Ciências Agrárias

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    Digestibilidade de nutrientes e valores energéticos de alguns alimentos para aves
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-09-15) Nunes, Ricardo Vianna; Rostagno, Horacio Santiago; http://lattes.cnpq.br/1731194927960322
    Com o objetivo de determinar os valores de energia metabolizável aparente corrigida (EMA n ), os coeficientes de digestibilidade aparente (CDA) e estimar os valores de energia líquida (EL) de 27 alimentos, foram realizados 4 ensaios no Setor de Avicultura da Universidade Federal de Viçosa. Eles foram divididos em alimentos de origem vegetal energético, de origem vegetal protéicos, de origem animal e por outros alimentos. Os alimentos de origem vegetal energético foram constituídos por duas amostras de trigo, duas de milho, duas de farelo de trigo (FT), uma de sorgo e uma de farelo de glúten de milho 21% (FGM21). Os de origem vegetal protéico foram constituídos por duas amostras de farelo de soja (FS), uma de soja integral tostada (SIT), uma de farelo de glúten de milho 60% (FGM60), e uma de farelo de algodão 30% (FA). Os de origem animal foram constituídos por três amostras de farinha de penas (FP), três de farinha de vísceras de aves (FVA), duas de farinha de vísceras suínas (FVS), duas de farinha de carne e ossos (FCO), e uma de farinha de penas e vísceras (FPV). Finalmente, outros alimentos foram constituídos por amido, açúcar e óleo de soja. Para determinar os valores de EMA n , foi utilizado o método da coleta total de excretas e para determinar os CDA, foi utilizado o método do indicador. Pela composição química dos alimentos e os CDA, foi calculado o valor de EL. Os valores de EMA n expressos em kcal/kg de MS, foram em média de 3.767 para o milho, de 3.275 para o trigo, de 1.995 para o FT, de 2.259 para o FS, de 3.464 para o sorgo, de 1.901 para o FGM21, de 3.721 para o FGM60, de 3.072 para a SIT, de 2.012 para o FA, de 3.516 para o amido, de 3.651 para o açúcar e de 7.721 para o óleo de soja. Os valores de EMA n expressos em kcal/kg de MS, foram em média, para os alimentos FCO, FP, FVA, FVS e FPV, respectivamente, de 1.422, 1.875, 2.844, 1.779 e 2.209. Os CDA da matéria seca (MS), proteína bruta (PB), gordura (EE), cinzas (MM), fibra bruta (FB), FDN, FDA, hemicelulose, amido, açúcar solúvel e ENN, respectivamente, para o milho, trigo e sorgo, foram de 89,36; 91,48; 80,36; 77,11; 23,15; 74,77; 57,43; 79,53; 98,31; 92,74 e 94,16%. Para o FT e FGM21, foram de 83,68; 76,58; 68,93; 57,90; 22,84; 67,57; 58,91; 70,81; 93,98; 90,40 e 82,46%. Os CDA da MS, PB, EE, MM, FB, FDN, FDA, hemicelulose, amido, açúcar solúvel e ENN, respectivamente, para o FS, foram de 88,58; 92,69; 93,83; 89,15; 20,05; 72,84; 70,84; 74,46; 94,43; 89,08 e 100,00%. Para a SIT, foram de 89,61; 94,54; 91,76; 97,17; 20,09; 72,98; 73,93; 70,41; 99,13; 88,67 e 100,00%. Para o FGM60, foram de 89,04; 94,33; 77,34; 96,54; 22,69; 63,74; 48,76; 71,44; 99,27; 91,33 e 100,00%. Para o FA de 88,47; 92,05; 94,58; 75,77; 57,72; 72,64; 85,08; 62,79; 96,99; 92,60 e 100,00%. Os CDA da MS, PB, EE, MM, FB, FDN e FDA para a FCO, foram de 85,02; 85,06; 81,71; 60,39; 30,29; 87,92 e 21,88%, respectivamente. Para FP, foram de 87,85; 82,74; 79,73; 92,57; 28,80; 91,61 e 59,16%, respectivamente; para FVA, foram de 87,49; 90,19; 87,00; 49,78; 33,21; 88,44 e 44,35%, respectivamente. Para FVS, foram de 85,89; 79,03; 76,37; 38,46; 33,07; 85,69 e 24,67%, respectivamente. Finalmente, para FVP, foram de 87,99; 85,37; 90,39; 82,31; 32,27; 93,22 e 51,64%, respectivamente. Os valores estimados de EL para o trigo, milho, FT e FS foram em média de 2.395, 2.836, 1.469 e 1.464 kcal/kg de MS, respectivamente. Para o sorgo, FGM21, FGM60, SIT e FA, expressos em kcal/kg de MS, foram de 2.582, 1.341, 2.409, 2.290 e 1.333, respectivamente. Para a xFCO, FP, FVA, FVS e FPV, os valores de EL, expressos em kcal/kg de MS, foram em média de 1.007, 1.164, 2.036, 1.287 e 1.495, respectivamente.
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    Rações farelada, peletizada e extrusada na alimentação e produção de vacas leiteiras
    (Universidade Federal de Viçosa, 2003-05-09) Wernersbach Filho, Humberto Luiz; Campos, José Maurício de Sousa
    O presente trabalho foi realizado na Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão em Gado de Leite do Departamento de Zootecnia, na Universidade Federal de Viçosa, objetivando avaliar: o consumo e a digestibilidade aparente dos nutrientes, a produção e composição do leite, o pH e a amônia ruminal, a degradabilidade ruminal da matéria seca e proteína bruta, e concentração de uréia no plasma e excreções urinárias de vacas leiteiras alimentadas com diferentes formas de processamento da ração concentrada. Foram utilizadas 16 vacas da raça holandesa, puras e mestiças, em dois níveis de produção de leite: 30,0 kg/dia e 20,0 kg/dia, que foram distribuídas equitativamente em dois quadrados latinos balanceados para cada nível de produção. O Experimento foi constituído por quatro períodos, com duração de 15 dias cada. As dietas experimentais foram isoprotéicas, constituídas à base de silagem de milho (Zea mays) com relação volumoso: concentrado de 50:50 para o nível de 30,0 kg/dia e 60:40 para o nível de 20,0 kg/dia, com base na matéria seca. Os tratamentos foram constituídos de quatro rações concentradas sendo: ração farelada (RF); ração peletizada (RP) e ração extrusada (RE), com 27% com de proteína bruta (PB) e 84% de nutrientes digestíveis totais (NDT) e ração de alta energia parcialmente processada (RAE), com 27% de PB e 86% de NDT. Os animais foram mantidos em baias individuais do tipo "Tie Stall", onde receberam alimentação ad libitun. A excreção de matéria seca fecal foi estimada através da fibra em detergente ácido indigestível (FDAi). O líquido ruminal foi coletado, utilizando-se sonda esofágica. A coleta de urina foi feita através do 4 h após a alimentação. Foi coletado sangue quatro horas após a alimentação matinal, utilizando-se heparina como anticoagulante. A degradabilidade foi estimada através da técnica "in situ" utilizando-se sacos de náilon incubados no rúmen animal. O consumo de matéria seca (CMS) não diferiu entre os tratamentos RF, RP e RE. A digestibilidade da matéria seca (DMS) não foi afetada pelo processamento, enquanto a digestibilidade da proteína bruta para vacas alimentadas com ração extrusada (RE) (72,36%), foi menor (P<0,05), comparada a ração farelada (RF), no nível de 50 % de concentrado. A digestibilidade da fibra em detergente neutro para vacas alimentadas com RE (44,35%) foi menor (P<0,05) no nível de 50 % de concentrado. A produção de leite foi maior (P<0,05) para os animais consumindo ração extrusada (29,9 kg/dia), no nível de 50 % de concentrado, contudo, o menor nível não apresentou diferença significativa. A composição do leite não diferiu entre os tratamentos, para ambos os níveis de produção. Dentro de cada tempo (antes e três horas após a alimentação matinal), não houve diferenças nos valores de pH. Para as concentrações de N - NH 3 ruminal, imediatamente antes da alimentação, as concentrações não diferiram entre si. Contudo, a ração extrusada apresentou menor (P<0,05) concentração de N - NH 3 ruminal três horas após a alimentação. A degradabilidade ruminal da proteína bruta e da matéria seca foi numericamente maior para o tratamento peletizado e, principalmente, para o tratamento extrusado. As concentrações de uréia plasmática as excreções urinárias não diferiram entre os tratamentos.
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    Cana-de -açúcar (Saccharum officinarum, L.) em Substituição à silagem de milho ( Zea mays) em dietas para vacas em lactação
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-01-26) Magalhães, André Luiz Rodrigues; Campos, José Maurício de Souza; http://lattes.cnpq.br/2621131411062422
    Este trabalho foi conduzido no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, objetivando avaliar a substituição da silagem de milho pela cana-de-açúcar, em dietas para vacas leiteiras, sobre as seguintes características: produção e composição do leite, variação do peso vivo, consumo e digestibilidade aparente dos nutrientes, pH e concentração de compostos nitrogenados amoniacais (N-NH 3 ) do líquido ruminal, taxa de passagem ruminal (TPR) da digesta e viabilidade econômica das dietas utilizadas. Doze vacas da raça Holandesa, em lactação, com potencial de produção de 5.000 a 7.000Kg de leite por lactação, foram distribuídas em três quadrados latinos, 4X4 balanceados. Os animais foram mantidos em baias individuais, onde receberam as dietas ad libitum, com relação volumoso:concentrado de 60:40, duas vezes ao dia, durante 84 dias experimentais. Os tratamentos consistiram de quatro níveis de substituição de silagem de milho por cana-de-açúcar: 0; 33,3; 66,6 e 100%, na matéria seca (MS). As dietas foram balanceadas para atender aos requerimentos de proteína bruta (PB), proteína degradável no rúmen (PDR), extrato etéreo (EE), nutrientes digestíveis totais (NDT), vitamina A, macro e microminerais, segundo o NRC (1989) e de fibra em detergente neutro (FDN), segundo MERTENS(1996). A produção de leite e o consumo de alimentos foram avaliados durante a última semana de cada período experimental, que teve duração de 21 dias. O líquido ruminal foi coletado via sonda esofágica e o pH e as concentrações de amônia foram determinados imediatamente antes da alimentação e 2, 4 e 6 horas após. Para a determinação da TPR, utilizaram-se 20g de óxido crômico (Cr 2 O 3 ), fornecidos em dose única, seguida de coletas de fezes em diferentes intervalos de tempo. Os animais foram pesados ao início e final de cada período experimental. A fibra em detergente ácido indigestível (FDAi) foi utilizada para a determinação das digestibilidades dos nutrientes. A viabilidade econômica foi determinada a partir dos custos de alimentação e receitas obtidas com a venda do leite. As produções de leite (PL) foram 24,17; 23,28; 22,10 e 20,36Kg/dia e as produções de leite corrigidas (PLC) para 3,5% de gordura foram 27,00; 24,98; 24,36 e 21,41Kg/dia para os níveis 0; 33,3; 66,6 e 100% de cana -de-açúcar no volumoso, respectivamente. Não houve alteração na composição do leite. Os consumos das dietas, com base na MS, foram 177,90; 169,42; 165,69 e 156,80g/Kg 0,75 , com o aumento dos níveis de cana-de-açúcar, ou seja, houve uma redução linear, o que ocasionou menor ingestão de matéria mineral (MM), matéria orgânica (MO),NDT, PB, EE, carboidratos totais (CHO), FDN e fibra em detergente ácido (FDA). A substituição não afetou as digestibilidades da MS, MO e PB. A digestibilidade da FDN apresentou redução acentuada, enquanto a dos carboidratos não fibrosos (CNF) aumentou. O pH ruminal não foi influenciado pelas dietas, apresentando comportamento quadrático em função do tempo pós alimentação. As concentrações de amônia apresentaram comportamentos quadráticos em função das dietas e do tempo. A TPR da digesta diminuiu e o tempo médio de retenção total (TMRT) aumentou. Houve redução dos custos de alimentação, em R$/dia: 4,79; 4,33; 4,00 e 3,58, diminuição nas receitas, em R$/dia: 8,32; 7,60; 6,55 e 5,63, e consequentemente, nos lucros, em R$/dia: 3,53; 3,27; 2,55 e 2,05, para os níveis 0; 33,3; 66,6 e 100% de substituição, respectivamente. Apesar disto, a substituição de 33,3% de silagem de milho por cana-de-açúcar foi técnica e economicamente viável, o que não ocorreu para os níveis 66,6 e 100% de substituição.
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    Caracterização química da cana-de-açúcar desidratada ou tratada com hidróxido de cálcio
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-28) Araújo, Fabiana Lana de; Paulino, Mário Fonseca; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787752E3; Detmann, Edenio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760013T1; Queiroz, Augusto César de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783006P5; http://lattes.cnpq.br/6285243158787947; Henriques, Lara Toledo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4708921Y3; Mâncio, Antonio Bento; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782731E7
    O presente trabalho foi desenvolvido nas dependências do no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa no período de Outubro de 2007 a Fevereiro de 2008. Dois experimentos foram realizados, no primeiro experimento teve por objetivo avaliar através da análise química e degradação in vitro, com base na cinética de produção de gases, a cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L.) in natura e desidratada com diferentes tamanhos de partículas e temperaturas de secagem. Trezentos quilogramas de cana- de-açúcar integral (planta inteira) foram picadas em dois diferentes tamanhos de partículas (1,0-3,0 e > 4,0 cm) e desidratadas sob duas temperaturas (50 e 60 ºC por 48 horas em peso constante) em um protótipo de estufa de desidratação, com ventilação forçada e controle digital de temperatura. Após a desidratação, a cana-de-açúcar desidratada foi ensacada e armazenada em ambiente natural coberto por 0, 60 e 120 dias. O delineamento utilizado foi blocos casualizados sendo os blocos caracterizados pelas semanas de desidratação. Sub-amostras da cana-de-açúcar in natura e desidratada e armazenada foram analisadas para determinação de matéria seca (MS), matéria mineral (MM), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína (FDNcp), fibra em detergente ácido corrigida para cinzas e proteína (FDAcp), proteína insolúvel em detergente neutro (PIDN), proteína insolúvel em detergente ácido (PIDA), lignina (LIG), fibra indigestível insolúvel em detergente neutro (FDNi), e avaliação da degradação in vitro carboidratos totais (CHOT), com base na cinética de produção de gases, da cana- de-açúcar desidratada. O processo de desidratação e armazenamento não alterou os componentes químicos e a degradação in vitro dos carboidratos totais, conseqüentemente o valor nutricional quando comparado a cana in natura. No segundo experimento, teve por objetivo avaliar através da análise químicos e degradação in vitro, com base na cinética de produção de gases, a cana-de-açúcar submetida ao tratamento com óxido de cálcio (CaO) e sob diferentes tempos de tratamento. Trezentos quilos de cana-de-açúcar integral picada foram submetidos a diferentes níveis de tratamento de CaO (0,0; 0,75 e 1,5% na MN) e diferentes tempos de tratamento (0, 24 e 48, 72 horas), em um delineamento inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 3x4. Sub-amostras foram analisadas para a determinação MS, MM, PB, EE, FDNcp, FDAcp, FDNi, PIDN, PIDA, LIG, e avaliação da degradação in vitro carboidratos totais (CHOT), com base na cinética de produção de gases, da cana-de-açúcar tratada. Houve aumento nos teores MS, MM, PB e FDNi e redução nos teores de FDN e FDNcp da cana-de-açúcar tratada, que aumentaram com os níveis de tratamento e tempo de tratamento com CaO. Observou-se aumento no teor de FDAcp nas primeiras 24 horas e uma queda brusca após decorrido este tempo. Houve uma melhora na eficiência de degradação in vitro dos CHOT da cana-de-açúcar tratada com CaO até o tempo de tratamento de 24 horas. Posteriormente a este intervalo de tempo, a eficiência de degradação In vitro dos CHOT da cana-de-açúcar tratada com CaO foi inferior ao valor de referência da cana-de-açúcar in natura. Dentro os níveis avaliados, o nível de 0,75% CaO foi o que apresentou melhor eficiência de degradação In vitro dos CHOT da cana-de-açúcar para os diferentes tempos de tratamento.O processo tratamento da cana-de-açúcar com CaO permite a redução dos teores de FDN, FDNcp e FDA, sem nenhuma alteração dos níveis de lignina. O nível de 1,5% de CaO, para o tempo de 24 horas de tratamento, foi mais eficiente para o volume de produção de gases e na degradação In vitro dos CHOT da cana-de-açúcar e o nível de 0,75 % de CaO, para o tempo de 48 horas de tratamento, foi mais eficiente para o volume de produção de gases e degradação In vitro dos CHOT da cana-de-açúcar.
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    Entre a colher e a enxada: interfaces entre a alimentação e a cultura dos quilombolas de Piranga-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-06-25) Santos, Alexandra dos; Fiúza, Ana Louise de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796571E6; Dias, Marcelo Miná; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723733T2; Doula, Sheila Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785704Z8; Valadares, Jose Horta; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794526Z5; Silva, Douglas Mansur da; http://lattes.cnpq.br/1812859470131233
    Muitos são os caminhos a que nos conduzem os estudos sobre os hábitos alimentares. Como um dado cultural, a alimentação se configura como um importante instrumento, a partir do qual podemos compreender como o homem se localiza socialmente, quais as representações que constrói de si e do seu entorno. A partir desta perspectiva, este trabalho objetiva estudar a matriz cultural das comunidades de remanescentes quilombolas do município de Piranga/ MG, baseando-se na análise das escolhas que envolvem sua prática alimentar. Sabemos que as proposições constitucionais de 1988 inserem esses sujeitos no cenário político nacional, na medida em que a eles é auferido o direito à titulação das terras que habitam desde que se reconheçam como quilombolas, preservem traços da ancestralidade africana e que mantenham, com a terra, um elo de subsistência. Neste processo de autorreconhecimento, se insere a figura do mediador social, fundamental elemento no trabalho de resgate e ressignificação da cultura desses povos. A este profissional recai a complexa tarefa de redescobrir a cultura quilombola e fazer com que seu significado seja novamente valorizado pelo grupo. Com uma pesquisa de base exploratória descritiva, diversos foram os elos que conseguimos construir, a partir das múltiplas representações que emergem no cotidiano da prática alimentar dos quilombolas de Piranga. A observação e participação da rotina alimentar das comunidades estudadas possibilitou-nos perceber que, para além dos aromas que exalam das panelas a alimentação quilombola se apresenta como um terreno fértil para os estudos culturais, bem como se coloca a serviço dos trabalho de extensão rural, nos quais se faz crescente a demanda de pesquisa na esfera cultural.