Ciências Agrárias

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    Dessecação pré-colheita em sorgo biomassa e granífero: efeitos sobre rebrota, germinação de sementes e resíduo no grão
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-09-24) Barros, Angélica Fátima de; Pimentel, Leonardo Duarte; http://lattes.cnpq.br/9120546123396881
    Existem diferentes morfotipos de sorgo [Sorghum bicolor (L.) Moench] sendo o granífero o mais comum e utilizando para produção de grãos, enquanto que o sorgo biomassa vem sendo utilizado para produção de bioenergia (queima direta). Nos sistemas de produção destes materiais a etapa de colheita é crítica, pois não há produtos registrados para dessecação pré-colheita em sorgo no Brasil e não há informações científicas conclusivas sobre o efeito dos herbicidas na rebrota, na germinação das sementes (caso produto seja utilizado para produção de sementes) e se há contaminação nos grãos com resíduo de herbicidas. Neste sentido, objetivou-se avaliar a dessecação do sorgo biomassa para redução da umidade no colmo e; no sorgo granífero, para verificar o efeito dos herbicidas na germinação das sementes e qualidade dos grãos, além do efeito sobre a rebrota. Para isso, foram realizados três experimentos inéditos: Experimento 1 – O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso, em esquema fatorial em esquema fatorial 6 x 4, com quatro repetições, sendo avaliados 4 dessecantes (glyphosate em duas doses diferentes, paraquat, mistura comercial paraquat + diuron e amônio-glufosinato) mais o tratamento controle (sem aplicação) avaliados em quatro épocas após a aplicação (7, 14, 21 e 28 dias). Avaliou-se o teor de umidade da folha, colmo, panícula e amostra da planta inteira; e e poder calorífico superior do sorgo biomassa. Como resultados, todos os herbicidas reduziram a umidade das folhas e da panícula e, apenas o glyphosate reduziu a umidade do colmo. Contudo, a dessecação pré-colheita não afetou o poder calorífico da cultura. Experimento 2 – Análise do efeito dos dessecantes paraquat e glyphosate sobre a antecipação da colheita, qualidade fisiológica das sementes e controle da rebrota em sorgo granífero. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso, em esquema fatorial (2 x 4) +1, com quatro repetições, sendo avaliados dois herbicidas (glyphosate e paraquat) aplicados em quatro doses (0,5; 1,0; 2,0 e 4,0 L ha -1 ) mais o tratamento controle (sem aplicação). Investigou-se a antecipação da colheita, qualidade fisiológica das sementes e controle da rebrota da planta. Os resultados permitiram inferir que o paraquat possibilita a antecipação da colheita em até 14 dias e quando aplicado nas doses de até 2,0 L ha -1 não prejudica a germinação das sementes. Entretanto, o paraquat não exerce controle sobre a rebrota das plantas de sorgo. Em relação ao glyphosate, verificou-se que esse produto controla a rebrota do sorgo, independentemente da dose utilizada, e possibilita a antecipação da colheita em até 12 dias, mas afeta a germinação das sementes. Experimento 3 – Análise de resíduo de paraquat e glyphosate nos grãos de sorgo granífero, obtidos no Experimento 2. Para o herbicida paraquat, as amostras foram avaliadas em HPLC-UV e os dados foram analisados utilizando-se a técnica MCR (Multivariate Curve Resolution). Complementar a esta análise, quantificou-se o resíduo dos herbicidas por meio de cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas com limite de detecção de 0,02 mg kg -1 e 0,01 mg kg -1 para paraquat e glyphosate, respectivamente. Detectou-se resíduo de paraquat e glyphosate nas amostras de grãos, embora os níveis de resíduo de glyphosate estivessem abaixo dos padrões de Limite Máximo de Resíduo estabelecidos pela Anvisa (abaixo de 10 mg kg -1 ). Entretanto, o herbicida paraquat quando aplicado em doses acima de 1 L ha -1 em sorgo granífero resultaram em contaminação acima do limite estabelecido pela Anvisa, de 1,0 mg kg -1 . Conclui-se que, na dessecação pré-colheita do sorgo biomassa, os herbicidas glyphosate, paraquat, mistura paraquat + diuron e amônio-glufosinato reduzem a umidade das folhas e das panículas, contudo apenas o glyphosate reduz a umidade no colmo. Na dessecação pré-colheita do sorgo granífero, o paraquat permite a antecipação da colheita em até 14 dias e quando aplicado nas doses de até 2,0 L ha -1 não prejudica a germinação das sementes. Além disso, o paraquat, por ser um herbicida de contato, não exerce controle sobre a rebrota. O glyphosate, por ser um herbicida sistêmico, exerce controle eficiente da rebrota do sorgo em qualquer dose utilizada, e possibilita a antecipação da colheita em até 12 dias. A contaminação causada pela aplicação de 0,5 L ha -1 de paraquat em sorgo granífero está dentro do limite máximo de resíduo estabelecido pela Anvisa. Glyphosate é o produto que oferece menor risco de contaminação do grão quando utilizando em pré-colheita visando à dessecação e, mesmo em doses elevadas como 1.440 g e.a. ha -1 , deixa resíduo abaixo do limite máximo estabelecido pela Anvisa. Palavras-chave: Sorghum bicolor. Glyphosate. Paraquat.
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    Avaliação da aplicação de polímero superabsorvente em sementes e no sulco de plantio na cultura do sorgo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-18) Barros, Angélica Fátima de; Pimentel, Leonardo Duarte; http://lattes.cnpq.br/9120546123396881
    O Brasil é o quarto maior produtor de grãos ao nível mundial. Sua agricultura é baseada em cultivos de sequeiro, com duas safras por ano. As recorrentes secas observadas nos últimos anos têm colocado em risco a produção agrícola brasileira e consequentemente o abastecimento mundial por alimentos. A segunda safra geralmente é a mais afetada, por estar associada à maiores riscos climáticos, principalmente pela baixa pluviosidade. Nesse sentido, tecnologias que otimizem o uso da água podem potencializar a produtividade e, ou, reduzir os riscos de quebra de safra na agricultura. O uso de polímeros superabsorventes (PSA) vem sendo consolidado no setor florestal resultando em redução das irrigações de pegamento das mudas devido ao aumento da capacidade de armazenamento de água no solo. Entretanto, não há relatos sobre o uso do PSA em culturas anuais. Neste contexto, objetivou-se com este trabalho avaliar o potencial de uso de polímero superabsorvente (PSA) como revestimento de sementes de sorgo em condições de estresse hídrico. Para isso, realizaram-se três experimentos inéditos: Experimento 1 – Sementes de sorgo com e sem revestimento com PSA foram semeadas em bandejas e submetidas a três intervalos de irrigação para induzir estresse hídrico nas plântulas. Avaliou-se a porcentagem de emergência e o índice de velocidade de emergência e, aos 26 dias após a semeadura, foram avaliadas a altura de plântulas, número de folhas por planta, taxa de sobrevivência e massa de matéria seca da parte aérea e da raiz. Verificou-se que o uso de PSA no revestimento de sementes pode contribuir com o desenvolvimento inicial de plântulas de sorgo e aumentar a taxa de sobrevivência em condições de déficit hídrico limitante ao cultivo. Contudo, o revestimento das sementes com PSA resultou em menores percentual e índice de velocidade de emergência. Experimento 2 – Para simular as condições de campo foram semeadas em vasos sementes de sorgo com e sem revestimento com PSA e também a aplicação do PSA no sulco de plantio, a fim de avaliar o uso e o método de aplicação do PSA. Aos 30 dias após a semeadura avaliou-se o estande de plantas, número de folhas por planta, altura de plantas e massa de matéria seca das folhas, do colmo e da raiz. Houve benefício do PSA quando aplicado no sulco de plantio para o crescimento vegetativo de plantas de sorgo. Contudo, também se observou interferência negativa do PSA na emergência das plântulas de sorgo cujas sementes foram revestidas com PSA. Experimento 3 – O uso do PSA foi testado em condições de campo, no período da segunda safra. O plantio foi realizado com sementes com e sem revestimento com PSA e também aplicação de diferentes doses do PSA no sulco de plantio. Aos 109 dias após a semeadura avaliou-se o estande de plantas, a altura de plantas, o diâmetro do colmo e a massa de matéria seca das folhas, do colmo e da panícula. Devido à elevada precipitação na fase inicial do experimento, não foi possível comprovar o possível efeito benéfico dos PSA no cultivo do sorgo em condição de sequeiro. Porém, o PSA aplicado como revestimento de semente prejudicou a emergência das plântulas, a altura e a matéria seca total. Conclui-se que o PSA aplicado em sulco de plantio apresenta potencial para ser utilizado na agricultura de sequeiro. Por outro lado, o PSA aplicado como revestimento de sementes prejudica a emergência e o índice de velocidade de emergência das plântulas. Entretanto, por se tratar de um estudo pioneiro, sugere-se a necessidade de novos trabalhos para investigar a interação entre o PSA e a semente a fim de melhorar a taxa de germinação das sementes revestidas que parece ser um dos maiores gargalos no momento para validar o potencial de uso destes materiais nas culturas arvenses.