Ciências Agrárias

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    Desempenho, síntese de proteína microbiana e comportamento ingestivo de novilhas leiteiras alimentadas com casca de café em substituição à silagem de milho
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-18) Teixeira, Rafael Monteiro Araújo; Campos, José Maurício de Souza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798551U0; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4702813U6; Valadares Filho, Sebastião de Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787028J6; Lana, Rogério de Paula; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782867Y6; Pereira, Odilon Gomes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790978J6; Rennó, Luciana Navajas; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703874J9
    Objetivou-se avaliar a substituição da silagem de milho pela casca de café em dietas de novilhas leiteiras sobre os consumos e as digestibilidades aparentes totais dos nutrientes, o desempenho das novilhas, o comportamento ingestivo, a economicidade das dietas, os parâmetros ruminais, o balanço de nitrogênio e a produção de proteína microbiana. Foram utilizadas 24 novilhas leiteiras da raça Holandesa, puras e mestiças, distribuídas em um delineamento em blocos casualizados com quatro tratamentos e seis repetições formados de acordo com o peso inicial dos animais. Os tratamentos experimentais foram constituídos de quatro níveis de casca de café 0,0; 10,7; 20,7 e 30,7% na matéria natural, substituindo a silagem de milho, o que resultou em substituições médias de 0,0; 7,0; 14,0 e 21,0% na matéria seca total das dietas, respectivamente. Preparou-se uma mistura concentrada, que foi fornecida na quantidade de 2,0 Kg por animal por dia. Os consumos de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), cálcio (Ca), potássio (K) e sódio (Na) expressos em kg/dia aumentaram linearmente (P<0,05) com a adição de casca de café. Já os consumos de extrato etéreo (EE), carboidratos totais (CHO), carboidratos não fibrosos (CNF), fósforo (P), magnésio (Mg) e de nutrientes digestíveis totais (NDT), expressos em kg/dia, não foram alterados pela inclusão da casca de café nas dietas. As digestibilidades de MS, MO, PB, CHO, FDN e a concentração de NDT das dietas reduziram linearmente (P<0,05) com a substituição da silagem de milho pela casca de café. O ganho de peso decresceu linearmente (P<0,05) com a inclusão da casca de café nas dietas, estimando-se redução de 5,51 g/unidade de casca adicionada, porém o crescimento em cm/dia da cernelha e da garupa não foram influenciados pela adição de casca de café. Quanto ao comportamento ingestivo, não houve diferença entre as dietas, com relação aos tempos médios gastos com alimentação, ruminação e ócio, mas detectou-se que a eficiência de alimentação de MS e de FDN aumentaram linearmente (P<0,05) com o aumento dos níveis de casca de café nas dietas. Os consumos de compostos nitrogenados (N) bem como as excreções de N fecal e urinário aumentaram linearmente (P<0,05) com a adição de níveis crescentes de casca de café, resultando num balanço positivo de N em todas as dietas. Porém, a percentagem de N absorvido em relação ao consumido reduziu linearmente (P<0,05). As concentrações de amônia ruminal e a concentração de uréia no plasma (NUS) não variaram com a inclusão da casca de café. As excreções de ácido úrico (ACU), alantoína (ALU) e de derivados de purinas (DP), as purinas aborvidas (PA), os compostos nitrogenados microbianos (Nmic) e a eficiência microbiana (Efic M) reduziram linearmente (P<0,05) com a adição de casca de café. Conclui-se que a casca de café, substituindo a silagem de milho em até um nível de 30,7 % na matéria natural, aumentou o consumo de MS, porém reduziu a digestibilidade dos nutrientes e a eficiência microbiana, diminuindo conseqüentemente o desempenho dos animais. Além disto, foi observado que a utilização da casca de café nas dietas de novilhas leiteiras é viável até um nível de 14 % na matéria seca total da dieta, sendo seu uso dependente da disponibilidade e de recursos financeiros, embora, o maior retorno econômico tenha ocorrido no nível de 7 % na MS total das dietas, de acordo com os dados de consumo e ganho de peso, e para um custo da casca de café de aproximadamente 20 % do custo da silagem de milho.
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    Composição corporal e exigências nutricionais de macroelementos minerais (Ca, P, Mg, Na e K) de bovinos Nelore e Caracu selecionados para peso aos 378 dias de idade
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-18) Miranda, Eloisio Nunes; Queiroz, Augusto César de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783006P5; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4770241H3; Lana, Rogério de Paula; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782867Y6; Mâncio, Antonio Bento; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782731E7; Leão, Maria Ignez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783340T9; Gesualdi Junior, Antônio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4705352E6
    O experimento foi realizado na Estação Experimental de Colina, do Instituto de Zootecnia de São Paulo, com o objetivo de avaliar a composição corporal e as exigências líquidas e dietéticas de cálcio (Ca), fósforo (P), magnésio (Mg), sódio (Na) e potássio (K) de bovinos Nelore (NeS) e Caracu (CaS) selecionados para peso aos 378 dias de idade e Nelore não-selecionado (NeN). Foram utilizados 56 novilhos não-castrados, com idade média de 18 meses. Após um período de adaptação de 28 dias, doze animais foram abatidos para servirem como referência para a estimativa do peso de corpo vazio (PCVZ) e da composição corporal inicial dos 44 animais remanescentes, sendo 16 NeS, 16 CaS e 12 NeN, com peso vivo (PV) médio inicial de 392, 421 e 337 kg, respectivamente. Os animais foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 2, sendo três grupos genéticos e dois níveis de alimentação. Um dos níveis foi o restrito, no qual foi previsto o consumo de 65 g de MS/kgPV0,75 por dia e o outro nível foi o ad libitum, com o fornecimento do alimento feito duas vezes ao dia. O volumoso utilizado foi a silagem de milho e os ingredientes usados na mistura do concentrado foram milho moído, farelo de algodão, uréia, rumensina e mistura mineral, sendo a relação volumoso/concentrado da dieta de 50/50. O abate ocorreu quando os animais atingiam 4,0 milímetros de espessura de gordura subcutânea, estimada por intermédio de ultra-som, na região entre a 12a e a 13a costelas. Após o abate, todas as partes do corpo dos animais foram pesadas e amostradas. As amostras foram liofilizadas para determinação da matéria seca, pré-desengorduradas com éter, posteriormente moídas e tiveram os teores de macroelementos minerais determinados. Os conteúdos corporais de Ca, P, Mg, Na e K foram determinados em função das concentrações destes nas várias partes do corpo. Os conteúdos dos macroelementos minerais retidos no corpo dos animais foram estimados por meio de equações de regressão do logaritmo do conteúdo corporal de Ca, P, Mg, Na e K em função do logaritmo do PCVZ. As exigências líquidas para ganho de 1 kg de PCVZ foram obtidas pela derivação das equações de predição dos conteúdos corporais dos macroelementos minerais em função do logaritmo do PCVZ. As exigências de Ca, P, Mg, Na e K para mantença foram estimadas de acordo com as recomendações do ARC (1980) e do NRC (1996). O teste de identidade de modelos indicou não haver diferenças (P>0,05) entre as equações de regressão para P, Mg e Na para NeS e NeN, as quais diferiram das equações para CaS. Para Ca e K, não foram encontradas diferenças entre as equações para NeN e CaS, as quais diferiram daquelas referentes ao NeS. As concentrações corporais e as exigências de todos os macroelementos minerais estudados aumentaram com o aumento do PCVZ dos animais. Para um animal de 400 kg de PV, as concentrações corporais de Ca, P, Mg, Na e K (g/kg de PCVZ) foram, respectivamente: NeS (16,99; 7,89; 0,30; 1,28 e 2,18); NeN (15,27; 7,89; 0,30; 1,28 e 1,72) e CaS (15,27; 7,32; 0,26; 1,12 e 1,72). As exigências líquidas de Ca, P, Mg, Na e K (g/kg de GPCVZ) para um bovino com este mesmo peso foram, respectivamente: NeS (17,09; 9,33; 0,43; 1,64 e 2,78); NeN (15,37; 9,33; 0,43; 1,64 e 2,60) e CaS (15,37; 8,52; 0,35; 1,54 e 2,60). As respectivas exigências dietéticas totais (g/dia) foram: NeS (45,51; 22,73; 9,50; 4,74 e 46,56); NeN (42,16; 22,73; 9,50; 4,74 e 46,38) e CaS (42,16; 21,58; 9,08; 4,63 e 46,38), para a mesma seqüência de macroelementos minerais.
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    Fontes de proteína para vacas em lactação
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-21) Pina, Douglas dos Santos; Valadares Filho, Sebastião de Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787028J6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778249J8; Valadares, Rilene Ferreira Diniz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787025E4; Campos, José Maurício de Souza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798551U0; Detmann, Edenio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760013T1; Leão, Maria Ignez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783340T9
    Foram utilizadas 12 vacas da raça Holandesa entre puras e mestiças, distribuídas em três quadrados latinos 4 x 4, organizados de acordo com os dias em lactação, com o objetivo de avaliar o efeito de dois períodos de coleta de fezes (dois ou seis dias) em intervalos de 26 horas, de dois indicadores (fibra indigestível em detergente neutro (FDNi) ou ácido (FDAi)) e de dietas com diferentes fontes protéicas sobre os consumos e as digestibilidades dos nutrientes, a produção e composição do leite, a eficiência de síntese de proteína microbiana, calculada a partir da excreção urinária de derivados de purina, a concentração de nitrogênio uréico no plasma e no leite, o balanço de compostos nitrogenados e a concentração de nitrogênio amoniacal e o pH ruminal. As dietas foram constituídas de 60% de silagem de milho na base da MS total, mais os concentrados, os quais foram constituídos de diferentes fontes protéicas (FS - farelo de soja; FA38 farelo de algodão 38%PB; FA28 - farelo de algodão 28%PB e FSU farelo de soja mais 5% de uréia/sulfato de amônio na MS do concentrado). Os quatro períodos experimentais tiveram duração de18 dias cada, sendo os últimos sete dias destinados às coletas de amostras. No 15º dia do período experimental; foi coletada uma amostra de leite por animal em cada uma das ordenhas, para posteriormente originar uma amostra composta. No 18º dia do período experimental foram coletadas, 4 horas após o fornecimento do alimento uma amostra spot de urina e uma amostra de sangue em cada um dos animais. O volume urinário médio diário foi obtido, admitindo-se a excreção total de creatinina de 24,4 mg/kg de PV. As comparações estatísticas foram sempre feitas em relação à dieta controle (FS). Os consumos de matéria seca (MS) e de matéria orgânica (MO) não diferiram entre as dietas (P>0,05). Os consumos de proteína bruta (PB) foram maiores para a dieta contendo FA38, enquanto os de proteína degradada no rúmen (PDR) e de proteína não degradada no rúmen (PNDR) foram maiores e menores, respectivamente, com as dietas FA28 e FSU. Os consumos de extrato etéreo (EE) foram maiores com as dietas FA38 e FSU e menores para a dieta FA28, enquanto os de carboidratos não fibrosos (CNF) foram menores com as dietas FA38 e FA28. Os consumos de fibra em detergente neutro (FDN) foram maiores com as dietas FA38 e FA28 e os consumos de nutrientes digestíveis totais (NDT) foram menores (P<0,05) com ambas as dietas em relação à dieta controle (FS). A excreção de matéria seca fecal foi superestimada e os coeficientes de digestibilidade da MS, MO, PB, FDN e CNF foram subestimados pela FDAi, mas não houve efeito dos dias de coletas de fezes. Em relação à dieta controle, os CD da MS, MO e FDN foram menores (P<0,05) com as dietas FA38, FA28 e FSU , os CD da PB e do EE foram menores e maiores (P<0,05),respectivamente, com as dietas FA38 e FA28, e o CD do CNF foi menor (P<0,05) com a dieta com FSU. A produção de leite (PL) corrigida (PLG) ou não para 3,5% de gordura, o teor e a produção de gordura do leite não foram influenciados (P>0,05), mas a eficiência de utilização da MS e do nitrogênio dietético para a produção de leite, o teor e a produção de proteína do leite foram inferiores (P<0,05), com as dietas FA28 e FA38 em relação à dieta controle. Não foram observadas diferenças (P>0,05) nas frações e na excreção total de derivados de purinas (PT), na síntese de proteína bruta (PB) microbiana (PBMIC) e na eficiência de síntese de PB microbiana expressa em g de PB/kg de NDT consumido. As concentrações de nitrogênio uréico no plasma (NUP) e no leite (NUL) também não diferiram (P>0,05) entre as dietas. Conclui-se que dois dias de coleta de fezes foram suficientes para estimar a digestibilidade dos nutrientes e os teores de NDT e que a FDNi foi mais precisa que a FDAi para estimar a produção de matéria seca fecal. Conclui-se também que o farelo de soja pode ser substituído pelo farelo de algodão 38% ou pela mistura de farelo de soja contendo 5% de uréia/sulfato de amônio na MS do concentrado, para vacas com produção média diária de 25 kg de leite, alimentadas com 60% de silagem de milho na base da MS total das dietas.
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    Avaliação bioeconômica de estratégias de alimentação em sistemas de produção de leite
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-21) Rennó, Francisco Palma; Pereira, José Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783342P8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703727Z4&dataRevisao=null; Leite, Carlos Antonio Moreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783899A4; Rodrigues, Marcelo Teixeira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788161Y5; Campos, Oriel Fajardo de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783373Y4; Fonseca, Dilermando Miranda da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780539D6
    O presente trabalho teve os seguintes objetivos: 1) aplicar um modelo de simulação para a avaliação bioeconômica de estratégias de alimentação para rebanhos leiteiros; 2) avaliar a produtividade física e a eficiência bioeconômica de sistemas de alimentação para vacas em lactação quando são utilizadas variadas estratégias de alimentação, baseadas em diferentes volumosos, para vacas de cinco níveis de produção de leite; 3) estabelecer um método de avaliação da produtividade física e bioeconômica de alimentos volumosos considerando restrições múltiplas para criar bases para a avaliação de estratégias de alimentação em sistemas de produção de leite; e 4) avaliar a eficiência bioeconômica de vacas de diferentes níveis de produção de leite por lactação. Foi utilizado um modelo de simulação desenvolvido com os programas CNCPS v5.0 e planilhas eletrônicas do Microsoft Excell®, de forma a simular a produção e exigências de nutrientes de uma lactação completa para vacas de diferentes níveis de produção. Foram realizadas análises bioeconômicas em sete estratégias de alimentação: Estratégia (EST) 1 silagem de milho (Zea mays) como volumoso exclusivo, ao longo de toda lactação (SIM); EST 2 silagem de milho durante a época seca e pastejo em capim-braquiária (Brachiaria brizantha sp.) durante a época das águas (SIM+BRI); EST 3 silagem de milho durante a época seca e pastejo de capim-elefante (Pennisetum purpureum, cv. Napier) durante a época das águas (SIM+NAP); EST 4 silagem de milho durante a época seca e pastejo em capim tifton-85 (Cynodon dactylon, cv. Tifton-85) durante a época das águas (SIM+TIF); EST 5 cana-de-açúcar (Saccharum sp.) durante a época seca e pastejo de capim-braquiária durante a época das águas (CAN+BRI); EST 6 cana-de- açúcar durante a época seca e pastejo de capim-elefante durante a época das águas (CAN+NAP); EST 7 cana-de-açúcar durante a época seca e pastejo de capim tifton-85 durante a época das águas (CAN+TIF). Considerando todas as estratégias de alimentação avaliadas e a metodologia utilizada, com avaliações de dietas em função das fases de lactação, e envolvendo vacas de cinco níveis de produção, foram realizadas aproximadamente 375 simulações no CNCPS v.5.0 para a obtenção dos dados para a avaliação bioeconômica da utilização dos alimentos. Considerando ainda que, para a definição da metodologia utilizada e do sistema de formulação de rações adotado, foram simuladas aproximadamente 855 dietas no CNCPS v.5.0. Para avaliação das estratégias de alimentação foi utilizada a metodologia Tradicional , avaliando a produção e rentabilidade por animal e por unidade de área. Também foi desenvolvida uma metodologia alternativa, denominada de Ajuste para o Nível de Capital , baseada na produção por unidade de área, considerando diferentes níveis de utilização de insumos (Input) e de capital por hectare. Nessa avaliação são consideradas duas variáveis limitantes em cada análise: área e nível de Input, ou área e nível de capital. Os custos de produção foram avaliados por meio das seguintes variáveis: consumo total de concentrados (CTC); relação kg leite produzidos por kg de concentrado fornecido (L:C); custo total dos concentrados (CUTC); custo médio por kg de concentrado (CMC); custo total dos volumosos (CTV); custo total da dieta (CTD) e custo médio diário da dieta (CMD). As avaliações econômicas das diferentes estratégias de alimentação foram analisadas por meio das seguintes variáveis: receita menos o custo de alimentação, avaliada pelo retorno total por lactação (RMCA/Lac) e retorno médio diário (RMCA/Dia); produtividade por hectare (PROD/ha); animais por hectare (Vaca/ha) e lucratividade por hectare (LUCR/ha). Utilizando a metodologia Tradicional nas avaliações bioeconômicas, a avaliação da RMCA demonstrou interação entre a estratégia de alimentação com o nível de produção. As estratégias baseadas em silagem de milho durante a época da seca e pastagens na época das águas resultaram em maiores RMCA para todos os níveis de produção, apesar das demais estratégias apresentarem resultados próximos, dependendo do nível de produção. Nas estratégias avaliadas, quanto maior a produção por vaca, maior a PROD/ha e RMCA/ha. Quanto maior for a capacidade de suporte dos volumosos, ou, quanto maior a taxa de lotação que determinada área for submetida, dentro de determinada estratégia de alimentação e nível de produção, maior será a PROD/ha e RMCA/ha. Para a RMCA por vaca, volumosos de maior densidade energética resultam em diminuição dos custos de alimentação e aumento da receita por animal. Na RMCA/ha, esta é fortemente influenciada pela capacidade de suporte das forrageiras, em todos os níveis de produção. Utilizando a metodologia Ajuste para o Nível de Capital , foram avaliados diferentes níveis de utilização de concentrados e capital gasto com alimentação por unidade de área, sendo estimadas equações de regressão da PROD/ha e RMCA/ha em função destes níveis. Nesta metodologia não ocorre a utilização desproporcional de insumos e de capital por unidade de área quando são avaliadas estratégias de alimentação. Os resultados obtidos demonstram diferenças nas avaliações bioeconômicas realizadas pela metodologia Ajuste para o Nível de Capital em relação a tradicional. De uma forma geral, principalmente nos maiores níveis de utilização de capital, as estratégias baseadas em forragens de melhor qualidade apresentaram os melhores resultados na PROD/ha e RMCA/ha. No entanto, nos níveis de menor utilização de capital, as estratégias de alimentação baseadas em forrageiras de alta produtividade por hectare apresentaram melhores resultados nas variáveis analisadas. Em relação a avaliação da eficiência bioeconômica de vacas de diferentes níveis de produção, a maior eficiência biológica de vacas de maior produção de leite/lactação não resulta, necessariamente, em maior eficiência bioeconômica. A eficiência da utilização de concentrados, quando avaliada em níveis crescentes de produção de leite/vaca, segue a lei dos retornos decrescentes, influenciando a eficiência bioeconômica quando é maior o nível de produção por vaca.
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    Resíduo proveniente do beneficiamento do feijão (Phaseolus vulgaris L.) em rações para bovinos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-23) Magalhães, André Luiz Rodrigues; Queiroz, Augusto César de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783006P5; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4769897T9; Pereira, José Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783342P8; Detmann, Edenio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760013T1; Paulino, Mário Fonseca; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787752E3; Bezerra, Edinaldo Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793509E7
    O presente trabalho foi composto por três experimentos. No primeiro, objetivou-se avaliar a substituição da amiréia de fubá de milho com equivalente protéico (EP) igual a 120% (AM120), pela amiréia de resíduo de feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) com diferentes níveis de EP (AF120; AF70 e AF57), em rações para novilhos sobre as seguintes variáveis: consumo, digestibilidades totais e parciais aparentes dos nutrientes, pH e nitrogênio amoniacal ruminal (N-NH3), produção e eficiência microbiana ruminal, N-uréia plasmático (NUP) e excreções urinárias de N total e N-uréia. Quatro novilhos castrados, fistulados no rúmen e no abomaso, com peso vivo médio inicial de 378 kg foram distribuídos em um delineamento em quadrado latino 4x4. O experimento teve duração de 60 dias e foi dividido em quatro períodos de 15 dias cada. Os animais permaneceram em baias individuais, onde receberam rações completas que foram ofertadas em nível que propiciasse sobras médias diárias de 5%, com base na matéria seca (MS), na proporção de 60:40 volumoso:concentrado. As dietas isonitrogenadas, constituídas de feno de capim coast-cross (Cynodon dactylon) e concentrados, foram formuladas de acordo com o NRC (1996). Os consumos de MS, matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), carboidratos não-fibrosos (CNF), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente neutro indigestível (FDNi) e nutrientes digestíveis totais (NDT) não foram afetados pelas dietas. Apenas o consumo de extrato etéreo (EE) diminuiu para os tratamentos (AF) em relação ao referência (AM). Os coeficientes de digestibilidades (CD) totais, ruminais e intestinais da MS e de todos os nutrientes não foram afetados, à exceção do CD intestinal dos CNF que reduziu para o tratamento AF57. Não houve diferença entre os tratamentos para pH e N-NH3 ruminais, embora estas variáveis tenham sido afetadas pelo tempo de coleta após a alimentação matinal, apresentando comportamento de quarta ordem. Não houve variação no NUP (mg/dL) em função das dietas, mas as excreções urinárias de N-total e N-uréia (g/dia) para amiréias de feijão foram menores do que para amiréia de milho. O tratamento AM promoveu maior produção e eficiência microbiana ruminal do que os tratamentos AF. A utilização de amiréias produzidas a partir do resíduo de feijão comum não compromete a ingestão e utilização de nutrientes dietéticos pelos novilhos. Dessa forma, a amiréia de feijão apresenta-se como alternativa à amiréia de milho. No segundo experimento, objetivou-se avaliar a substituição do farelo de soja pelo resíduo de feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) em rações para novilhos sobre as mesmas variáveis analisadas no experimento anterior. A metodologia utilizada foi a mesma do experimento anterior, salvo o peso vivo médio inicial dos animais (470 kg) e as dietas. Foram ofertadas rações completas em nível que propiciasse sobras médias diárias de 10%, com base na MS, na proporção de 60:40 volumoso:concentrado, contendo 0; 20; 40 e 60% de resíduo de feijão cru no concentrado, em substituição ao farelo de soja. As dietas, constituídas de feno de capim coast-cross (Cynodon dactylon) e concentrados, foram formuladas de acordo com o NRC (1996). Objetivou-se que essas fossem isonitrogenadas e com o mesmo teor de nitrogênio não-protéico (NNP). Os consumos de MS, MO, FDN, FDNi e NDT não foram afetados pelas dietas. Apenas os consumos de PB e EE diminuíram linearmente para os níveis crescentes de substituição, enquanto que o de CNF apresentou comportamento cúbico. Os coeficientes de digestibilidades (CD) total, ruminal e intestinal da MS e MO e total da FDN não foram afetados pelas dietas. O CD total da PB apresentou comportamento quadrático, enquanto que os de EE e CNF apresentaram comportamento linear decrescente e crescente, respectivamente. Os CD ruminais da MS, MO, PB, EE e CNF não foram influenciados pelas dietas, tendo ocorrido alteração apenas no da FDN, que apresentou comportamento quadrático. Em nível de intestinos, apenas o CDEE diminuiu para os níveis crescentes de substituição. Não houve diferença entre os tratamentos para pH ruminal, enquanto que o N-NH3 apresentou comportamento linear decrescente em função dos níveis crescentes de substituição. Estas duas variáveis foram afetadas pelo tempo de coleta após a alimentação matinal e apresentaram comportamentos quadrático e de quarta ordem, respectivamente. Embora os níveis de NUP (mg/dL) não tenham sido afetados pelas dietas, as excreções urinárias de N-total e N-uréia (g/dia) apresentaram comportamento quadrático, com redução até o nível de 40% de substituição e posterior elevação. A produção e a eficiência microbiana ruminal não foram afetadas pelas dietas. Embora a inclusão do resíduo de feijão comum até o nível de 60% do concentrado não comprometa a ingestão de MS, ocorrem alterações na ingestão e digestibilidade de alguns nutrientes dietéticos, demonstrando haver limitações de uso do resíduo. No terceiro experimento, objetivou-se avaliar a substituição do farelo de soja pelo resíduo de feijão comum cru (Phaseolus vulgaris L.) em rações para vacas em lactação sobre as seguintes variáveis: consumos e digestibilidades totais aparentes dos nutrientes, produção e composição do leite, eficiência alimentar, produção e eficiência microbiana ruminal, concentração de NUP, excreções urinárias de N total e N-uréia. Foram utilizadas doze vacas da raça Holandesa, puras e mestiças, com potencial de produção de 6.000 kg de leite por lactação, que foram distribuídas em três quadrados latinos 4x4, balanceados. O experimento teve duração de 60 dias e foi dividido em quatro períodos de 15 dias cada. Os animais permaneceram em baias individuais, onde receberam rações completas, que foram ofertadas ad libitum duas vezes ao dia, na proporção de 60:40 volumoso:concentrado, com base na MS, contendo 0; 13; 26 e 39% de resíduo de feijão cru no concentrado, em substituição ao farelo de soja. As dietas, constituídas de silagem de milho e concentrados, foram formuladas de acordo com o NRC (1989). Objetivou-se que essas fossem isonitrogenadas e com o mesmo teor de NNP. Os consumos de MS, MO, CNF e NDT diminuíram linearmente com o aumento dos níveis de feijão no concentrado. Os consumos de FDN e FDNi não foram afetados pelas dietas e os consumos de PB e EE apresentaram comportamento cúbico. Os CD da MS, MO, EE e FDN não foram afetados pelas dietas, enquanto que os de PB e CNF apresentaram comportamento linear decrescente e crescente, respectivamente. A produção e a composição do leite (gordura, proteína, lactose, extratos secos desengordurado e total), quando expressas em kg/dia, apresentaram redução linear para os níveis crescentes de substituição, embora não tenha havido diferenças nos teores (%) de gordura, proteína bruta e extrato seco total. Não houve diferença entre os tratamentos para as eficiências alimentares. Embora os níveis de NUP (mg/dL) e as excreções urinárias de N-total não tenham sido afetados pelas dietas, as excreções urinárias de N-uréia (g/dia e mg/kg PV) apresentaram redução linear com o aumento dos níveis de substituição. A produção e a eficiência microbiana ruminal não foram afetadas pelas dietas. A inclusão do resíduo de feijão em dietas de vacas leiteiras implica em redução no desempenho dos animais, embora não comprometa a eficiência alimentar.
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    Avaliação da qualidade nutricional de genótipos de cana-de-açúcar (Saccharum spp.) e de sua silagem com diferentes aditivos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-28) Freitas, Acyr Wanderley de Paula; Pereira, José Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783342P8; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703177J0; Leão, Maria Ignez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783340T9; Detmann, Edenio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760013T1; Barbosa, Marcio Henrique Pereira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782585E6; Fontes, Carlos Augusto de Alencar; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783903J4
    Os experimentos foram conduzidos no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa com o objetivo de avaliar a qualidade nutricional de genótipos de cana-de-açúcar, bem como a influência de diferentes tipos de aditivos na ensilagem da cana-de-açúcar sobre a qualidade nutricional e os parâmetros fermentativos das silagens. Os genótipos de cana-de-açúcar avaliados foram: RB72454, RB835486, SP80-1842, IAC86-2480, RB977512, RB867515, RB935566, RB925345, RB977625, SP79-1011, SP80-1816, SP81-3250 e SP91-1049, colhidos em soca aos 11 meses. As variáveis discriminatórias utilizadas foram: Fibra em Detergente Neutro (FDN); Hemicelulose; Lignina; relação FDN Carboidratos Solúveis; fração indegradável da FDN; taxa de degradação da FDN; e taxa de degradação dos Carboidratos Totais. A FDN e a taxa de degradação dos CT foram as variáveis de maior importância para a discriminação dos grupos, contribuindo, cada uma destas, com 25,64% do poder de discriminação total. A fração indegradável da FDN foi a variável que apresentou a menor contribuição (11,54%) para discriminação dos grupos. A variáveis FDN, fração indegradável da FDN, hemicelulose, taxa de degradação dos CT e a taxa de degradação da FDN mostraram-se eficazes no estudo da diversidade nutricional da cana-de-açúcar. O grupo III constituído pelo clone RB977512 apresentou as melhores médias para as variáveis avaliadas, e desta forma, esse genótipo pode ser considerado de melhor qualidade nutricional para a alimentação de animais ruminantes. O segundo experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado com três repetições, em esquema fatorial 2x8 (duas idades e oito tratamentos da massa ensilada), sendo analisado por intermédio da análise de fatores, onde se avaliou a adição de inoculante microbiano (Lactobacillus plantarum), nas doses de 1 x 106, 1,2 x 106 e 1,4 x 106 unidades formadoras de colônia por grama de matéria natural, resíduo da colheita da soja (10% da MN), hidróxido de sódio (3% da MS), resíduo combinado com NaOH e resíduo combinado com L. plantarum 1 x 106 ufc/g MV, sobre a qualidade nutritiva, perdas de MS e parâmetros de fermentação da silagem de cana, sendo utilizada a variedade RB855536, colhida em soca aos 11 e 13 meses. Para as variáveis de composição e cinética, foram sugeridos três fatores: qualidade nutritiva (QN), incluindo matéria seca (MS), proteína bruta (PB), digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e lignina; maturidade fisiológica (MF), carboidratos solúveis (CS), lignina e fração indegradável da FDN; e velocidade de degradação dos carboidratos fibrosos (VDF), contemplando o kdFDN. Às variáveis de características de fermentação atribuíram-se os fatores: perdas e fermentação secundária (PFS), incluindo perda de MS, concentração de ácido acético, ácido propiônico e etanol; potencial hidrogeniônico (PH), pH; e degradação protéica (DP), concentração de nitrogênio amoniacal. O resíduo da colheita da soja na ensilagem da cana-de-açúcar mostra-se capaz de melhorar a qualidade nutritiva e reduzir as perdas de matéria seca e a produção de etanol das silagens. O tratamento das silagens com hidróxido de sódio diminuiu a produção de etanol, mas não melhorou a qualidade nutritiva e não foi capaz de reduzir as perdas de matéria seca das silagens. A utilização de inoculante microbiano contendo L. plantarum não foi capaz de melhorar a qualidade nutritiva da silagem ou de reduzir as perdas de matéria seca e a produção de etanol. No terceiro experimento, objetivou-se avaliar a influência do inoculante a base de L. plantarum 1 x 106 ufc/g MN, L. buchneri 5 x 104 ufc/g MN, resíduo (10% da MV), e o resíduo em combinação com os dois inoculantes, sobre a qualidade nutritiva, perdas de MS e parâmetros de fermentação, sendo utilizada a variedade RB855536, colhida em soca aos 16 meses. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente ao acaso com três repetições. Em ambos os experimentos o material foi ensilado em silos experimentais de PVC com 0,75 m de altura e 0,25 m de diâmetro, providos de um cano de PVC de ½ de diâmetro na base, fechado com tampa rosqueável, para escoamento e coleta do efluente. Embora a adição do resíduo de soja tenha levado a um aumento do pH final da silagem, os tratamentos com resíduo reduziram em 33% as perdas de matéria seca das silagens e em 60% o teor de Namoniacal em relação ao nitrogênio total. A adição dos inoculantes diminuiu o pH da silagem quando adicionado em associação com o resíduo de soja, não exercendo efeito significativo sobre os outros parâmetros. Em todos os tratamentos, as silagens apresentaram maiores concentrações dos componentes da fibra e redução nos teores de MS em relação ao material original, antes da ensilagem. Os tratamentos com resíduo apresentaram valores de DIVMS superiores aos outros tratamentos. Quando comparado com o material utilizado para ensilagem, a queda na digestibilidade foi superior para os tratamentos sem o resíduo (24,3% vs. 9,3%). A associação do resíduo da colheita da soja a cana-de-açúcar para ensilagem apresentou melhor qualidade nutritiva com menores perdas de MS e CS, principalmente na forma de gases, e consequentemente, menor acúmulo dos componentes da parede celular e perda na DIVMS da forragem. Não é possível recomendar a utilização dos inoculantes L. plantarum e L. buchneri, na ensilagem da cana-de-açúcar, uma vez que nenhuma melhoria foi observada sobre a composição química ou perfil de fermentação das silagens.