Ciências Agrárias

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    Impactos da política monetária no produto e no nível de preços no período pós-real: uma análise econométrica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-10-21) Cunha, Cleyzer Adrian da; Vieira, Wilson da Cruz; http://lattes.cnpq.br/8809108474226649
    A política monetária tem o objetivo de perseguir metas para as variáveis macroeconômicas-chave da economia, como crescimento econômico, estabilidade de taxa de câmbio, nível de emprego e, finalmente, estabilidade dos preços. Entretanto, na prática, há incompatibilidades entre os objetivos a serem atingidos por dada política monetária, ou seja, os objetivos conflitantes podem ser o trade-off entre a inflação e o desemprego. No Brasil, a política monetária passou a ser utilizada como instrumento mais eficaz durante a implementação do Plano Real. Inicialmente, no Plano Real, a política monetária de combate à inflação, se deu pela elevação da taxa de juros (selic) e pela adoção do sistema de taxa de câmbio fixo com sistema de bandas cambias, como forma de manter a demanda agregada sobre controle. A partir de 1999, com a desvalorização cambial, o Brasil passou a adotar o sistema de taxa de câmbio flexível e, como forma de controlar os preços, utilizou o sistema de metas de inflação, tendo a taxa de juros como instrumento. A literatura econômica vem discutindo aspectos teóricos e empíricos de utilização da taxa de juros como instrumento de operacionalização da política monetária (regra Taylor para a taxa de juros). A utilização da regra para a taxa de juros deve ser combinada ao sistema de metas de inflação. Vale ressaltar que o Banco Central não pode esperar que a inflação corrente comece a se elevar, mas deve agir, no período corrente, contra a elevação da taxa de juros corrente, como forma de reduzir as expectativas futuras de elevação de preços. Esse comportamento do Banco Central é conhecido como do tipo forward looking. Assim sendo, neste trabalho, investigaram-se os efeitos da política monetária sobre os níveis de produto e preços durante o período pós- Real, tendo em vista a estabilidade macroeconômica. Utilizaram-se testes de raiz unitária não-lineares e o modelo de auto-regressão estrutural (SVAR). As variáveis que foram utilizadas para estimar o SVAR foram as seguintes: TJ = taxa básica de juros (Over/Selic); PIB = produto interno bruto; e P = índice de preços ao consumidor (IPCA), e o período corresponde de julho de 1994 a julho de 2003, sendo todas séries de dados mensais. Os resultados estimados pelo modelo SVAR corroboram a hipótese de outros trabalhos para a economia brasileira, principalmente de que a política monetária deva ser usada para estabilização dos preços, o que indica que os efeitos negativos sobre o nível de produto tiveram abrangência somente no curto prazo até, no máximo, décimo primeiro mês, mês após o choque na taxa de juros. Já os efeitos sobre os preços tiveram abrangência até o décimo primeiro mês, o que evidencia que o BACEN deve buscar maior transparência na condução da política monetária. Pelas estimativas da função de reação (forward looking Taylor rule) do BACEN, percebe-se que este órgão tem procurado elevar a taxa de juros quando há expectativas de elevação dos preços no futuro em torno da meta de inflação pré- estabelecida para o período de um ano. Este comportamento do BACEN foi do tipo forward looking. Desta forma, a autoridade monetária tem buscado atingir a meta de inflação preestabelecida, não se rendendo ao “viés inflacionário”. Dessa forma, caso uma política monetária expansiva fosse implementada, estaria sendo inócua no curto prazo, ou seja, haveria aumentos transitórios no nível de produto, visto que resultaria somente em aumentos nos preços e nas incertezas futuras acerca da criação de um ambiente inflacionário. Sendo assim, recomendam-se novas pesquisas sobre os efeitos da inserção da política cambial e da política fiscal tanto teórica quanto empiricamente. As recomendações são sugeridas com base nas discussões recentes da eficiência do sistema de cambial flexível, metas de superávit primário e adoção da Lei de Responsabilidade Fiscal (L.R.F). Este trabalho apresentou como principal limitação a modelagem do SVAR, dado a sensibilidade das estimativas dos parâmetros à estacionariedade e defasagens.
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    Resposta dos preços agrícolas e industriais a choques monetários e cambiais na economia brasileira: 1990 a 2000
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002-07-23) Cunha, Cleyzer Adrian da; Vieira, Wilson da Cruz; http://lattes.cnpq.br/8809108474226649
    As economias de mercado são muito influenciadas por variáveis macroeconômicas, como nível de emprego, taxa de inflação, taxa de câmbio e déficit público. As políticas macroeconômicas têm papel fundamental no desempenho das cadeias produtivas do setor agrícola, e as políticas econômicas de origem monetária por exemplo, utilizando-se de instrumentos clássicos como o open market, a taxa de redesconto e a taxa do compulsório bancário, afetam o setor primário da economia. Quando tais políticas são expansivas, o que se observa é redução nas taxas de juros, e isso pode levar a um aumento na disponibilidade de crédito para a agricultura, provocando, assim, aumento nos níveis de estoques e, em conseqüência, nos níveis de preços das commodities; no caso inverso, piora o termo de troca agrícola. Quanto às políticas cambiais, a apreciação da taxa de câmbio implica perda de competitividade das commodities agrícolas; a depreciação, por sua vez, implica ganho de competitividade. Neste trabalho, utilizaram-se como abordagem teórica os modelos monetários de overshooting para evidenciar os choques monetários e cambiais não antecipados sobre os preços agrícolas e industriais no curto prazo. Na análise empírica, utilizou-se o modelo de auto-regressão vetorial (VAR), bem como testes econométricos, para detectar quebra estrutural nas séries econômicas brasileiras. Os preços agrícolas foram mais afetados, no curto prazo, por políticas monetárias e cambiais na década de 90 quando comparados com os preços industriais. Os preços agrícolas levam, em média, 13 meses para se ajustarem aos choques transitórios sobre o nível de equilíbrio de longo prazo, enquanto preços industriais são fixos no curto prazo. Os choques não esperados na taxa de câmbio tendem a afetar mais os preços agrícolas e industriais do que a oferta monetária no curto prazo. Os preços agrícolas levam, em média, 11 meses para se ajustarem a choques não esperados na taxa de câmbio, enquanto os preços industriais se ajustam, na média, em sete meses. Tal resultado condiz com a conjuntura econômica brasileira da década de 90, ou seja, o processo de abertura comercial, a implementação do Mercosul e o processo de globalização da economia no mercado de capitais. Evidenciou-se que políticas monetárias expansionistas favorecem a agricultura no curto prazo e a política cambial flutuante (depreciação) beneficia, relativamente, a agricultura vis-à-vis a indústria no curto prazo.