Meteorologia Agrícola

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    Efluxo de CO2 em diferentes sistemas de cultivo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-28) Pereira, Vágna da Costa; Justino, Flávio Barbosa; http://lattes.cnpq.br/3355555690297448
    Nas últimas décadas, a substituição de extensas áreas de cobertura original do Cerrado por outros usos, vem ocorrendo num ritmo acelerado e certamente todo este processo de substituição da vegetação tem contribuído para o aumento da quantidade de CO 2 na atmosfera. Neste sentido, para entender melhor os fatores que influenciam a dinâmica de carbono do solo (COS) e as emissões de CO 2 do solo em sistemas agrícolas de diferentes níveis de complexidade, medimos a respiração do solo em diferentes tipos de uso da terra para avaliar o efluxo de CO 2 do solo (FCO 2 ) do solo em sistema de plantio direto no Cerrado Brasileiro. Os resultados das medições da respiração do solo mostraram que o FCO 2 médio diário foi caracterizado por valores abaixo de 32 g de CO 2 m -2 d -1 . Durante a estação de crescimento, foram observados fluxos cumulativos que variaram entre 75 e 91 g de CO 2 m -2 d -1 em sistemas de monocultura e consórcio e de 83,9 a 134,9 g de CO 2 m -2 d -1 , entre os sistemas de rotação. No cerrado nativo verificou-se um fluxo cumulativo de 97,7 g de CO 2 m -2 d -1 . Este período coincidiu com a estação chuvosa, onde verificou-se que os maiores fluxos de CO 2 ocorreram após os eventos de precipitação. Houve uma correlação positiva entre o espaço poroso saturado por água (EPSA) e FCO 2 . O período após a colheita caracterizou-se por fluxos menores e cumulativos com valores entre 12,6 e 26,7 g de CO 2 m -2 d -1 em sistemas de monocultura e consórcio, 15,6 e 21,1 g de CO 2 m -2 d -1 entre sistemas de rotação e 27,0 g de CO 2 m -2 d -1 no Cerrado. O fluxo acumulativo de CO 2 do solo diminui entre as estações de crescimento e após a colheita em aproximadamente 59% em monoculturas e consórcios, 80% nos sistemas de rotação e 56% no cerrado. Os sistemas de rotação acumularam menores quantidades de FCO 2 (4,2 t CO 2 ha -1 ) quando comparados aos sistemas de monocultura (4,5 t CO 2 ha -1 ), enquanto o cerrado acumulou 4,9 t CO 2 ha -1 . Contudo, os resultados obtidos desse estudo sugerem que o uso dos sistemas com rotação cultural se destacam como alternativas mais sustentáveis para mitigar as emissões de CO 2 na interface solo-atmosfera. Além disso, a adoção do sistema de plantio direto promove melhorias na qualidade do solo e sequestro de carbono ao longo dos anos, contribuindo com o aumento da produtividade dos sistemas agropecuários.
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    Evapotranspiração e eficiência produtiva da videira Syrah no Submédio do vale do São Francisco
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-21) Pereira, Vágna da Costa; Moura, Magna Soelma Beserra de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4769996A1; Silva, Thieres George Freire da; http://lattes.cnpq.br/0213450385240546; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; http://lattes.cnpq.br/3355555690297448; Ferreira, Williams Pinto Marques; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799404E8; Imbuzeiro, Hemlley Maria Acioli; http://lattes.cnpq.br/9796784370869247
    A determinação do consumo de água pela videira é de crucial importância para obtenção de produtividades satisfatórias para elaboração de bons vinhos, redução de custos de produção e, principalmente, para o manejo sustentável dos recursos hídricos regional. Neste sentido, com este trabalho objetivou-se analisar os valores da evapotranspiração da cultura da uva para elaboração de vinhos, determinada por duas metodologias (balanço de energia com base no método da razão de Bowen (BERB) e o modelo de Penman-Monteith), e a eficiência do uso da água da cultura para as condições climáticas do Submédio do Vale do São Francisco (SVSF). O experimento foi conduzido em uma área comercial da Fazenda Ouro Verde (09°16 S; 40°51 O e 444 m) no primeiro semestre do ano de 2010, que fica localizada na região semiárida do município de Casa Nova, Bahia. A área de 9 hectares selecionada foi plantada com a videira (Vitis vinífera L.), variedade Syrah , enxertada sobre o porta-enxerto IAC 766, com três anos de plantio, e irrigada por gotejamento. A poda de produção foi realizada no dia 08 de março de 2010 e a colheita no dia 19 de julho de 2010, totalizando o ciclo produtivo de 133 dias. Com base nos resultados observou-se que durante a análise de consistência física do método BERB, 69,5% dos dias avaliados foram considerados válidos para a determinação da densidade de fluxos de energia em escala diária. O saldo de radiação e a radiação refletida representaram aproximadamente 73 e 16%, respectivamente, da radiação solar incidente no parreiral. Ao longo do ciclo produtivo da videira, os valores médios diários do fluxo de calor latente (LE) representaram cerca de 70% do saldo de radiação (Rn), enquanto 30% foi destinado ao aquecimento do ar atmosférico, representado por meio do fluxo de calor sensível (H). Entretanto, não houve energia destinada ao aquecimento do solo (G) durante quase todas as fases fenológicas, exceto na fase final quando a relação G/Rn representou aproximadamente 4%. Em relação aos graus-dia acumulados (GDA), foram necessários 1.819 GDA para a videira Syrah completar o seu ciclo produtivo, correspondendo ao total de 133 dias para poda no primeiro semestre do ano. A evapotranspiração de referência (ETo) e a evapotranspiração da cultura determinada por meio do método BERB (ETcBERB) durante o ciclo da cultura foram de 474,0 e 376,4 mm, respectivamente, com valor médio diário de 3,9 e 3,1 mm. A transpiração máxima estimada pelo método de Penman-Monteith oscilou entre 9,2 a 3,0 L d-1 m-2, com volume total de 614,7 L m-2, aproximadamente 204,9 mm. A razão ETcBERB/ETo atingiu valores médios de 0,70; 0,85 e 0,66, respectivamente, para as fases fenológicas de Brotação-Floração, Floração-Maturação e Maturação-Colheita. A produtividade média da videira Syrah , para elaboração de vinhos finos, foi de 4.400 kg ha-1, enquanto a média da produtividade de água com base na evapotranspiração e transpiração total da cultura determinada por meio do método BERB e Penman-Monteith foi de 1,17 kg m-3 e 2,15 kg m-3, respectivamente.