqueamento direto. Observaram-se, em nível microscópico, as alterações morfológicas ocorridas nos fungos devido à exposição ao gás ozônio. Para avaliar a capacidade detoxificante do gás ozônio, em cada combinação de concentração do gás e período de exposição, quantificou-se o teor de aflatoxinas totais e de aflatoxina B1 nos grãos de amendoim por cromatografia líquida de alta eficiência. Na terceira etapa, avaliou-se a qualidade dos grãos de amendoim ozonizados e do óleo bruto extraído desses grãos. Utilizaram-se grãos com teor de água em torno de 8,0% (b.u.), e no processo de ozonização concentrações do gás ozônio de 0, 13 e 21 mg L-1, vazão de 1,0 L min-1 e períodos de exposição de 0, 24, 48, 72 e 96 h. No tratamento controle, os grãos foram expostos ao gás oxigênio. Na avaliação da qualidade dos grãos de amendoim, foram analisados os parâmetros teor de água, condutividade elétrica da solução que continha os grãos, teor de lipídios e coloração dos grãos. Os parâmetros qualitativos do óleo bruto extraído dos grãos de amendoim analisados foram o teor de ácidos graxos livres, o índice de peróxido e o índice de iodo. Para os grãos de amendoim com teor de água de 7,1% (b.u.), nas temperaturas de 25 e 35 °C e vazões de 1,0 e 3,0 L min-1, os valores obtidos de tempo de saturação do gás ozônio permaneceram na faixa entre 173 e 192 min, com concentração de saturação de aproximadamente 260 μg L-1. Para os grãos com teor de água de 10,5% b.u., obteve-se maior concentração residual do gás ozônio na temperatura de 25 ºC, sendo igual a 190 μg L-1. O maior valor obtido para o tempo de meia vida foi igual a 7,7 min, para os grãos ozonizados na temperatura de 25 ºC, enquanto para aqueles com 10,5% de teor de água, na temperatura de 35 ºC, foi de 3,2 min. O ozônio foi eficiente no controle de fungos potencialmente aflatoxigênicos em grãos de amendoim, com redução superior a três ciclos log, na concentração de 21 mg L-1 e período de exposição de 96 h. Com relação ao poder detoxificante do gás ozônio, ocorreu redução no teor de aflatoxinas totais e aflatoxina B1 de aproximadamente 30 e 25%, respectivamente, para os grãos expostos ao gás na concentração de 21 mg L-1, depois de 96 h de exposição. Em geral, não ocorreu alteração da qualidade dos grãos de amendoim e do óleo bruto extraído desses grãos, devido à exposição ao ozônio. Concluiu-se a partir dos resultados obtidos que no processo de decomposição do gás ozônio em grãos de amendoim, o fator determinante é a temperatura. Um aumento de 10 ºC na temperatura dos grãos implica decréscimo de, pelo menos, 43% no tempo de meia vida do gás. O ozônio é uma importante alternativa para amendoim no que se refere à segurança alimentar, pois é eficiente no controle dos fungos potencialmente aflatoxigênicos e pode atuar na redução dos níveis de aflatoxinas do produto. O processo de ozonização, na concentração de até 21 mg L-1, por até 96 h, não afeta a qualidade dos grãos de amendoim e do óleo bruto extraído desses grãos.Item Processo de ozonização dos grãos de trigo: cinética de reação e efeito na qualidade destes e da farinha(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-29) Silva, Tales Afonso da; Vanetti, Maria Cristina Dantas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783874H3; Cecon, Paulo Roberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788114T5; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://lattes.cnpq.br/2831331098970392; Alencar, Ernandes Rodrigues de; http://lattes.cnpq.br/0646231743976574A necessidade de encontrar alternativas que sejam eficazes no controle de insetos-praga e micro-organismos estimula o desenvolvimento de pesquisas visando à obtenção de novos métodos e técnicas que possibilitem a manutenção da qualidade dos produtos. Uma das alternativas é a utilização do gás ozônio (O3), por ser um forte agente oxidante e antimicrobiano, que pode ser gerado no local por meio de uma descarga elétrica, descartando a necessidade de manipulação, armazenamento ou eliminação de embalagens. O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de analisar a cinética de reação do gás ozônio na massa de grãos de trigo; avaliar o efeito da ozonização nas características físicas, fisiológicas e microbiológicas dos grãos de trigo e físico-químicas e reológicas da farinha de trigo obtida dos grãos ozonizados. Para o processo de ozonização dos grãos de trigo, foram utilizados recipientes cilíndricos de cloreto de polivinil (PVC) com 20 cm de diâmetro e 50 cm de altura e capacidade de 10 kg. O gás ozônio foi injetado no cilindro, por intermédio de uma conexão na tampa superior, com um fluxo de 2,0 L min-1. Grãos de trigo (7,5 kg) foram ozonizados nas concentrações de 0,54; 1,07; 1,61 e 2,14 mg L-1. Para cada concentração, foi estudada a cinética de reação do gás na massa de grãos, por meio da determinação do tempo de saturação e taxa de decomposição. Com os resultados obtidos de tempo de saturação, foram estabelecidos períodos de ozonização com a finalidade de avaliar o efeito residual do gás na qualidade física, fisiológica e na desinfecção microbiológica dos grãos e físico-química e reológica da farinha de trigo obtida dos grãos ozonizados. Para comparação dos resultados, grãos de trigo foram submetidos ao tratamento controle com o ar atmosférico nas mesmas condições do tratamento com gás ozônio. Os resultados de saturação da massa de grãos foram submetidos à análise de regressão Linear Response Plateau (L.R.P.). Os dados de decomposição do gás na massa de grãos foram ajustados aos modelos de ordem zero, de primeira e de segunda ordem, por meio da análise de regressão. Os resultados da qualidade física e fisiológica dos grãos e físico-química e reológica da farinha de trigo foram submetidos ao Delineamento Inteiramente Casualizado (D.I.C.), com dois tratamentos para cada período de exposição e três repetições. A partir dos valores obtidos, foi realizada análise de variância de regressão. Os períodos de 100, 90, 75 e 36 h de ozonização nas concentrações de 0,54; 1,07; 1,61 e 2,14 mg L-1, respectivamente, foram suficientes para saturar a massa de grãos de trigo. Verificou-se que o modelo que melhor se ajustou aos dados de decomposição foi o de primeira ordem. O tratamento com o gás ozônio nas concentrações de 0,54; 1,07; 1,61 e 2,14 mg L-1 nos respectivos períodos de exposição não afetou a qualidade dos grãos, com exceção da condutividade elétrica e da germinação. Nenhum dos parâmetros farinográficos e extensográficos analisados foram influenciados pelo processo de ozonização. Os resultados referentes às análises microbiológicas para a caracterização dos grãos de trigo se situaram dentro do padrão de identidade e qualidade estabelecido pela Resolução RDC nº 12. No geral, conclui-se que o aumento da concentração de ozônio reduziu o tempo de saturação da massa de grãos de trigo; que a taxa de decomposição do gás aumentou com o aumento da concentração de ozônio; e que o processo de ozonização dos grãos de trigo não afetou a qualidade dos grãos e da farinha de trigo obtida deles.Item Processo de ozonização: eficácia biológica, qualidade dos grãos e análise econômica(Universidade Federal de Viçosa, 2006-04-12) Pereira, Alexandre de Melo; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://lattes.cnpq.br/6073629162158831; Silva Júnior, Aziz Galvão da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797493T5; Martins, Márcio Arêdes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798288T8; Martins, José Helvécio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787754Z3; Monteiro, Paulo Marcos de Barros; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798498J6O presente trabalho teve como meta avaliar, além da eficácia da ozonização no controle dos insetos-praga Tribolium castaneum (Herbst) (Coleoptera: Tenebrionidae) em grãos de milho armazenado sob condições de temperaturas de 20, 30 35 e 40 ºC, com até 168 horas de exposição ao gás, o seu efeito na qualidade dos grãos durante 180 dias de armazenamento, bem como sua viabilidade econômica. O trabalho, conduzido no Setor de Armazenagem de Grãos do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa, foi realizado em três etapas. Na primeira, estimaram-se os tempos letais (TL) de cada espécie em estudo em diferentes períodos de ozonização, pela análise de Probit, utilizando-se o programa SAS versão 6.12 para ambiente Windows. Para obtenção desses dados, seis tubos de PVC, cada um com comprimento de 1,00 m e diâmetro de 0,20 m, foram utilizados na posição vertical, para sustentação dos grãos. A 0,10 m do fundo de cada tubo colocou-se uma tela metálica para formação de uma câmara para melhor distribuição do gás. Nas tampas inferior e superior dos tubos cilíndricos foram instaladas conexões para injeção e exaustão do gás e, no corpo de cada tubo, foi inserido um sensor para o monitoramento da temperatura da massa de grãos. Para comparação dos resultados da ozonização, três tubos receberam apenas ar atmosférico. O ozônio e o ar atmosférico foram injetados em fluxo contínuo com vazão de 8,0 L min-1. Armadilhas contendo 20 insetos de cada espécie foram colocadas na camada mediana dos tubos e, após diferentes períodos de exposição, avaliou-se o número de insetos mortos. Na segunda etapa, os grãos que foram submetidos ao maior período de exposição ao gás ozônio e ao ar atmosférico foram distribuídos em frascos de vidro e, a cada 45 dias de armazenamento, foram avaliados o grau de infestação, o teor de umidade, a massa específica aparente, a condutividade elétrica e a classificação do produto até completar 180 dias de armazenamento. Na terceira e última etapa, com base nos valores de massa específica aparente obtidos ao longo do armazenamento, foi feita uma análise econômica utilizando os parâmetros econômicos de tempo de retorno de capital, valor presente líquido e taxa interna de retorno. Concluiu-se que, em geral, o aumento do período de exposição resultou em aumento da eficácia do tratamento com 50 ppm de ozônio nas diferentes temperaturas da massa de grãos (20, 30, 35 e 40 ºC) para as quais os tempos letais para 50 e 95% dos insetos foram, respectivamente, de 71,39 e 151,85; 59,61 e 115,62; 82,93 e 138,22; 69,52 e 105,12 horas. Com relação aos ensaios qualitativos e quantitativos, o tratamento com o gás ozônio na concentração de 50 ppm, em comparação com o ar atmosférico, durante 168 horas, não afetou a qualidade dos grãos durante o armazenamento. Os resultados de indicadores econômicos sugerem que a utilização do gás ozônio pode ser economicamente viável se for aplicado à massa de grãos armazenada em condições de temperatura de 20 °C e de 35 ºC.Item Qualidade de café (Coffea arabica L.) pré-processado por via seca(Universidade Federal de Viçosa, 2009-02-16) Simões, Rodrigo de Oliveira; Cecon, Paulo Roberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788114T5; Lacerda Filho, Adílio Flauzino de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788667H5; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://lattes.cnpq.br/7502153861659336; Teixeira, Mauri Martins; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783316J8; Silva, Fernando Antônio Pereira da; Dhingra, Onkar Dev; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051H5O estádio de maturação fisiológico com o qual os frutos de café são colhidos pode influenciar na qualidade fisiológica dos grãos e na qualidade final da bebida de café, principalmente em função das suas particularidades. O objetivo deste estudo foi o de verificar alguns aspectos do pré-processamento do café em coco, colhido em diferentes porcentagens do estádio de maturação cereja, relacionando a influência deste estádio de maturação, durante o processamento do café, na composição físicoquímica e na qualidade da bebida. Os frutos de café foram colhidos em quatro porcentagens do estádio de maturação cereja, pelo sistema de derriça manual no pano, caracterizando-se assim os quatro lotes estudados, Lote 1 (90,9%), Lote 2 (81,5%), Lote 3 (65,4%) e Lote 4 (44,7%). Depois de colhido, os lotes individualizados foram lavados, separando-se os frutos de maior massa específica que foram transportados para terreiro de cimento, onde permaneceram durante dois dias, para redução do teor de água inicial em torno de 70% base úmida (b.u.). Após este período, cada lote foi subdividido, uma parte permanecendo no terreiro de cimento e a outra transferida para terreiro suspenso. Diariamente, os frutos foram espalhados com o auxilio de um rodo, sobre o terreiro de cimento e sobre o terreiro suspenso, formando uma camada de aproximados três cm, que ao entardecer, foram amontoados e cobertos com lona plástica. Ao amanhecer, novamente os frutos foram espalhados nos terreiros, repetindo-se este processo até que os lotes de café em coco atingissem o teor de água recomendado para o armazenamento, 11% b.u.. A cada dois dias, ao final do período da tarde, amostras de três litros de café foram coletadas para as determinações do teor de água, e atividade de água. Para a detecção e a identificação de fungos, coletaram-se amostras de café durante todas as etapas do pré-processamento do café por “via seca”. As análises de condutividade elétrica e lixiviação de potássio, acidez titulável total, acidez graxa, extrato etéreo, pH e índice de coloração foram feitas com grãos de café beneficiados sem defeitos visíveis, retidos em peneiras de crivo circular 16 acima. A avaliação dos atributos sensoriais (prova de xícara) foi feita com grãos selecionados utilizando-se os mesmos critérios das análises físico-químicas, devidamente torrados (torra média) e apresentados sob a forma de café expresso. O experimento para as análises físico-químicas foi conduzido segundo esquema fatorial 4x2 (quatro lotes de café em coco, em diferentes porcentagens do estádio de maturação cereja e dois tipos de terreiro durante o processo de secagem) no delineamento inteiramente casualizado (D.I.C.) com três repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias foram comparadas utilizando o teste de Tukey a 5% de probabilidade utilizando-se o SAEG versão 9.1. Os dados de detecção e de identificação de fungos foram expressos em porcentagem de espécies encontradas na casca e nos grãos de café. A análise estatística das avaliações sensoriais foi conduzida segundo o mesmo esquema fatorial descrito para as análises físico-químicas, no entanto, no delineamento em blocos casualizados (D.B.C) utilizando o programa SAS® através do PROC GLM, versão 8.0. Foram verificadas as correlações (r) de Pearson com α=0,05 entre as variáveis físico-químicas e os atributos sensoriais através do PROC CORR do programa SAS®, versão 8.0. Verificou-se que as condições ambientes durante o processo de secagem influenciaram na absorção de umidade do café e que este efeito foi mais intenso no terreiro de cimento. A baixa atividade de água, 0,533, ao final do processo de secagem foi o parâmetro responsável pela redução no percentual da maioria dos fungos identificados. Foram verificadas diferenças (P<0,05) em todos os parâmetros físico-químicos avaliados, inferindo melhor qualidade dos grãos para os lotes que apresentaram maiores porcentagens de frutos cereja. Estas diferenças também foram observadas entre os tipos de terreiro empregados, tendo o terreiro suspenso apresentado melhor qualidade dos grãos comparativamente aos grãos secos no terreiro de cimento. Entretanto, tais diferenças afetaram negativamente a qualidade final da bebida de café, haja vista não terem ocorrido diferenças significativas entre os atributos sensoriais que os classificassem como sendo de pior qualidade. As correlações significativas entre as variáveis físicoquímicas e sensoriais, avaliadas durante o processamento do café em coco, sugerem que os danos causados à membrana celular dos grãos de café, sejam indicadores da qualidade final do café.Item Utilização de ozônio no tratamento de águas residuárias da lavagem e despolpa do café(Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-21) Carvalho, Marta Cristina Silva; Borges, Alisson Carraro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706302U9; Cecon, Paulo Roberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788114T5; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://lattes.cnpq.br/3971407415198467; Monaco, Paola Alfonsa Vieira Lo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4705673E3A necessidade de encontrar alternativas para o tratamento da água residuária proveniente do processamento dos frutos do cafeeiro estimula o estudo de métodos alternativos, visando a novas técnicas que possibilitem a remoção da carga poluidora desse efluente. Uma das alternativas que necessitam ser estudadas é o tratamento químico com aplicação de gás ozônio, haja vista o alto poder oxidante desse composto. Assim, objetivouse, com este estudo, avaliar o efeito do processo de ozonização nas características físicas, químicas e bioquímicas da água residuária resultante da lavagem e descascamento/despolpa do café (ARC) e verificar a influência do pH na eficiência da ozonização da água residuária em tratamento. Para o processo de ozonização, utilizou-se um frasco lavador de gás com capacidade de 1 L. O gás ozônio foi injetado no frasco, por meio de uma placa porosa, com uma vazão de 1 L min-1. Avaliou-se a influência de diferentes combinações de pH (3,7; 7,0 e 10,0), concentração do gás ozônio ( 4,3; 8,6 e 12,8 mg L-1) e períodos de ozonização (0, 30, 60, 90, 120, 150 e 180 min). Os dados foram submetidos à análise estatística por meio de regressão linear múltipla. De acordo com os resultados obtidos, foi possível concluir que o tratamento da água residuária do processamento dos frutos do cafeeiro com ozônio para as análises de DBO, DQO, compostos fenólicos e cor aparente não mostrou influência significativa do pH inicial da água na redução de seus valores durante o tratamento. Assim, as remoções de DBO, DQO e cor aparente foram maiores com o aumento da concentração de ozônio, à medida que ocorria o processo de ozonização, obtendo-se eficiências de remoção máximas de 11,0; 12,0 e 99,0%, respectivamente, para a concentração de 12,8 mg L-1 no período de ozonização de 180 min. Com relação aos compostos fenólicos, observou-se aumento no percentual de remoção até a concentração do gás ozônio de 8,6 mg L-1, com posterior decréscimo da eficiência de remoção. O maior percentual de remoção de compostos fenólicos foi de 68,0%, observado depois de 180 min. de ozonização e concentração do gás de 8,6 mg L-1. Para as variáveis nitrogênio total, sólidos suspensos totais e turbidez, verificou-se diferença significativa em decorrência da interação entre pH inicial da água residuária e período de ozonização. A redução da concentração de nitrogênio total foi mais acentuada na água residuária com menor pH, obtendo-se remoção de 58,0% depois de 180 min. para pH igual a 3,7. Com relação às variáveis sólidos totais, suspensos e turbidez, obteve-se maior redução durante o período de ozonização, à medida que se elevou o pH inicial da água. Com relação às variáveis sólidos totais e sólidos voláteis totais, ocorreu variação significativa somente em decorrência do período de ozonização, independentemente da concentração do gás e do pH inicial da água residuária. Com base nos resultados obtidos, é possível afirmar que o uso do gás ozônio no tratamento de águas residuárias provenientes do processamento dos frutos do cafeeiro é eficiente quando comparado aos tratamentos normalmente empregados para esse tipo de efluente, já que necessita de curto período de tratamento para obter eficientes remoções de compostos fenólicos, nitrogênio, turbidez e cor. Todavia, assim como a maioria dos tratamentos existentes, esta água residuária tratada com gás ozônio, isoladamente, não atendeu a alguns limites de lançamento estabelecidos pela legislação brasileira vigente, sendo necessários estudos posteriores para aumentar a eficiência do processo.Item Utilização do ozônio como fitossanitário na conservação pós-colheita da batata baroa(Universidade Federal de Viçosa, 2013-11-29) Ribeiro, Patrícia Helena; Cecon, Paulo Roberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788114T5; Finger, Fernando Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783681Y0; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://lattes.cnpq.br/5315234435098729; Mendonça, Eduardo Gomes de; http://lattes.cnpq.br/8989382342757236A podridão mole causada por bactérias do gênero Erwinia é responsável por grandes perdas da produção durante o transporte, armazenamento e comercialização da batata baroa, sendo considerada uma das doenças mais importantes desenvolvidas nas raízes. O tratamento pós-colheita mais utilizado, antes da comercialização das raízes é a lavagem durante 30 min em redes imersas em um tanque com água. Apesar do conhecimento de que o processo de lavagem acelera o apodrecimento-mole é praticamente impossível comercializar a raiz sem lavar, por rejeição do consumidor. O processo de lavagem de raízes, embora melhore a aparência, contribui para o aumento da perda de água durante o período de comercialização, pois danifica a película externa de proteção e facilita a infecção por bactérias e fungos. No Brasil não há produtos registrados no MAPA (Ministério de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento) para o controle de Erwinia em batata baroa. As desvantagens ligadas aos tratamentos convencionais tornam necessária a busca de novos métodos de controle da podridão mole na pós-colheita da batata baroa. Uma alternativa aos métodos tradicionais de tratamento pós-colheita de hortaliças é a aplicação de gás ozônio, que pode ser gerado no local por meio de uma descarga elétrica e é um forte agente oxidante e antimicrobiano que se caracteriza, principalmente, por apresentar uma alta reatividade e tempo de meia-vida entre 15 e 50 min, sendo degradado em O2, não apresentando resíduo tóxico. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia do ozônio dissolvido em água no controle de bactérias do gênero Erwinia nas raízes de batata baroa, pela análise visual e pela atividade das enzimas pectinolícas: pectinametilesterase e poligalacturonase, nos seus extratos durante o período de armazenamento; e analisar o efeito do tratamento com ozônio nas características físico- químicas da batata baroa. Para a avaliação do efeito do ozônio no controle da Erwinia, as raízes colhidas e lavadas manualmente foram tratadas com ozônio dissolvido em água, na concentração de 1,52 mg L-1. O gás foi aplicado em fluxo contínuo, na vazão de 2 L min-1, em água destilada a 20 °C e as raízes mergulhadas após a saturação da água, nos períodos de exposição 10, 20, 30 e 90 min. Como controle foram utilizadas baroas tratadas com o ar atmosférico dissolvido em água destilada a 20 °C, com vazão e períodos de exposição iguais ao tratamento com ozônio. Após esse processo, as raízes foram acondicionadas em câmara climática a 23±2 °C e 85±5% UR por 10 dias e analisadas diariamente. Foram analisados: o visual das raízes, a atividade específica das enzimas pectinolícas: pectinesterase (PME) e poligalacturonase (PG), perda de massa (PM), diferença total de cor (ΔE), teor de amido, Açúcares Solúveis Totais (AST), Açúcares Redutores (AR) e Açúcares Não Redutores (ANR). A análise visual das raízes de batata baroa ozonizadas não apresentou diferença ao controle, independentemente do tratamento aplicado. Também não houve diferença visual entre os diferentes tratamentos com ozônio. Ao final do armazenamento, a PME nos tratamentos de 30 min apresentou média menor nas baroas expostas ao ozônio em relação ao controle. Nos tratamentos de 90 min, o controle apresentou média menor que as raízes expostas ao ozônio. A PG nas raízes tratadas com ozônio por 90 min apresentou menor atividade em relação ao controle. A perda de massa decresceu com o aumento do tempo de exposição e aumentou com o aumento do período de armazenamento, porém não houve diferença estatística entre raízes expostas ou não ao ozônio. ΔE, teor de amido, AST, AR e ANR não apresentaram diferença estatística entre raízes expostas ou não ao ozônio. Verificou-se nas raízes ozonizadas que os AR apresentaram efeito quadrático significativo para tempo de exposição e período de armazenamento, atingindo o máximo em 5,29 dias e mínimo em 42,16 min. Observou-se correlação significativa e positiva entre PM x ΔE, PM x AST e PM x ANR e AST x ANR e correlação significativa e negativa entre PG x PME. Os demais coeficientes não apresentaram correlação significativa. Pode-se concluir que a aplicação do ozônio dissolvido na água na concentração de saturação de 1,52 mg L-1 não foi eficaz no controle de bactérias do gênero Erwinia nas raízes de batata baroa, pelas análises visual e enzimáticas; e não afetou as características físico-quimicas da batata baroa.