Meteorologia Agrícola
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Item Homogeneidade e reconstrução de séries climatológicas para localidades no estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-24) Santos, Roziane Sobreira dos; Pruski, Fernando Falco; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727304E8; Sediyama, Gilberto Chohaku; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788051E6; http://lattes.cnpq.br/4983021820079917; Silva, Welliam Chaves Monteiro da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707320P6; Costa, José Maria Nogueira da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783772Y3; Leal, Brauliro Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784843E5Os dados climáticos são de extrema importância nas diversas atividades realizadas pelo homem fornecendo informações importantes do ambiente atmosférico e os impactos que ocorrem nele. Portanto há necessidade de informações meteorológicas confiáveis, pois uma falha na série temporal pode comprometer a análise e a interpretação dos dados. Os dados climáticos, para serem usados com segurança, devem ser estatisticamente homogêneos, uma vez que a não-homogeneidade de uma série temporal conduz a uma interpretação errônea das condições do clima a ser estudado. A falta de dados meteorológicos nas séries de dados históricos para as condições brasileiras é expressiva, tanto pela baixa densidade de estações, como pelas falhas existentes, pois nem sempre os registros disponíveis são contínuos para longos períodos de observações. Com esse trabalho objetivou-se: analisar metodologias para avaliar a homogeneidade, a tendência e o preenchimento de falhas em séries de dados de temperatura máxima e mínima do ar e da precipitação em Minas Gerais. A análise de homogeneidade foi feita por meio de três testes de identificação de pontos de descontinuidade: teste de Homogeneidade Normal Padrão (SNHT) para um único ponto, teste de Pettitt e teste de Buishand. Na análise de tendência foram utilizados os testes de Mann-Kendall e análise de regressão. Para preenchimento de falhas utilizou-se duas metodologias: os modelos SARIMA proposto por Box-Jenkins, que utilizam os dados da própria estação com dados faltantes, e o modelo geoestatístico espaço-tempo, que considera as estações vizinhas, ponderando tanto a dependência espacial como temporal dos dados. Na análise de homogeneidade, 73% das séries de temperatura máxima do ar e 71% das séries de temperatura mínima do ar, foram consideradas homogêneas. As mudanças estatisticamente significativas ocorreram na década de 1990, principalmente em torno do ano de 1997. A maior parte das tendências observadas é de aumento, especialmente na temperatura mínima do ar. As séries de precipitação não apresentaram tendências significativas. Os modelos SARIMA capturam bem o comportamento padrão das séries temporais, com valores de r2 variando de 0,47 a 0,68 para temperatura máxima e de 0,85 a 0,90 para temperatura mínima. Os erros associados pelos modelos foram baixos, com raiz do erro quadrático médio em torno de 1ºC e viés médio próximo de 0,4ºC. O modelo geoestatístico espaço-tempo apresentou resultados melhores do que a metodologia de Box-Jenkins, sendo mais eficiente, com altos valores de r2 e do índice de concordância de Willmott e erros médios bem próximos de zero. Inclusive em séries de precipitação as previsões foram bem ajustadas. O menor valor de r2 encontrado explica 70% da variabilidade dos dados de precipitação. Para a temperatura máxima o menor valor de r2 foi de 82%, muito superior ao modelo de Box-Jenkins. Comparando as duas metodologias, o modelo espaço-temporal está mais próximo da identidade, apresentando menor dispersão em torno da reta estimada e maior coeficiente de determinação.Item Resposta do clima amazônico ao desmatamento progressivo da Amazônia e do Cerrado(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-14) Pires, Gabrielle Ferreira; Costa, Marcos Heil; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799234J7; http://lattes.cnpq.br/9576327311464149; Malhado, Ana Cláudia Mendes; http://lattes.cnpq.br/6689567685438939; Cuadra, Santiago Vianna; http://lattes.cnpq.br/6681955405635283Há uma clara mudança acontecendo no ambiente físico da floresta amazônica, onde a intervenção humana se intensificou drasticamente durante a última metade do século XX. Recentes estudos sugerem que mudanças no clima regional causadas pelo desmatamento local possuem o potencial de fazer com que partes da Amazônia atravessem o chamado ponto de desequilíbrio do sistema. Este ponto se refere à probabilidade da Amazônia cruzar um limite crítico, que poderia fazer com que a mesma salte para um estado de equilíbrio bioclimático alternativo, mais seco que o atual. Além do desmatamento amazônico, a remoção total do Cerrado, que atualmente já foi desmatado em mais de 55%, agindo em conjunto o desmatamento da Amazônia, poderia induzir a um aumento na duração da estação seca na região de transição entre floresta e savana (arco do desmatamento), o que pode contribuir para o surgimento de um equilíbrio bioclimático alternativo para a região. Porém, ainda não se sabe quais os limites e sob quais padrões de desmatamento da Amazônia e do Cerrado o clima da floresta será afetado. O objetivo deste trabalho é investigar a resposta do clima de diferentes regiões da floresta amazônica ao desmatamento progressivo da Amazônia e do Cerrado, e verificar a possibilidade do surgimento de equilíbrio bioclimático alternativo para as mesmas. Para atingir esse objetivo, foram gerados 10 cenários de desmatamento amazônico e 10 cenários de desmatamento combinado entre floresta e Cerrado, que foram implantados no modelo acoplado atmosfera-biosfera CCM3-IBIS. Foram rodadas cinco ensembles para cada cenário, e as simulações tiveram a duração de 50 anos, com CO2 fixo em 380 ppm. Os resultados mostram que quando se considera o clima médio para a região total de floresta, não ocorre transposição de equilíbrio. Porém, considerando o clima médio para a região do arco do desmatamento, foi observado o surgimento de equilíbrio bioclimático típico de floresta sazonal, e em regiões no sul, sudoeste e leste da floresta foi observada transição para equilíbrio bioclimático típico de savana. Nos casos em que houve transposição do ponto de desequilíbrio do sistema, o efeito combinado do desmatamento de floresta e Cerrado mostrou-se significativo. Estes resultados mostram a resiliência de algumas regiões da floresta e a fragilidade de outras, o que pode auxiliar tomadores de decisão e conservacionistas na elaboração e implementação de políticas de conservação na floresta.