Ciências Agrárias
URI permanente desta comunidadehttps://locus.ufv.br/handle/123456789/2
Navegar
Item A cadeia produtiva da madeira para energia(Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-31) Fontes, Alessandro Albino; Silva, Márcio Lopes da; http://lattes.cnpq.br/5310343581017203O presente estudo buscou diagnosticar a cadeia produtiva agroindustrial da madeira para energia e sugerir iniciativas que visem, principalmente, o aumento da eficiência técnico-operacional e gerencial dos negócios da madeira, assim como a melhor coordenação entre seus atores. O trabalho tomou por referência conceitual o Enfoque Sistêmico de Produto e empregou-se a Metodologia do Programa Sebrae: Cadeias Produtivas Agroindustriais (SEBRAE, 2000), para o diagnóstico da cadeia. Para o levantamento de informações foram utilizados os métodos de pesquisa rápida: condução de entrevistas informais e semi- estruturadas com atores-chave da cadeia e a observação direta dos estágios que a compõem, associado ao uso intensivo de informações de fontes secundárias. A cadeia foi definida a partir dos principais produtos finais, lenha e carvão vegetal. Foi entrevistado um total de 40 pessoas, distribuídas igualmente nos principais segmentos da cadeia e no seu ambiente institucional, sendo estes: produtores, empacotadores, transportadores, comerciantes, distribuidores e consumidores em geral de lenha e carvão vegetal, especialistas e representantes de entidades de classe, órgãos público, entre outros. Os dados qualitativos das entrevistas infor- mais e semi-estruturadas com atores-chave da cadeia, bem como os relatos de observação direta dos seus estágios, foram compilados de forma a retratar a atual situação da cadeia agroindustrial. Os dados quantitativos foram tabulados em planilhas eletrônicas e as séries temporais analisadas, principalmente, por meio de gráficos, identificando a evolução destas ao longo do tempo. Evidenciou-se um segmento de produção bastante precário e impossibilitado de atender a um aumento da demanda de lenha e carvão no curto e médio prazo. Os estoques florestais plantados não são suficientes nem para atender à demanda atual e as novas áreas reflorestadas, anualmente, estão muito aquém do volume necessário. Somam-se a isto a baixa produtividade de muitos dos reflorestamentos já implan- tados e os baixos índices de conversão obtidos em muitas carvoarias. O segmento de comercialização e distribuição também mostrou-se bastante precário com participação de vários tipos de fornecedores e de intermediários, onde verificou- se uma baixa incidência de contratos e planejamento de mercado. Também, as perdas decorrentes do manuseio, as condições de conservação das rodovias e as longas distâncias de transporte elevam o custo do produto e diminuem o lucro do produtor. No segmento de consumo, parte significativa da lenha é consumida no setor residencial para cocção de alimentos. Outra parte considerável é transformada em carvão, consumido, principalmente, nas siderúrgicas. Estas garantem o suprimento com produção própria, realizando fomento, ou adquirindo carvão no mercado. Por fim, verificou-se que existem algumas incertezas relacionadas à cadeia produtiva da madeira para energia, principalmente em relação ao carvão vegetal, geradas por pressões ecológicas por parte da sociedade civil organizada; pela legislação, onde os grandes consumidores ficam obrigados a se auto-abastecerem; pela conjuntura interna e externa, de forma que, dadas às condições de taxa de câmbio e de comercialização externa, defini-se a competiti- vidade relativa de um redutor em relação ao outro; e, também, pelo fato de a maior parte do carvão ser destinada à siderurgia, enfrentando a concorrência do carvão mineral importado e de outros energéticos.Item Absorção de fósforo por mudas: de Jacaranda- da-Bahia (Dalbergia nigra (Vell.) Fr. Allem.) e de Vinhático (Plathymemia foliolosa Benth.) na presença de Gigaspora margarita Gerd. e Taxt(Universidade Federal de Viçosa, 1996-07-26) Chaves, Lúcia de Fátima de Carvalho; Borges, Rita de Cássia Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/0758932696435975Estudou-se, em casa de vegetação e em câmara de crescimento, o crescimento e a cinética de absorção de fósforo em mudas de jacarandá- da-bahia [Dalbergia nigra (Vell.) Fr. Allem.] e de vinhático (Plathymenia foliolosa Benth.), influenciados pela inoculação com Gigaspora margarita Gerd. e Taxt. As plantas foram cultivadas em substrato, constituído pela mistura de solo, areia e vermiculita, na proporção volumétrica de 1:1:1, na ausência e na presença do fungo micorrízico vesículo-arbuscular (MVA) [G. margarita, tendo-se avaliado a altura, os pesos de matéria fresca e seca dos componentes das mudas, a absorção de nutrientes e a colonização das raízes, aos 98 dias de cultivo em vasos. Também foi estudada a cinética de absorção de fósforo (P) pelas plantas, transferidas do substrato de crescimento para solução nutritiva, utilizando-se diferentes tempos de omissão de P (12, 10, 8 e 6 dias) da solução. As mudas de jacarandá-da- bahia e de vinhático, inoculadas com G. margarita, apresentaram maiores crescimento em altura e pesos de matéria fresca e seca da parte aérea e do sistema radicular, maiores conteúdos de P, K, Ca e Mg, na parte aérea e no sistema radicular, menores valores do Vmáx., Km 6 Cmín, e maior absorção de P durante o ensaio de cinética, do que as não-inoculadas. Não houve efeito significativo (P > 0,05) dos tempos de omissão de P, sobre os parâmetros cinéticos de absorção, nem sobre as características de crescimento ou nutricionais das plantas. Gigaspora margarita foi mais eficiente na produção de mudas de jacarandá-da-bahia do que na produção de mudas de vinhático. Conclui-se que a inoculação com G. margarita permite o crescimento mais rápido de mudas de jacarandá-da-bahia e de vinhático, em razão da maior absorção de nutrientes e da maior eficiência na absorção de P.Item Ação do mercúrio no comportamento fisiológico e bioquímico no eixo embrionário de Schizolobium parahyba(Universidade Federal de Viçosa, 2016-11-24) Magistrali, Paulo Roberto; Borges, Eduardo Euclydes de Lima e; http://lattes.cnpq.br/3589002520810957A germinação é um processo fisiológico que se inicia pela hidratação. O transporte de água nas membranas biológicas é realizado por canais específicos conhecidos como aquaporinas. Assim, estas proteínas apresentam um importante papel na regulação do processo de embebição das sementes. Inúmeros estudos têm utilizado o cloreto de mercúrio (HgCl2) para oxidar tióis nas aquaporinas inibindo o transporte de água durante a germinação. Por outro lado, por ser um metal pesado, o Hg pode induzir o estresse oxidativo interferindo na germinação. Assim o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do HgCl2 na atividade das aquaporinas e no metabolismo de eixos embrionários de S. parahyba durante o processo germinativo. Avaliou-se a embebição, a expansão em comprimento, a atividade das enzimas PME e PG, a mobilização das reservas (carboidratos solúveis, lipídeos e proteínas), a produção de espécies reativas de oxigênio (O2•- e H2O2), a atividade do sistema antioxidante enzimático (SOD, CAT e POX), a integridade da membrana plasmática (produção de MDA e condutividade elétrica) e de ácidos nucleicos (DNA). De modo geral, os eixos embebidos em HgCl2 apresentaram reduções no ganho de massa, no comprimento, no consumo de reservas, na atividade das enzimas PME, PG, SOD, CAT e POX, na produção de O2•-, H2O2 e de MDA, na condutividade elétrica e ausência de degradação de DNA durante o período de embebição. A aplicação do DTT reverteu a ação inibitório do mercúrio. Tais resultados indicam que HgCl2 inibiu a atividade metabólica de maneira reversível nos eixos embrionários de S. parahyba.Item Adesivos de silicato de sódio formulados com fluoreto de potássio e compostos fenólicos(Universidade Federal de Viçosa, 2020-12-21) Milagres, Emerson Gomes; Vital, Benedito Rocha; http://lattes.cnpq.br/7240060639624393Os adesivos são importantes para indústria de bens madeireira, pois, unem diferentes partes da madeira possibilitando a formação de novos produtos. De modo geral, os adesivos de origem sintética ureia-formaldeído e fenol-formaldeído são os mais consumidos pelo setor. Entretanto, adesivos de origem natural, como o tanino-formaldeído, também são usados. Atualmente, pesquisas são feitas buscando novas formulações, dentre elas, destaca-se a substituição parcial do fenol pela lignina formando o adesivo de lignina-fenol-formaldeído. Normalmente, esses tipos de adesivos têm boa aderência com a madeira, mas suas formulações contêm formaldeído, que pode ser liberado durante a síntese, colagem e após o emprego do produto. O formaldeído é tóxico e causa câncer em humanos. Neste contexto, é necessário à busca por adesivos que não tenham, ou pelo menos, tenha um baixo percentual de formaldeído. Umas das possibilidades são os adesivos de origem inorgânica, como o adesivo de silicato de sódio, visto que, não contêm produtos tóxicos em sua composição, é fácil de manusear, além de ser barato. No entanto, a baixa adesão com a madeira o torna pouco atrativo para o setor madeireiro, sendo necessárias pesquisas buscando melhorar esta propriedade. Dessa forma, o objetivo geral do trabalho foi determinar o efeito da aditivação do adesivo de silicato de sódio com adesivos fenólicos e fluoreto de potássio. O trabalho foi dividido em cinco capítulos, a saber: Capítulo 1: Adesivos com polímeros naturais e inorgânicos para colagem de madeira. Capítulo 2: Adesivos de silicatos aditivados com fluoreto de potássio para colagem de madeira. Capítulo 3: Desempenho de adesivos de silicato de sódio aditivados com tanino-formaldeído. Capítulo 4: Colagem de madeira de Pinus caribea com adesivos à base de silicato de sódio aditivados com fenol-formaldeído. Capítulo 5: Adesivos de silicato de sódio aditivados com lignina-fenol-formaldeído para colagem de madeira. De modo geral, a aditivação do adesivo de silicato de sódio com adesivos fenólicos ou fluoreto de potássio não afetaram significativamente o pH. Porém, as outras propriedades são alteradas. As bandas dos espectros infravermelhos dos adesivos à base de silicatos e aditivados foram iguais ao adesivo de silicato de sódio puro. Portanto, não se identificou novas ligações entre átomos. A adição de fluoreto de potássio, fenol- formaldeído e lignina-fenol-formaldeído ao silicato de sódio, aumentou, em algumas das formulações, a resistência na linha de cola, entretanto, o percentual de falha na madeira foi baixo ou não foi afetado significativamente. A resistência ao cisalhamento e a percentagem de falha na madeira para todas as formulações à base de silicato de sódio foram significativamente menores do que aquelas observadas para os adesivos fenólicos puros, necessitando de novas pesquisas que busquem melhorar o seu desempenho, principalmente no que tange à resistência mecânica. Palavras-Chave: Polímeros. Flúor. Adesão.Item Adição de nano e microcelulose em adesivo tanino-formaldeído para produção de painéis OSB(Universidade Federal de Viçosa, 2019-10-07) Soratto, Déborah Nava; Vital, Benedito Rocha; http://lattes.cnpq.br/7098775642818897Os taninos são polifenóis utilizados na síntese de adesivo tanino-formaldeído, o qual pode ser empregado para a produção de painéis OSB (Oriented Strand Board) com a justificativa de menor emissão de formaldeído, ser extraído de fontes renováveis, principalmente resíduos, a exemplo das cascas de Acácia mearnsii. No entanto, estes adesivos apresentam características, como elevada massa molecular, alta viscosidade e reatividade que acarretam linha de cola fraca. Para reparar problemas relacionados ao desempenho dos adesivos, a adição de nano e micromateriais à base de celulose pode ser uma alternativa visto, especialmente, suas características de resistência mecânica. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da adição de nano e microcelulose ao adesivo tanino-formaldeído, em diferentes percentuais, nas propriedades reológicas do adesivo e nas propriedades físicas e mecânicas dos painéis OSB. As adições ao adesivo tanino-formaldeído foram realizadas em diferentes percentuais: 1, 3 e 5% de celulose nanocristalina (CNC), 3, 6 e 9% de celulose microcristalina (CMC) e 0,5, 1,0 e 1,5% de celulose nanofibrilada (CNF). Foram produzidos painéis OSB com os adesivos tanino-formaldeído (TF) e fenol- formaldeído. O experimento foi analisado isoladamente de acordo com o tipo de celulose adicionada ao adesivo TF. O teor de sólidos dos adesivos reduziu após a adição de CNC, CMC e CNF, assim como também ocorreu com o tempo de gelatinização. Quanto à viscosidade dos adesivos, a inclusão de CNC e CMC ocasionou redução e a CNF aumentou esta característica. Os espectros ATR-FTIR (Espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier e reflectância total atenuada) variaram pouco em função das adições de nano e microceluloses aos adesivos TF. A adição de 5% de CNC reduziu 2,2% da absorção de água e 10,9% o inchamento em espessura dos painéis OSB. As menores adições de CMC e CNF resultaram em menor teor de umidade de equilíbrio higroscópico, absorção de água e inchamento em espessura. As adições de 3, 3 e 0,5% de CNC, CMC e CNF, respectivamente, resultaram em acréscimos de 8,9, 3,3 e 4,6% no MOE (módulo de elasticidade) dos painéis OSB. A inclusão de 3% de CNC ao adesivo TF aumentou em 11,5% a resistência à tração perpendicular dos painéis. A inclusão de CMC no adesivo TF não afetou significativamente a resistência à tração perpendicular, da mesma forma ocorreu com a adição de 0,5% de CNF. Os painéis com as adições de 3 e 5% de CNC e os menores percentuais de CMC e CNF no adesivo TF proporcionaram as melhores propriedades físicas e mecânicas dos painéis OSB. Palavras-chave: OSB. Nanocelulose. Taninos.Item Agrossilvicultura com eucalipto como alternativa para o desenvolvimento sustentável da Zona da Mata de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2004-07-30) Vale, Rodrigo Silva do; Couto, Laércio; http://lattes.cnpq.br/5682291800735657O objetivo deste trabalho foi fazer uma análise da viabilidade técnica, econômica, social e ambiental da agrossilvicultura com eucalipto como uma alternativa para o desenvolvimento sustentável da Zona da Mata de Minas Gerais. A partir de um levantamento de informações do estado da arte do conhecimento e da prática da agrossilvicultura com eucalipto na Zona da Mata Mineira e de uma caracterização das condições ambientais e do uso da terra na região, definiu-se um modelo de sistema agroflorestal com eucalipto para a Zona da Mata mineira, com uma descrição detalhada do sistema. Neste sentido, o sistema agroflorestal modelizado (pecuária leiteira em sistema silvipastoril) e os seus componentes em sistema de monocultivo foram comparados quanto ao ambiente, produtividade física, por meio do índice de equivalência de área (IEA), e viabilidade econômica, por meio de uma análise financeira utilizando métodos de avaliação de projetos, como: valor presente líquido (VPL), valor anual equivalente (VAE), valor esperado da terra (VET), razão benefício/custo (B/C) e a taxa interna de retorno (TIR). Para tanto, considerou-se no presente estudo três atividades distintas: Sistema I (reflorestamento com eucalipto), Sistema II (pecuária leiteira convencional) e o Sistema III (Sistema Silvipastoril – eucalipto + pecuária leiteira). Os custos e as receitas foram estimados em Reais/ha. Por meio dos resultados obtidos verificou-se que o IEA total foi de 1,93, sendo 0,8 para o reflorestamento e 1,13 para a pecuária leiteira. Deste modo, 1 ha de consórcio equivaleria, neste caso, a 1,93 ha distribuídos entre as monoculturas de pastagem e eucalipto, com um ganho de quase 100% em área. Para todos os métodos de análise financeira utilizados, os três sistemas avaliados são economicamente viáveis. O maior VPL foi obtido com o sistema III (R$16.302,54), seguido do sistema I (R$7.223,94) e sistema II (R$6.015,27). O Sistema I apresentou a maior relação benefício/custo (3,24) enquanto a menor ficou com o Sistema II (1,28). O VET (R$25.482,97) e o VAE (R$1.904,62) foram maiores para o Sistema III, seguido do Sistema I (VET = R$12.224,86 e VAE = R$843,97) e II (VET = R$10.456,87 e VAE = R$702,76). Das atividades analisadas o Sistema II apresentou o maior TIR (52%), seguido do Sistema III e I, 27,5% e 24,8% respectivamente. Concluiu-se que, diante da caracterização dos diferentes ambientes encontrados na Zona da Mata Mineira, os sistemas silvipastoris (eucalipto + pecuária leiteira) são técnica, econômica, social e ambientalmente viáveis, indicando que o sistema silvipastoril com eucalipto representa uma alternativa para o desenvolvimento sustentável da região.Item Alterações bioquímicas, fisiológicas, anatômicas e proteômica de sementes florestais sob estresse térmico(Universidade Federal de Viçosa, 2019-08-29) Lara, Rodrigo de Oliveira; Borges, Eduardo Euclydes de Lima e; http://lattes.cnpq.br/7230283720564665Estudos anatômicos, fisiológicos e bioquímicos durante a germinação de sementes de Cedrela fissilis sob estresse térmico são fundamentais, tendo em vista a possibilidade do aumento da temperatura global, da importância econômica da espécie e do pouco conhecimento acerca do seu uso. Além disso, a escassez de informações com base em analise proteômica em espécies nativas brasileiras, estudos de espécies de interesse econômico e ambiental são necessários como a Melanoxylon brauna. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo: avaliar alterações bioquímicas, fisiológicas e anatômicas durante a germinação de Cedrela fissilis em diferentes temperaturas e análisar qualitativamente o perfil de proteínas de sementes de M. brauna sob estresse térmico. Avaliou-se a germinação de cedro em 25, 30 e 35 °C, temperatura alternada de 35/25 °C, o índice de velocidade de germinação (IVG), condutividade elétrica, consumo de oxigênio, e monossacarídeos de açucares solúveis. Também foi avaliado o teor de peróxido de hidrogênio durante a germinação, assim como a atividade enzimática da invertase, ascorbato peroxidase, protease, catalase, superóxido dismutase, peroxidase de fenóis em condições de diferentes temperaturas. Realizou-se cortes anatômicos da semente e histoquímica de proteínas. O perfil expresso de proteinas de M.brauna foi utilizado SDS PAGE com short run e a leitura feita por espectromea de massas UPLC nanoAcquity MS. Os experimentos foram conduzidos no delineamento inteiramente causalizado (DIC). A embebição das sementes de cedro em 35 °C com posterior transferência para 25 °C favoreceu a germinação. Na temperatura de 35 °C ocorreram maiores danos ao sistema de membranas, aumento no consumo de oxigênio, maior alteração de compostos de reserva tais como redução no teor de amido, teor de glicose total e monossacarídeos assim como, acumulo de H 2 O 2 , maior atividade de invertase e proteases, comprometimento do sistema oxidante e posterior morte das sementes. Após 72 horas de embebição, foram observadas alterações anatômicas na região micropilar e no endosperma lateral assim como redução de proteínas. A análise proteômica da semente de M. brauna demonstrou que há diferença de abundância de proteínas expressas quando as sementes são submetidas a 25 e 40 °C. Foram identificadas 69 proteínas em sementes de braúna. A presença de proteínas em T0 (sem embebição) estão relacionadas a proteção e processo germinativo inicial da semente. Sob 25°C as proteínas presentes pertencem a síntese de ATP, sistema antioxidante, proteção celular e síntese de novo. As proteínas detectadas à 40 °C integram vias ligadas ao estresse oxidativo, sistema antioxidante, manutenção celular. Palavras-chave: Efeito da temperatura. Cedrela fissilis. Melanoxylon brauna. Proteína.Item Alternativas para estimar o volume de árvores individuais em formações florestais no estado de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2019-03-22) Abreu, Jadson Coelho de; Soares, Carlos Pedro Boechat; http://lattes.cnpq.br/0255405274248451Este estudo teve por objetivo comparar diferentes alternativas para estimar o volume de árvores individuais em diferentes formações florestais no estado de Minas Gerais. Os dados foram provenientes do inventário florestal realizado pela Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (CETEC, 1995) em diferentes formações florestais, para o ajuste de equações de volume do Estado e outras regiões do país. No processo de cubagem das árvores foram coletadas informações para identificação da espécie, medidos o diâmetro a 1,3 m de altura (dap) e as alturas totais (m) e comerciais (m), contados o número de galhos em cada seção de 1 m de comprimento e medidos os seus respectivos diâmetros. Os volumes dos fustes foram obtidos pela fórmula de Smalian até diâmetro mínimo com casca de 4 cm. Com os dados de volume com casca, diâmetros e alturas totais ajustou-se o modelo de Schumacher e Hall (1933) para o banco de dados total e para cada formação florestal separadamente, considerando as estruturas de um modelo de efeito fixo e de um modelo misto. Também foram treinadas 100 redes neurais (RNA) do tipo Multilayer Perceptron (Multicamadas), empregando-se os algoritmos Backpropagation e Simulated Annealing para todo o conjunto de dados e por formação florestal (com 70% dos dados), de forma supervisionada. Além disso, foram utilizadas oito configurações de máquina de vetor de suporte para regressão (MVSR), formadas a partir de duas funções de erro e quatro funções de kernel. As funções de erro otimizadas foram: função do tipo I e do tipo II. Além das abordagens dos modelos de efeito fixo e misto, o modelo de Schumacher e Hall (1933) foi ajustado por meio da regressão quantílica e o algoritmo RANSAC, com o objetivo de diminuir os ruídos de estimativa na presença de outliers. Os critérios de seleção utilizado em todos os métodos foram a correlação entre os volumes observados e estimados, a raiz quadrada do erro quadrático médio e a distribuição de frequência por classe de erro relativo percentual. Após o processamento dos dados, verificou-se que os modelos mistos apresentaram os melhores resultados em 6 formações: Caatinga Arbustiva, Cerrado, Mata Ciliar, Mata Primária, Mata Secundária, Mata de Transição do Jaíba - e para todas as formações juntas, seguido do modelo de regressão com efeito fixo (3 formações: Caatinga Arbórea, Mata Seca e Mata de Transição de Cipó) e máquina de vetor de suporte para regressão (2 formações: Campo Cerrado e Cerradão). No processo de ajuste do modelo de Schumacher e Hall comparando o Método dos Mínimos Quadrados, regressão quantílica e algoritmo RANSAC, verificou-se que as estatísticas dos três métodos foram muito próximas. No entanto, a regressão quantílica e o algoritmo RANSAC não foram influenciados pelos outliers presente no conjunto de dados. Ainda, de acordo com os resultados, ao final deste estudo, observou-se que embora todas as alternativas avaliadas foram precisas para se estimar o volume de árvores individuais em florestas naturais, não existe uma sempre superior às demais. Assim sendo, deve-se testar todas as alternativas possíveis para encontrar aquela que descreva ou explique melhor o conjunto de dados. Finalmente, observou-se que a regressão quantílica e o algoritmo RANSAC foram eficientes na presença de dados de volume discrepantes, típicos em florestas naturais tropicais.Item Análise de fatores ergonômicos em indústrias do pólo moveleiro de Ubá, Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2003-06-27) Silva, Kátia Regina; Souza, Amaury Paulo de; http://lattes.cnpq.br/5667540961833537Os ambientes e os postos de trabalho onde são realizadas as atividades de fabricação de móveis oferecem riscos que podem vir a comprometer a saúde, a segurança e o bem-estar dos trabalhadores. Os riscos ambientais físicos, os riscos químicos e os riscos relacionados à adoção de posturas inadequadas são os riscos comumente encontrados nesses ambientes. Além do que, nas atividades de fabricação de móveis, nem sempre os postos de trabalho, as ferramentas, as máquinas e os equipamentos são adequados às condições antropométricas dos trabalhadores, e nem estes são suficientemente treinados para utilizá-los corretamente. Visando à melhoria da saúde, da segurança e do bem-estar dos trabalhadores, esta pesquisa teve como objetivo fazer uma análise dos fatores ergonômicos relacionados ao processo de fabricação de móveis em indústrias do pólo moveleiro de Ubá, MG, por intermédio do levantamento dos fatores humanos relacionados ao trabalho e das condições de trabalho; da avaliação dos fatores físicos do ambiente de trabalho: ruído, luz e temperatura; do levantamento antropométrico; e da avaliação biomecânica das atividades. Os dados referentes aos fatores humanos e às condições de trabalho foram obtidos mediante a aplicação de questionários, na forma de entrevista, e de observações do local. Os dados antropométricos foram obtidos por meio de medições de variáveis do corpo humano na posição em pé. A avaliação biomecânica foi feita através da análise bidimensional, utilizando a técnica da filmagem do trabalhador em perfil e análise com o “software” desenvolvido pela Universidade de Michigan. Os níveis de ruído durante a jornada de trabalho foram determinados utilizando-se um dosímetro de ruído; os níveis de iluminância foram obtidos, no plano de trabalho, com auxílio de um luxímetro digital; e a sobrecarga térmica foi avaliada determinando-se o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG). Os resultados obtidos permitiram constatar que o treinamento e a conscientização dos trabalhadores têm fundamental importância para assegurar sua saúde, segurança e bem-estar, e como conseqüência obter melhor aproveitamento e qualidade dos produtos fabricados, beneficiando empregado e empregador. Os níveis de ruído encontrados foram elevados para a maioria das atividades, ultrapassando, para uma jornada de trabalho de 9 horas, o limite de 84 dBA, valor recomendado pela Legislação Brasileira para Atividades e Operações Insalubres (Norma Regulamentadora N015 - NR 15 -, Anexo 1, Portaria 3.214 do Ministério do Trabalho e Emprego). O IBUTG médio nos setores apresentou valores abaixo do limite máximo permitido pela NR 15, Anexo 3. A iluminância encontrada foi insuficiente para a maioria dos postos de trabalho do setor de acabamento, com valores abaixo dos recomendados pela Norma Brasileira NBR 5413/92. De acordo com os dados antropométricos, os postos de trabalho apresentaram, em média, altura fora dos limites adequados. Em relação à avaliação biomecânica, nenhuma das atividades oferecia riscos de compressão do disco L5-S1 da coluna vertebral. Quanto ao risco de lesão nas articulações do corpo, as atividades de grampeamento de fundos e tampos de guarda- roupas e de montagem de portas dos mesmos apresentaram riscos de lesão para a articulação do cotovelo. O mesmo resultado foi encontrado para a atividade de “soldagem a ponto” de móveis de aço, não sendo possível a realização das atividades com segurança, sem risco de lesão.Item Análise ergonômica da produção de mudas de eucalipto em viveiro, no Vale do Rio Doce, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2004-02-25) Alves, José Urbano; Souza, Amaury Paulo deA pesquisa foi desenvolvida a partir de dados coletados em viveiro florestal no Vale do Rio Doce, MG, para estudar os fatores ergonômicos relacionados às atividades exercidas nesses ambientes, visando à melhoria da saúde, do bem-estar, da segurança, do conforto e da produtividade dos trabalhadores. Os objetivos específicos foram: levantamento antropométrico e do perfil e condições de trabalho; avaliação biomecânica e da carga de trabalho físico; análise de riscos de lesões por esforços repetitivos/LER; e caracterização dos fatores do ambiente de trabalho, sobrecarga térmica, luminosidade e ruído. Os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais e de medições e avaliações das atividades desenvolvidas. Os resultados indicaram que os trabalhadores possuíam idade média de 32 anos e começaram a trabalhar com a idade de 15,6 anos, em média. Entre os trabalhadores, 36,0% eram casados e tinham, em média, 2,2 filhos. O tempo médio de trabalho na empresa era de 3,7 anos, no entanto, para 20,0% desses trabalhadores, o tempo era de 15,6 anos. Dos trabalhadores florestais, 64,0% aprenderam a função na própria empresa, sendo nesta o tempo igual ao na função. Em relação à saúde, 16,0% dos entrevistados afirmaram ter algum problema de saúde atualmente, do tipo alergias e problemas na coluna. Da população estudada, 24,0% freqüentavam a escola, e, dos que não estavam estudando, 72,0% tinham vontade de voltar a estudar, sendo o valor das mensalidades, o cansaço e a falta de tempo citados como os principais fatores limitantes. Os resultados antropométricos permitiram concluir que a largura máxima para os estaleiros e bancadas, para o percentil de 5%, era de 73,3 cm, enquanto a altura das bancadas e estaleiros para a população estudada, de 101 cm, no percentil 20%. A operação de maior exigência física foi o transporte de mudas para os estaleiros utilizando carrinho, apresentando valor de carga cardiovascular de 30,8%, no entanto nenhuma das atividades avaliadas apresentou valor acima do limite máximo aceitável de 40%. A maioria das atividades foi classificada como leve, com exceção das atividades de preparo de substrato; cobertura dos tubetes com vermiculita fina; transporte de mudas utilizando carrinho; e primeira seleção, as quais foram consideradas moderadamente pesadas. O transporte de muda foi a única atividade que apresentou força de compressão do disco da coluna acima da carga-limite superior, e todas as atividades avaliadas ultrapassaram essa carga recomendada em pelo menos uma fase do ciclo e em pelo menos uma articulação. Os resultados sobre o risco de lesões por esforços repetitivos permitiram concluir que todas as atividades avaliadas, exceto para a primeira seleção, foram classificadas como de alto risco. Os níveis de ruído e os valores do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) encontrados não ultrapassaram os limites de 85 dB(A) e 26,7 oC, respectivamente, estipulados pela Norma Brasileira dos Manuais de Legislação Atlas sobre Segurança e Medicina do Trabalho. A luminosidade encontrada foi considerada insuficiente nos postos de trabalho das atividades: embandejamento de tubetes, estaqueamento e corte de estacas, de acordo com os níveis estabelecidos pela NBR 5413, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).Item Análise estrutural e propriedades tecnológicas da madeira de espécies da Amazônia(Universidade Federal de Viçosa, 2017-03-24) Reis, Pamella Carolline Marques dos Reis; Souza, Agostinho Lopes de; http://lattes.cnpq.br/7139809682523919A colheita madeireira é uma das principais atividades econômicas da região amazônica. Existem vários estudos que comprovam a sustentabilidade da colheita realizada a partir de técnicas de manejo florestal sustentável. Contudo, para potencializar essa sustentabilidade é necessário a maior diversificação das espécies a serem colhidas. Uma possibilidade é a colheita e utilização no segundo ciclo de madeiras oriundas de espécies não tradicionais ou não comerciais no primeiro ciclo de corte, que podem compor a maior parte da volumetria das futuras colheitas. Um entrave ou obstáculo para a utilização dessas novas espécies são as poucas informações de suas propriedades tecnológicas e do seu estoque na floresta. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi promover as espécies não tradicionais para o uso. O trabalho foi divido em quatro artigos. No primeiro artigo foi realizada análise estrutural de uma área de 64 ha localizada no Km-67 da Floresta Nacional do Tapajós. A floresta foi avaliada em 1981, um ano após a colheita, e em 2012, sendo analisados os parâmetros densidade (n.ha -1 ), área basal (m 2 .ha -1 ), volume (m 3 .ha 1 ) e distribuição diamétrica. Após 33 anos da colheita, a floresta manejada aumentou sua densidade, área basal e volume. Das 20 espécies com maior densidade em 2012, Bixa arborea Huber, Helicostylis pedunculata Benoist, Couratari stellata A. C. Sm., e Tachigali chrysophylla (Poepp.) Zarucchi & Herend. são potenciais para comercialização, pois além da elevada densidade, área basal e volume possuem distribuição diamétrica que favorece a recomposição florestal. O segundo estimou as propriedades físico-mecânicas de madeiras da Amazônia a partir da densidade básica, utilizando Redes Neurais Artificiais (RNA). As propriedades estimadas foram: contração (tangencial, radial e volumétrica), flexão estática, compressão paralela e perpendicular às fibras, dureza de Janka paralela e transversal, tração, fendilhamento e cisalhamento. A estimativa seguiu a tendência dos dados observados para as contrações tangencial, radial e volumétrica. A rede estimou com alta precisão as propriedades mecânicas. Em relação à distribuição dos erros, a flexão estática, compressão paralela e compressão perpendicular às fibras apresentaram maior precisão. Sendo assim, as Redes Neurais Artificiais podem ser utilizadas para estimar as propriedades contração (tangencial, radial e volumétrica), flexão estática, compressão paralela e perpendicular às fibras, dureza Janka, tração, cisalhamento e fendilhamento, a partir da densidade básica. O terceiro artigo teve como objetivo agrupar espécies da Amazônia através das propriedades físico-mecânicas das madeiras e realizar a análise discriminante para saber quais características tecnológicas foram mais importantes para esse agrupamento. As propriedades físico-mecânicas utilizadas para o agrupamento foram: densidade básica, contração (tangencial, radial e volumétrica), flexão estática, compressão paralela e perpendicular às fibras, dureza de Janka paralela e transversal, tração perpendicular às fibras, fendilhamento e cisalhamento. A análise de Cluster foi eficiente para o agrupamento das espécies. As espécies madeireiras estudadas foram separadas em três grupos distintos. As principais características físico-mecânicas utilizadas para discriminar os grupos foram: a densidade básica, o cisalhamento e a compressão paralela às fibras. No quarto artigo foi realizada a descrição anatômica da madeira de Couratari stellata A. C. Sm, estimativa das propriedades físico-mecânicas, determinação da densidade da madeira, poder calorífico, análise química imediata da madeira e do carvão, rendimento gravimétrico e determinação da friabilidade do carvão vegetal, com o objetivo de determinar as propriedades da madeira e do carvão dessa espécie. A madeira de Couratari stellata pode ser identificada a nível de espécie na microscopia através dos vasos/poros solitários, em arranjo diagonal, parênquima axial escasso e em linhas reticuladas, raios trisseriados, heterogêneos e presença de fibras septadas e não septadas. A madeira da espécie apresentou características favoráveis ao uso, podendo ser uma substituta de outras espécies com características semelhantes. O carvão de Couratari stellata pode ser utilizado para o uso doméstico.Item Análise fisiológica e molecular da germinação de sementes de brauna (Melanoxylon brauna Schott) sob estresses hídrico e salino(Universidade Federal de Viçosa, 2017-10-10) Matos, Antônio César Batista; Borges, Eduardo Euclydes de Lima e; http://lattes.cnpq.br/8890155351307108Estresses abióticos, como seca e salinidade, influenciam a sobrevivência das plantas. A germinação de sementes é um dos pontos críticos durante o ciclo de vida das plantas. Mecanismos de resposta a nível fisiológico e molecular são escassos para sementes de espécies arbóreas como Melanoxylon brauna. O presente trabalho teve por objetivo investigar os efeitos dos estresses hídrico e salino durante a germinação de sementes de braúna. Avaliou-se as curvas de embebição e a germinação nos potenciais de 0, -0,2, - 0,4, -0,6 e -0,8 Mpa (PEG e NaCl). Para as demais análises utilizou-se o potencial de 0,0 e -0,4 MPa, no qual foram avaliados peso fresco e comprimento do eixo embrionário, fitohormônios, peroxidação de lipídios (MDA), produção de ânion superóxido (O 2.- ) e peróxido de hidrogênio (H 2 O 2 ), ação do sistema antioxidante, pela atividade das enzimas dismutase do superóxido (SOD), catalase (CAT), peroxidase do ascorbato (APX) e peroxidase (POX) e análise proteômica para elucidar os mecanismos de resposta sob estresse. Para sementes do grupo controle foi possível observar padrão trifásico de embebição, maiores porcentagens de germinação e taxas de crescimento do eixo embrionário em relação aos tratamentos sob estresse hídrico e salino. Em condições salinas houve atraso do ganho de peso de sementes, reduções da germinação e do crescimento do eixo embrionário, sendo classificada como halófita. Sob estresse hídrico ocorre redução mais drástica do ganho de peso de sementes, a germinação é inibida, bem como o crescimento do eixo embrionário. Sementes de M. brauna são mais sensíveis ao estresse hídrico do que ao estresse salino. Níveis endógenos de ACC foram superiores após a germinação de sementes. Níveis endógenos de ABA, AIA e AS foram superiores em resposta ao estresse hídrico. ABA e AIA induzem um estado de quiescência sob condições de estresse hídrico. Não houve danos oxidativos pelos dados de MDA. Ocorreram reduções dos níveis de H 2 O 2 e MDA durante o tempo. Proteínas como PGK, α-L-arabinofuranosidase e conglutina são temporariamente inibidas sob estresses hídrico e salino. Anexina pode estar relacionada ao controle dos estresses hídrico e salino. Mecanismos fisiológicos e moleculares atuam de forma integrada em sementes de braúna, sendo fundamentais para explicar a germinação e as diferentes respostas sob condições de estresse.Item Análise técnica e econômica de sistemas agroflorestais em Machadinho d’Oeste, Rondônia(Universidade Federal de Viçosa, 2003-11-21) Gama, Michelliny de Matos Bentes; Silva, Márcio Lopes da; http://lattes.cnpq.br/3499005825048351Os objetivos deste estudo foram avaliar a produção, a eficiência do uso da terra, o retorno financeiro e o risco de investimento em sistemas agroflorestais (SAFs) tradicionalmente utilizados no Estado de Rondônia. Os dados dos sistemas agroflo- restais foram originários de um experimento de 15 anos, pertencente à Embrapa, instalado no Campo Experimental de Machadinho d’Oeste, no nordeste do Estado de Rondônia. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com quatro repetições e a análise seguiu o esquema de parcelas subdivididas, estudando-se nas parcelas oito sistemas de produção e, nas subparcelas, o tempo de produção. As espécies utilizadas foram: banana (Musa sp.) - Ba, pimenta-do-reino (Piper nigrum L.) - Pm, cupuaçu (Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) K. Schum.) - Cp, castanha-do- brasil (Bertholletia excelsa H.B.K.) - Ca, freijó (Cordia alliodora ((Ruiz & Pav.) Oken) - Fr e pupunha (Bactris gasipaes Kunth) - Pu. Os tratamentos consistiram em sistemas agroflorestais: T1 T6 Pu, T7 Ba e T8 Ca-Ba-Pm-Cp, Pm. T2 Fr-Ba-Pm-Cp, T3 Pu-Ba-Pm-Cp; e monocultivos: T4 Ca, T5 Fr, Os dados dos sistemas agroflorestais (SAFs) foram analisados de forma comparativa com os dos monocultivos; a situação observada nos SAFs foi considerada a desejável. A eficiência do uso da terra com sistemas agroflorestais em relação aos monocultivos foi avaliada por meio da Produtividade Relativa (PR) e do Índice de Equivalência da Terra (IET). A análise financeira dos sistemas agroflorestais foi apoiada nos critérios econômicos de avaliação de projetos florestais. Os dados foram analisados a partir da formação do fluxo de caixa, incluindo os custos e as receitas ao longo do horizonte de planejamento de cada sistema de produção; a situação de maior retorno econômico foi considerada a desejável. O risco de investimento foi realizado mediante simulações feitas no software @RISK para o sistema agroflorestal com os melhores resultados financeiros. As principais conclusões foram que as espécies testadas são apropriadas para o plantio em sistemas agroflorestais multiestratos; a densidade populacional apresentou-se como fator de grande influência sobre o desempenho produtivo das espécies agrícolas; a associação de espécies não afetou o crescimento das espécies arbóreas castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa) e freijó (Cordia aliodora), sendo necessário um monitoramento a longo prazo da produção de frutos de castanha-do-brasil para melhores conclusões sobre seu comportamento produtivo; os resultados da PR e do IET mostraram que o SAF T1 Ca-Ba-Pm-Cp é a melhor alternativa de produção em relação aos SAFs T2 Fr-Ba-Pm-Cp e T3 Pu-Ba-Pm-Cp; os SAFs foram, por um período contínuo de 10 anos, a forma de uso da terra mais eficiente que os monocultivos; os custos com tratos culturais e colheita representaram mais de 70% da composição dos custos totais; a participação da mão-de-obra foi superior a 50% nas fases de preparo da área e de manutenção dos sistemas agroflorestais; todos os sistemas de produção foram economicamente viáveis, sendo T1 Ca-Ba-Pm-Cp o sistema agroflorestal com melhor desempenho financeiro; e, apesar do alto custo de implantação e manutenção, o risco de investimento neste sistema agroflorestal foi comprovadamente menor, com resultados favoráveis ao investimento, de acordo com as simulações de risco e os resultados dos indicadores financeiros aplicados.Item Análise técnica, econômica e socioambiental da manutenção de estradas não pavimentadas utilizando o Digital Twin(Universidade Federal de Viçosa, 2021-01-29) Arrivabeni, Breno Santos; Machado, Carlos Cardoso; http://lattes.cnpq.br/7670757189175389Devido à indiscutível importância estratégica da infraestrutura rodoviária, a qualidade das estradas torna-se atualmente um objetivo urgente, especialmente em se tratando de estradas florestais. Pelo fato de não possuírem uma camada selante, tais vias tornam-se mais susceptíveis aos efeitos de degradação e inviabilização do tráfego, requerendo maior atenção em sua construção e manutenção. O objetivo deste trabalho foi analisar o desempenho das práticas de manutenção de estradas não pavimentadas no âmbito técnico, econômico e socioambiental, evidenciando as melhores propostas a nível de projeto. Buscou-se também discutir a associação do software HDM-4 (Highway Development & Management) ao conceito de Digital Twin na gestão de vias em empreendimentos florestais. As análises se basearam na configuração do sistema HDM-4 com dados de entrada de interesse, os quais consideraram características da rede viária estudada, do tipo de veículo utilizado e de padrões de manutenção a serem adotados nas vias alvo. A associação dessas informações permitiu a formação de cenários, os quais consideraram a reposição e a não reposição de cascalho sobre as vias como metodologia de estudo. Os panoramas mais viáveis técnica, econômica e ambientalmente foram selecionados para simulação no software Simio, visando a obtenção de modelos virtuais representativos do projeto físico, característicos do conceito de Digital Twin. O cenário mais eficaz ao não se considerar a reposição de cascalho foi o de subleito cascalhoso, situado em clima tropical, com vias planas de 90 km de distância, espessura inicial de 175 mm de cascalho, alta intensidade de tráfego e submetidas a manutenções de alto nível a cada 30 dias. Ao se considerar a reposição, o panorama ideal foi o de subleito cascalhoso, situado em clima temperado, com vias onduladas de 30 km de distância, espessura inicial de 175 mm de cascalho, alta intensidade de tráfego e também submetidas a manutenções de alto nível a cada 30 dias. A adoção da alta manutenção apresentou- se como a mais viável por maximizar a qualidade das vias e proporcionar melhores benefícios líquidos totais, menores índices de emissão de gases, consumo mais baixo de combustível e pneus e suficiente condição do pavimento ao final do projeto. O nívelde manutenção adotado nas estradas, com e sem reposição de cascalho, apresentou impacto direto na frota necessária, sendo exigido às vias submetidas à baixa intervenção um número maior de veículos para suprimento da demanda. A simulação de tempo e movimento se mostrou satisfatória no cenário de interesse, tendo sido possível a definição da escala diária de trabalho, formação de turnos e cumprimento da carga horária exigida, em conformidade com os padrões almejados. A união do software HDM-4 como Sistema de Gerência de Pavimentos ao software Simio como ferramenta de simulação de Gêmeos Digitais, pode perfeitamente fundamentar a tomada de decisões no que tange às rodovias, em especial às estradas não pavimentadas. Trabalhos como este são de grande importância para se definir os efeitos das práticas de manutenção na qualidade das vias e sobretudo na gestão do transporte florestal. Palavras-chave: Gêmeo Digital. Estrada não pavimentada. HDM-4.Item Anatomia de um crime ambiental(Universidade Federal de Viçosa, 2016-09-13) Barros, Kelly de Oliveira; Ribeiro, Carlos Antonio Alvares Soares; http://lattes.cnpq.br/3124439871019291Com a aprovação da nova lei florestal (Lei 12.651/2012), várias mudanças foram impostas, principalmente no que se refere às Áreas de Preservação Permanente – APPs. A APP de topo de morro foi aquela categoria cujos critérios de demarcação foram drasticamente alterados. Assim, torna-se necessário contrapor a nova lei florestal ao Código Florestal revogado (Lei 4.771/1965), para verificar as implicações decorrentes para a proteção da vegetação nativa e para o agronegócio brasileiro, em especial no caso das APPs localizadas no terço superior dos morros. A área de estudo corresponde à bacia hidrográfica do Rio Turvo Limpo, localizada na Zona da Mata de Minas Gerais. Tendo em vista a ambiguidade da nova lei florestal quanto à demarcação da APP de topo de morro e o equívoco na adoção do ponto de sela como base do morro, três metodologias foram simuladas para avaliar o impacto da adoção de diferentes pontos de referência para aplicação dos critérios altura e declividade, considerando: 1) o ponto de sela mais próximo do cume, necessariamente interceptado pelo contorno do morro; 2) o ponto de sela mais próximo do contorno do morro, cujo contorno não o intercepta; e 3) o ponto de menor cota no contorno do morro. A metodologia 2, embora seja incipiente, foi considerada a correta forma de interpretar a nova demarcação da APP de topo de morro. Nas três situações, o critério declividade exerceu grande influência na classificação de um morro. Independentemente da situação, a redução das APPs de topo de morro foi grande, sendo tais áreas eliminadas por completo na metodologia 1. No Código Florestal revogado, especialmente a categoria de linha de cumeada determinava proteção que ia além do terço superior dos morros, revelando importância fundamental na proteção e conservação da natureza. Assim, diante da importância do reestabelecimento desta categoria de preservação, uma nova proposta de proteção das APPs de topo de morro foi elaborada, delimitando, nos divisores de água, um corredor ecológico contínuo com 100 m de largura. Esta referida proposta totalizou 32% de vegetação protegida na área de estudo. Exceto na área de aplicação da Lei da Mata Atlântica, o agronegócio brasileiro foi significativamente beneficiado com o aumento de áreas disponíveis para o uso alternativo do solo.Item Aplicação dos sub-produtos alcalinos da indústria de polpa celulósica kraft em aterros sanitários e na remediação de drenagem ácida(Universidade Federal de Viçosa, 2018-09-21) Farage, Rogério Machado Pinto; Silva, Cláudio Mudadu; http://lattes.cnpq.br/9811279570941278Motivado pela necessidade de material para cobertura intermediária em aterros sanitários, pela busca por materiais em quantidade e custos acessíveis para uso como barreira reativa permeável (BRP) no tratamento/remediação de drenagem ácida de mineração e redução dos custos das fábricas de polpa kraft com o tratamento e disposição final dos resíduos alcalinos dregs, grits e lama de cal, o presente estudo objetivou avaliar o uso destes resíduos alcalinos para estas aplicações sob a variável ambiental. Baseado nos procedimentos operacionais para aterros sanitários no Brasil, a demanda de material para cobertura intermediária é de cerca de 17 milhões m3/ano, consumindo todo o volume dos resíduos alcalinos gerados pelo setor de polpa kraft no Brasil (cerca de 380 mil t/ano), com uma redução de custos de R$ 30 milhões / ano para as fábricas. Quanto ao tratamento das drenagens ácidas do setor de mineração, os sistemas de tratamento in loco, com destaque ao uso de BRP, representam uma opção mais atrativa devido aos reduzidos custos de instalação e manutenção, quando comparados aos sistemas ativos, que consistem na construção de estações de tratamento de efluentes e sistemas de bombeamento. As BRP’s são instaladas no fluxo das drenagens ácidas, atuando na retenção de contaminantes, a exemplo de metais e sulfatos, através de mecanismos como adsorção, troca iônica e precipitação. A vida útil dos materiais adsorventes implica na opção por materiais de baixo custo e elevada disponibilidade, motivando estudos sobre o reuso de resíduos industriais. O presente estudo avaliou as possíveis restrições de uso dos materiais em aterros sanitários, notamente sobre a ação dos microrganismos responsáveis pela estabilização da fração orgânica dos resíduos no interior dos aterros e posteriormente no tratamento do chorume. Avaliou-se ainda a remoção de metais no chorume gerado em aterros sanitários quando da utilização de um composto de dregs+grits e lama de cal. Finalmente, estudou-se a capacidade de remoção de cobre e sulfato em drenagem ácida de mineração com o uso de dregs e grits. O uso do composto dregs+grits e da lama de cal como cobertura intermediária em aterros sanitários foi dividido em três etapas: construção e enchimento de 3 aterros sanitários experimentais, sendo um controle (sem uso dos resíduos alcalinos), monitorados durante 6 meses através dos respectivos chorumes gerados; tratamento biológico dos chorumes gerados nas unidades experimentais com cobertura de dregs+grits e da controle (sem cobertura intermediária), por meio de reatores aeróbios; construção de 9 colunas preenchidas com o composto de dregs+grits (3 colunas), com lama de cal (3 colunas) e com solo (3 colunas), seguido da aplicação periódica de uma solução de chorume e metais (Cd, Cr, Cu, Mn, Ni e Pb). Os valores de DQO dos chorumes gerados na unidade experimental com cobertura de lama de cal e para a unidade controle foram similares, 2.800 mg/L e 3.300 mg/L, respectivamente, ao final do intervalo de monitoramento. O chorume da unidade experimental com cobertura do composto de dregs+grits manteve DQO de 32.000 mg/L neste intervalo, diminuindo para 2.800 mg/L após 9 meses, enquanto os chorumes da unidade com lama de cal e da controle passaram a 800 mg/L e 1.300 mg/L, respectivamente. Este comportamento sugere a presença de agente inibidor das atividades da microbiota na unidade com dregs+grits, a exemplo do sódio, com concentração 13 vezes maior que no chorume da unidade controle. A eficiência média na remoção de DQO através do tratamento biológico dos chorumes gerados nas unidades experimentais com cobertura do composto de dregs+grits e da controle foram similares, entre 70% e 90%. As retenções de metais nos ensaios de coluna foram similares para a lama de cal e solo, acima de 70%, com oscilação para o Cu durante os intervalos das aplicações nas colunas com lama de cal. As colunas com dregs apresentaram dessorção de Cu e comportamento oscilatório nas retenções de Cd, Cr e Ni ao longo do monitoramento das colunas. A remoção de Cu e sulfato em drenagem ácida de mineração foi avaliada através de ensaios de cinética de adsorção, ensaios em batelada com diferentes relações S:L (adsorvente: adsorvato) e ensaios em coluna. A retenção de Cu, em ambiente alcalino, foi similar para dregs e grits, superior a 99% para relação S:L de 1:10, sugerindo mecanismo de precipitação. A remoção de sulfato foi superior a 70% com o uso de ambos materiais, em ambiente ácido (pH <5).Item Aprendizado de máquina em aplicações de manejo florestal(Universidade Federal de Viçosa, 2019-09-16) Souza, Guilherme Silverio Aquino de; Gleriani, José Marinaldo; http://lattes.cnpq.br/1638183020358550Os algoritmos de aprendizagem de máquina (machine learning), constituem algumas das técnicas de inteligência artificial capazes resolver problemas mais complexos e de relações não lineares entre variáveis. Esses algoritmos vêm ganhando espaço em aplicações florestais mostrando-se eficientes em diversas aplicações florestais, retornando ganhos de precisão e redução de custos de processos em empresas. Além das ANN, que acumulam já uma considerável quantidade de estudos em aplicações florestais, alguns outros algoritmos mostraram potencial para a melhoria da precisão e acurácia de trabalhos de modelagem, tais como regressão de vetor de suporte (SVR) e o random forest (RF). O objetivo do presente trabalho foi de comparar o desempenho dos algoritmos citados em algumas aplicações florestais, buscando entender o comportamento das predições bem como os melhores modelos para os casos estudados. O primeiro caso, primeiro capítulo, teve o objetivo de avaliar o desempenho de índices de vegetação óticos e radarmétricos, provindos dos sensores ALOS-AVNIR-2 e ALOS-PALSAR, respectivamente, para predição do volume de plantios de eucalipto usando os três algoritmos supracitados. Cinco principais índices contribuíram, em diferentes níveis para as predições de volume: NDVI e R (índices opticos), e Pt, VSI, BMI (índices radarmétricos), provando a complementariedade da informação de ambos sensores. RF foi o algoritmo mais apropriado, com um R² de 0.778 e RMSE de 11.561(4.578%). No segundo capítulo, investigou-se o uso dos algoritmos para a predição de diâmetros e alocação ótima de fustes árvores de eucalipto em toras para diferentes usos, comparando- os com equações de afilamento. A equação de Kozak (1988) e as ANN apresentaram as estimativas mais acuradas e desempenho similar. RF gerou estimativas inexatas, gerando curvas de perfil de árvores na forma de “degraus”. Em ambos estudos, os três algoritmos testados (ANN, SVR e RF) mostraram desempenho ou igual ou superior as abordagens convencionais. O RF se mostrou um algoritmo muito flexível para os casos de regressão, especialmente para a predição de volume por sensoriamento remoto. Entretanto os modelos gerados são limitados em predizer em uma amplitude e intervalo dado das mensurações das amostras. Para estimar o diâmetro no fuste, a não ser que mensurações sejam tomadas em intervalos menores e grandes amplitude de classes de tamanho de árvores amostras, o algoritmo RF se mostrou inapropriado. Os algoritmos SVR e ANN preservaram a continuidade das funções, mostrando-se apropriadas para estimativas fora do intervalo de mensuração, especialmente para o caso das funções de afilamento. Entre esses dois algoritmos, a ANN se mostrou muito mais flexível para lidar com a modelagem quantitativa (regressão), especialmente quando são envolvidas variáveis categóricas com muitos fatores (estratos e classes). Palavras-chave: Máquina de vetor de suporte. Redes Neurais (Computação). Algoritmos.Item Aproveitamento dos gases da carbonização para secagem da madeira e produção de carvão vegetal(Universidade Federal de Viçosa, 2021-04-16) Siqueira, Humberto Fauller de; Carneiro, Angélica de Cássia Oliveira; http://lattes.cnpq.br/9315893147370424O carvão vegetal é um produto florestal renovável de grande importância para o Brasil, único país consumidor deste produto na siderurgia e metalurgia. Visando aumentar a sustentabilidade na produção deste insumo, os gases gerados na carbonização não são aproveitados e apresentam potencial energético, os quais podem ser queimados em fornalhas específicas, mitigando as emissões do processo e produzindo energia com potencial para geração elétrica e/ou térmica. Neste sentido, esse estudo objetivou o desenvolvimento e avaliação de um sistema de aproveitamento energético dos gases, em primeira etapa, da carbonização e, em segunda etapa, os gases combustos do queimador para secagem artificial da madeira dentro do próprio forno e avaliar a eficiência da secagem e os impactos no rendimento e qualidade do carvão vegetal. O sistema é composto por quatro fornos circulares de alvenaria, acoplados a um queimador central, interligados por meio de dutos. Na primeira etapa utilizaram-se apenas dois fornos, nos quais os gases da carbonização foram extraídos da chaminé do forno em carbonização e direcionados ao forno de secagem, carregado de madeira. Após as avaliações, prosseguiu-se para a segunda etapa, modificando o sistema e utilizando os quatro fornos, dois para carbonização e dois para secagem. Na chaminé do queimador foi instalada uma tubulação metálica para extração dos gases combustos e direcionamento para os fornos de secagem. Foram avaliadas as temperaturas de 120 e 150 °C e os tempos de 15; 22,5; 30; 45 e 60 horas. A redução da umidade foi medida a partir da pesagem da madeira antes e após cada experimentação. Após a secagem, coleta e análises dos resultados, foram definidos os melhores tempos e temperatura para avaliar o efeito da secagem artificial da madeira seguida de carbonização, de modo a obter os ganhos em rendimento e avaliar os impactos nas propriedades do carvão vegetal. Conclui-se que o uso dos gases da carbonização é eficiente na secagem apenas quando utilizado na 3ª fase da carbonização. No entanto, a secagem artificial da madeira dentro do forno utilizando os gases combustos foi mais eficaz, e as maiores perdas de umidade ocorreram quando utilizados os gases combustos a 150 °C durante 30 horas, o que promoveu, também, ganhos em rendimento gravimétrico e qualidade do carvão vegetal. Palavras – chave: Energia da madeira. Pirólise lenta. Secagem em toras. Umidade da madeira. Rendimento gravimétrico.Item Arborização participativa: implicações na qualidade das florestas urbanas(Universidade Federal de Viçosa, 2003-04-28) Lira Filho, José Augusto de; Gonçalves, Waltuelfer; http://lattes.cnpq.br/0760956439335303A conivência da vegetação urbana com a população e toda a infra-estrutura inserida no ecossistema urbano tem seus impactos e influências na qualidade das árvores. Especificamente no que concerne à relação entre a população e as árvores urbanas, a compreensão da convivência pacífica entre ambas passa pela necessidade de se conhecer o nível de participação popular no processo de arborização urbana, em termos de aceitação e conscientização, bem como da incidência de danos físicos causados às arvores, de origem antrópica. Nesse contexto, formulou-se a hipótese de que a qualidade das árvores urbanas está relacionada com o nível de participação popular na arborização. Para comprovação de tal hipótese, analisou-se a influência da arborização participativa sobre a qualidade das florestas urbanas no que se refere aos danos físicos nela incidentes, oriundos de causas antrópicas. Para isso, direcionou-se a pesquisa entre dois bairros periféricos de Cataguases-MG com experiências diferenciadas na arborização (participativa versus convencional), correlacionando-se com dois aspectos considerados importantes para a qualidade das árvores, ou seja, os danos antrópicos nelas incidentes, bem como o nível de participação popular na arborização. Utilizou-se a Análise Descritiva dos dados, obtidos a partir de inventário quali-quantitativo dos danos incidentes nas árvores e entrevistas direcionadas aos moradores dos bairros pesquisados, no sentido de analisar o nível de participação popular no processo de arborização urbana. Para o estudo de caso não se confirmou a hipótese testada, uma vez que a incidência de danos no bairro com experiência participativa foi maior (24%) em relação ao de arborização convencional (18%). Isso de deve ao fato de que no processo de arborização participativa há vários fatores de ordem social, econômica, cultural e psicossocial concorrentes para a garantia da qualidade das árvores. Acredita-se que haja possibilidade de a hipótese se confirmar nas situações em que o participativo se efetue de forma consistente e sistemática nas comunidades urbanas.Item Associação entre floresta urbana e indicadores da saúde humana(Universidade Federal de Viçosa, 2018-03-12) Moreira, Gilberto Fialho; Souza, Amaury Paulo de; http://lattes.cnpq.br/7884811287764010A vida agitada e o estresse das cidades contemporâneas são as principais causas das chamadas “doenças modernas”. Em contrapartida, viver em ambientes naturais, onde se pode ter um conforto térmico devido ao sombreamento das árvores, somado à beleza cênica do local e outros benefícios oferecidos pela natureza, proporciona ao ser humano bem-estar e saúde. Neste sentido, este trabalho investigou a relação entre os indicadores de saúde das pessoas e a floresta urbana do entorno de onde estas vivem. Foi utilizada uma metodologia diferenciada em relação a outros estudos similares (pois foram estudados 26 indicadores de saúde), dividida em diagnósticos e resultados de exames laboratoriais, muito dos quais geralmente não são contemplados nesses estudos. Além disso, as informações fornecidas pelos participantes fizeram parte da realidade de suas vidas e não apenas observações realizadas momentaneamente. Nesse sentido, foi aplicado um formulário eletrônico para os funcionários da Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves. Logo, considerou-se apenas a área urbana de Belo Horizonte para realização das análises. Os dados foram analisados por meio da Estatística Descritiva e correlações, a partir da estimativa do coeficiente de Correlação de Pearson, Correlação de Spearman e Frequência Relativa. Os indicadores de saúde que apresentaram maiores associações e consequente diminuição da sua incidência em relação ao aumento da floresta urbana, principalmente aquela encontrada mais próxima à residência dos participantes, foram: ansiedade, depressão, enxaqueca e hipertensão. Os respectivos Coeficientes de correlação linear simples foram de -0,0457, -0,0428, -0,0137 e -0,0963 em relação à floresta encontrada na área circular de raio de 1 km e de -0,0214, -0,0654, -0,0989 e -0,0735 para raio de 0,5 km. Ansiedade e hipertensão também obtiveram comportamento similar em relação ao número de árvores. Em contrapartida, os casos de asma e alergias aumentaram concomitantemente em relação ao número de árvores e à área de floresta urbana, bem como os diagnósticos de depressão à medida que as pessoas moravam mais perto de um parque urbano aberto à visitação. A floresta urbana, a qual inclui todos os tipos de vegetação das cidades, foi o dado ambiental que mais apresentou correlação com os indicadores de saúde estudados, contribuindo principalmente na diminuição da ocorrência de doenças categorizados como doenças psicológicas ou originadas por processos psicológicos ou distúrbios mentais.