Ciências Agrárias

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    Avaliação da variabilidade entre animais e de protocolos de incubação em estudos de degradação in situ em bovinos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-07-20) Assunção, Amanda de Souza; Detmann, Edenio; http://lattes.cnpq.br/5634820386942826
    Objetivou-se avaliar a variabilidade entre animais com relação à taxa de degradação da fração insolúvel potencialmente degradável da matéria seca (MS), proteína bruta (PB) e fibra em detergente neutro (FDN) e estabelecer o número mínimo de animais e um perfil padronizado de tempos de incubação para ensaios de degradação ruminal in situ com bovinos para alimentos produzidos em condições tropicais. Foram avaliadas três forragens e quatro concentrados, respectivamente: cana-de-açúcar in natura, silagem de milho, feno de capim Tifton 85, farelo de soja, milho grão, casca de soja e farelo de algodão. Foram utilizadas cinco novilhas Nelore, com peso corporal inicial médio de 328±9,8 kg, fistuladas no rúmen, alimentadas ad libitum com dieta basal composta por feno de capim Tifton 85 e concentrado comercial, com relação volumoso:concentrado de 80:20 com base na MS. Foram conduzidas sequencialmente três baterias de incubação, nas quais foram avaliados os alimentos de acordo com a seguinte disposição: bateria 1 – cana-de-açúcar, silagem de milho e feno de Tifton 85; bateria 2 – farelo de soja e milho grão; e bateria 3 – farelo de algodão e casca de soja. Em cada bateria todos os alimentos foram incubados em todos os animais. Os sacos para incubação foram confeccionados em tecido náilon (porosidade 50 μm). Os alimentos foram processados em moinho de facas com peneira de porosidade 2 mm e acondicionados nos sacos na proporção de 20 mg de MS por cm 2 de superfície. Os tempos de incubação utilizados foram: 0, 3, 6, 9, 12, 18, 24, 30, 36, 48, 72, 96, 120, 144, 168 e 240 horas, para as amostras de forragem; e 0, 3, 6, 12, 18, 24, 30, 36, 48, 72, 96, 120 e 144 horas, para amostras de concentrado. Os resíduos da incubação das amostras de forragem foram analisados quanto aos teores de MS e FDN e os resíduos de incubação das amostras de concentrado foram analisados quanto teores de MS e PB. Os perfis de degradação foram interpretados por modelos não lineares fixos ou mistos, nos quais considerou-se a influência aleatória de animais sobre a taxa de degradação da fração insolúvel potencialmente degradável. Posteriormente, os modelos foram ajustados considerando- se todas as combinações possíveis dos animais experimentais em grupos de quatro, três e dois animais, buscando-se verificar qual o número mínimo de animais a serem utilizados para ensaios de incubação in situ. Os perfis foram comparados no tocante ao comportamento das estimativas das taxas de degradação e das variâncias entre animais sobre a taxa de degradação e variância residual, utilizando-se como referência o ajustamento com todos os animais (n = 5). Posteriormente, modelos foram ajustados aos dados de degradação para cada alimento e cada componente em sua forma completa (com todos os tempos de incubação) e sob diferentes formas reduzidas (diferentes combinações de tempos) de forma a definir o número mínimo e o posicionamento dos pontos para que os perfis sejam ajustados sem comprometimentos da exatidão e precisão das estimativas dos parâmetros dos modelos. As análises estatísticas foram realizadas por intermédio dos procedimentos NLIN e NLMIXED do SAS 9.4. O ajustamento por modelo fixo ou misto conduziu a estimativas similares (P>0,34) das taxas de degradação. Contudo com a consideração da variação aleatória entre animais sobre a taxa de degradação, verificou-se redução da variância residual sobre as frações degradadas da MS e PB ou frações não degradadas da FDN variando de 11,9 a 46,7%. A variação no número de animais não afetou drasticamente as estimativas médias de taxa de degradação, variância entre animais sobre a taxa de degradação e variância residual, porém o que se observou foi que com menor número de animais, ampliou-se a dispersão das estimativas das características avaliadas, com a observação de valores com grande afastamento das estimativas médias considerando-se todas as possíveis combinações entre animais. A utilização de três animais é recomendada pela minimização do risco da influência de efeitos aleatórios extremos de animal sobre a taxa de degradação. O esquema de mínimo de incubação sugerido para estudos de degradação da MS e da PB de concentrados deve se basear nos tempos: 0, 3, 6, 12, 24, 30, 48, 72 e 96 horas. Para o estudo da degradação da MS de forragens, os tempos de incubação sugeridos são: 0, 3, 6, 12, 24, 30, 48, 72 e 120 horas. A avaliação do perfil de degradação da FDN de forragens deve seguir os tempos de incubação obtidos para o estudo da degradação da MS, acrescido do tempo 240 horas.