Ciências Agrárias

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    Suplementação múltipla para bovinos manejados a pasto em recria e terminação
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-10-15) Acedo, Tiago Sabella; Valadares Filho, Sebastião de Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787028J6; Detmann, Edenio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760013T1; Paulino, Mário Fonseca; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787752E3; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4770944E4; Valadares, Rilene Ferreira Diniz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787025E4; Veloso, Cristina Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723663Z4
    A presente tese foi elaborada a partir de cinco experimentos conduzidos com o objetivo de avaliar os efeitos da suplementação protéica sobre o desempenho produtivo e econômico, e características nutricionais de bovinos de corte em pastejo. Nos dois primeiros experimentos, avaliaram-se fontes protéicas em suplementos para novilhos mestiços em recria na época da seca, e em terminação nas épocas de transição seca-águas e águas, mantidos em uma área de 6 hectares de pastagem de Brachiaria decumbens Stapf. dividida em quatro piquetes de 1,5 ha cada, sobre o desempenho produtivo e econômico. No Experimento 1, recria na seca, utilizaram-se 16 novilhos Holandês x Zebu (HxZ), castrados, com idade e peso médio inicial de 15 meses e 272 kg ± 3,7, agrupados em quatro lotes segundo delineamento inteiramente casualizado (DIC). Avaliaram-se suplementos protéicos à base de farelo de trigo + farelo de algodão 28% proteína bruta (PB) + uréia (FTFAU); farelo de algodão 38% PB (FA); farelo de algodão 28% PB + uréia (FAU) e promil 21% PB + uréia (PRU), fornecidos na quantidade de 1,5 kg/animal/dia (0,55% PV). Verificaram-se retornos positivos considerando a desocupação da pastagem para todos os tratamentos. No Experimento 2, terminação nas épocas de transição seca-águas e águas, utilizaram-se 16 novilhos HxZ, castrados, com idade e peso médio inicial de 19 meses e 313 kg ± 4,8, agrupados em quatro lotes segundo DIC. Avaliaram-se suplementos isoprotéicos, balanceados para 38% de PB com base na matéria natural (MN), sendo um tratamento controle, apenas mistura mineral (MM); e suplementos à base de grão de milho moído + uréia (MU); grão de milho moído + farelo de soja (MFS) e FA, fornecidos na quantidade de 0,5 kg/animal/dia (0,15% PV). Os animais de todos os tratamentos receberam 60 g/dia de MM. Observou-se ganho adicional diário de 130 g/dia para os animais suplementados com MU. A suplementação é uma tecnologia economicamente viável, no entanto, a tomada de decisão sobre quais ingredientes utilizar nos suplementos deve ser embasada em fatores biológicos e mercadológicos. No Experimento 3, avaliaram-se fontes protéicas em suplementos para novilhos mestiços, mantidos em pastagens de Brachiaria decumbens Stapf., na época de transição seca-águas, sobre as características nutricionais. Utilizaram-se quatro animais Holandês x Zebu, não castrados, com peso médio inicial de 300 kg, fistulados no esôfago, rúmen e abomaso, distribuídos em delineamento em quadrado latino (4x4), com quatro tratamentos, quatro períodos experimentais de 14 dias cada e quarto repetições, manejados em quatro piquetes de Brachiaria decumbens Stapf. de 0,4 ha cada. Avaliaram-se suplementos isoprotéicos, balanceados para 38% de PB na MN, sendo um tratamento controle, apenas MM; e suplementos à base de grão de milho moído + uréia (MU); grão de milho moído + farelo de soja (MFS) e farelo de algodão 38% PB (FA), fornecidos na quantidade correspondente a aproximadamente 0,17% do PV. Os animais de todos os tratamentos receberam 60 g/dia de MM. Verificou-se consumo de fibra em detergente neutro (FDN) pelos animais do tratamento MU de 12,1 g/kg PV, superior (P<0,10) em 19,95% ao observado para os animais dos tratamentos MM e MFS, 10,2 g/kg PV, e semelhante estatisticamente ao observado para o tratamento FA, 11,0 g/kg PV. Foram observados maiores valores de digestibilidade aparente total da matéria seca (MS) (P<0,10) para os tratamentos MU e MFS em relação aos demais, sendo estes 7,99 e 6,25% superiores ao tratamento MM, respectivamente. Os valores de pH ruminal, produção de nitrogênio microbiano (Nmic) e eficiência de síntese microbiana (Efim) não foram influenciados (P>0,10) pelos tratamentos. A suplementação com milho e uréia proporcionou maior consumo e digestibilidade aparente total da MS em relação a mistura mineral, e incremento numérico de 16,43% no consumo de MS de pasto. Desta forma, recomenda-se o uso de suplementos à base de milho e uréia, durante a época de transição seca-águas, em quantidades próximas a 0,17% PV. No Experimento 4, avaliaram-se diferentes fontes protéicas em suplementos múltiplos para novilhos Nelore em recria nas épocas de transição seca-águas e águas, mantidos em pastagens de Brachiaria brizantha, cv Marandu, sobre o desempenho produtivo e econômico. Utilizaram-se 20 novilhos Nelore, não castrados, com idade e peso médio inicial de 12 meses e 196 kg ± 2,2, agrupados em quatro lotes com pesos semelhantes segundo DIC, manejados em quatro piquetes de Brachiaria brizantha, cv Marandu de 1,5 ha cada. Avaliaram-se suplementos isoprotéicos, balanceados para conter 38% de PB na MN, sendo um tratamento controle, constituído apenas de MM; e suplementos à base de milho desintegrado com palha e sabugo + uréia/sulfato de amônia (MDPSU); grão de soja tostado (GST) e farelo de algodão 38% PB (FA). Os suplementos foram fornecidos diariamente às 10h00, na quantidade de 0,5 kg por animal, correspondente a aproximadamente 0,25% PV. Os animais de todos os tratamentos receberam 60 g/dia de MM. Não foram encontradas diferenças (P>0,10) para os valores de peso vivo final em jejum e ganho médio diário (GMD) entre os diferentes tratamentos, sendo observados valores médios de 318,7 kg e 1.093 g/dia, respectivamente. No entanto, observou-se incremento numérico para GMD dos animais que receberam o tratamento GST em relação aos que receberam MM de 132 g/dia. O grão de soja tostado, fornecido para animais em fase de recria durante as épocas de transição seca-águas e águas, em quantidade de 0,25% do PV, propiciou incremento numérico no ganho de peso de 132 g/dia, em relação a mistura mineral, e retorno econômico favorável. No Experimento 5, avaliaram-se fontes protéicas em suplementos múltiplos para novilhos mestiços na época das águas, mantidos em pastagens de Brachiaria brizantha, cv Marandu, sobre as características nutricionais. Utilizaram-se quatro animais mestiços Holandês x Zebu, não castrados, com peso médio inicial de 300 kg, fistulados no esôfago, rúmen e abomaso, distribuídos em delineamento em quadrado latino (4x4), com quatro tratamentos, quatro períodos experimentais de 14 dias cada e quarto repetições, manejados em quatro piquetes de Brachiaria brizantha, cv Marandu de 0,4 ha cada. Avaliaram-se suplementos isoprotéicos, balanceados para conter 38% de PB na MN, sendo um tratamento controle, constituído apenas de MM; e suplementos à base de milho desintegrado com palha e sabugo + uréia/sulfato de amônia (MDPSU); grão de soja tostado (GST) e farelo de algodão 38% PB (FA), fornecidos diariamente às 10h00, em quantidade correspondente a aproximadamente 0,17% PV. Os animais de todos os tratamentos receberam 60 g/dia de MM. O consumo de nutrientes não foi afetado (P>0,10) pelos suplementos utilizados, com exceção daquele observado para o extrato etéreo (EE). Verificou-se valor negativo de digestibilidade aparente ruminal (DAR) da PB para os animais do grupo controle, sendo inferior (P<0,10) aos observados para os tratamentos MDPSU e GST. Não foram observadas diferenças (P>0,10) nos valores de pH ruminal, excreção urinaria de nitrogênio uréico (NUR), excreção de uréia na urina (UUR), Nmic e Efim, em função dos suplementos. Conclui-se que, possivelmente, houve deficiência quantitativa de compostos nitrogenados no ambiente ruminal para a maximização da atividade microbiana, havendo assim, necessidade de suplementação protéica durante a época das águas.