Ciências Agrárias

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    Zeolita em dietas de bovinos de corte
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-08-19) Câmara, Larissa Rodrigues de Azevedo; Valadares, Rilene Ferreira Diniz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787025E4; Valadares Filho, Sebastião de Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787028J6; Leão, Maria Ignez; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783340T9; http://lattes.cnpq.br/9800851302390772; Pereira, Odilon Gomes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790978J6; Paulino, Mário Fonseca; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787752E3
    Objetivou-se avaliar o efeito da adição de diferentes níveis de zeolita sobre o consumo e digestibilidade aparente total e parcial dos nutrientes, parâmetros ruminais (pH e nitrogênio amoniacal), produção de compostos nitrogenados microbianos, eficiência microbiana e parâmetros sanguíneos (glicose e uréia) em dieta de bovinos de corte. Os tratamentos foram constituídos dos seguintes níveis de zeolita, um aditivo nutricional comercial à base de clinoptilolita, um aluminosilicato hidratado com base na MS da dieta: 0 , 0,75, 1,5, 2,25 e 3,0. Utilizaram-se cinco bovinos machos e mestiços GxZ, com fístula ruminal e abomasal, alimentados com 65% de silagem de milho e 35% de concentrado à base de milho, sal mineral e uréia/SA (1,5% na MS total da dieta). Os animais foram distribuídos em um quadrado latino 5x5, constituído de cinco períodos de 15 dias cada, totalizando-se 75 dias de período experimental. A adaptação à dieta foi de nove dias. Em cada período experimental foram realizadas coletas totais de fezes e urina (do 10º ao 12º dia) e do 10º ao 13º dias, foram coletadas amostras (aproximadamente 200 mL) de digesta abomasal em intervalos de 15 horas. Durante o período de coleta (do 10º ao 15º dia), foram feitas amostragens dos volumosos e concentrados e das sobras para posteriores análises. Do 3° ao 12° dia de cada período experimental, foi fornecido, via fístula ruminal, 15 g de dióxido de titânio (TiO2) acondicionados em cartuchos de papel, 4 horas após a alimentação da manhã (12:00h) para posterior estimativa da digestibilidade dos nutrientes. O isolamento bacteriano foi realizado no 13º (8h) e 14º dias (14:00h). No 14º dia de cada período experimental foi coletada amostra de sangue para análise de glicose e uréia. Foram realizadas coletas de 50 ml de líquido ruminal nos tempos 0 (antes da alimentação), 1, 2, 3, 4, 6, 8, 9, 10, 11, 12, 20 e 24 horas após o fornecimento da alimentação, no 15º dia de cada período, para avaliação do pH e concentração de nitrogênio amoniacal no rúmen. Nas amostras de urina foram determinadas as concentrações de alantoína, ácido úrico, uréia e creatinina. Não se observou efeito dos níveis de zeolita (P>0,05) no consumo diário de nutrientes (kg/dia) de MS, MO, EE, CHO, FDNcp, CNF e NDT. No entanto, observou-se efeito de zeolita (P<0,05) sobre o consumo de PB. Porém, detectou-se efeito positivo linear de zeolita (P<0,05) sobre os consumos de MS e FDNcp quando expressos em g/kg PV. A digestibilidade total da MS, MO, PB, EE, FDNcp e CNF não foi afetada (P>0,05) pelos níveis de zeolita, o que não foi observado para NDT (P<0,05). A digestibilidade ruminal dos CNF foi afetada (P<0,05) quadraticamente (valores acima de 1,55% de zeolita aumentam a digestibilidade ruminal dos CNF) e a intestinal da PB e CNF foram afetadas (P<0,05) pela adição dos níveis de zeolita, respectivamente de forma linear e quadrática (maior digestibilidade com 1,55% de zeolita). A ingestão e a excreção fecal de nitrogênio (g/dia) foram afetadas linearmente positivas (P<0,05) com o aumento dos níveis de zeolita na dieta. Não houve efeito (P>0,05) dos níveis de zeolita sobre a excreção dos derivados de purina e purinas absorvidas, bem como sobre a produção de proteína microbiana e eficiência de síntese microbiana. As concentrações de glicose e uréia plasmática também não foram afetadas (P>0,05) pelos níveis de zeolita. Não houve interação (P>0,05) entre o nível de zeolita e o tempo de avaliação do pH ou do nitrogênio amoniacal, porém, o tempo de avaliação afetou o pH e o nitrogênio amoniacal (P<0,05), ou seja, diferiram ao longo do dia. Não houve diferença (P>0,05) na composição das bactérias ruminais em função dos níveis de zeolita, demonstrando que o aditivo não foi capaz de alterar a MS, MO, PB e N-RNA das mesmas. Concluiuse que a adição de zeolita na ração não melhora a utilização da uréia em dietas de bovinos de corte, uma vez que não altera o consumo e a digestibilidade de quase todos os nutrientes, bem como não afetou os parâmetros ruminais avaliados.