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    Armazenamento de sementes de café submetidas à secagem a pleno sol em terreiro suspenso e à secagem por ventilação forçada à sombra
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-03-29) Souza, Raiane Andreza de; Araujo, Eduardo Fontes; http://lattes.cnpq.br/7678301015340179
    A secagem é um fator importante para possibilitar o armazenamento das sementes de café. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a qualidade fisiológica e as alterações anatômicas e nos compostos de reserva durante o armazenamento de sementes de café arábica, após serem submetidas à secagem a pleno sol em terreiro suspenso e à secagem por ventilação forçada à sombra, até diferentes teores de água. Sementes de café (Coffea arabica L., Cultivar Paraíso MG H 419-1) foram secas a pleno sol em terreiro suspenso e por ventilação forçada à sombra, até teores de água de 35, 20 e 14%. Em seguida, foram expurgadas com fosfina por 96 h, tratadas com o fungicida Tecto® (1 ml kg-1 de sementes), acondicionados em embalagem plástica impermeável e armazenadas em câmara fria, a 12 ºC e 60% de umidade relativa, por 0, 4, 8 e 12 meses. Ao final de cada período de armazenamento, realizou-se a determinação dos teores de água e os testes de germinação, protrusão radicular, comprimento de plântulas e massa de matéria seca de plântulas. Os testes de emergência total e índice de velocidade de emergência (IVE) foram realizados aos 4, 8 e 12 meses de armazenamento. Para cada tempo de armazenamento, também foram realizadas análises do teor de proteínas e de carboidratos solúveis das sementes. Além disso, foi realizada a caracterização anatômica do endosperma das sementes antes e após o armazenamento. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial 2 x 3 x 4 (dois métodos de secagem, três teores de água e quatro tempos de armazenamento), com 3 repetições, exceto para os testes de emergência e IVE, conduzidos em delineamento de blocos casualizados (DBC) e em esquema fatorial 2 x 3 x 3 (dois métodos de secagem, três teores de água e três tempos de armazenamento). Os dados dos fatores qualitativos (teor de água e métodos de secagem) foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, em nível de 5% de significância. Os dados dos fatores quantitativos (tempo de armazenamento) foram analisados por regressão. Os resultados referentes à caracterização anatômica foram analisados descritivamente. A germinação das sementes foi semelhante entre os métodos de secagem, teor de agua e tempo de armazenamento. O armazenamento provocou reduções no vigor e alterações nos teores de açúcares e proteínas solúveis das sementes. A integridade das células do endosperma das sementes foi preservada após doze meses de armazenamento, porém, histologicamente, houve alteração no conteúdo celular, entre a 3ª e a 10ª camada de células da região periférica do endosperma. Conclui-se que, independentemente do teor de água final, a secagem a pleno sol em terreiro suspenso e a secagem por ventilação forçada à sombra não afetaram a germinação das sementes de café durante o armazenamento. As sementes armazenadas mantiveram atividade metabólica, evidenciada pelas alterações nos teores de açúcares e proteínas solúveis, no entanto, essa atividade não afetou a germinação. Palavras-chave: Coffea arabica L.. Metabolismo das sementes. Germinação. Vigor. Carboidratos solúveis.
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    Prospecção de genes candidatos ao deficit hídrico em soja
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-09-09) Ferreira, Dalton de Oliveira; Silva, Felipe Lopes da; http://lattes.cnpq.br/2084370509667094
    A soja é a principal oleaginosa cultivada mundialmente, e contribui tanto para a alimentação humana quanto para à animal. Devido essa grande importância, grandes esforços são realizados para o desenvolvimento de novas cultivares. Contudo, condições adversas, como períodos de escassez hídrica, tem se tornado cada vez mais frequentes com o avanço das mudanças das condições climáticas. Esses períodos causam grandes perdas nas culturas, na soja perdas de 24 - 50% têm sido registrados. Assim, muitos estudos têm focado nas fases críticas da soja, no entanto, o período de estiagem pode ocorrer durante qualquer fase da cultura. Assim no intuito de ajudar a compreender esse processo complexo e auxiliar no desenvolvimento de cultivares mais tolerantes, esse estudo tem os seguintes objetivos: (i) identificar os marcadores moleculares e os genes candidatos associados à estes marcadores no processo de tolerância ao déficit hídrico em soja durante o estádio de germinação; (ii) identificar os marcadores moleculares e os genes candidatos associados à estes marcadores no processo de tolerância ao déficit hídrico em soja durante o estádio vegetativo. Em cada estádio foram realizados dois experimentos em delineamento em blocos casualizados em esquema fatorial 100 x 2 (Genótipos x Disponibilidade hídrica) com 3 repetições. Os cultivares utilizados, foram provenientes de diversas empresas comerciais a fim de representar um painel de diversidade de soja no país. As disponibilidades hídricas foram: a condição controle (Capacidade de campo) e a condição estresse ( -0,2 MPa (germinação) ou -1,2 MPa (estádio vegetativo)) com duração de 20 dias. A parcela experimental no estádio de germinação foi uma linha contendo dez sementes tratadas e no estádio vegetativo foi uma planta em um vaso de 3 litros de substrato (solo:areia). O início do período de estresse na germinação foi no ato do plantio das sementes, enquanto no vegetativo foi quando as plantas entraram no estádio vegetativo 2 (V2). Para cada característica foram obtidos os valores genotípicos (gBLUP) utilizando duas abordagens para o conceito de tolerância. Na primeira abordagem utilizou-se a diferença entre a condição estresse e a controle para obter o valor genotípico. Na segunda abordagem os gBLUPs foram obtidos utilizando os dados da condição estresse e controle como tratamentos. Os valores de gBLUP foram então utilizados no estudo de associação genômica ampla para a obtenção dos marcadores significativos. No estádio vegetativo foram identificados 25 marcadores do tipo SNP utilizando a primeira abordagem e 18 marcadores utilizando a segunda. Dentre esses, 3 marcadores estavam presentes em ambas as abordagens. Foram encontrados 5 genes na região próxima a esses marcadores em que: um relacionado a parede celular, dois relacionados a transporte de proteínas e dois fatores de transcrição. No estádio vegetativo, foram encontrados 114 marcadores na primeira abordagem e 68 na segunda. Em ambas as abordagens foram encontrados 18 marcadores moleculares. Na região próxima a esses marcadores foram encontrados 15 genes: um fator de transcrição, quatro que já são relacionados à tolerância ao déficit hídrico, três relacionados ao crescimento de raízes e seis que são relacionados a outros tipos de estresse. Palavras-chave: Glycine max. Estresse abiótico. GWAS. Germinação. Estádio vegetativo. Melhoramento de plantas.
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    Potencial fisiológico de sementes de genótipos de maracujazeiro azedo em diferentes estruturas de cruzamentos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-02-23) Souza, Hirlanda Brito Farias de; Santos, Carlos Eduardo Magalhães dos; http://lattes.cnpq.br/6826184648184857
    A propagação do maracujazeiro azedo (Passiflora edulis Sims) é realizada por via seminífera, no entanto, por ser uma espécie alógama, este método proporciona heterogeneidade nos pomares comerciais. O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial germinativo e o vigor de genótipos oriundos de diferentes estruturas de cruzamento de P. edulis, com base em variáveis fisiológicas das sementes. Para isso, dois genótipos previamente obtidos por hibridação artificial e caracterizados como superiores UFVM 6.2 e UFVM 39.7, foram utilizados como genitores. Um total de 60 genótipos foram analisados. Os experimentos foram conduzidos em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições de 50 sementes. Foram avaliados a germinação (G%), plântulas anormais (%PA), o índice de velocidade de emergência (IGV), o comprimento da parte aérea CPA), o comprimento da raiz (CR), o peso seco da parte aérea (PSPA) e o peso seco da raiz (PSR). Os dados foram submetidos à análise de variância (p ≤ 0,01), e as médias agrupadas pelo método Scott-Knott. Para o estudo da divergência genética, foi realizada análise multivariada, agrupando-se pelos métodos de Tocher, e posteriormente, análise de componentes principais (CPA) e importância relativa as variáveis. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa computacional Genes e o Software R. Os genótipos apresentaram potencial germinativo e vigor, bem como divergência genética para atributos relacionados à qualidade fisiológica das sementes. Houve a formação de cinco grupos divergentes pelo método de Tocher. As variáveis fisiológicas que mais contribuíram para a diferenciação dos genótipos foram G% e IVG, que explicaram aproximadamente 67,45% da variação total. Os genótipos 4 e 45 demonstraram os melhores resultados para as variáveis de germinação e índice de velocidade de germinação, oriundos do genitor UFVM 6.2, indicando bom vigor para serem explorados no programa de melhoramento. As variáveis fisiológicas das sementes, como a germinação e o índice de velocidade de emergência, foram utilizadas para avaliar o potencial germinativo e o vigor dos genótipos. Foi observada uma diversidade genética significativa entre os diferentes grupos, com os genótipos 4 e 45 mostrando os melhores resultados em termos de germinação e índice de velocidade de germinação, oriundos do genitor UFVM 6.2. Isso indica que o acasalamento entre indivíduos aparentados não resultou em consequências negativas de vigor. No entanto, para genótipos oriundos do genitor UFVM 39.7, foram observadas reduções significativas na germinação e no índice de velocidade de germinação com os avanços das gerações de autopolinização, revelando os efeitos prejudiciais da endogamia. Portanto, a pesquisa destaca a importância de se realizar uma seleção cuidadosa de genótipos e de se planejar cruzamentos estratégicos para aumentar a produtividade e a qualidade do maracujazeiro. Palavras-chave: Passiflora edulis. Depressão endogâmica. Propagação sexual.
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    Germinação de sementes, produção de mudas e obtenção de parâmetros relacionados ao manejo da irrigação em Physalis peruviana L.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-23) Freitas, Elis Marina de; Cunha, Fernando França da; http://lattes.cnpq.br/5000979992471103
    O cultivo de Physalis peruviana tem se destacado como alternativa promissora para pequenos e médios produtores, em decorrência da valorização da cultura. Entretanto, as informações quanto ao cultivo dessa espécie em condições edafoclimáticas brasileiras ainda são escassas, principalmente em relação aos parâmetros de cultivo e manejo da irrigação. Portanto, objetivou- se com a presente pesquisa avaliar as características morfológicas e hídricas de sementes, mudas e plantas de Physalis peruviana. Desta forma, foram conduzidos experimentos de janeiro de 2019 a agosto de 2021, no Laboratório de Sementes do Departamento de Agronomia e na Área Experimental de Irrigação e Drenagem do Departamento de Engenharia Agrícola, pertencentes a UFV. Para os estudos da germinação das sementes, estas foram submetidas primeiramente a diferentes temperaturas (10, 15, 20, 25, 30, 35, 40 e 20-30 °C) e posteriormente foi realizada a combinação de diferentes temperaturas (20, 20/30, 30 e 40 °C) e potenciais osmóticos (0; -0,3; -0,6 e -0,9 MPa). Para os estudos relacionados às mudas foi avaliada a interação entre quatro recipientes (polipropileno de 200 cm³, recipientes de polipropileno de 100 cm 3 , sacos de polietileno de 400 cm³, bandejas de poliestireno expandido de 128 células de 18 cm³) e seis substratos (solo + areia, substrato comercial Maxplant ® , solo, solo + areia + substrato comercial, solo + areia + substrato comercial + esterco cama de aviário; proporção: 1:1:1:2 e solo + areia + substrato comercial + esterco bovino curtido; proporção: 1:1:1:2). Os estudos de demanda hídrica e coeficiente de cultura (Kc) foram conduzidos em estação lisimétrica, com quatro tratamentos: cultivo de P. peruviana sem cobertura de papel (C); cultivo com papel reciclado como cobertura (CP); lisímetro ocupado com apenas papel reciclado (P); e lisímetro cultivado com grama batatais (G) e realizadas avaliações quanto a fenologia da cultura, características dos frutos, trocas gasosas, produtividade e índice de vegetação pelo NDVI. A determinação do ponto de murcha permanente ocorreu em casa de vegetação com cultivo em vasos. Os tratamentos foram constituídos pela combinação de solos com texturas distintas (solo franco- argilo-arenoso e arenoso) e onze períodos de imposição de déficit hídrico. Com os testes de germinação foi possível determinar as temperaturas em que as sementes de Physalis peruviana apresentaram melhor desempenho germinativo, sendo na faixa de temperaturas entre 20 e 35 °C. A baixa disponibilidade hídrica afetou negativamente as características de germinação das sementes. Para a produção de mudas, destacou-se o recipiente de maior volume e o substrato S6 (solo + areia + substrato comercial + esterco bovino curtido na proporção: 1:1:1:2) como os que proporcionaram melhor desenvolvimento e qualidade das plantas produzidas. Para determinação dos parâmetros técnicos de cultivo de P. peruviana, observou-se que o uso do papel como cobertura do solo reduziu significativamente o consumo hídrico, principalmente na fase inicial e final da cultura, reduzindo também os valores de Kc. Apesar dessa redução hídrica, não houve prejuízos às características fisiológicas e agronômicas da cultura. Já em relação ao ponto de murcha permanente observa-se que pode variar de acordo com a textura do solo e do desenvolvimento da cultura. Palavras-chave: Crescimento de plântula. Emergência. Déficit hídrico. Estádios de desenvolvimento. Consumo hídrico.
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    Fungos micorrízicos Rizoctonioides associados a plântulas de Arundina graminifolia (Orchidaceae) e seu potencial para germinação simbiótica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-20) Angeli, Karoline Pereira; Pereira, Olinto Liparini; http://lattes.cnpq.br/0703834137890230
    A germinação e desenvolvimento de protocormos em sementes de orquídeas está condicionada a diversos fatores, dentre eles a especificidade na associação com fungos micorrízicos rizoctonioides. O presente estudo objetivou isolar e identificar espécies de fungos rizoctonioides associados ao sistema radicular de plântulas de Arundina graminifolia, uma espécie de orquídea terrícola asiática, estabelecida espontaneamente em Itabirito-MG, e avaliar o seu potencial de aplicação na germinação simbiótica da espécie também asiática e terrícola de interesse comercial Phaius tankervilleae. Foram obtidos 21 isolados de fungos rizoctonioides, sendo 15 identificados filogeneticamente com base na sequência da região ITS, 12 pertencentes à família Tulasnellaceae e 03 à família Ceratobasidiaceae, constituindo 04 possíveis espécies novas de Tulasnella spp. e 01 de Ceratobasidium sp.. Três isolados de Tulasnella spp. e dois de Ceratobasidium spp. foram selecionados para o teste de germinação. Apenas os isolados K12, K18 e K20 pertencentes ao gênero Tulasnella, promoveram a germinação de sementes de A. graminifolia, em diferentes níveis de desenvolvimento. O isolado K12 favoreceu o desenvolvimento mais rápido do protocormo. No teste com P. tankervilleae apenas o isolado K9 (Ceratobasidium sp.) promoveu o desenvolvimento do embrião dentro do envoltório com formação de rizoides, mas sem o desenvolvimento do protocormo. Diante dos resultados foi possível concluir que há uma variedade de fungos micorrízicos rizoctonioides associados ao sistema radicular de A. graminifolia e os isolados possuem capacidade diferenciada de germinação de sementes e estabelecimento de protocormos de A. graminifolia e P. tankervilleae.
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    Época de colheita e beneficiamento na qualidade de sementes de Crambe abyssinica durante o armazenamento
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-06-23) Freitas, Bruno Antonio Lemos de; Araujo, Eduardo Fontes; http://lattes.cnpq.br/3511643059383773
    O crambe (Crambe abyssinica Hochst) é uma oleaginosa utilizada, principalmente, como matéria-prima para produção de biodiesel, devido ao elevado teor de óleo de suas sementes. Embora na última década tenham surgido estudos relacionados à produção e qualidade de sementes dessa espécie, estes são ainda pouco representativos quanto à época ideal de colheita. Além disso, há poucos relatos sobre técnicas eficientes que contribuam para manutenção da qualidade das sementes durante o armazenamento e sobre linhas de beneficiamento que resultem em lotes mais vigorosos. Desta maneira, torna-se imprescindível determinar o ponto de colheita adequado, avaliar os resultados de determinadas ações de beneficiamento, assim como o efeito do armazenamento na qualidade fisiológica, visando à preservação das sementes. Logo, no primeiro capítulo desta tese, objetivou-se avaliar a qualidade física e fisiológica das sementes de crambe provenientes de diferentes épocas de colheita (campo de produção com 60, 80 e 100% dos frutos maduros), separadas de acordo com a coloração das sementes (verdes, marrons e sem separação) e submetidas ao armazenamento. Para tal, estabeleceram-se sete tratamentos: 60/SV – sementes verdes colhidas em 60%; 60/SM - sementes marrons colhidas em 60%; 60/SVM - sementes verdes e marrons colhidas em 60%; 80/SV - sementes verdes colhidas em 80%; 80/SM - sementes marrons colhidas em 80%; 80/SVM - sementes verdes e marrons colhidas em 80%; e 100/SM - sementes marrons colhidas em 100%, que foram armazenados, durante um ano, em sala climatizada com temperatura aproximada de 20 °C e UR do ar de 55%, e avaliados a cada 3 meses por meio de testes de germinação e vigor. O delineamento foi em blocos casualizados, com quatro repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância, as médias relacionadas à época de colheita/ coloração das sementes foram analisadas pelo teste de Tukey (p≤ 0,05) e os efeitos do tempo de armazenamento, por análise de regressão. Conclui- se que as ementes verdes colhidas em 60% e 80% apresentaram maior área. As sementes marrons colhidas em 80% e 100% dos frutos maduros mantêm a qualidade fisiológica por mais tempo e que sementes verdes apresentam, inicialmente, menor qualidade e a perdem mais rapidamente. No segundo capítulo, objetivou-se avaliar a qualidade física, fisiológica esanitária das sementes de crambe beneficiadas em diferentes fluxos, e após um ano de armazenamento. Para isso, foram definidos dez tratamentos que consistiram nas sementes provenientes das seguintes sequências de equipamentos: 1- máquina de ar e peneiras (MAP); 2- MAP e separador espiral saída sementes arredondadas (MAP + EA); 3- MAP e separador espiral saída de sementes não arredondadas (MAP + EM); 4- MAP e mesa de gravidade saída alta (MAP + MGA); 5- MAP e mesa de gravidade saída média (MAP + MGM) ; 6- MAP e mesa de gravidade saída baixa (MAP + MGB); 7- MAP e mesa de gravidade saída de descarte (MAP + MGD); 8- MAP + deriva da mesa de gravidade (MAP + DE); 9- (MAP + EA + MGA); e 10- (MAP + EN+ MGB). Análise das qualidades físicas (testes de raios-x), fisiológicas (germinação e vigor) e sanitária (incidência e porcentagem de fungos) foram realizadas imediatamente após o beneficiamento e após o armazenamento, nas mesmas condições do trabalho anterior (20 °C e UR do ar de 55%). Conclui-se que o beneficiamento melhora da qualidade física, fisiológica e sanitária dos lotes de sementes de crambe, e recomenda-se a utilização da máquina de ar e peneiras (MAP), seguida pelo separador espiral (E). Além disso, as sementes beneficiadas de crambe mantêm a qualidade fisiológica por um ano. Palavras-chave: Crambe. Maturação. Germinação. Vigor. Fluxograma de beneficiamento.
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    Fósforo e silício na qualidade e na tolerância de sementes de soja ao estresse hídrico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-22) Souza Júnior, Reginaldo Castro de; Silva, Laércio Junio da; http://lattes.cnpq.br/1751982632264309
    A utilização de sementes de elevada qualidade fisiológica é de grande importância para se obter adequada formação do estande de plantas. A deficiência hídrica é o fator limitante de maior significância para a germinação, sobrevivência e crescimento inicial das plantas. A nutrição adequada das plantas possibilita a produção de sementes com maior qualidade fisiológica e, consequentemente, mais tolerantes aos diversos estresses abióticos. Dentre os nutrientes que apresentam efeito benéfico na produção das sementes destacam-se o fósforo (P) e o silício (Si). Ainda, existem evidências de que o silício atua no aumento do poder antioxidativo das células e contribui para maior tolerância das plantas e das sementes aos diferentes estresses. Dessa forma, o objetivo geral deste trabalho foi avaliar o efeito do P e do Si aplicados à planta de soja na qualidade fisiológica das sementes produzidas e na tolerância ao estresse hídrico durante a germinação e crescimento inicial das plântulas. Foram conduzidos dois experimentos com a utilização de duas cultivares de soja: TMG 132RR e Anta 82. No primeiro experimento, para avaliação da qualidade fisiológica das sementes, adotou-se o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3x2, ou seja, três níveis de fósforo (baixo nível, nível recomendado e alto nível) e dois níveis de silício (aplicação ou não de silício ao solo), com quatro repetições. As sementes produzidas foram submetidas aos seguintes testes: germinação; primeira contagem da germinação; envelhecimento acelerado; condutividade elétrica; emergência de plântulas; matéria seca da raiz; matéria seca da parte aérea; matéria seca total e relação parte aérea raiz. No segundo experimento, para avaliação do efeito do P e do Si na tolerância das sementes ao estresse hídrico, foi utilizado o delineamento experimental inteiramente cazualizado, com quatro repetições. Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 3x2x4, ou seja, três níveis de fósforo (baixo nível, nível recomendado e alto nível), dois níveis de silício (aplicação ou não de silício ao solo) e quatro potenciais osmóticos (0 MPa; -0,2 MPa; -0,4 MPa e -0,6 MPa). As sementes foram submetidas aos seguintes testes: germinação; primeira contagem de germinação; crescimento de plântulas (comprimento e massa seca de raiz e parte aérea); e atividade de enzimas do sistema de defesa antioxidativo: superóxido dismutase, catalase, peroxidases e peroxidase do ascorbato. Para a atividade enzimática foram utilizados apenas os potenciais osmóticos 0 MPa (controle) e -0,4 MPa. Os dados obtidos para as cultivares foram analisados separadamente. O fósforo e o silício não afetaram a germinação das sementes, porém houve incremento do vigor quando foi aplicado o maior nível de fósforo. Com a aplicação de silício, não foi observada diferença no vigor das sementes entre diferentes doses de fósforo. O aumento da disponibilidade de P para as plantas contribuiu para o aumento do vigor das sementes produzidas e o silício contribui para o aumento do vigor das sementes quando há baixa disponibilidade de fósforo. Foi observada redução da germinação e dos valores obtidos na primeira contagem de germinação, bem como do crescimento das plântulas sob condição de estresse hídrico. O aumento da disponibilidade de fósforo para as plantas contribuiu para o maior crescimento das plântulas sob condições de déficit hídrico. Foi observado aumento nas atividades das enzimas antioxidativas CAT, APX e POX nas sementes submetidas ao estresse hídrico, em ambas as cultivares. Assim, sementes oriundas de plantas cultivadas com maior disponibilidade de P apresentam maior crescimento das plântulas sob condições de déficit hídrico. Palavras-chave: Glycine max. Sementes. Germinação. Plantas – Efeito da seca. Plantas – Nutrição.
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    Colheita, secagem e armazenamento na qualidade fisiológica de sementes de feijão-caupi
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-09-16) Assis, Miquéias de Oliveira; Araujo, Eduardo Fontes; http://lattes.cnpq.br/1405819005915596
    No Brasil, o cultivo de feijão-caupi, historicamente, sempre foi realizado por agricultores familiares. Porém, na última década, a cultura expandiu suas fronteiras agrícolas, sobretudo para regiões altamente tecnificadas, que praticam agricultura empresarial. A expansão de áreas de cultivo gera uma demanda maior de sementes de alta qualidade, fundamentais no estabelecimento da cultura. Contudo, ainda são escassas as informações na literatura sobre o efeito da época de colheita, da secagem e do armazenamento sobre a qualidade de sementes de feijão-caupi. Diante disso, objetivou-se avaliar a influência de diferentes épocas de colheita e os efeitos imediatos e latentes de diferentes condições e métodos de secagem na qualidade fisiológica de sementes de feijão-caupi. Foram utilizadas sementes de feijão-caupi, cv. BRS Tumucumaque, provenientes de área experimental localizada na região de Viçosa, Minas Gerais. No primeiro experimento, conduzido em paralelo ao anterior, realizaram-se colheitas manuais quando as plantas estavam com 23,4%; 53,6%; 64,9%; 79,9% e 100% das vagens com coloração amarelo- amarronzadas. As sementes foram beneficiadas e submetidas a secagem artificial na temperatura de 30 °C em estufa de circulação forçada de ar nas condições dentro e fora da vagem até atingirem 13% de teor de água. Posteriormente, as sementes foram armazenadas em ambiente em ambiente não controlado por seis meses. As sementes foram avaliadas quanto a qualidade fisiológica logo após a secagem e após o armazenamento. No segundo experimento, as sementes de cada época de colheita foram submetidas a secagem dentro da vagem pelos métodos artificial (30 °C) em estufa com circulação forçada de ar) e natural (sombra). As sementes provenientes dos diferentes estádios de maturação e métodos de secagem foram armazenadas em embalagem permeável por nove meses em ambiente não controlado. No início do armazenamento e a cada 90 dias, foram determinados o teor de água, a germinação e o vigor das sementes. No terceiro experimento, as vagens foram destacadas das plantas e separadas com base nos estádios de maturação, definidos pela coloração visual da vagem (vagens verdes, roxas e amarelo-amarronzadas). As sementes de cada estádio de maturação foram submetidas ao processo de secagem, ainda no interior das vagens, em estufa com circulação de ar forçada, previamente regulada a 30 °C, até atingirem 13% de teor de água. Após a secagem, as sementes foram acondicionadas em embalagem de papel e armazenadas por seis meses em ambiente não controlado. No início do armazenamento e a cada 90 dias, foram determinados o teor de água, a germinação e o vigor das sementes. As sementes secas ainda no interior da vagem apresentaram maior potencial fisiológico em relação àquelas que passaram pelo processo de secagem fora da vagem, sobretudo quando colhidas com 23,4%, 53,6% do total de vagens na coloração amarelo- amarronzadas. Em sementes com teores de água de 57% e 47%, correspondente às duas primeiras colheitas, a secagem natural, provoca o envelhecimento das sementes, por ser o processo muito demorado. Maior percentual de emergência foi verificado para sementes oriundas de vagens de coloração amarelo-amarronzadas e roxa, em relação às sementes de vagens verdes. A secagem de sementes de feijão-caupi, cv. BRS Tumucumaque, visando à melhor qualidade fisiológica, deve ser realizada artificialmente com as sementes ainda dentro da vagem. As sementes obtidas de vagens com coloração externa roxa apresentam maior germinação e maior vigor antes e durante o armazenamento em condições não controladas. Palavras-chave: Vigna unguiculata. Secagem artificial. Germinação. Vigor. Conservação.
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    Linhagens de introgressão derivadas de Solanum pennellii: Tolerância ao déficit hídrico durante a germinação e no estádio de plântula
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-23) Pessoa, Herika Paula; Gomes, Carlos Nick; http://lattes.cnpq.br/1447589936760348
    A espécie silvestre próxima ao tomateiro Solanum pennellii é tolerante ao déficit hídrico. Esse trabalho teve como objetivo identificar linhagens de introgressão (ILs), derivadas de S. pennellii, tolerantes ao déficit hídrico durante a germinação e avaliar a eficiência de duas metodologias para discriminação de genótipos tolerantes e sensíveis ao déficit hídrico. Foram utilizadas 47 ILs, o acesso LA716, padrão de tolerância e as cultivares M-82 e Santa Clara, padrões de sensibilidade. Sementes desses genótipos foram submetidas a teste de germinação sob déficit hídrico induzido por solução de PEG 6000 (-0,3 MPa). Foram avaliadas as variáveis, comprimento de radícula, comprimento de parte aérea, comprimento total, porcentagem de germinação na primeira contagem, porcentagem final de germinação, índice de velocidade de germinação, tempo para 50% da germinação máxima e taxa de germinação. O desempenho dos genótipos na presença e ausência de déficit hídrico foi comparado por meio da razão e diferença entre os dados obtidos na condição controle e na condição com PEG. Os dados de razão e diferença foram submetidos a análise de fatores para agrupamento das variáveis e dos genótipos. O índice FAI-BLUP foi utilizado para ranquear os genótipos. A análise de fatores agrupou as variáveis em três fatores, um com as características de germinação e outros dois com as características de comprimento da plântula, indicando que o déficit hídrico atua de maneira diferente sobre esses dois fenômenos. O agrupamento e ranqueamento dos genótipos com base nos dados de razão foram coerentes, indicando que essa é a melhor maneira para comparar o desempenho dos genótipos e inferir sobre sua tolerância ao déficit hídrico. Considerando uma intensidade de seleção de 15% as linhagens selecionadas pelo índice FAI-BLUP com os dados de razão foram IL 1-4-18, IL 2-3, IL 1-2, IL 9-2 e IL 10-1. Logo, fragmentos de S. pennellii introgredidos nos cromossomos 1, 2, 9 e 10 condicionam a tolerância ao déficit hídrico durante a germinação.
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    Plantas alimentícias não convencionais da Reserva Extrativista Rio Cajari, Amapá: levantamento etnobotânico, composição química e propagação
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-11-05) Paula Filho, Galdino Xavier de; Santos, Ricardo Henrique Silva; http://lattes.cnpq.br/6248205173437879
    Na região amazônica ainda há ampla diversidade de plantas alimentícias não convencionais (PANC) e de plantas medicinais. Estas espécies são utilizadas pelos moradores da região, sobretudo as populações tradicionais (indígenas, quilombolas, ribeirinhos e extrativistas) que residem em unidades de conservação, à exemplo das reservas extrativistas. Considerando estes aspectos, o presente estudo realizou levantamento etnobotânico para avaliar a diversidade de PANC e de plantas medicinais na Reserva Extrativista Rio Cajari, Amapá, Brasil (estudo 1), caracterização nutricional das espécies de PANC mais consumidas pelos moradores (estudos 2 e 3) e testes de quebra de dormência e germinação do uxi (Endopleura uchi (Huber.)) (estudo 4). O levantamento etnobotânico foi realizado entre dezembro de 2016 e março de 2017, por meio de entrevistas com os moradores utilizando questionário semi-estruturado. Foram entrevistados 56 informantes em 26 comunidades ao longo dos rios Muriacá, Cajari e Amazonas e encontradas 269 espécies de plantas, sendo 131 medicinais, 72 alimenticias e 66 utilizadas como medicinais e alimentícias ao mesmo tempo. Conforme a classificação botânica, as espécies ficaram distribuídas em 84 familias e 198 gêneros, além de 13 espécies não identificadas. As famílias Arecaceae e Lamiaceae apresentaram a maior diversidade (11 e 7 espécies, respectivamente). Chicória (Eryngium foetidum L.) (Apiaceae) e batata doce (Ipomoea batatas L.) (Convolvulaceae) apresentaram as maiores frequências relativas de citação (19,7 e 19,3, respectivamente) e os maiores índices de valor de uso (0,94 e 0,92, respectivamente). O estudo apresentou índice de diversidade de Shannon- Wiener (H’) de 5,02, e de equidade de Pielou (J’) igual a 0,9. Nos estudos 2 e 3 foram investigadas as concentrações de macronutrientes e fibras, carotenoides, atividade antioxidante, fenólicos totais e minerais nas espécies mais consumidas pela população, conforme informações obtidas no estudo 1. As espécies foram cariru (Talinum paniculatum (Jacq.)), chicória, cominho (Cuminum cyminum L.), jambu (Acmella oleracea (L.) R.K. Jansen), pequiá (Caryocar villosum (Aubl.)), camapu (Physalis angulata L.), tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.), uxi e bacaba (Oenocarpus bacaba Mart.). Foram avaliadas as recomendações de ingestão diária de nutrientes nestas espécies para indivíduos adultos. Umidade e cinzas foram analisadas por gravimetria após secagem em estufa e mufla, respectivamente; proteínas pelo método micro-Kjeldhal; lipídios por gravimetria usando soxhlet; fibra alimentar por gravimetria enzimática; fenólicos totais por reagente Folin- Ciocalteu; carotenoides por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE); e minerais por espectrofotometria de absorção atômica e fotometria de chama. As hortaliças apresentaram a maior concentração de cinzas (cominho: 6,32 g 100 g -1 ), água (cariru: 91,90 g 100 g -1 ), K (cariru: 522,42 mg 100 g -1 ), Ca (jambu: 137,41 mg 100 g -1 ) e Fe (jambu: 21,53 mg 100 g -1 ); enquanto que os frutos apresentaram as maiores concentrações de proteínas (tucumã: 1,85 g 100 g -1 ), lipídios (uxi: 50,86 g 100 g -1 ), fibras alimentares (tucumã: 3,07 g 100 g -1 ), carboidratos (pequiá: 42,51 g 100 g -1 ), vitamina A (tucumã: 2.630,28 RAE µg 100 g -1 ), fenólicos totais (tucumã: 35,63 EAG* 100 g -1 ), P (bacaba: 3,65 mg 100 g -1 ) e maior valor energético total (uxi: 464,33 Kcal 100 g -1 ). Todas as espécies de PANC foram consideradas fonte, boa fonte ou excelente fonte de pelo menos um ou mais nutrientes investigados. No estudo 4 foi determinada a umidade, capacidade de embebição e quebra de dormência de sementes de uxi. Espécie frutífera amplamente utilizada para consumo e comercialização, mas que vem diminuindo em função de queimadas e desmatamento, e não se tem nenhum protocolo sobre como propagá-las. As sementes foram coletadas diretamente na floresta, na RESEX Rio Cajari. A umidade foi determinada por gravimetria utilizando estufa com circulação de ar. O experimento para determinar a curva de embebição de água foi realizado em sementes escarificadas com H 2 SO 4 e lixa. O experimento para a germinação de sementes foi conduzido utilizando sementes escarificadas com lixa, com e sem aplicação do GA 3 . As sementes apresentaram umidade de 10%, os tratamentos que mais absorveram água foram aqueles não submetidos à escarificação química, e o GA 3 não mostrou-se eficaz para promover a germinação das sementes. Notou-se que existe ampla relação de uso entre estas espécies de plantas e a população local, visto que estes são os recursos alimentícios e terapêuticos mais acessíveis. As PANC são fundamentais para garantir a segurança alimentar e nutricional das famílias que as consomem devido as mesmas serem ricas nutricionalmente e podem ser adquiridas sem custo financeiro, por estarem disponíveis na floresta, nas roças e nos pomares. Recomenda-se testar outros níveis de escarificação para superar a dureza tegumentar da semente de uxi, juntamente com fitohormônio para buscar uma possibilidade de germinação da espécie.