Ciências Agrárias

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    Crescimento mensal de povoamento de eucalipto na idade de corte
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-07-21) Santos, Ana Carolina de Albuquerque; Leite, Hélio Garcia; http://lattes.cnpq.br/0481914861424718
    O objetivo do primeiro capítulo foi estudar crescimento mensal de eucalipto na idade de corte, visando propor um modelo para o ordenamento da colheita a curto prazo. Foram utilizados dados de inventário florestal contínuo mensal, provenientes de parcelas permanentes lançadas em talhões selecionados para o corte no ano de 2009. O crescimento destas parcelas foi monitorado mensalmente, entre os meses de outubro de 2008 a setembro de 2009, completando 12 meses de estudo. Os dados foram utilizados para analisar a variação nas taxas mensais do crescimento radial no ano de corte. Foi estudada a influência da disponibilidade hídrica, e a diferença da capacidade produtiva entre os talhões, no crescimento radial. Como resultados destas análises, observou-se que as árvores de maior diâmetro continuaram crescendo com baixas taxas de crescimento, após o IMA máximo. Nos locais com maior capacidade produtiva, ocorreram os maiores incrementos em diâmetro, com taxas de crescimento variando entre 0,0904 cm pra os talhões menos produtivos e 0,2327 cm, para os talhões mais produtivos. A utilização da técnica das redes neurais artificiais, para a modelagem dos incrementos em diâmetro, permitiu analisar a influência do site e da precipitação defasada em um mês no crescimento em diâmetro no ano de corte. Em relação à produção em mº, verificou-se que quanto maior foi à diferença do crescimento em diâmetro nos talhões, maior foram às diferenças em volume, com mínimo e máximo variando entre 10% para os talhões menos produtivos, e 74,4% para os talhões mais produtivos, com incremento médio mensal de 18,58 mº. No segundo capítulo, avaliou-se o ganho de produção com a inclusão do crescimento mensal como critério de decisão no agendamento da colheita, considerando o horizonte de planejamento de 12 meses. Para analisar este ganho, em mº, foram comparados os sequenciamentos do corte nos talhões, considerando a taxa de crescimento obtida pelo inventário florestal contínuo (IFC) mensal, e a taxa de crescimento obtida pelo IFC anual. O modelo I do planejamento conforme Curtis (1962), foi utilizado para a geração das alternativas de corte. Para os cenários otimizados utilizou-se a programação linear (PL) com objetivo de maximizar a produção, considerando restrições de demanda mensal, distância entre projetos, e restrições operacionais, como a impossibilidade de colher alguns talhões nos meses chuvosos, além do rendimento das máquinas na inclinação dos terrenos. As mesmas restrições para o plano de corte foram incluídas nos cenários simulados. Os resultados demonstram que o estoque total de colheita no ano de Vi MS corte é influenciado pelo crescimento mensal, e ordenamento da colheita ao final do horizonte de planejamento. O cenário otimizado, considerando a variação mensal nas taxas de crescimento, resultou em 5,71 % de ganhos na produção em m”, e 6,80% de aumento no VPL, em relação ao cenário otimizado considerando taxa média de crescimento. A otimização postergou o corte dos talhões mais produtivos para o final horizonte de planejamento, resultando em 4,49% de ganhos na produção, e 30% de aumento no VPL em relação ao cenário simulado considerando as taxas de crescimento mensais variando nos meses de corte.
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    Karyogram, genome size and AT/CG base composition in eucalypts (Eucalyptus spp.) by cytogenetic and flow cytometry
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-06-30) Carvalho, Guilherme Mendes de Almeida; Carvalho, Carlos Roberto de; http://lattes.cnpq.br/8143011123794868
    The genus Eucalyptus represents an extremely successful group of woody plants covering more than 700 species. Besides its importance in the Australian environment, eucalypts are important in the global economy due to their high growth rates, adaptability to various ecological conditions (e.g. elevation, climates, soils) and multiple uses (e.g. raw material, energy wood, timber, pulp and paper). The study of genome contributes to understanding evolutionary aspects of the group and others basic biological processes. A basic understanding of the nature of a given genome requires information regarding the amount of DNA and it should be considered a crucial aspect of any truly comprehensive program of comparative genomic analysis. The present study determinate, as well as revaluate, the size and genomic base composition of 25 Eucalyptus species. Furthermore, this study compared karyotypes of different species by classical and molecular cytogenetic looking for possible chromosomal alterations or chromosomal non-homologous regions correlated with the genome size variation among the species. In the first paper, a cytogenetic protocol was developed to obtain of chromosomes with improved longitudinal resolution. Thus, E. citriodora karyogram was assembly confirming a karyotype with 2n = 22 chromosomes. In the second paper 2C value and base composition were measured for 25 Eucalyptus species. From the genome size differences that range from 2C = 0.91 pg to 2C = 1.37 pg comparative karyological analysis were conducted and no remarkable differences were indentified. In a molecular cytogenetic approach, a genome in situ hybridization experiment was performed and it was not possible discriminate any non- homologous chromosomal regions, between E. baileyana (1.36 pg) and E. citriodora (1.01 pg). The results achieve in the present work corroborate to considerate small and dispersed DNA content changes, possible due transposable elements activity, as the mainly cause of genome size variation in Eucalyptus.
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    Uso do ozônio no branqueamento de polpa de eucalipto para dissolução
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-11-10) Vieira, Fernanda Rosa; Colodette, Jorge Luiz; http://lattes.cnpq.br/8012095434584173
    Para a produção de polpa celulósica para dissolução, os processos de pré-hidrólise Kraft (PHK) e branqueamento devem ser realizados de modo que se obtenham polpas com características especiais, como alta pureza, baixo nível de contaminantes inorgânicos, adequadas alvura e viscosidade. As polpas para a produção de viscose exigem viscosidade baixa, de modo que se possa aumentar a sua reatividade. Para obter tais viscosidades, se utilizavam sequências de branqueamento contendo um estágio de hipocloração (H), que sabidamente causa significativa degradação da celulose, com redução da viscosidade da polpa. Porém, é difícil justificar o uso de hipoclorito na atualidade em razão dos seus efeitos ambientais. Como alternativa tem-se o branqueamento com ozônio (Z). E este reagente utilizado em condições sábias é capaz de degradar as cadeias de celulose, de forma a reduzir a viscosidade da polpa a determinados valores. Dessa forma, um estudo detalhado sobre o estágio Z em diferentes sequências de branqueamento, surge como alternativa ao tradicional uso de hipoclorito. O objetivo desse estudo foi investigar sequências ECF e TCF de branqueamento, OZ(EH)P, OZ(EH)D, OZ(EP)P, OZ(EP)D, OZ/D(EH)P, OZ/D(EH)D, OZ/D(EP)P, OZ/D(EP)D e OZP, utilizando o estágio Z pós deslignificação com oxigênio (O) para a produção de polpa para dissolução de eucalipto, com vista à fabricação de viscose. Foram utilizadas amostras industriais de cavacos de eucalipto, os quais foram submetidos ao processo de PHK seguindo da deslignificação com oxigênio, as quais foram realizadas em condições padrões para gerar uma amostra de polpa não branqueada, com características típicas de polpa para dissolução. O estágio Z foi investigado em relação à carga de ozônio (3 e 4 kg/tas de O 3 ), pH (3,0, 4,0 e 5,0) e temperatura (55°C e 70°C). Os estágios subsequentes foram realizados em condições fixas e a sequência OD(EH)DPQ foi utilizada como referência. As principais conclusões deste trabalho foram: (1) O estágio Z permite o controle da viscosidade na faixa de 450- 550 dm 3 /kg; (2) altos valores de alvura final foram alcançados utilizando o estágio Z (90-93% ISO); (3) as melhores sequências de branqueamento com base na viscosidade, alvura e reversão de alvura (NCP) foram OZ(EP)P e OZ(EP)D, sendo pH 3,0, 55°C e 3 kg/tas de O 3 a condição ótima do estágio Z ; (4) os parâmetros de qualidade da polpa para dissolução, grau viscose, foi alcançado, exceto para o conteúdo de sílica que foi maior que 50 ppm; (5) as sequências OZ(EP)P e OZ(EP)D se mostraram de menor consumo de ClO 2 , com economia de 4,5 kg/tas de ClO 2 em comparação com a sequência referência OD(EH)DPQ.
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    Uso de taninos da casca de três espécies de eucalipto na produção de adesivos para madeira
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-06-28) Silva, Rosana Vicente da; Pimenta, Alexandre Santos
    Este trabalho teve como objetivo estudar o potencial de aproveitamento das cascas de Eucalyptus citriodora, Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla e Eucalyptus pellita como fontes de taninos para a produção de adesivos, por serem os taninos de natureza fenólica e passíveis de reação com o formaldeído. A partir dessas três espécies, foi determinado o rendimento gravimétrico em sólidos totais, taninos e não-taninos, com 1, 3, 5, 7 e 9% de Na 2 SO 3 na água de extração a 100°C por três horas. Observou-se que o maior rendimento em taninos foi o de Eucalyptus citriodora e que, com o aumento da concentração de sulfito, houve aumento na extração de substâncias não tânicas, não ocorrendo na mesma proporção o aumento na extração de taninos. Antes da produção dos adesivos, os taninos passaram por modificação química prévia (sulfitação) para diminuir sua viscosidade, já que os extratos brutos possuem elevada viscosidade. Os adesivos foram preparados com uma parte de taninos sulfitados, 6% de paraformaldeído, 5% de extensor e 5% de carga. Para testar a qualidade dos adesivos, foram coladas lâminas de pinheiro brasileiro e realizados testes de resistência mecânica ao cisalhamento por tração, sob condição seca e úmida. Também foi determinada a percentagem de falha na madeira, sob condição seca e úmida. Tais resultados foram comparados ao desempenho de lâminas coladas com adesivo fenólico convencional. Foi observado que a resistência tanto da madeira seca quanto da úmida foi igual à apresentada pelo adesivo comercial, quando as lâminas foram coladas com adesivos de taninos de Eucalyptus pellita extraídos com 1% de sulfito. O restante foi inferior ao adesivo fenólico não só em relação à resistência seca e úmida, mas também quanto a falhas na madeira.
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    Influência da temperatura no desenvolvimento de Podisus distinctus (Stal) (Heteroptera: Pentatomidae), predador de lagartas desfolhadoras de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-09-21) Silva, Evandro Pereira da; Zanuncio, José Cola
    O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o efeito das temperaturas de 17, 21, 25, 29 e 33 o C, com variação de ± 1,0 o C; fotofase de 12:12 (luz: escuro) e umidade relativa de 65 ± 10% no desenvolvimento do predador Podisus distinctus (Stal, 1860) (Heteroptera: Pentatomidae). Esse predador foi alimentado com vagens verdes de feijão (Phaseolus vulgaris) e pupas de Tenebrio molitor L. (Coleoptera: Tenebrionidae) no laboratório de Controle Biológico do Instituto de Biotecnologia Aplicada à Agropecuária (BIOAGRO), da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Viçosa, Minas Gerais. A temperatura de 33 o C foi letal sem eclosão de ninfas de P. distinctus, indicando que o limite térmico superior desse predador encontra-se entre 29 e 33 o C. O período de incubação desse percevejo decresceu com o aumento da temperatura, sendo menor a 29 o C, com temperatura ótima a 23,7 o C. P. distinctus completou seu desenvolvimento ninfal entre 17 e 29 o C, com temperatura ótima de 26,3 o C e maior viabilidade ninfal em temperaturas intermediárias (19 e 25 o C), mostrando que a temperatura ótima para a fase o ninfal do mesmo situa-se entre 25 e 27 C. O período ninfal de P. distinctus decresceu no intervalo de 21 a 29 o C, de forma semelhante ao que ocorreu para a viabilidade. Fêmeas de P. distinctus acasaladas não apresentaram posturas férteis a 17 e 29 o C, mostrando efeito da temperatura na fecundidade desse predador. O número de ovos por postura e por fêmea foi de 30,9 ± 3,7 e de 226,2 ± 37,5 ovos a 21 o C e de 21,3 ± 2,8 e de 166,5 ± 31,9 ovos a 25 o C. As tabelas de vida de fertilidade e de esperança de vida de P. distinctus mostraram que as estatísticas para avaliar a resposta numérica desse predador variaram com a temperatura. A taxa bruta (TBR) e líquida (R o ) de reprodução variou de 40,681 a 89,248 e de 16,961 a 36,352 fêmeas/fêmea; a duração de uma geração (DG), de 63,825 a 46,704 dias; o tempo necessário para a população desse predador dobrar em número de indivíduos (TD) variou de 12,312 a 11,363 dias; a razão infinitesimal de aumento (r m ), de 0,056 a 0,061 por dia; a razão finita de aumento ( λ ) de 1,058 a 1,063 fêmeas/fêmea, adicionadas à população por dia; e a esperança de vida para a metade da população (ex 50 ), de 38,290 dias e 32,262 dias, à 21 e 25oC, respectivamente.
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    Compactação do solo provocada por raízes de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-12-14) Clemente, Eliane de Paula; Novais, Roberto Ferreira de; http://lattes.cnpq.br/2755552557206161
    Avaliou-se o efeito do crescimento da raiz de eucalipto sobre a compactação do solo em amostras indeformadas de solo que sofreram pressão de crescimento de raízes de diferentes diâmetros. O principal método de estudo foi a análise micromorfológica do contato solo-raiz, à partir de seções finas de solos que sofreram compactação por raízes de 0,3; 0,9; 1,3; 2,8; 3,5; 6,4; 8,0; 9,0 e 10,2 cm de diâmetro. As seções-finas foram analisadas na área de influência direta da raiz, até 1cm de distância da superfície de contato entre raiz-solo, comparando-se com a área de menor influência da raiz, a uma distância aproximada de 3,0 cm da superfície de contato. Como método complementar, realizou-se um teste de infiltração localizada, cronometrando o tempo necessário para que uma gota d’água infiltrasse na superfície de solo compactada pela raiz comparando- se a uma área que não sofreu compactação, como referência. A compactação aumentou nos diâmetros de raiz maiores que 3,5 cm, sendo esse efeito acompanhado pela redução na infiltração de água na superfície de contato solo-raiz. A formação de fraturas de cisalhamento alinhadas, em ângulos de 45 0 em relação à superfície sugere um crescimento helicoidal da raiz de eucalipto, exercendo compressão do solo e mecanismos de tração tangenciais. A micromorfologia do contato solo-raiz mostrou feições de orientação de argila, microfraturas, cobertura superficial por hifas fúngicas e espelhamento; os valores baixos de infiltração verificados são associados a mecanismos físicos (compactação) e químicos (hidrofobicidade). A utilização de técnicas micromorfológicas e análise de imagens permitem observar e quantificar alguns efeitos da raiz de eucalipto na compactação e porosidade do solo na sua proximidade.
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    Efeitos da compactação sobre características físicas, químicas e microbiológicas de dois Latossolos e no crescimento de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-03) Silva, Sérgio Ricardo; Barros, Nairam Félix de; http://lattes.cnpq.br/8067599760812752
    Durante a retirada de madeira de povoamentos florestais o tráfego de máquinas tem incrementado a compactação do solo, que altera propriedades físicas, químicas e microbiológicas do solo, prejudicando o crescimento de raízes e a produtividade do eucalipto. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da compactação sobre propriedades físicas, químicas e microbiológicas do solo, e crescimento do eucalipto; bem como a influência da intensidade de trânsito e carga de madeira de um forwarder sobre a compactação do solo. Para isso, foram desenvolvidos seis experimentos: quatro sob condições de laboratório e casa de vegetação e dois em condições de campo. No laboratório foram estudados os efeitos da compactação sobre propriedades físicas do solo, fluxo difusivo de nutrientes, atividade microbiana, mineralização de carbono e nitrogênio, e crescimento de raízes e do eucalipto. Os ensaios de campo avaliaram a compactação do solo e o crescimento de árvores de acordo com o número de passadas e a carga de madeira de um forwarder. Em laboratório a compactação aumentou a densidade do solo, microporosidade, resistência à penetração, retenção de água a 0,01 e 1,5 MPa; fluxo difusivo de K, Zn, Cu, Fe e Mn (em geral); N-NH 4+ , N-NO 3- (no LVA), mineralização de N (no LA); e reduziu a porosidade total, macroporosidade, condutividade hidráulica, fluxo difusivo de P (no LVA), N-NO 3- (no LA), C-CO 2 (no LVA), C MIC (no LA); matéria seca de raízes e total; densidade radicular e conteúdo de nutrientes na planta. Verificou-se que o solo caulinítico (LA) foi mais sensível à compactação do que o solo oxídico-gibbsítico (LVA). O trânsito do forwarder aumentou a densidade, microporosidade e a resistência do solo à penetração; reduziu a estabilidade de agregados em água, porosidade total, macroporosidade e a infiltração de água no solo. A compactação ocasionada pelo forwarder não alterou a produção de matéria seca de tronco e altura das plantas até 406 dias de idade. A maior parte dos efeitos da compactação foi manifestada por apenas duas ou quatro passadas do forwarder. Conclui-se que as modificações promovidas pela compactação na estrutura do solo, ocasionaram alterações nas propriedade físicas, químicas e microbiológicas, afetando os processos de transporte de água e nutrientes no solo, a ciclagem de C e N e o crescimento e nutrição do eucalipto, sendo a umidade do solo e a intensidade de trânsito os principais fatores que ampliaram esses efeitos.
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    Estoques de carbono no solo e na biomassa de plantações de eucalipto na região Centro-Leste do Estado de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-10-31) Gatto, Alcides; Barros, Nairam Félix de; http://lattes.cnpq.br/9363824507242645
    Os ecossistemas florestais representam uma alternativa viável para mitigar o aumento da concentração de CO 2 na atmosfera, via fixação do C pelas árvores e seu armazenamento na biomassa e no solo como matéria orgânica. A quantificação do carbono (C) imobilizado nesses sistemas é uma das principais necessidades na região Tropical. Este trabalho teve como objetivo comparar três métodos analíticos de determinação do carbono do solo e estimar o estoque de carbono no solo e na biomassa de plantações de eucalipto na região Centro-Leste do Estado de Minas Gerais, abrangendo cinco regiões: Cocais (CO), Rio Doce (RD), Sabinópolis (SA), Santa Bárbara (SB) e Virginópolis (VI). Foram comparados três métodos de determinação de carbono do solo: Walkley- Black, Yeomans & Bremner e combustão seca (CHNS/O), utilizando amostras de diferentes classes e profundidades de solo, a fim de estimar o estoque de carbono no solo. Avaliaram-se, também, a biomassa e o estoque de C orgânico dos componentes das árvores (parte aérea e raízes) e da manta orgânica depositada sobre o solo. Foi calculado o estoque de C no solo até 100 cm de profundidade em plantações de eucalipto implantadas em áreas com predomínio de seis classes de solo: Cambissolo Háplico (CX), Latossolo Amarelo (LA), Latossolo Vermelho (LV), Latossolo Vermelho-Amarelo (LVA), Neossolo Flúvico (RU) e Plintossolo Pétrico (FF). Os resultados obtidos dos métodos de determinação de carbono correlacionam-se positiva e significativamente entre si, nas classes de solos e profundidades analisadas. Os métodos Walkley-Black e Yeomans & Bremner tenderam a subestimar os teores de C em relação ao método de referência, CHNS/O, tanto no que se refere às camadas superficiais quanto àquelas mais profundas, com menores teores de C. Quanto ao estoque de carbono no solo e à produção de biomassa, os resultados demonstraram haver diferenças entre as referidas regiões. A região mais produtiva, em termos de biomassa média anual da parte aérea e raízes, aos 84 meses de idade, foi SA, com 32,80 t/ha/ano, decrescendo nos anos subseqüentes, até atingir 31,18 t/ha/ano aos 120 meses de idade. Fato semelhante ocorreu nas regiões de RD e SB, com produtividades de 29,92 e 29,70 t/ha/ano aos 84 meses e 21,09 e 25,21 t/ha/ano aos 120 meses de idade, respectivamente. Constatou-se que a estabilização da produtividade ocorreu após 96 meses de idade em SA e aos 84 meses para as regiões de RD e SB. No tocante às regiões de CO e VI, a produtividade e o estoque de carbono médio anuais mantiveram taxas crescentes até 120 meses de idade, indicando que a maior produtividade ocorre em idades mais avançadas. Do ponto de vista biológico e econômico, o corte desses plantios deve ser prolongado até obter o incremento médio anual máximo. A produtividade e o estoque de carbono médio dessas plantações foram, respectivamente, de 26,96 t/ha/ano de biomassa e 13,64 t/ha/ano de C. No solo, o maior estoque de C ocorreu no LV, com 183,07 t/ha de C, seguido pelas classes de CX, LVA, LA, FF e RU, com 135,65, 130,95, 121,58, x112,01 e 95,08 t/ha de C, respectivamente. Já em relação ao estoque médio de C no solo por região, considerando todas as classes de solo, a região de VI foi a que mais estocou carbono, com 141,22 t/ha de C até 100 cm de profundidade, seguida pelas regiões: SA, CO, SB e RD com 135,54, 127,26, 112,89 e 80,79 t/ha de C, respectivamente. Considerando o estoque de C total no sistema solo-biomassa, aos 84 meses de idade, a região de SA foi a que apresentou maior estoque, com 251,61 t/ha, e a região de RD, o menor estoque, com 186,84 t/ha de C, reflexo das condições edafoclimáticas menos favoráveis (baixa fertilidade do solo, déficit hídrico, temperatura e altitude).
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    Crescimento, fotossíntese e relações hídricas de clones de eucalipto sob diferentes regimes hídricos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-28) Chaves, José Humberto; Reis, Geraldo Gonçalves dos; http://lattes.cnpq.br/2653172356519946
    O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de identificar características fisiológicas e ou morfológicas de mudas de cinco clones de eucalipto (0063, 0321, 1250, 1260 e 1277), crescendo em tubetes plásticos de 60 ml e em tubos de PVC de 15 cm de diâmetro x 50 cm de altura, de modo a subsidiar a seleção precoce de materiais genéticos para estabelecimento em áreas com disponibilidade diferenciada de água no solo. As plantas dos cinco clones foram submetidas a diferentes regimes hídricos, quando foram avaliados, durante os ciclos de seca, a condutância estomática, transpiração foliar, temperatura foliar, potencial hídrico foliar e fotossíntese líquida, além do crescimento em diâmetro da estaca e altura total da planta, número e tamanho de folhas, área foliar, expansão foliar e a matéria seca de folhas, haste e ramos e raízes. Avaliou- se, também, a capacidade de retomada de crescimento das mudas após serem submetidas à deficiência hídrica em tubetes. Os clones 0321 e 1277 foram os mais sensíveis aos efeitos do défice hídrico em tubetes. A redução do potencial hídrico foliar nas plantas desses clones, causada pelo défice hídrico, promoveu redução no crescimento, causada principalmente pela abscisão foliar. Contrariamente, os clones 1250 e 1260 foram os menos sensíveis aos efeitos do défice hídrico, em razão de terem apresentado menor taxa transpiratória e menor consumo de água, em tubetes. Nos tubos de PVC, o clone 1277 foi, também, o mais sensível aos efeitos do défice hídrico, tendo reduzido de forma drástica o seu crescimento. Neste tipo de recipiente, o clone 1260 foi o mais resistente à deficiência hídrica, em razão de ter apresentado, de modo geral, menor taxa transpiratória. Entretanto, o clone 1277 apresentou elevada capacidade de retomada de crescimento após submetido a défice hídrico quando transplantado para recipientes maiores, em razão do desenvolvimento do seu sistema radicular. A avaliação da altura e diâmetro não se mostrou eficiente na identificação dos efeitos do défice hídrico nas plantas.
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    Método de recomendação de adubação para eucalipto com base no monitoramento nutricional
    (Universidade Federal de Viçosa, 2004-01-22) Martins, Lafayete Gonçalves Campelo; Barros, Nairam Félix de; http://lattes.cnpq.br/3050979243759203
    A adubação mineral de plantações de eucalipto no Brasil consiste, em geral, da aplicação de fertilizantes na época do plantio e uma a duas vezes mais, nos dois primeiros anos, como adubação de manutenção. Os critérios para definir a época e a quantidade de fertilizantes desta última adubação não foram ainda bem estabelecidos, o que leva a grandes variações desta técnica entre as empresas. Este trabalho teve como objetivo desenvolver uma metodologia, com base no monitoramento nutricional, para diagnosticar deficiências minerais e recomendar doses de fertilizantes para a fase de manutenção de plantações de eucalipto. O método se baseia no estabelecimento de padrões quantitativos de acúmulos de matéria seca e de nutrientes totais na parte aérea, com os quais se comparam as florestas monitoradas. Para o cálculo das doses recomendadas, levam-se em consideração os acúmulos atuais da floresta monitorada, os acúmulos padrões pré-estabelecidos, a capacidade de suprimento do solo e a capacidade da planta de recuperar os nutrientes aplicados via fertilizante. Os dados utilizados neste trabalho foram obtidos na região de Monte Dourado, Pará, em plantações pertencentes à Jari Celulose S. A. Para o estabelecimento dos padrões, povoamentos de híbridos urograndis (Eucalyptus grandis x E. urophylla) cultivados em três tipos de solos, um arenoso (argila < 20 %) e dois argilosos, sendo um mais rico (10 a 20 % de Fe 2 O 3 - LU) e outro mais pobre (LA) em óxido de ferro, foram amostrados. Foram selecionados 15 povoamentos (talhões) no solo arenoso, 24 no LA e 13 no LU, com idades variando entre sete meses e quatro anos e com diferentes taxas de crescimento. Em pontos aleatórios desses povoamentos foram escolhidas três árvores dominantes, para determinação da biomassa e concentração de nutrientes dos vários componentes das árvores. Amostras de solo foram colhidas às profundidades de 0-20 e 20-40 cm, para análises químicas e textural. Em cada condição (solo e idade), os povoamentos com as maiores produtividades foram considerados como padrões de acúmulos de biomassa e de nutrientes. Outros 31 povoamentos, estes com aproximadamente 18 meses de idade, foram monitorados para fins de teste de aplicação do modelo como estudo de caso. Verificou-se, para os povoamentos utilizados para a obtenção dos padrões, que o pico da taxa de acúmulo dos nutrientes ocorre quando as plantações têm idade de aproximadamente 12 meses. A adubação de manutenção, quando necessária, deveria ser aplicada um pouco antes dessa fase. Nos povoamentos monitorados, detectou-se a necessidade de aplicação de N, P, K, Ca e Mg, sendo que K foi o nutriente que, aparentemente, apresentou maior grau de limitação. Para esse nutriente, 93,5% dos povoamentos tiveram acúmulos inferiores ao padrão. O P foi o nutriente que apresentou menor grau de limitação, sendo 58,0% dos povoamentos com acúmulos de P inferiores ao padrão. O K foi o nutriente cujo acúmulo na parte aérea mais se correlacionou com o de matéria seca, e o acúmulo de P o que menos se correlacionou. Doses de nutrientes para corrigir as carências detectadas foram calculadas para os povoamentos monitorados, conforme o procedimento proposto, e variaram entre esses povoamentos de zero a 90, 50, 140, 345 e 85 kg ha -1 de N, P, K, Ca e de Mg, respectivamente. Quanto aos padrões ou referências nutricionais estabelecidas, exceto para o Ca, não houve diferenças entre as três unidades de manejo testadas.