Meteorologia Agrícola

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    Impacto do desmatamento na interação biosfera-atmosfera do domínio caatinga
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-03-02) Queiroz, Maria Gabriela de; Zolnier, Sérgio; http://lattes.cnpq.br/2053330973064133
    A região Semiárida brasileira e a vegetação de caatinga sofrem constante mudança do uso da terra, devido ao processo de desmatamento para a extração de lenha e implantação de culturas agrícolas e pastagens, resultando em paisagens com distintos níveis de perturbação antrópica. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar as mudanças na interação biosfera-atmosfera do Domínio de Caatinga, com reflexos na transferência de água e de energia, condições micrometeorológicas, umidade do solo, interceptação de água pelo dossel, atributos físicos e químicos do extrato do solo e produção de serapilheira. Foram estudadas duas paisagens: área com vegetação de caatinga (CAA) e área desmatada adjacente (ADA), ambas situadas no Eixo Norte- Sul da região central do Estado de Pernambuco. O período experimental estendeu-se de 01 de novembro de 2014 a 31 de outubro de 2017, com a delimitação de períodos chuvosos, secos e transições, agrupados de acordo com o regime hídrico local. Foram instaladas torres de aço galvanizado em cada sítio para aquisição de dados micrometeorológicos. Assim, foram realizadas comparações das respostas das condições micrometeorológicas, da evapotranspiração real, e dos componentes do balanço de energia nos diferentes regimes hídricos e entre as superfícies, por meio do método do balanço de energia com base na razão de Bowen para estimar os fluxos diários, mensais e sazonais do calor sensível (H) e latente (LE). Dados de atributos físico-químicos dos sítios e climáticos da área de estudo foram avaliados por meio da aplicação das estatísticas descritiva e multivariada. O monitoramento da umidade volumétrica (θv) no perfil do solo foi realizado por uma sonda capacitiva, em um período total de 157 dias. Adicionalmente, foi examinado o particionamento das chuvas em precipitação interna (Pi), escoamento do tronco (Et) e interceptação pelo dossel (I) por espécies da vegetação de caatinga. Por fim, determinou-se a deposição mensal de serapilheira (total, por fração e por espécies), a taxa de decomposição e a exportação de nutrientes via material decíduo de espécies vegetais da caatinga. Os resultados indicaram que houve diferenças significativas na densidade de fluxos diurnos do saldo de radiação (R N ), LE, H e fluxo de calor no solo (G), com maiores médias na CAA, com exceção dos valores médios de G, provavelmente devido ao aumento do albedo na ADA. A evapotranspiração média na CAA e ADA foi de 2,19 e 1,97 mm, nesta ordem. Cerca de 48% do R N recebido foi utilizado no LE, 44% para H e 9% para G na CAA, versus 34% de R N para LE, 50% para H e 16% para G na ADA. Não houve diferença na maioria dos atributos físico-químicos do solo entre os dois sítios. Exclusivamente para o estudo da umidade do solo, uma terceira paisagem foi incluída, a palma forrageira. A θ v foi superior na caatinga (0,086 m³ m-³), intermediária na palma forrageira (0,064 m³ m-³), e inferior na área desmatada (0,045 m³ m-³). Para a vegetação de caatinga, a Pi e a Et representam 81,2% e 0,8% da precipitação total, enquanto a interceptação pelo dossel foi de 18%. A remoção da vegetação resultou em aumentos de 10% no escoamento superficial para locais desmatados, com maiores incrementos nos primeiros eventos de chuva. A Caatinga depositou em média 1.177 kg MS ha-¹ ano-¹ de serapilheira, sendo 56% de folhas; 24% de galhos; 15% de estruturas reprodutivas e, 5% de miscelânea. A taxa de decomposição da serapilheira foi de 0,33 Kg MS ha-¹ ano-¹, sendo exportados anualmente 23,76 kg ha-¹ de nutrientes. Conclui-se que a conversão da vegetação de caatinga em outras superfícies promoveu maior degradação de paisagens, ocasionando reduções do R N , com valores elevados de H e G, e ET ligeiramente reduzida na área desmatada. A remoção da vegetação de caatinga resultou em declínios da θv e perda de interceptação de água pelo dossel vegetativo. Em áreas de caatinga com intervenção antrópica, a perda de matéria seca depositada sobre o solo pode chegar a 1,18 ton. ha-¹ ano-¹.
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    Desempenho produtivo e parâmetros agrometeorológicos da palma forrageira, clone Orelha de Elefante Mexicana, no Semiárido brasileiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-27) Queiroz, Maria Gabriela de; Silva, Thieres George Freire da; http://lattes.cnpq.br/0213450385240546; Silva, Sérvulo Mercier Siqueira e; http://lattes.cnpq.br/0654495217313534; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; http://lattes.cnpq.br/2053330973064133; Silva, Maria da Conceição; Souza, Eduardo Soares de
    Objetivou-se analisar o efeito da aplicação de distintas lâminas de água sobre o desempenho do crescimento e da produtividade da palma forrageira, cv. IPA/200016 - Orelha de Elefante Mexicana, visando à quantificação de parâmetros agrometeorológicos como índices morfofisiológicos, consumo de água, coeficiente de cultura (Kc) e indicadores de desempenho do uso da água. O experimento foi conduzido na estação experimental do Instituto Agronômico de Pernambuco, em Serra Talhada-PE, Semiárido brasileiro. As avaliações foram realizadas no período de junho/2012 a junho/2013, compreendendo o segundo ano produtivo da cultura. O delineamento foi em blocos ao acaso, com quatro repetições, e cinco tratamentos representados por diferentes lâminas de água, calculadas por meio da equação de Penman-Monteith, parametrizada conforme o Boletim 56 da FAO. Ao final do ciclo, foram aplicados 976, 1048, 1096, 1152 e 1202 mm de água. Os dados dos elementos meteorológicos foram obtidos de uma estação automática do INMET, localizada próxima ao experimento. Na ocasião da colheita, foram realizadas medidas morfológicas e de biomassa das plantas (i.e. altura e largura da planta; número de cladódios por planta; comprimento, largura, espessura, perímetro e área dos cladódios, etc.). A evapotranspiração (ET) foi calculada pelo método do balanço de água no solo (BAS), com seus componentes acumulados a cada 14 dias, totalizando 27 períodos. Determinaram-se: índices morfofisiológicos (taxa de assimilação líquida, TAL; taxa de crescimento absoluto, TCA; taxa de crescimento relativo, TCR; e, a área de cladódio específica, ACE); rendimento de matérias verde (MV) e seca (MS) e conteúdo de matéria seca; parâmetros de resposta da cultura (índice de cobertura do solo, ICS; índice de volume de produção, IVP; índice de distribuição dos cladódios na planta, IDCP; e, índice de distribuição de área fotossintética, IDAF); índices de resposta hídrica (i.e. altura e largura da planta por cada mm de água evapotranspirada, etc.); coeficiente de cultura, Kc; mediante a relação entre Evapotranspiração da cultura e Evapotranspiração de referência; e, indicadores de desempenho do uso da água (Eficiência no uso de água, EUA; fração de uso consultivo, FC; produtividade econômica da água, PEA; e, produtividade econômica da terra (PETcladódio e PETrendimento) com base nos valores de ET, precipitação, irrigação, valores monetários e rendimento MV e MS da cultura. Como resultados, verificou-se que as lâminas de água mais elevadas não influenciaram a maioria dos valores absolutos das variáveis de crescimento, assim como dos índices morfofisiológicos, parâmetros de resposta da cultura, índices de resposta hídrica, produtivos e indicadores de eficiência do uso da água (p>0,05). Todavia, os índices de resposta hídrica por causa da ET mostraram tendência de acréscimo com a redução da lâmina evapotranspirada. Em relação aos componentes do BAS, apenas a variação no armazenamento revelou diferença entre os tratamentos, com valores acumulados crescentes à medida que as lâminas foram superiores. A ET e o Kc da cultura foram determinados para a lâmina de água de 1048 mm, que representou o ponto de inflexão da produtividade da cultura, sendo seus valores iguais a 2,69 mm dia-1 e 0,52, nessa ordem. A FC foi de 0,90% e tendeu a decrescer com o aumento das lâminas aplicadas, demostrando que, em média, apenas 10% do total aplicado não foi utilizado na ET. A EUA, tanto para MV e MS, foi maior quando se considerou a lâmina evapotranspirada, em relação aos valores de P+I, em média de, 14,02 kg MV m-3 e 0,87 kg MS m-3, respectivamente. O valor médio da Produtividade econômica da água (5,50 e 6,18 US$ m-3) indica que o produtor terá um retorno econômico bruto de 5,50 e 6,18 dólares para cada m-3 de água fornecida (P+I) e evapotranspirada (ET) pela cultura, respectivamente.