Ciências Agrárias

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    Filogeografia citogenética e molecular em populações de traíras Hoplias malabaricus (Bloch, 1794), do leste do Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-23) Santos, Udson; Yotoko, Karla Suemy Clemente; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763141P7; Pazza, Rubens; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763180T0; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://lattes.cnpq.br/8715098938592033; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783908P9; Kavalco, Karine Frehner; http://lattes.cnpq.br/1620231977174004
    A fauna de peixes dulcícolas neotropicais é considerada a mais rica do mundo. Toda essa diversidade é resultante da complexa história paleohidrológica dos rios sul e centro-americanos, a qual promoveu vicariancia e dispersão da biota aquática ao longo de milhões de anos. A traíra Hoplias malabaricus é um caracídeo com ampla distribuição neotropical, habito sedentário e comportamento predatório. Graças à sua rusticidade e abundância nos neotrópicos, a traíra é amplamente estudada, representando um importante modelo biológico experimental. As populações de H. malabaricus são caracterizadas por apresentarem sete distintos cariomorfos, listados de A-G. A distribuição simpátrica e alopátrica desses cariomorfos tem sido considerada como evidência da existência de múltiplas linhagens que comportam-se como boas espécies, dentro do mesmo táxon nominal. Para testar essa hipótese, foram analizados os padrões biogeográficos, citogenéticos e moleculares (DNA mitocondrial) de 17 populações (73 espécimes) coletadas em 12 bacias do nordeste e sudeste do Brasil. Os padrões citogenéticos indicaram a existência de um sistema de cromossomos sexuais XX/XY no cariomorfo 2n=40F. Os dados moleculares indicaram ausência de fluxo gênico entre cariomorfos com 2n=40 e 2n=42 e constituem a primeira evidência da origem costeira das populações do rio Jacaré. A aparente ausência de uma taxa de evolução molecular constante não permitiu correlacionar eventos geomorfológicos de dispersão no passado e foi interpretada como resultante das extremas flutuações demográficas ao longo da evolução desse complexo de espécies. Os resultados apresentados indicam que a identificação cariotípica representa informação relevante e imprescindível para a inclusão dos dados experimentais num contexto filogenético
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    Filogeografia de traíras Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) (Teleostei, Erythrinidae) das bacias hidrográficas da América do Sul
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-16) Santos, Udson; Yotoko, Karla Suemy Clemente; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763141P7; Pazza, Rubens; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763180T0; Santos, Jorge Abdala Dergam dos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780131D9; http://lattes.cnpq.br/8715098938592033; Barroca, Tatiana Moura; http://lattes.cnpq.br/4397056059310851; Oliveira, Luiz Orlando de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781626T2; Campos, Lúcio Antonio de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783908P9; Siqueira, Cláudio Lísias Mafra de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782432A8
    A América do Sul é o continente com o maior número de espécies de peixes de água doce no mundo. Para compreender os processos responsáveis por esta espetacular diversificação é preciso uma análise que inclua os processos paleoclimáticos, geomorfológicos e paleohidrológicos na cladogênese de táxons de ampla distribuição. Este trabalho caracterizou os padrões filogeográficos de Hoplias malabaricus das bacias hidrográficas da América do Sul, utilizando sequências de DNA (mitocondrial e nuclear) e dados citogenéticos, incluindo os resultados no contexto paleohidrológico e de distribuição de fauna nessa região. Duzentos e oitenta e três espécimes foram analisados. As análises de inferência bayesiana e máxima parcimônia foram realizadas utilizando o gene mitocondrial ATP sintase 6 (ATPase6). As redes de haplótipos com os genes ATPase6 e nuclear ativador de recombinação 2 (RAG2) foram construídas utilizando o software Network 4.6.1.1. A estimativa de tempo de divergência entre os haplogrupos foi realizada utilizando as sequências do gene ATPase6 no software BEAST 1.5.1. O norte/noroeste da América do Sul foi identificado como o centro de origem de Hoplias malabaricus e a partir do Mioceno este táxon aumentou a distribuição para o sul do continente. Nesta época, a redução do número diploide de 42 para 40 cromossomos já estava estabelecida. A partir do Plioceno, a formação do cânion e salto de Sete Quedas levou ao isolamento das populações com o cariomorfo 2n=40C do baixo rio Paraná daquelas da porção alta da bacia, onde se estabeleceu o cariomorfo 2n=39/40D. Na bacia hidrográfica amazônica, o padrão de variação do gene ATPase6 indicou dois cenários possíveis: durante o Plioceno inferior ocorreu uma segunda redução no número diploide de 2n=42 para 2n=40 cromossomos em H. malabaricus, ou ocorreu fluxo gênico entre espécimes que possuem o número diploide diferente. A partir do Plioceno, espécimes com o cariomorfo 2n=40F estabeleceram-se nos rios São Francisco e Parnaíba e nas bacias costeiras do nordeste do Brasil. Durante o Pleistoceno, a formação de paleo-canais com água doce, na linha da costa oriental do continente, permitiu o fluxo gênico entre populações de H. malabaricus que hoje estão isoladas nas bacias costeiras. A evolução e diversificação das populações de Hoplias malabaricus, e possivelmente de outras espécies de peixes dulcícolas da América do Sul, são decorrentes de três principais fatores. O primeiro são implicações do soerguimento dos Andes, as quais determinaram importantes mudanças paleohidrológicas e consequentemente no padrão de distribuição das populações deste táxon em todo o continente. O segundo envolve dinâmicas locais de capturas de cabeceiras decorrentes de reativação de falhas geológicas ou processos erosivos diferenciais, os quais levam a algumas drenagens a apresentarem um mosaico de linhagens genealógicas que diferenciaram nas bacias vizinhas (ex. alto Paraná). O terceiro fator envolve as dinâmicas glaciais, que levaram à confluência e posterior separação de grupos de drenagens costeiras em setores geomorfológicos bem definidos e consequentemente a uma pequena distância genética entre populações hoje isoladas.