Meteorologia Agrícola

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    Efeito de reduções contínuas e intermitentes do potencial matricial de água nas trocas gasosas e no crescimento de cultivares de cana-de- açúcar
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-12-12) Boehringer, Davi; Zolnier, Sérgio; http://lattes.cnpq.br/1907749934127865
    O estresse hídrico está inserido entre os principais fatores que limitam o crescimento e a produtividade agrícola. Embora seja moderadamente resistente à seca, a cultura da cana-de-açúcar tem consideráveis perdas de produtividade em decorrência de períodos prolongados de estiagem ou mesmo períodos intermitentes com precipitação pluvial insuficiente. Essa pesquisa teve como objetivo principal avaliar os efeitos de reduções contínuas e intermitentes do potencial matricial de água nas trocas gasosas de dióxido de carbono e de vapor d'água entre as plantas de cana-de-açúcar e o ambiente de cultivo, assim como o crescimento e as taxas de elongação dos colmos durante a fase de formação da cultura. Foram realizados três experimentos utilizando-se quatro cultivares de cana-de-açúcar, em casa-de-vegetação não climatizada, na área experimental da Meteorologia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa. No primeiro experimento, foram avaliadas as trocas gasosas, a fluorescência da clorofila a, o potencial de água nas folhas e o crescimento dos colmos das cultivares de cana-de-açúcar RB867515, RB92579, RB855453 e RB928064, em decorrência de alterações do potencial matricial de água no substrato de cultivo, imposto a partir da suspensão periódica e retorno posterior dos eventos de irrigação e de fertirrigação. No segundo, avaliaram-se as trocas gasosas e a fluorescência da clorofila a das mesmas cultivares, no entanto, sob reduções contínuas do potencial matricial de água a partir da suspensão total dos eventos de irrigação. No terceiro experimento, analisou-se o comportamento das trocas gasosas e da fluorescência da clorofila a durante o período diurno, em um dia típico de céu claro, utilizando a cultivar RB92579 sob diferentes condições de disponibilidade hídrica. O déficit hídrico aplicado às cultivares de cana-de- açúcar provocou reduções na condutância estomática (gs), taxa de transpiração (E) e taxa de assimilação líquida de CO2 (A). Em média, no primeiro experimento, os valores de A foram 32,9 e 21,6 μmol CO2 m-2 s-1 para os tratamentos controle e deficiência hídrica leve, respectivamente, não havendo diferenças significativas entre cultivares. As diferenças mais nítidas ocorreram quando as plantas foram submetidas ao déficit hídrico moderado, no qual as reduções em relação ao controle foram, em média, 28, 42, 48 e 52 % para as cultivares RB867515, RB92579, RB928064 e RB855453, respectivamente. A cultivar RB867515 apresentou também os maiores valores de gs, E e estatura de colmos nos tratamentos com déficit hídrico moderado e severo, podendo ser usada como padrão de comparação. No segundo experimento, as maiores diferenças entre as cultivares ocorreram quando estavam submetidas ao potencial matricial de água em torno de −50 kPa, utilizando as medições obtidas entre 11:00 e 13:00 h. A cultivar RB867515 apresentou valores de A, gs, e E duas vezes superiores às demais cultivares, aproximadamente. A eficiência quântica potencial do Fotossistema II (Fv/Fm) foi fortemente influenciada pela disponibilidade de água no substrato de cultivo e pelos níveis de radiação solar reinantes nos dias anteriores às medições. No que se refere à eficiência do uso de água, esta tende a aumentar nos estágios iniciais do estresse hídrico, quando há limitação estomática da fotossíntese. No entanto, com a intensificação do estresse hídrico, também ocorreram limitações bioquímicas e, assim, a eficiência do uso de água diminui.
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    Determinação da transpiração da cana-de-açúcar por métodos térmicos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-28) Boehringer, Davi; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; Steidle Neto, Antônio José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706227Z1; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; http://lattes.cnpq.br/1907749934127865; Grossi, José Antônio Saraiva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784442D6; Lima, Francisca Zenaide de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763794Y6
    O objetivo principal foi avaliar a aplicabilidade de métodos térmicos para medição do fluxo de seiva da cana-de-açúcar sob condições ambientais distintas. Para a avaliação dos métodos (balanço de energia e pulso de calor), foram realizadas campanhas de medição da transpiração e do fluxo de seiva da cana-de-açúcar em uma casa de vegetação. O experimento foi conduzido na área experimental do setor de Meteorologia Agrícola, pertencente ao Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais. O monitoramento dos dados meteorológicos no interior da casa de vegetação foi realizado por meio de um sistema computadorizado de aquisição de dados. Ele foi capaz de monitorar o fluxo de seiva da cana-de-açúcar e de controlar a potência elétrica aplicada nos terminais resistivos da fonte de calor. Constatou-se que as necessidades hídricas da cultura da cana-deaçúcar, em escala horária e diária, podem ser determinadas, de forma adequada, por meio de medições do fluxo de seiva com o método do balanço de energia em um segmento de caule. No entanto, em decorrência do grande volume de seiva armazenada nos colmos e da baixa velocidade de deslocamento da seiva em comparação com outras culturas, o método do pulso de calor não pôde ser implementado por meio da metodologia clássica proposta na literatura. Somente com a aplicação de pulsos mais prolongados, em escala de minutos ao invés de segundos, foi possível detectar variações de temperatura que pudessem ser mensuradas pelo sistema de aquisição de dados. Desta forma, para que possa ser aplicada para a cana-de-açúcar, a teoria do método do pulso de calor precisa ser adaptada a partir de estudos específicos. Notou-se que, tanto a temperatura da seiva acima, quanto a temperatura abaixo da fonte de aquecimento comportam-se de maneira distintas após a aplicação do pulso de calor nos diversos horários do dia, respondendo às variações da transpiração para um dia de céu claro. Foi observado também que o componente do armazenamento de calor no caule não pode ser desconsiderado no balanço de energia como foi proposto por alguns autores para medições realizadas em outras culturas. Por outro lado, devido ao diâmetro expressivo dos colmos, é necessário instalar quatro termopares para obtenção da temperatura da seiva nos níveis acima e abaixo da fonte de aquecimento, sendo dois inseridos no centro e outros dois na superfície do colmo. Um termopar adicional deve ser colocado no centro da manta de isolamento térmico, ao nível da fonte de aquecimento, para quantificação da condução axial e radial de calor. A transpiração de plantas individuais de cana-de-açúcar foi ligeiramente subestimada pelo método do balanço de energia em escala horária (RMSE = 14,6 g planta-1 h-1; MBE = -4,7 g planta-1 h-1; r = 0,9065; d = 0,9432) e diária (RMSE = 97,1 g planta-1 d-1; MBE = -56,2 g planta-1 d-1; r = 0,9369; d = 0,9488), com diferenças da ordem de 4% em relação aos valores máximos de transpiração medidos. Com a realização de novas pesquisas para aprimoramento desta técnica, o método do balanço de energia tem grande potencial para se tornar a técnica de referência na calibração de outros métodos utilizados para quantificação do fluxo de vapor d’água da cana-de-açúcar para a atmosfera.