Ciências Agrárias

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    Biomassa de forragem e de raizes, gases de efeito estufa e estoque de carbono em pastagem de capim-braquiária em monocultivo ou consorciado com amendoim forrageiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-07-19) Anjos, Albert José dos; Ribeiro, Karina Guimarães; http://lattes.cnpq.br/4068855673199757
    A tese foi em elaborada em quatro capítulos, que abordam estudos sobre as características produtivas e químicas da biomassa de forragem e de raízes, do fluxo de gases causadores de efeito estufa e do estoque de carbono nas frações da matéria orgânica do solo em pastos de capim-braquiária em monocultivo ou consorciado com amendoim forrageiro sob diferentes espaçamentos entre linhas de plantio (40, 50, 60, 70 e 80 cm). Capítulo I. Objetivou-se avaliar a biomassa, o acúmulo e a taxa de acúmulo de forragem e a composição química e botânica de pastos de capim-braquiária (Urochloa decumbens cv. Basilisk) em monocultivo (0) e em consórcio com amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Belmonte), sob diferentes espaçamentos entre linhas de plantio (40, 50, 60, 70 e 80 cm), quatro a cinco anos após a implantação, em delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Os pastos foram submetidos a lotação intermitente por ovelhas, com altura pré-pastejo de 20 cm e pós-pastejo de 10 cm. Verificou-se que a biomassa seca de gramínea foi influenciada pelos anos, enquanto a biomassa seca de leguminosa e a biomassa seca total de forragem foi afetada pelos sistemas e pelos anos, verificando-se maior biomassa seca de gramínea, de leguminosa e total no segundo ano. Todos os sistemas de consórcio apresentaram maior biomassa seca total em relação ao monocultivo (0). Observou-se efeito de sistemas sobre o percentual de leguminosa, com maior valor no espaçamento de 50 cm (36,3%) em relação ao de 60 cm (23,3%). O acúmulo de forragem foi influenciado pelos sistemas e pelos anos, todavia, a taxa de acúmulo foi afetada apenas pelos sistemas. O acúmulo de forragem nos espaçamentos de 40 e 70 cm foi 65 e 54% mais alto que no monocultivo. No segundo ano de avaliação, detectou-se acúmulo de forragem 30% maior que no primeiro ano. Dentro dos espaçamentos avaliados, as maiores taxas de acúmulo foram encontradas nos espaçamentos de 40 e 70 cm, com valores de 44,7 e 43,9 kg ha-1 dia-1 de MS, respectivamente, em comparação aos 28,1 kg ha-1 dia-1 de MS para o monocultivo. O teor de PB do capim-braquiária foi afetado pela interação sistemas e anos, enquanto os teores de PB do amendoim forrageiro foram afetados pelos anos. O amendoim forrageiro em consorcio com capim-braquiária propicia incrementos satisfatórios na biomassa, na taxa de acúmulo e na composição química da forragem, quatro a cinco anos após seu estabelecimento, independentemente do espaçamento entre linhas. O percentual de leguminosa mantem-se dentro da faixa que propicia benefícios aos sistemas, variando de 23 a 36%, o que implica em pastos consorciados com mais altas concentrações de proteína bruta aos animais em pastejo. Devido aos benefícios quantitativos e qualitativos da inclusão do amendoim forrageiro em pastos de capim-braquiária, recomenda-se sua inclusão em sistemas com lotação intermitente para ovinos. Capítulo II. A decomposição de biomassa de raízes é de extrema importância para a ciclagem e liberação de nutrientes no solo em ecossistemas de pasto, sendo também relacionada ao ciclo de carbono. Objetivou-se avaliar a biomassa e a composição química de raízes de pastos de capim-braquiária (Urochloa decumbens cv. Basilisk) em monocultivo e consorciado com amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Belmonte), sob diferentes espaçamentos entre linhas de plantio (40, 50, 60, 70 e 80 cm), quatro a cinco anos após a implantação, em delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Os pastos foram submetidos a lotação intermitente por ovelhas, com altura pré-pastejo de 20 cm e pós- pastejo de 10 cm. A biomassa de raízes foi influenciada pela interação espaçamentos × anos, com menor valor para o monocultivo relativamente aos espaçamentos de 40, 50, 60 e 70 cm, no ano 2. As concentrações de lignina e de C foram influenciadas pelo ano, com valores de 153 e 115 g kg-1 de MO, e, 277 e 139 g C kg-1de MO, com valores 25 e 50% maiores, respectivamente, no ano 1 em relação ao ano 2. A concentração de N foi influenciada pelo espaçamento, com maior concentração no espaçamento 70 cm e menor no monocultivo, e pelo ano, com redução de 45% do ano 1 para o ano 2. A relação lignina/NIDA e C/N foi influenciada pelos efeitos de espaçamentos e de anos, enquanto a relação lignina/N foi influenciada apenas pelos anos. A concentração de NIDA teve efeito da interação espaçamentos × anos, com os espaçamentos de 40 e 50 cm apresentando maiores concentrações no ano 1, enquanto o espaçamento 80 cm apresentou maior concentração no ano 2. Os conteúdos de C e N foram influenciados apenas pelos espaçamentos, com maior conteúdo de C no espaçamento de 50 cm (1.424 kg C ha-1), enquanto o maior conteúdo de N foi observado nos espaçamentos de 40 e 50 cm (122 e 138 kg N ha-1, respectivamente). Recomenda-se que o amendoim forrageiro seja implantado nos espaçamentos entre linhas de 40 e 50 cm, visando o maior sequestro de C e conteúdo de N nas raízes, assim como a melhoria na reciclagem de nutrientes no solo. Capítulo III. Áreas de pasto produtivo, quando comparadas a áreas de pasto degradadas, e até mesmo em comparação a áreas de vegetação nativa, apresentam capacidade superior para estocar carbono no solo. Objetivou-se avaliar os efeitos do monocultivo e consórcio de capim- braquiária (Urochloa decumbens cv. Basilisk) e amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Belmonte) sobre o estoque de carbono no solo avaliado em quatro sistemas, consistindo de pastos de capim-braquiária em monocultivo e consorciado com amendoim-forrageiro sob diferentes espaçamentos entre linhas de plantio (40, 60 e 80 cm), durante dois anos. O experimento foi conduzido no delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Os pastos foram submetidos a lotação intermitente por ovelhas, com altura pré-pastejo de 20 cm e pós-pastejo de 10 cm. A quantidade de C na matéria orgânica particulada (MOP), nas profundidades avaliadas de 0-5 e 0-10 cm, foi influenciada pelo fator ano, enquanto na profundidade de 5-10 cm foi afetada pela interação de anos e espaçamentos (p = 0.0333), onde o acréscimo na quantidade de C na MOP variou de 0,2 (80 cm) a 1,84 (monocultivo) Mg C ha- . Entretanto, o C na MOAM não foi afetado por nenhum dos tratamentos. Do ano 1 para o ano 2, o acréscimo no total de C no solo foi de 2,37 Mg ha-1. Embora a inclusão do amendoim forrageiro não tenha demonstrado benefícios no estoque de C no solo, sugere-se que estudos de maior duração sejam efetuados visando melhor entender a relação entre o consórcio do capim- braquiária e o amendoim-forrageiro no sequestro de C no solo. Capítulo IV. A avaliação da emissão de gases causadores do efeito estufa em nível regional é amplamente necessária, pois as métricas utilizadas em relatórios oficiais de emissão são, em grande parte, oriundas de estimativas geradas em regiões extremamente diferentes. Objetivou-se avaliar o fluxo de carbono no solo em pastos de capim-braquiária em monocultivo e consorciado com amendoim forrageiro sobre o fluxo de carbono no solo. O fluxo de C-CO2 e C-CH4 no solo foram avaliados em três sistemas: pasto de capim-braquiária (Urochloa decumbens cv. Basilisk) em monocultivo, pasto de capim-braquiária consorciado com amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Belmonte), e, área de solo descoberto, sem a presença de biomassa vegetal (controle). O experimento teve duração de dois anos e foi conduzido no delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições de área. Os pastos foram submetidos a lotação intermitente por ovelhas, com altura pré-pastejo de 20 cm e pós-pastejo de 10 cm. Verificou-se que o fluxo de C-CO2 foi influenciado pelos sistemas (p>0.0001), pelos anos (p>0.0001) e pelas estações (p>0.0001). A menor emissão foi observada no solo descoberto (controle), não diferindo entre monocultivo e consorcio, enquanto no ano 1 o fluxo de C-CO2 foi 47% superior ao ano 2, como consequência da maior temperatura de solo no ano 1. Entre as estações, a maior emissão de C- CO2 foi observada no período chuvoso. Não foram observados efeitos de nenhum dos fatores estudados sobre o fluxo de C-CH4 do solo. Embora a inclusão do amendoim forrageiro não tenha demonstrado efeitos na emissão de C no solo, sugere-se que estudos mais prolongados sejam efetuados visando melhor entender essa relação. Palavras-chave: Arachis pintoi. Composição botânica. Fluxo. Matéria orgânica. Relação C/N
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    Diferimento de capim-braquiária adubado com nitrogênio ou consorciado com calopogônio
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-05-15) Chaves, Carla Silva; Ribeiro, Karina Guimarães; http://lattes.cnpq.br/0705728680478091
    A tese foi elaborada em três capítulos, que consistiram de estudos das características relacionadas a produção de forragem, características estruturais, valor nutritivo e densidade de lotação de bovinos de corte, bem como, avaliações sobre deposição e composição química de serrapilheira e sua decomposição em pastos diferidos de capim- braquiária consorciados com calopogônio ou adubado com nitrogênio. Capítulo 1 - A adubação nitrogenada é uma estratégia de manejo que tem sido utilizada, no diferimento de pastagens, com objetivo de aumentar o acúmulo de forragem, tendo como alternativa o uso de leguminosa em consórcio com a gramínea. Objetivou-se avaliar a massa e o acúmulo de forragem, as características estruturais, a composição química da forragem e a taxa de lotação de pasto diferido de capim-braquiária (Urochloa decumbens cv. Basilisk), sem adubação nitrogenada (controle), consorciado com calopogônio (Calopogonium mucunoides), adubado com 50 e 100 kg ha -1 ano de N, durante dois anos. O delineamento foi em blocos casualizados, com duas repetições de tratamento por bloco. Houve efeito da interação tratamentos e anos, para massa e acúmulo de forragem, densidade de perfilhos vegetativos e teor de proteína bruta (pastejo simulado), e de tratamentos, para altura, índice de tombamento, relação massa seca verde/massa seca morta, densidade de perfilhos vivos, mortos e totais, e teor de proteína bruta (corte direto). O consórcio de capim-braquiária e calopogônio pode ser recomendado para diferimento, por garantir massa e acúmulo de forragem e teor de proteína bruta equivalentes aos de pastos adubados. Além disso, o pasto consorciado apresentou mais alto percentual de folhas e teor de proteína bruta em relação aos outros tratamentos, via pastejo simulado, no primeiro ano de estudo. A relação de massa seca verde/material morto foi superior no pasto consorciado e equivalente somente à de pasto adubado com dose mais baixa de nitrogênio. A densidade de lotação foi semelhante entre os tratamentos. Capítulo 2 - O manejo da pastagem pode afetar a qualidade e quantidade de serrapilheira que será depositada no solo. Objetivou-se avaliar o efeito de pastos diferidos de capim-braquiária (Urochloa decumbens cv. Basilisk), sem adubo nitrogenado (B), consorciado com calopogônio (Calopogonium mucunoides) (BC), adubado com 50 (B50) e 100 kg ha -1 N (B100) na massa, taxa de deposição e composição química de serrapilheira, durante dois anos. Os tratamentos foram distribuídos no DBC, com dois blocos e duas repetições de tratamento por bloco. Maior massa total de serrapilheira existente (SE) foi observada no primeiro ano. A massa total de serrapilheira depositada (SD) e a taxa de deposição de serrapilheira foram afetadas pela interação tratamentos e anos, reduzindo-se no segundo ano, exceto para B100 e B. Os teores de FDN e FDA na serrapilheira existente foram mais baixos para B100. Os teores de NIDA na SE e SD foram afetados pelos anos, com maiores valores no segundo ano. Conclui-se que a massa de serrapilheira depositada, total e por colheita, não difere entre os tratamentos. Entretanto, a maior dose de nitrogênio mantém a massa e a taxa de deposição de serrapilheira depositada, em dois anos subsequentes, em pastos de capim-braquiária diferido. As características químicas da serrapilheira diferem entre os tratamentos, com menores teores de FDN, FDA e lignina para os pastos adubados com maior dose de N, o que contribui para melhorar a qualidade da serrapilheira. Capítulo 3 - A serrapilheira é uma importante fonte de nutrientes potencialmente recicláveis para pastagens. Objetivou-se, com este estudo, avaliar os efeitos de pastos diferidos de capim-braquiária (Urochloa decumbens cv. Basilisk) sem adubação (B), consorciado com calopogônio (Calopogonium mucunoides) (BC), adubado com 50 (B50) e 100 kg ha -1 de N (B100), na taxa de decomposição, relação carbono/nitrogênio e composição química de serrapilheira. Os tratamentos foram distribuídos no delineamento em blocos casualizados, com duas repetições de bloco e duas repetições de tratamento por bloco. A serrapilheira foi incubada em litter bags, na superfície do solo, até 128 dias. A biomassa e o nitrogênio remanescentes, e a relação C/N, foram afetados pelos tempos de incubação, verificando-se perdas de aproximadamente 45 e 23%, respectivamente, com mineralização de 2,3 g N kg -1 serrapilheira. A composição química da serrapilheira não foi afetada pelos tratamentos, exceto a concentração de NIDA, que foi afetada pela interação tratamentos e tempos de incubação, sendo mais alta com a dose mais elevada de N. Conclui-se que a biomassa e o nitrogênio remanescente, assim como, a relação C/N, em serrapilheira de pastos de capim-braquiária diferidos, não foram afetados pelos tratamentos, apenas pelos tempos de incubação. Os tratamentos também não alteraram a composição química da serrapilheira, exceto as concentrações de NIDA (%MO), que foram mais elevadas com uso de 100 kg ha -1 de N e em pasto consorciado. Pasto de capim-braquiária, sob diferimento e pastejo, retorna ao solo aproximadamente 20 kg ha -1 de N, contribuindo para a reciclagem deste nutriente. Palavras-chave: Decomposição. Densidade de lotação. Massa seca de forragem. Proteína Bruta. Relação C/N. Serrapilheira.
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    Produção de silagens de capim-elefante BRS Capiaçu sob diferentes estratégias de manejo, tratadas com inoculantes microbianos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-09-29) Lelis, Daiana Lopes; Chizzotti, Fernanda Helena Martins; http://lattes.cnpq.br/9105158548241687
    Para a composição da tese foram preparados três capítulos que consistiram em estudos de diferentes estratégias de manejo e inoculantes microbianos sobre as características agronômicas, de valor nutritivo e de perfil fermentativo do capim-elefante BRS Capiaçu. Capítulo 1- objetivou-se definir a melhor combinação de manejo com base nas características agronômicas e de valor nutritivo do capim-elefante BRS Capiaçu, em quatro idades de rebrota- I (75, 90, 105, 120 dias) e em duas alturas de resíduo- A (10 e 50 cm), ao longo de quatro ciclos de produção- C. O delineamento experimental foi o de blocos completos casualizados, em esquema fatorial 4 x 2, com medidas repetidas no tempo (C). Houve efeito da interação C x I para as proporções dos componentes lâmina foliar, colmo, forragem senescente e para a relação lâmina foliar:colmo. Em geral, foi observado elevação das proporções de colmo e forragem senescente e redução da proporção de lâmina foliar e da relação lâmina foliar:colmo, com o aumento das idades de rebrota. Além disso, maior proporção de lâminas foliares e maior relação lâmina foliar:colmo, foram observadas com a maior altura de resíduo. A massa verde (MV) e a massa seca (MS) de forragem colhida, apresentaram efeito da interação C x I x A, sendo que, foi observado em geral, para as duas alturas de resíduo, aumentos nas massas em função da elevação das idades de rebrota, em todos os ciclos de produção. Houve efeito da interação C x I para os teores de MS, MM, PB, FDN, lignina e DIVFDN, sendo que, com a elevação das idades de rebrota, aumentos nos teores de MS, FDN e de lignina e reduções na MM, PB e na DIVFDN foram observados. Houve também efeito da interação C x A para os teores de MS, MM e lignina, sendo que, os maiores teores de MS e MM e o menor teor de lignina foram observados com a altura de resíduo de 50 cm. Os teores de FDN e CHOs solúveis foram superiores na gramínea com a menor altura de resíduo. Os teores de NIDA e a DIVMS apresentaram efeito da interação C x I x A. Em geral, nas duas alturas de resíduo e em todos os ciclos, observamos aumento nos teores de NIDA e redução na DIVMS com a elevação das idades de rebrota. Capítulo 2- objetivou-se definir a melhor combinação de manejo, representada por quatro idades de rebrota (75, 90, 105, 120 dias) e duas alturas de resíduo (10 e 50 cm) do capim-elefante BRS Capiaçu, com base na MV e MS de forragem colhida e em características de valor nutritivo e de perfil fermentativo de suas silagens. O delineamento experimental foi o de blocos completos casualizados, em esquema fatorial 4 x 2, com três repetições. A MV e MS de forragem colhida, apresentaram efeito quadrático em relação ao aumento das idades de rebrota, com valores mínimos estimados no intervalo das idades de 75 a 90 dias. A elevação das idades de rebrota da gramínea, impactou em aumentos lineares nos teores de MS e FDN na forragem e silagens, bem como no teor de lignina nas silagens. Reduções lineares foram observadas para a DIVMS, DIVFDN em função do aumento das idades de rebrota. Maiores teores de PB, DIVMS e DIVFDN foram observados na forragem e silagens para a altura de resíduo de 50 cm. No geral, reduções lineares nas frações solúveis e aumentos lineares das frações B2 e C da PB foram observadas com elevação das idades de rebrota, assim como, a menor altura de resíduo apresentou menor proporção das frações solúveis e maior da fração C. Em relação aos ácidos palmítico, esteárico, oleico, linoleico, α- linolênico e ácidos graxos totais avaliados, foi observado que as menores idades de rebrota, bem como o corte na maior altura de resíduo, proporcionaram os maiores teores. Todas as silagens apresentaram bom padrão fermentativo, com poucas diferenças entre si. Houve efeito da interação I x A para o ácido propiônico, que apresentou reduções lineares em função do aumento das idades de rebrota nas duas alturas de resíduo. Redução linear também foi observado no teor de nitrogênio amoniacal com o aumento das idades de rebrota. Em contrapartida, houve aumento linear na recuperação da MS em função da elevação das idades de rebrota. O manejo da cultivar BRS Capiaçu com idade de rebrota de 105 dias e com altura de resíduo de 10 cm, possibilitou maior equilíbrio entre a massa de forragem colhida e as características de valor nutritivo de suas silagens. Capítulo 3- objetivou-se avaliar o efeito da adição de inoculantes microbianos sobre o valor nutritivo e o perfil fermentativo de silagens de capim-elefante BRS Capiaçu aos 90 e 110 dias de rebrota. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5 × 2 (5 inoculantes- In e 2 idades- Id), com três repetições. Os inoculantes avaliados foram: Controle; KeraSil; Sil-All®; SiloMax Centurium e Yakult®. Os inoculantes microbianos comerciais foram inoculados à forragem de acordo com as recomendações dos fabricantes. O Yakult foi diluído na dose de 8 ml L -1 de água e para aplicação seguiu a relação de 10L ton -1 de MN. Houve efeito de interação In × Id sobre os teores de MS, MM, FDN, DIVMS e DIVFDN. Maiores teores de MS e maiores DIVMS e DIVFDN foram observadas nas silagens tratadas com KeraSil e SiloMax para a idade de 90 dias. Maior DIVMS também foi observada na silagem tratada com Kerasil em comparação ao controle na idade de 105 dias. Houve efeito da interação In × Id sobre os valores de pH, ácido acético, relação ácido lático:ácido acético e CHOs solúveis residuais. As silagens tratadas com KeraSil apresentaram menor pH e ácido acético e maior relação ácido lático:ácido acético e CHOs solúveis residuais em comparação à silagem controle em ambas as idades de rebrota. O maior e menor teor de nitrogênio amoniacal foram observados nas silagens tratadas com Yakult e KeraSil, respectivamente. As respostas dos inoculantes microbianos comerciais não foram muito consistentes, mas, proporcionaram melhorias em alguns aspectos do valor nutritivo e do perfil fermentativo das silagens de capim-elefante BRS Capiaçu, com destaque para o inoculante Kerasil. Palavras-chave: Altura de resíduo. Forragem colhida. Idade de rebrota. Perfil fermentativo. Valor nutritivo.
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    Avaliação de aminoácidos e ácidos graxos voláteis de cadeias ramificadas sobre a fermentação ruminal in vitro, em dieta com alto volumoso
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-23) Silva, Paulo Sergio Dornelas; Lana, Rogério de Paula; http://lattes.cnpq.br/9502764919657651
    Objetivou-se avaliar a suplementação com aminoácidos de cadeia ramificada (AACR) e ácidos graxos voláteis de cadeias ramificadas (AGVCR), em uma dieta com relação volumoso:concentrado de 70:30 com base na matéria seca (MS), sobre os parâmetros de digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS), da fibra em detergente neutro (DIVFDN), pH, nitrogênio amoniacal (NH 3 -N), ácidos graxos voláteis (AGV), proteína solúvel (PS) e proteína microbiana (Pmic). O estudo foi dividido em dois experimentos. No primeiro experimento, avaliamos diferentes níveis de AACR a ser suplementado: controle (0,0% de AACR), 0,3%, 0,6%, 0,9% e 1,2% de AACR com base na MS da dieta. O experimento dois objetivou avaliar e comparar o efeito da suplementação com AACR (0,6% na MS) e AGVCR (1,3% na MS) sobre a DIVMS, DIVFDN e os parâmetros ruminais. As amostras do experimento 1 foram incubadas por 24h em frascos do tipo penicilina (60 mL) para posteriores analises da DIVMS e DIVFDN, de pH, nitrogênio amoniacal (N-NH 3 ), proteína solúvel (PS), proteína microbiana (Pmic)e ácidos graxos voláteis (AGV). As amostras do experimento 2 foram incubadas em frascos tipo penicilina (60 mL) e as medidas de DIVMS e DIVFDN foram realizadas em 0, 3, 6, 9, 12, 24, 36, 48, 72 e 96 h, enquanto o pH, a concentração de N-NH 3 , PS, Pmic e AGV foram avaliados em 6, 9, 12, 24 e 48 h. No experimento 1, todos os dados foram avaliados como um delineamento inteiramente casualizado pelo PROC MIXED do SAS e as médias foram comparadas por contrastes ortogonais (linear, quadrático e cúbico). No experimento 2, os resíduos de incubação obtidos através dos procedimentos in vitro em função do tempo foram estimados utilizando o PROC NLIN do SAS para obter os parâmetros das equações de regressão não lineares. Além disso, os dados de pH, N-NH3, PS, Pmic e AGVs foram analisados conforme um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 5, dois tratamentos e cinco time points pelo PROC MIXED do SAS. Para as comparações das médias foi utilizado o teste de Tukey, adotando-se o nível de significância de 5% e probabilidade para o erro tipo I. Não houve efeito das suplementações na DIVMS e DIVFDN em ambos os experimentos. No experimento 1, houve efeito linear da suplementação com AACR no pH (P = 0,001), no N- NH 3 (mg/dL; P = 0,001) e na PS (μg/mL; P = 0,001). Para o experimento 2, a suplementação com AACR e AGVCR tiveram efeito de tratamento para a concentração acetato, isobutirato, isovalerato (mmol/L; P < 0,05) e proporção de butirato (%; P = 0,018). O pH, PS, Pmic, acetato, propionato, butirato, isobutirato, isovalerato e a proporção de acetato, propionato e butirato foram afetados pelo tempo de incubação (P < 0,05). Em conclusão, os experimentos um e dois, suplementados com AACR e/ou AGVCR não maximizaram a DIVMS e DIVFDN da dieta, o aumento de Pmic e de AGV total. No entanto, aumentaram a concentração de NH 3 - N. Palavras-chave: Celulolíticas. Digestibilidade. Forragem tropical. Isoácidos.
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    Valor nutritivo, produção de leite e dinâmica de serrapilheira em pastos de Megathyrsus maximus
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-08-15) Freitas, Cássia Aparecida Soares; Freitas, Cássia Aparecida Soares; http://lattes.cnpq.br/9414888301562173
    Para a composição da tese foram preparados dois capítulos que consistiram de estudos das características relacionadas a produção de forragem, valor nutritivo e eficiência de uso da forragem e desempenho de vacas leiteiras, bem como, avaliações sobre a deposição e composição da serapilheira e sua decomposição em pastagens das cultivares BRS Zuri e BRS Quênia, sob lotação rotativa. O experimento foi conduzido por dois verões agrostológicos (2016-2017 e 2017-2018). Capítulo 1 - Objetivou-se avaliar a massa seca de forragem, a eficiência de uso e o valor nutritivo da forragem, a frequência e perímetro de touceiras, taxa de lotação, produção e composição do leite de vacas mestiças em pastos de BRS Zuri e BRS Quênia sob lotação rotativa. O delineamento experimental utilizado foi em blocos completos casualizados com medidas repetidas no tempo, sendo os dois tratamentos as cultivares de Megathyrsus maximus (BRS Zuri e BRS Quênia) com três repetições. Não houve efeito das cultivares sobre a massa seca total e a eficiência de uso de forragem (EUF) em nenhum dos anos, porém a redução nas alturas em pré-pastejo no ano 1 proporcionou ganhos relevantes na EUF variando de 46,9 para 58,9%. A cultivar BRS Quênia superou a BRS Zuri quanto aos teores de PB (18,4 vs. 16,8%) no período 3 e de DIVMS (61,2 vs. 57,5%) no período 2. Os teores de FDN variaram ao longo dos períodos sendo que nos dois anos os maiores valores coincidiram com o florescimento das cultivares. Em ambos os anos a maior frequência de touceiras associado ao menor perímetro foram registrados para a cultivar BRS Quênia. A taxa de lotação foi influenciada pela interação entre cultivar x período, sendo que em grande parte do experimento a BRS Quênia se destacou alcançando valor máximo de 12,2 UA ha-1 no segundo período do ano 1. A produção diária de leite por vaca não variou entre as cultivares com média de 11,8 L dia-1 para o ano 1 e 13,7 L dia-1 para o ano 2, mas houve efeito das mesmas sobre a produção de leite por área no segundo ano, sendo que a BRS Quênia superou a BRS Zuri em 15,6 L ha-1dia-1 (129,6 vs. 114,0 L ha-1dia-1). Os teores de proteína do leite foram influenciados pelos períodos de avaliação nos dois anos, observando maiores valores nos períodos mais próximos ao início da estação seca do ano. Capítulo 2 – Objetivou-se avaliar as perdas de forragem verde, a produção e a taxa de deposição de serrapilheira, bem como, a composição e decomposição de serrapilheira em pastos de BRS Zuri e BRS Quênia. O delineamento experimental utilizado foi em blocos completos casualizados com três repetições e medidas repetidas no tempo, sendo os dois tratamentos as cultivares de Megathyrsus maximus (BRS Zuri e BRS Quênia). A perda de forragem total no primeiro ano foi superior para a cultivar BRS Quênia contando com grande participação da fração colmo. Já no segundo ano, foi registrado para a BRS Zuri maior perda de forragem total com maior incremento de folhas (63,2 vs. 57,4 kg ha-1). Houve efeito da interação cultivar x período para a perda de colmo no primeiro ano, sendo que a cultivar BRS Quênia apresentou os maiores valores no segundo período comparado a BRS Zuri (243,0 vs. 113,2 kg ha-1). Houve uma redução acentuada nas taxas de deposição de serrapilheira do primeiro para o segundo ano de avaliação, sendo que no ano 1 os maiores valores registrados foram no período 2 e a BRS Zuri superou a BRS Quênia (28,2 vs. 13,6 kg ha-1dia-1). As taxas de decomposição (k) registradas para a perda de biomassa de serrapilheira da cultivar BRS Zuri nos dois anos de avaliação foram superiores àquelas verificadas para a BRS Quênia. No primeiro ano, os teores de lignina estabilizaram aos 62 dias com um valor de 287,43 g lignina kg-1 serrapilheira. Palavras-chave: Decomposição. Forragem. Serrapilheira.
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    Manejo do pastejo para diferimento do capim-braquiária sob diferentes alturas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-31) Gomes, Virgílio Mesquita; Fonseca, Dilermando Miranda da; http://lattes.cnpq.br/0677836756248016
    Objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos de intensidades de pastejo, representadas por diferentes alturas do pasto, denominadas alvos de manejo do pastejo para o início do diferimento de pastos de capim- braquiária, bem como caracterizar a rebrotação desses pastos na primavera subsequente e seus efeitos no desempenho animal em pastejo nessas condições. Para isso, foram realizados dois experimentos em área do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), nos períodos de dezembro de 2008 a setembro de 2009 (Experimento 1) e de setembro de 2009 a dezembro de 2009 (Experimento 2). No Experimento 1, adotou-se o esquema de parcelas subdivididas, segundo o delineamento em blocos casualizados, com duas repetições. Os alvos (alturas) de manejo do pastejo no início do diferimento do pasto de capim-braquiária foram 10, 20, 30 e 40 cm e os períodos de pastejo, 1, 29, 57 e 85 dias. No Experimento 2, realizado na mesma área e em sequência ao Experimento 1, adotaram-se o mesmo delineamento e o mesmo número de repetições, para avaliar o efeito dos alvos (alturas) de manejo no início do diferimento do pasto de capim- braquiária, preestabelecidos para a execução do Experimento 1, sobre a densidade populacional de perfilhos do pasto e o desempenho do animal mantido em pastejo na primavera subsequente. No Experimento 1 houve efeito da interação entre os alvos (alturas) de manejo no início do diferimento e os períodos de pastejo, para as diferentes categorias de perfilhos avaliadas. O estabelecimento dos alvos de manejo no início do diferimento do capim-braquiária em geral diminuiu a ocorrência de perfilhos reprodutivos no pasto. Apesar de ocorrer aumento na densidade de perfilhos reprodutivos somente a partir do alvo de manejo de 20 cm (36 perfilhos/m 2) para 126 perfilhos/m2 no alvo de 40 cm, também houve incremento nas densidades de perfilhos vegetativos e vivos com os alvos de manejo. No início do período de pastejo, a densidade das categorias de perfilhos vegetativos, reprodutivos e vivos era menor, aumentando ao longo do período de utilização dos pastos. Com o aumento dos alvos de manejo, a densidade dessas categorias de perfilhos teve crescimento, porém no início do período de pastejo elas foram menores, elevando-se novamente ao longo desse período. Durante o período de pastejo, ocorreram aumentos no número de perfilhos mortos, de 56 perfilhos/m2 para 369 perfilhos/m2 na última avaliação (85 dias), somente a partir da segunda avaliação dos pastos (28 dias do início do pastejo). Pastagens diferidas inicialmente com alvos de manejo mais baixos apresentam maiores massas de lâmina verde (2.958 e 1.876 kg/ha de MS com os alvos de 10 e 40 cm, respectivamente) e menores de colmos mortos (1.696 e 3.102 kg/ha de MS com os alvos de 10 e 40 cm, respectivamente). Alvos de manejo do pastejo com alturas entre 10 e 20 cm para início do diferimento do capim-braquiária propiciam ambientes pastoris favoráveis à produção animal. No Experimento 2, com o incremento dos alvos de manejo do pastejo para início do diferimento no outono, tanto a densidade de perfilhos vegetativos quanto a da categoria de perfilhos vivos, na rebrotação dos pastos e no pós-pastejo no inverno, se ajustaram ao modelo quadrático positivo. As densidade de perfilhos vegetativos estimadas pela equação de regressão corresponderam a 3.756, 3.096, 2.896 e 3.156 perfilhos/m2 para os alvos de manejo para início do diferimento do pasto no outono e pastejados no inverno, com alturas de 10, 20, 30 e 40 cm, respectivamente. Já para a densidade da categoria de perfilhos vivos a derivação da equação de regressão atingiu ponto mínimo desses perfilhos no pasto, quando a altura do relvado foi igual a 29,19 cm, correspondente a 2.957 perfilhos, ou seja, seis perfilhos vivos/m 2. Não houve efeito significativo (P>0,10) dos alvos de manejo sobre a categoria de perfilhos reprodutivos (Y = 60,34) nem sobre a densidade de perfilhos mortos (Y = 2.106,67). Porém, as características do desempenho animal avaliadas foram influenciadas pelos alvos de manejo do pastejo. Com os alvos de manejo mais baixo (10 e 20 cm), a taxa de lotação observada foi de 6,6 UA/ha, enquanto nos alvos de 30 e 40 cm a taxa de lotação variou de 5,3 a 4,8 UA/ha. Estimaram-se ganhos médios diários iguais a 0,782, 0,658, 0,533 e 0,408 kg/novilho.dia, enquanto os ganhos/área foram iguais a 6,4; 5,1; 3,7; e 2,4 kg/ha.dia para os alvos correspondentes a 10, 20, 30 e 40 cm, respectivamente. Apesar de ter sido observado estabilidade na composição morfológica dos pastos ao longo do período de pastejo na rebrotação, que em média estavam constituídos por 76% de lâminas foliares verdes, 9% de colmos verdes, 11% de lâminas mortas e 4% de colmos mortos, a redução da altura do pasto como estratégia para início do período de diferimento contribuiu para a eficiência de aproveitamento do pasto diferido e, com efeito, estimulou a rebrotação e incrementou o desempenho animal em pastejo nesse novo ambiente pastoril.
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    Análise silvicultural de clones de eucalipto e características produtivas do pasto em sistema silvipastoril, em Coronel Pacheco, MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-08) Pena, Ricardo Fernandes; Oliveira Neto, Sílvio Nolasco de; http://lattes.cnpq.br/3702026446808972
    Os sistemas silvipastoris, caracterizados por integrar os componentes arbóreo e pecuário simultaneamente, estão sendo estudados pelo seu potencial de recuperação da capacidade produtiva de pastagens, uso sustentável da terra, conservação da água e do solo pela proteção contra agentes erosivos, melhorias das propriedades do solo e aumento do número de produtos comerciais produzidos na propriedade. Para composição desses sistemas é necessário a escolha correta da espécie e seleção do material genético para a implantação do componente arbóreo, sendo indicadas as espécies do gênero Eucalyptus e seus híbridos por apresentarem características como rápido crescimento, adaptação ao clima e solo, capacidade de rebrota, entre outras. Em relação ao componente pecuário, a presença de árvores no sistema silvipastoril tende a influenciar positivamente o conforto térmico e desempenho do animal, além de melhorar a quantidade e qualidade da forragem. No entanto, devido a redução da luminosidade, o sombreamento causado pelo componente arbóreo pode causar perdas na produtividade da espécie forrageira, sendo o conhecimento do grau de sombreamento um fator de grande importância para o planejamento de sistemas silvipastoris. Nesse contexto, esse estudo foi divido em dois capítulos: no Capítulo 1 é apresentado a distribuição diamétrica, a capacidade produtiva, a produção volumétrica e o afilamento do fuste dos clones de eucalipto GG100 e I144 (híbridos de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis) cultivados em sistema silvipastoril, no município de Coronel Pacheco, MG; no Capítulo 2 são avaliadas as características da estrutura de copa dos clones de eucalipto GG100 e I144 e a influência do sombreamento de cada clone sob a altura do pasto, a massa e o acúmulo de forragem da espécie forrageira Urochloa brizantha, nesse mesmo sistema. No Capítulo 1, foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, com dois tratamentos (clones) e seis repetições (parcelas). Realizou-se a mensuração do diâmetro com casca de todas as árvores das parcelas e a altura total das 10 primeiras árvores, além da cubagem rigorosa de 5 árvores por classe diamétrica. Constatou-se que o clone I144 apresentou maior diâmetro, menor conicidade do tronco e maior capacidade produtiva, em comparação ao GG100, sendo o clone I144 o mais indicado para composição de sistemas silvipastoris nas condições de estudo, baseando-se na análise silvicultural. Além disso, o modelo proposto por Garay (1979) foi o mais eficiente para avaliar o afilamento do fuste dos clones de eucalipto. No Capítulo 2 foi adotado o delineamento em blocos casualizados com oito tratamentos, resultantes da combinação entre dois clones de eucalipto e quatro estações do ano, com três repetições (blocos). No interior dos blocos foram determinadas seis áreas de amostragem sistematicamente divididas em pares nos terços superior, médio e inferior da entrelinha do plantio de eucalipto, usados para avaliações da forragem. Constatou-se que os clones de eucalipto que compuseram os sistemas silvipastoris apresentam diferenças em suas estruturas de copa, sendo que o clone I144 apresentou maior índice de área foliar e cobertura de dossel quando comparado ao GG100. Em relação à espécie forrageira, conclui-se que a estrutura de copa dos clones exerceram efeitos similares sobre o acúmulo de matéria seca e altura do pasto, e houve influência negativa do dossel dos clones de eucalipto sobre as características produtivas da forrageira no sistema silvipastoril.
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    Consórcio de capim-braquiária e amendoim forrageiro sob pastejo com ovinos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-27) Cardoso, Lucas Ladeira; Ribeiro, Karina Guimarães; http://lattes.cnpq.br/8361185925280929
    Foram conduzidos dois experimentos, com os resultados apresentados em três capítulos, para avaliação de pastos consorciados de capim-braquiária e amendoim forrageiro, pastejados por ovinos. 1º Capítulo – Avaliou-se a massa de forragem, a taxa de acúmulo de forragem e a composição botânica e química de pastos de capim- braquiária (Urochloa decumbens) em monocultivo e em consórcio com amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Belmonte) em diferentes espaçamentos entre linhas de plantio (40, 50, 60, 70 e 80 cm), no delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições, totalizando vinte e quatro piquetes, com área de 72 m 2 cada um. O pastejo foi realizado por ovelhas com entrada e saída às alturas médias do pasto de 20 cm e 10 cm, respectivamente. Os ciclos de pastejo foram divididos em período chuvoso e seco, e, ano 1 e 2. A composição química foi afetada pelo fator ano; a taxa de acúmulo de forragem foi afetada pelos espaçamentos e anos, e, a massa de forragem, o acúmulo de forragem e a composição botânica do pasto foram afetados pelos espaçamentos, anos e períodos. A composição química do amendoim forrageiro e de capim-braquiária não foi afetada pelos espaçamentos. A taxa de acúmulo de forragem aumentou em todos os espaçamentos, porém não no monocultivo de capim-braquiária, do primeiro para o segundo ano do estudo. A massa de forragem total no pré-pastejo variou de 1.102 kg ha -1 (período seco) a 3.577 kg ha -1 (período chuvoso). A proporção de amendoim forrageiro nos pastos variou de 39,7 a 47,9%, com os diferentes fatores estudados. Em virtude da melhor composição química e produtividade de pastos consorciados de amendoim forrageiro e capim-braquiária, recomenda-se seu uso para ovinos em pastejo. 2º Capítulo – Objetivou-se avaliar a massa depositada, a composição química e a taxa de deposição de serrapilheira de pastos de capim-braquiária (Urochloa decumbens) em monocultivo e em consócio com amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Belmonte) estabelecido em diferentes espaçamentos de linhas de plantio (40, 50, 60, 70 e 80 cm), no delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições, totalizando vinte e quatro piquetes, pastejados por ovelhas. A massa de serrapilheira existente (SE) no pasto foi colhida, no pré-pastejo, em todos os ciclos de pastejo, assim como, foi colhida a serrapilheira depositada no mesmo local de colheita da serrapilheira existente do ciclo anterior. Os ciclos de pastejo foram divididos em período chuvoso e seco, e, ano 1 e 2. Foram avaliadas as concentrações de MS, MM, MO, PB, FDNcp, FDA, NIDA, lignina e a relação lignina:NIDA. A massa de SE foi afetada pelos períodos e anos; a taxa de deposição de serrapilheira foi afetada pelos espaçamentos e anos; as concentrações de MS, N e NIDA foram afetadas pelos espaçamentos e a relação lignina:NIDA foi afetada pelos espaçamentos e anos. A massa de SE variou de 1.090 a 1.316 kg ha -1 e a taxa de deposição variou de 29,5 a 77,2 g m -2 dia-1. As concentrações de N variaram de 1,41 (monocultivo) a 2,49 (espaçamento 40 cm). A relação lignina:NIDA variou de 64,4 a 118,7. A taxa de deposição de serrapilheira aumenta de um ano para o outro nos consórcios de capim- braquiária e amendoim forrageiro, porém, isso não ocorre no monocultivo de capim- braquiária. A serrapilheira obtida nos consórcios apresenta mais alta concentração de nitrogênio, portanto, o consórcio de amendoim forrageiro e capim-braquiária proporciona serrapilheira de melhor qualidade, relativamente ao monocultivo de capim-braquiária, o que pode favorecer maior reciclagem de nitrogênio no sistema solo-planta. O amendoim forrageiro pode ser estabelecido em espaçamentos variando de 40 a 80 cm, para favorecer o acúmulo de serrapilheira de melhor qualidade, levando-se em consideração a disponibilidade de mudas e o prazo para implantação do pasto. 3º Capítulo – Objetivou-se avaliar a degradabilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) e da fibra insolúvel em detergente neutro (DIVFDN) de capim- braquiária (UD), amendoim forrageiro (AP) e mistura 50:50 (UD: AP). As amostras, em duplicata, foram submetidas a diferentes tempos de incubação (0, 3, 6, 12, 24, 48, 72 e 96 h), em três períodos de incubação. A degradabilidade foi calculada pela equação: y = a/[1+(c)(e bt )], em que: “y” representa o resíduo no tempo, em gramas (g), “a” é a assíntota quando o tempo tende a +∞; “c” é a constante de integração estabelecida pelos valores iniciais de “y” e “t”, relacionada à degradação, sem interpretação biológica; “b” é a taxa de degradação, em gramas por hora (g/h); “t” é o tempo de incubação (em horas). As taxas de degradação de MS foram 0,01494; 0,01829 e 0,0309 g/h e as taxas de degradação de FDN foram 0,01225; 0,01287 e 0,01878 g/h, respectivamente, para UD, UD:AP e AP. As taxas de degradação de matéria seca e fibra em detergente neutro de Arachis pintoi foram, respectivamente, 2,07 e 1,53 vezes maior que de Urochloa decumbens. Conclui-se que A. pintoi se destaca por apresentar melhores parâmetros de degradabilidade de MS e FDN em relação à U. decumbens, com mais altas taxas de degradação e mais elevados coeficientes de degradabilidade. A presença da leguminosa em associação com a gramínea pode beneficiar positivamente a qualidade da dieta ingerida pelos animais.
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    Eficiência produtiva e econômica de cultivos de milho e sorgo em sucessão para produção de silagem
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-26) Salla, Paulo Henrique Honorato; Pimentel, Leonardo Duarte; http://lattes.cnpq.br/1174793001976207
    O custo com alimentação animal representa mais de 50% do custo total de produção na pecuária. Considerando que a produção de volumoso é a base da alimentação do gado, é importante estabelecer uma sequência de cultivos que proporcione mais eficiência econômica e produtiva para silagem de milho e sorgo. Objetivou-se com este trabalho avaliar cultivos de milho e sorgo, em duas safras consecutivas, visando a identificar qual arranjo proporciona maior eficiência econômico-produtiva para produção de silagem. O experimento foi realizado em condições de campo no delineamento em blocos casualizados com quatro repetições. Os tratamentos foram as sequências de plantio e sucessão entre milho e sorgo na primeira e segunda safras, ou safra única, conforme segue: T1- 1a safra milho/2a safra milho; T2- 1a safra milho/2a safra sorgo; T3- 1a safra sorgo/2a safra sorgo; T4- 1a safra sorgo/2a safra sorgo rebrota; T5- 1a safra sorgo/2a safra milho; T6- safra única milho; T7- safra única sorgo e T8- safra única consórcio milho e sorgo. Foram avaliadas as características de crescimento, características produtividade, custos de produção e qualidade da silagem. Quanto à altura e número de folhas, houve similaridade entre o tratamento com duas safras de milho e o tratamento com milho e sorgo. No sistema de duas safras, não houve diferença de produtividade entre o tratamento com duas safras de milho e o tratamento em que se cultivou milho na primeira safra e sorgo na segunda safra. O custo operacional efetivo apresentou diferença entre os tratamentos sendo que a principal diferença entre milho e sorgo foi o custo com aquisição de sementes. Entre os tratamentos com duas safras, o sistema em que se aproveitou a rebrota do sorgo na segunda safra apresentou o menor custo operacional efetivo. Neste trabalho, qualitativamente, ambas as silagens apresentam bom padrão qualitativo e suprem as necessidades demandadas igualmente. Conclui-se que o sistema de cultivo com duas safras de milho foi o que apresentou melhor eficiência econômico-produtiva.
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    Estratégias de suplementação energética para bovinos alimentados com forragem tropical recebendo suplementação proteica infrequente
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-09-19) Palma, Malber Nathan Nobre; Detmann, Edenio; http://lattes.cnpq.br/1781956966678829
    Objetivou-se avaliar os efeitos de diferentes estratégias de suplementação energética em bovinos alimentados com forragem tropical e suplementados infrequentemente com compostos nitrogenados sobre o consumo voluntário, a digestão, a dinâmica ruminal dos compostos fibrosos, as características de excreção urinária, o balanço de nitrogênio (N) e o perfil hormonal e de metabólitos no sangue de novilhas Nelore alimentadas com forragem tropical. Cinco novilhas (332±20 kg) fistuladas no rúmen e no abomaso foram utilizadas em um delineamento em quadrado latino 5 x 5. Foram avaliados os seguintes tratamentos: controle, sem suplemento (somente forragem); suplementação infrequente com 660 g de proteína bruta (PB) a cada três dias PB; suplementação infrequente com 660 g de PB a cada três dias e suplementação diária com 440 g de amido; suplementação infrequente e concomitante com 660 g de PB e 1320 g de amido a cada três dias e suplementação infrequente com 660 g de PB e 1320 g de amido a cada três dias, sendo a suplementação com amido realizada no dia posterior à suplementação com PB. Todas as avaliações foram realizadas considerando-se o ciclo de suplementação de três dias. Não foram verificadas diferenças entre tratamentos (P≥0,22) sobre as características de consumo voluntário. O consumo voluntário de forragem foi avaliado ao longo do ciclo de suplementação considerando-se medidas repetidas no tempo. Verificou-se efeito de interação com os dias do ciclo (P<0,04), a suplementação exclusivamente proteica deprime o consumo de forragem nos dois primeiros dias do ciclo (P<0,05), havendo compensação no terceiro dia do ciclo de suplementação. Com o oferecimento de amido de forma frequente e suplementação proteica infrequente, a depressão no consumo (P<0,05) ocorre somente no primeiro dia do ciclo, havendo compensação no consumo no segundo dia do ciclo de suplementação. Quando o amido foi oferecido de forma infrequente concomitantemente com a proteína, variações no consumo de forragem ao longo do ciclo não foram verificadas (P>0,05). Com a oferta infrequente de amido no dia posterior à suplementação proteica verificou-se depressão no consumo de forragem (P<0,05) no primeiro dia do ciclo, com a posterior compensação nos demais dias do ciclo de suplementação. Verificou-se efeito de interação (P<0,01) entre tratamentos e dias de suplementação sobre a concentração de N amoniacal ruminal. Em média, a suplementação ampliou as concentrações (P<0,01). O desdobramento da interação indicou que o oferecimento de suplementos, independentemente do esquema de suplementação, levou a maiores concentrações no primeiro dia do ciclo de suplementação, com decréscimos gradativos para o segundo e terceiro dias do ciclo. A concentração de N ureico no soro (NUS) foi superior (P<0,01) nos animais suplementados, havendo, interação (P<0,01) com os dias do ciclo de suplementação. O estudo deste efeito mostrou não haver variação entre dias (P>0,05) para o tratamento controle. A suplementação exclusivamente proteica implicou em pico na concentração de NUS (P<0,05) no dia imediatamente após a suplementação. Com adição de amido, independentemente do esquema de suplementação, não se verificou pico no segundo dia do ciclo de suplementação, havendo concentrações similares (P>0,05) no primeiro e segundo dia e queda no NUS (P<0,05) no terceiro dia do ciclo de suplementação. A excreção urinária de N (EUN) apresentou efeito de interação (P<0,01) entre tratamentos e dias do ciclo de suplementação. A EUN foi superior (P<0,01) nos animais suplementados. O estudo da interação indicou excreção estável (P>0,05) entre dias para o controle. A suplementação exclusiva com proteína ou simultânea com proteína e amido apresentou EUN similar (P>0,05) nos dois primeiros dias do ciclo, com decréscimo (P<0,05) no terceiro dia do ciclo de suplementação. A suplementação frequente com amido e a suplementação com amido posterior à suplementação proteica causaram decréscimo gradativo (P<0,05) da EUN ao longo dos dias do ciclo de suplementação. A concentração sanguínea de IGF1 foi elevada (P<0,05) pela suplementação, independentemente do esquema adotado. A atividade de alanina amino transferase (ALT) foi ampliada pela suplementação (P<0,01). A concentração sanguínea de glicose apresentou efeito de interação (P<0,01) entre tratamentos e dias do ciclo de suplementação. Não foi verificada variação entre dias (P>0,05) para o controle e para o oferecimento frequente de amido. A suplementação exclusivamente proteica e a suplementação com amido concomitantemente à proteína propiciaram picos (P<0,05) na concentração de glicose no primeiro dia do ciclo de suplementação, com concentrações estáveis nos demais dias (P>0,05). O fornecimento de amido no dia posterior à suplementação proteica proporcionou concentrações mais elevadas de glicose nos dois primeiros dias do ciclo, com queda no terceiro dia. A concentração sanguínea de insulina foi afetada (P<0,01) pela interação entre tratamentos e dias do ciclo de suplementação. As concentrações foram superiores nos animais suplementados (P<0,05). Não foi verificada variação entre dias (P>0,05) para o controle e para a suplementação exclusivamente proteica. A suplementação com amido de forma frequente ampliou as concentrações de insulina (P<0,05) no segundo e terceiro dias do ciclo de suplementação. A suplementação infrequente com amido concomitantemente com a proteína promoveu pico (P<0,05) na concentração de insulina no primeiro dia do ciclo, com queda gradativa no restante do ciclo de suplementação. O fornecimento infrequente de amido no dia posterior à suplementação proteica implicou em pico (P<0,05) de concentração de insulina no segundo dia do ciclo de suplementação. A suplementação proteica infrequente causa impactos negativos sobre o metabolismo hepático e deprime o consumo voluntário de forragem, notadamente no dia de oferecimento dos suplementos. Contudo, esses efeitos negativos sobre o consumo são eliminados com a suplementação energética infrequente concomitantemente à suplementação proteica.