Meteorologia Agrícola
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Item Adequação da disponibilidade hídrica com a demanda de água na agricultura(Universidade Federal de Viçosa, 2014-09-26) Silva, Morgana Vaz da; Pruski, Fernando Falco; http://lattes.cnpq.br/5233966208853446A crescente demanda de água para garantir seus múltiplos usos tem gerado escassez dos recursos hídricos e conflitos entre usuários em diversas bacias hidrográficas, sendo necessário otimizar o uso da água para garantir a sustentabilidade das gerações futuras. O objetivo deste trabalho foi analisar a adequação entre a oferta dos recursos hídricos superficiais (Q7,1o e Qm) e as demandas de complementação hídrica para fins de irrigação na agricultura, para a bacia do Entre Ribeiros. Através do balanço hídrico determinou-se os períodos de excesso e déficit hídrico. Para os períodos de déficit hídrico foram determinadas as vazões unitárias requeridas pela irrigação, as quais foram relacionadas com as disponibilidades hídricas superficiais. A disponibilidade hídrica foi caracterizada pela vazão mínima de sete dias de duração e período de retorno de dez anos (Q7,1o), quantificada em base anual e mensal atraves do estudo de regionalização de vazões para Minas Gerais (MG). A metodologia proposta foi aplicada a bacia do ribeirão Entre Ribeiros, localizada na região noroeste de MG, que já apresenta um quadro de escassez e conflitos pelo uso da água. A partir da análise dos resultados, conclui-se que a consideração da disponibilidade hídrica estimada em base anual não garante o suprimento das demandas de complementação hídrica para a área atualmente irrigada na bacia e para nenhuma data de semeadura proposta. Entretanto, quando considerada a disponibilidade hídrica estimada em base mensal, esta garante o suprimento da área atualmente irrigada para a data de semeadura atualmente praticada na bacia.Item Otimização do uso da água na produção de mudas clonais de Eucalyptus(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-17) Oliveira, Aline Santana de; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; http://lattes.cnpq.br/8403587301186316; Leite, Fernando Palha; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797343U5; Xavier, Aloisio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782565D0O Brasil detém 11,6% de toda a água doce existente no planeta, sendo que 67% da água disponível é utilizada na agricultura. Verifica-se que o uso indiscriminado desse recurso tem gerado discussões quanto ao alcance de um desenvolvimento sustentável para o país. O eucalipto é uma espécie de uso múltiplo que apresenta rápido crescimento e alta produtividade, por ser adaptado às condições climáticas do Brasil. Para elevar a produtividade da cultura no campo, o processo de produção das mudas deve ser realizado propiciando condições hídricas, nutricionais, microclimáticas e sanitárias adequadas. A presente pesquisa teve como objetivos realizar a modelagem do crescimento das mudas de eucalipto em função do tempo térmico, desenvolver e calibrar um minilisímetro de pesagem para utilização em ambiente protegido e determinar a evapotranspiração de mudas de eucalipto em todas as fases de produção (enraizamento, aclimatação, crescimento e rustificação). O experimento foi conduzido no Viveiro de Pesquisas do Departamento de Engenharia Florestal, pertencente à Universidade Federal de Viçosa. Foram realizados dois ciclos de produção de mudas de eucalipto (Eucalyptus grandis x E. urophylla), sendo que no primeiro o manejo da irrigação foi realizado de acordo com o convencionalmente utilizado pelo viveiro. No segundo ciclo de produção a irrigação foi acionada em função da demanda hídrica na cultura. Além da determinação da biomassa fresca e seca das mudas, com periodicidade de 3 dias, foram realizadas medidas biométricas das mudas de eucalipto, nas quais foram mensuradas a área foliar, altura da parte aérea, diâmetro do colo e comprimento do sistema radicular. Posteriormente, foi determinada a qualidade das mudas por meio do Índice de Qualidade de Dickson (IQD). A determinação da evapotranspiração foi realizada com o auxílio do minilisímetro de pesagem, desenvolvido e calibrado para utilização em ambiente protegido. A quantificação da entrada e saída de água no minilisímetro foi baseada no acúmulo de biomassa fresca das mudas em função dos graus-dia acumulados, na interceptação de água pelas folhas e pela bandeja, e na quantidade de água retida nos microporos do substrato. Em média, foram necessários 1045 graus-dia acumulados para a produção das mudas de eucalipto, do enraizamento à rustificação, em ambos os ciclos de produção. Em média, a evapotranspiração das mudas de eucalipto na fase de enraizamento foi igual a 2,40 mm; na aclimatação igual a 2,00 mm; no crescimento de 4,82 mm e na rustificação igual a 3,84 mm. Com relação à lâmina aplicada, comparando a aplicação de água pelo manejo convencional e otimizado, verificou-se uma economia hídrica pelo manejo otimizado de 11,9 % na fase de enraizamento; 60,3 % na fase de aclimatação; 25,6 % na fase de crescimento e 30,6 % na fase de rustificação. As novas lâminas de irrigação propostas não afetaram a qualidade das mudas. A evapotranspiração das mudas no interior do ambiente protegido se mostrou altamente correlacionada com as variáveis meteorológicas externas, podendo ser recomendada para estimativa da evapotranspiração em ambiente protegido.Item Temperatura do dossel vegetativo da cana-de-açúcar sob diferentes condições meteorológicas e potenciais de água no solo(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-25) Batalha, Bruno Ribas; Ribeiro, Aristides; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763274T3; Silva, Thieres George Freire da; http://lattes.cnpq.br/0213450385240546; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; http://lattes.cnpq.br/3784746216822253; Steidle Neto, Antônio José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706227Z1Medições da temperatura do dossel vegetativo, a partir da utilização da termometria a infravermelho, podem ser utilizadas em estudos de relações hídricas no sistema solo-planta-atmosfera, sendo uma ferramenta de fácil utilização e resposta rápida. O objetivo principal deste trabalho foi analisar a variação da diferença entre a temperatura do dossel vegetativo (tc) e a temperatura do ar (tar), sob diferentes condições meteorológicas e potenciais de água no solo, durante o estádio fenológico de crescimento da cana-deaçúcar. O experimento foi conduzido em condições de campo, em solo argiloso de fertilidade média, na área experimental pertencente ao Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG. O plantio da cana-de-açúcar (var. RB867515) foi realizado a partir de partes vegetativas do colmo no dia 08/10/2010, utilizando-se a densidade de 18 gemas por metro de linha de cultivo, com espaçamento de 1,4 m. Os sensores eletrônicos utilizados para medição da radiação solar, velocidade do ar, umidade relativa, temperatura do ar e temperatura do dossel vegetativo foram conectados a um sistema serial de aquisição de dados. O potencial de água no solo (Ψ) foi obtido a partir de leituras diárias fornecidas por um medidor digital, utilizando-se a média de três sensores de resistência elétrica, que foram instalados a 30 cm de profundidade. Em intervalos semanais e quinzenais, foram realizadas medidas biométricas não destrutivas em campo e destrutivas em laboratório, respectivamente. A relação entre o diferencial de temperatura "tc-tar"e as variáveis, radiação solar global (Rg) e déficit de pressão de vapor d'água no ar (DPVar), foram determinadas para condições de céu claro, nublado e parcialmente nublado, sob distintos valores de potencial de água no solo. Sob ausência de estresse hídrico (Ψ > −10kPa), foi possível observar que os parâmetros da relação "tc-tar=aRg−bDPVar" são afetados pelas condições de nebulosidade. A presença de nuvens resultou, respectivamente, no aumento e redução dos parâmetros "a" e "b", tanto para o índice de área foliar médio de 2,40 como 3,35. Com a redução do conteúdo de água disponível no solo, constatado aos 220 (Ψ ≈ −120kPa) e 240 (Ψ ≈ −180kPa) dias após o plantio, observou-se também um ligeiro aumento do parâmetro "a", mas um efeito contrário no parâmetro "b". Este fato pode ser explicado pela diminuição da disponibilidade hídrica no solo, que faz com que a abertura estomática seja controlada nas horas de maior demanda de água, diminuindo, assim, o resfriamento evaporativo por transpiração. Estes resultados sugerem que a termometria a infravermelho tem potencial para estimativa da disponibilidade hídrica no solo, na fase fenológica de crescimento da cana-de-açúcar, mesmo sob a presença de nebulosidade.