Ciências Agrárias
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Item A autopoiese urbana: degradação e revitalização da cidade(Universidade Federal de Viçosa, 2004-08-04) Berdague, Camila da Silva; Griffith, James Jackson; http://lattes.cnpq.br/0018253561387847A população urbana brasileira superou a população rural, pela primeira vez, ainda na década de 60, provocando uma inversão demográfica com resultados desastrosos. Paralelamente a urbanização da população, cresceram a desigualdade social, a violência, os congestionamentos e todo tipo de problemas ambientais, que preenchem as paginas tanto de revistas especializadas quanto populares, reforçando a percepção do grau de degradação em que se encontram nossas cidades. Apesar da gravidade da situação, poucos estudos são realizados sobre os processos de degradação e recuperação especificamente de áreas urbanas, fora do âmbito do urbanismo. Isto pode ser constatado nos Anais dos SINRAD - Simpósio Brasileiro de Recuperação de Áreas Degradadas, onde menos de 15% dos trabalhos apresentados nos cinco eventos realizados referem-se ao tema. Contudo, o que distingue o processo de degradação de áreas urbanas e de áreas consideradas rurais, ou ainda, naturais? A principal diferença está na complexidade do urbano. Utilizando os conceitos da Teoria de Santiago, desenvolvida pelos biólogos chilenos Humberto Maturana e Francisco Varela, e a sua aplicação aos sistemas sociais, desenvolvida pelo sociólogo alemão Niklas Luhman, foi possível formular uma nova concepção para cidade e seus processos de degradação e revitalização. Concebeu-se então o urbano como um subsistema ou semiosfera da sociedade humana total, que gera e é gerado pela cultura urbana, e que tem como diferença diretriz a dicotomia cidade/campo. Esta dicotomia opera como elemento de distinção física, psíquica e social, conformando uma identidade urbana. 0 urbano e autocriativo (produz continuamente a si próprio), autoIimitado (opera distinções que conformam uma fronteira) e autoperpetuador (é capaz de desenvolver sua própria filogenia). O seu processo de formação e expansão - urbanização - e um processo autopoiético, um contínuo ser e fazer por cujo intermédio distingue-se do meio natural. As cidades, por sua vez, são subsistemas dentro do urbano (constituídos por elementos físicos e simbólicos), criados e selecionados ao longo do tempo pela cultura, de modo que sua inter-relação garantisse maior plasticidade ao sistema como um todo. Além de subsistemas do urbano, as cidades também são formas físicas de armazenamento e transmissão de linguagem, acopladas sincronicamente com sistemas psíquicos e sociais, conformando uma rede de atualizações (influências) cíclicas e recorrentes. São a manifestação física - através de redes e interações entre a malha viária e espaços públicos e privados - das nossas redes e interações sociais. Assim como o urbano, as cidades são capazes de produzir a si mesmas e especificar seus próprios limites. Por meio do pensamento sistêmico e utilizando ferramentas desenvolvidas especialmente para expressar dinãmicas ou inter- relações, foi possível elaborar um modelo teórico que explicasse os processos de atualização da estrutura do sistema sócio-espacial urbano e manutenção de sua autopoiese. Acredita-se que os cursos d'água, sejam um interessante ponto de partida para a revitalização urbana devido a suas características inerentes e também porque o próprio ciclo hídrico e muitas vezes interpretado como um tipo de comportamento, o que e o primeiro passo para dar início a concepção de um sistema mais abrangente integrado por humanos e não-humanos, permitindo que estes participem da construção de uma teia complexa de interações multiniveladas, re-tecendo a teia da vida.Item A cadeia produtiva da madeira para energia(Universidade Federal de Viçosa, 2005-03-31) Fontes, Alessandro Albino; Silva, Márcio Lopes da; http://lattes.cnpq.br/5310343581017203O presente estudo buscou diagnosticar a cadeia produtiva agroindustrial da madeira para energia e sugerir iniciativas que visem, principalmente, o aumento da eficiência técnico-operacional e gerencial dos negócios da madeira, assim como a melhor coordenação entre seus atores. O trabalho tomou por referência conceitual o Enfoque Sistêmico de Produto e empregou-se a Metodologia do Programa Sebrae: Cadeias Produtivas Agroindustriais (SEBRAE, 2000), para o diagnóstico da cadeia. Para o levantamento de informações foram utilizados os métodos de pesquisa rápida: condução de entrevistas informais e semi- estruturadas com atores-chave da cadeia e a observação direta dos estágios que a compõem, associado ao uso intensivo de informações de fontes secundárias. A cadeia foi definida a partir dos principais produtos finais, lenha e carvão vegetal. Foi entrevistado um total de 40 pessoas, distribuídas igualmente nos principais segmentos da cadeia e no seu ambiente institucional, sendo estes: produtores, empacotadores, transportadores, comerciantes, distribuidores e consumidores em geral de lenha e carvão vegetal, especialistas e representantes de entidades de classe, órgãos público, entre outros. Os dados qualitativos das entrevistas infor- mais e semi-estruturadas com atores-chave da cadeia, bem como os relatos de observação direta dos seus estágios, foram compilados de forma a retratar a atual situação da cadeia agroindustrial. Os dados quantitativos foram tabulados em planilhas eletrônicas e as séries temporais analisadas, principalmente, por meio de gráficos, identificando a evolução destas ao longo do tempo. Evidenciou-se um segmento de produção bastante precário e impossibilitado de atender a um aumento da demanda de lenha e carvão no curto e médio prazo. Os estoques florestais plantados não são suficientes nem para atender à demanda atual e as novas áreas reflorestadas, anualmente, estão muito aquém do volume necessário. Somam-se a isto a baixa produtividade de muitos dos reflorestamentos já implan- tados e os baixos índices de conversão obtidos em muitas carvoarias. O segmento de comercialização e distribuição também mostrou-se bastante precário com participação de vários tipos de fornecedores e de intermediários, onde verificou- se uma baixa incidência de contratos e planejamento de mercado. Também, as perdas decorrentes do manuseio, as condições de conservação das rodovias e as longas distâncias de transporte elevam o custo do produto e diminuem o lucro do produtor. No segmento de consumo, parte significativa da lenha é consumida no setor residencial para cocção de alimentos. Outra parte considerável é transformada em carvão, consumido, principalmente, nas siderúrgicas. Estas garantem o suprimento com produção própria, realizando fomento, ou adquirindo carvão no mercado. Por fim, verificou-se que existem algumas incertezas relacionadas à cadeia produtiva da madeira para energia, principalmente em relação ao carvão vegetal, geradas por pressões ecológicas por parte da sociedade civil organizada; pela legislação, onde os grandes consumidores ficam obrigados a se auto-abastecerem; pela conjuntura interna e externa, de forma que, dadas às condições de taxa de câmbio e de comercialização externa, defini-se a competiti- vidade relativa de um redutor em relação ao outro; e, também, pelo fato de a maior parte do carvão ser destinada à siderurgia, enfrentando a concorrência do carvão mineral importado e de outros energéticos.Item A certificação florestal na indústria moveleira nacional com ênfase no Pólo de Ubá, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2005-07-18) Alves, Ricardo Ribeiro; Jacovine, Laércio Antônio Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/8779279236738059O presente estudo teve como objetivo avaliar a certificação florestal na indústria moveleira nacional e seu potencial de implantação nas empresas do pólo moveleiro de Ubá, em Minas Gerais. Consideraram-se no estudo as empresas desta indústria que possuíam a certificação de cadeia de custódia e empresas do referido pólo com experiência exportadora. Buscou-se, em ambos os casos, informações de mercado e estratégia de vendas, relacionando-as com a certificação florestal. O instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário. Verificou-se que a certificação constitui-se num fator de importância no processo de exportação das empresas moveleiras nacionais, propiciando uma melhoria na sua imagem perante a sociedade. O processo de certificação foi, no geral, realizado com menos de um ano, e os gastos maiores foram com a preparação da empresa. Nas empresas do pólo de Ubá, a maioria desconhecia a certificação florestal e acreditava que seus clientes a exigirão em um futuro próximo. Parte delas, no entanto, já atende, plena ou parcialmente, às exigências para certificação. Tendo em vista os resultados encontrados, pode-se concluir que os custos da certificação florestal são acessíveis e podem ser suportados pelas empresas do pólo moveleiro de Ubá. Essa certificação pode contribuir para incrementar as vendas das empresas da indústria moveleira, entre as quais as do pólo de Ubá, MG.Item A influência das praças arborizadas no conforto térmico urbano de Viçosa(Universidade Federal de Viçosa, 2020-10-28) Cardoso, Hiohanes Moura; Martini, Angeline; http://lattes.cnpq.br/4612508929316006A expansão das áreas urbanas resultantes do aumento do contingente humano, acarretou no desenvolvimento de cidades sem planejamento e ausência de infraestrutura adequada. Como consequência, observa-se problemas relacionados à saúde e bem-estar. Dentre estes problemas, o calor é uma das principais ameaças e, as áreas verdes urbanas são alternativas para melhoria destas condições. As praças são áreas verdes públicas que proporcionam melhoria do conforto térmico urbano e ainda, são locais em que a população interage e desenvolve atividades físicas. Compreender a relevância destes espaços no conforto e bem-estar urbano é ferramenta essencial para um bom planejamento das cidades. O objetivo desta pesquisa foi investigar quantitativamente a influência que áreas verdes exercem no microclima urbano e na promoção de conforto térmico em Viçosa, Minas Gerais, além de avaliar quais características presentes nas praças proporcionam melhoria do conforto e quais características nas ruas adjacentes às praças auxiliam na promoção do conforto térmico, quantificando seu raio de influência. A metodologia consistiu na escolha de cinco praças arborizadas em Viçosa, as quais diferem em tamanho e localização. Foram feitas coletas de variáveis meteorológicas simultaneamente em cada praça e ruas adjacentes, com a utilização de pares de equipamentos, nos quais um fixo na praça e outro percorrendo as ruas adjacentes a fim de observar as diferenças entre os ambientes. Os dados meteorológicos foram convertidos em conforto térmico com a utilização do índice UTCI e por fim avaliado características tanto das praças como das ruas adjacentes que influenciavam no conforto observado. Observou-se menores valores de temperatura e maiores de umidade relativa nas praças quando comparado às ruas adjacentes. Essas duas variáveis demonstraram-se mais estáveis nas praças. O conforto térmico, embora não ideal, foi mais agradável nas praças do que nas ruas adjacentes. As áreas de copa das árvores presentes nas praças foi a característica que mais influenciou no conforto térmico. Vias mais largas e a presença de arborização nas vias são características urbanas que auxiliam na promoção do conforto térmico proporcionado pelas praças. As praças arborizadas influenciam, em média,um raio de 90 metros no conforto térmico urbano. Foi possível observar com este estudo a relevância que a arborização em praças proporciona em termos de conforto térmico. Tais estudos são importantes, pois servem de subsídio para profissionais que venham a trabalhar em planejamento urbano, lançando mão de estratégias como a utilização de arborização para uma ambiência mais confortável ao contexto urbano. Ainda, este estudo ressalta a relevância da arborização também em cidades de pequeno porte, haja vista o papel destas cidades no cenário atual brasileiro. Palavras-Chave: Floresta urbana. Microclima urbano. Estresse térmico. Áreas verdes. Temperatura do arItem A influência de diferentes espécies arbóreas no microclima urbano(Universidade Federal de Viçosa, 2021-11-05) Carvalho, Laíssa Ferreira; Martini, Angeline; http://lattes.cnpq.br/3619200955269955O processo de urbanização e as mudanças microclimáticas vem causando muitas alterações no microclima das cidades, como na temperatura do ar, umidade relativa e precipitações. Por isso, uma medida importante na ajuda da mitigação desses fatores é a floresta urbana, que ajuda as cidades a se tornarem mais sustentáveis e resilientes, configurando o que se denomina atualmente como solução baseada na natureza (SbN). O objetivo deste estudo foi analisar a influência de diferentes espécies arbóreas no microclima da cidade de Viçosa-MG, para identificar quais espécies utilizadas na arborização promovem maior benefício microclimático. Além de avaliar se há alteração no benefício em diferentes períodos do dia e do ano, analisar o raio de influência de cada espécie e determinar quais características arbóreas influenciam de forma mais expressiva na melhoria do microclima. A metodologia consistiu na escolha de 33 indivíduos arbóreos, de 11 espécies comumente utilizadas na arborização urbana. As coletas de dados foram realizadas seguindo a metodologia do transecto móvel, onde um conjunto de aparelhos permaneceu embaixo da copa da árvore o outro conjunto foi utilizado por um pesquisador que caminhava a distâncias de 0, 5, 10, 15, 20 e 25 m (considerado como o ambiente “céu aberto”), medindo simultaneamente as variáveis temperatura do ar, umidade relativa do ar e velocidade do vento. Esse procedimento foi feito em três diferentes horários do dia (às 9, 15 e 19h), e em três diferentes períodos do ano (I – temperaturas mais baixas e sem precipitação, II – temperaturas mais elevadas e sem precipitação, III – temperaturas mais altas e com precipitação). Os resultados mostraram que o ambiente embaixo da copa das árvores era diferente do ambiente a céu aberto. Observou-se que as árvores, de forma geral, diminuem a temperatura em 2,37 °C e aumentam a umidade relativa em 4,85 unidades, sendo que cada espécie apresenta um valor diferente. Notou-se também, que às 19h foi quando houve uma menor diferença entre os ambientes, e embora tenha diferença estatística entre às 9 e 15h, a análise realizada por espécie não indicou essa evidência. Para os diferentes períodos do ano, a redução da temperatura e aumento da umidade relativa foi observada em todos os períodos, sendo mais evidente do período I (temperaturas mais baixas e sem precipitação). As espécies que promoveram melhoria microclimática mais expressiva foram Filicium decipiens e Handroanthus serratifolius. O raio de influência dos indivíduos arbóreos, de modo geral, foi de 25 m (última distância estudada) para a temperatura e de 5 m para a umidade relativa, com variações de acordo com as espécies. As variáveis microclimáticas e dendrométricas obtiveram baixas correlações umas com as outras, mostrando que a melhoria microclimática não depende apenas de uma variável isolada. Foi possível observar com este estudo a importância da floresta urbana na melhoria do microclima, promovendo qualidade de vida para a população, mesmo sendo uma árvore isolada. Este tipo de pesquisa é importante na compreensão da importância do uso das espécies mais adequadas para cada tipo de situação, buscando a otimização dos serviços ecossistêmicos desse patrimônio natural. Palavras-chave: Arborização urbana. SbN. Benefício microclimático. Temperatura. Umidade relativa. Vento.Item A percepção sobre o uso da madeira de eucalipto pelos fabricantes do pólo moveleiro de Ubá-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2005-07-18) Teixeira, Tatiana de Oliveira Borges; Silva, Márcio Lopes da; http://lattes.cnpq.br/4185447305612077O presente trabalho teve como principal objetivo analisar a percepção dos fabricantes do pólo moveleiro de Ubá-MG quanto à utilização da madeira de eucalipto para fabricação de móveis. A crescente restrição ambiental ao uso de madeiras provenientes de florestas nativas, exploradas de forma ilegal, e o distanciamento entre as zonas de produção e de consumo têm desencadeado profundas mudanças no setor moveleiro, que teve seu abastecimento de matéria-prima comprometido pela escassez de madeira e pelo conseqüente aumento nos seus custos de produção. Este cenário tem estimulado a utilização da madeira de reflorestamento, principalmente a de eucalipto. Com o avanço tecnológico, os problemas de algumas espécies desse gênero, como rachaduras e empenamentos, estão sendo sanados e a madeira de eucalipto tem obtido ganhos de qualidade e produtividade. Apesar disso, existe ainda uma certa resistência ao seu uso por parte dos fabricantes de móveis, onde pesam conceitos ultrapassados e mitos. Diante deste fato, elaborou-se um questionário que foi aplicado aos empresários do pólo moveleiro de Ubá que utilizam madeira maciça na fabricação de móveis, sendo 17 do segmento de sala de jantar, 21 do segmento de cama e 6 do segmento de móveis sob encomenda. Como resultado, observou-se que a maior parte dessas empresas é de pequeno porte e está no mercado há menos de dez anos. O consumo total de madeira maciça é da ordem de 987,5 m3 mensais, onde predominam as essências florestais de origem nativa. A experiência de uso da madeira de eucalipto foi constatada em 43,2% das empresas, devendo ser ressaltado que a maior parte tomou conhecimento das potencialidades do eucalipto, principalmente, através de representantes comerciais e feiras visitadas. Os principais fatores que influenciaram seu uso foram: o fato de a madeira ser proveniente de floresta plantada, ter características uniformes, além da escassez de madeira oriunda de florestas nativas. A grande maioria das empresas considera a madeira de ótima qualidade e o preço razoável. Das empresas que nunca usaram a madeira de eucalipto, 88% já ouviram falar das suas potencialidades, mas não usam porque têm pouco conhecimento sobre o assunto, faltam fornecedores, não há demanda por parte dos consumidores e consideram alto o preço dessa madeira. Conclui-se que a maioria das empresas tem interesse de usar a madeira de eucalipto no futuro, desde que elas tenham maiores informações e que o preço seja acessível.Item Absorção de fósforo por mudas: de Jacaranda- da-Bahia (Dalbergia nigra (Vell.) Fr. Allem.) e de Vinhático (Plathymemia foliolosa Benth.) na presença de Gigaspora margarita Gerd. e Taxt(Universidade Federal de Viçosa, 1996-07-26) Chaves, Lúcia de Fátima de Carvalho; Borges, Rita de Cássia Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/0758932696435975Estudou-se, em casa de vegetação e em câmara de crescimento, o crescimento e a cinética de absorção de fósforo em mudas de jacarandá- da-bahia [Dalbergia nigra (Vell.) Fr. Allem.] e de vinhático (Plathymenia foliolosa Benth.), influenciados pela inoculação com Gigaspora margarita Gerd. e Taxt. As plantas foram cultivadas em substrato, constituído pela mistura de solo, areia e vermiculita, na proporção volumétrica de 1:1:1, na ausência e na presença do fungo micorrízico vesículo-arbuscular (MVA) [G. margarita, tendo-se avaliado a altura, os pesos de matéria fresca e seca dos componentes das mudas, a absorção de nutrientes e a colonização das raízes, aos 98 dias de cultivo em vasos. Também foi estudada a cinética de absorção de fósforo (P) pelas plantas, transferidas do substrato de crescimento para solução nutritiva, utilizando-se diferentes tempos de omissão de P (12, 10, 8 e 6 dias) da solução. As mudas de jacarandá-da- bahia e de vinhático, inoculadas com G. margarita, apresentaram maiores crescimento em altura e pesos de matéria fresca e seca da parte aérea e do sistema radicular, maiores conteúdos de P, K, Ca e Mg, na parte aérea e no sistema radicular, menores valores do Vmáx., Km 6 Cmín, e maior absorção de P durante o ensaio de cinética, do que as não-inoculadas. Não houve efeito significativo (P > 0,05) dos tempos de omissão de P, sobre os parâmetros cinéticos de absorção, nem sobre as características de crescimento ou nutricionais das plantas. Gigaspora margarita foi mais eficiente na produção de mudas de jacarandá-da-bahia do que na produção de mudas de vinhático. Conclui-se que a inoculação com G. margarita permite o crescimento mais rápido de mudas de jacarandá-da-bahia e de vinhático, em razão da maior absorção de nutrientes e da maior eficiência na absorção de P.Item Ação do mercúrio na germinação de sementes de Melanoxylon brauna Schott. (Fabaceae-Caesalpinoidae)(Universidade Federal de Viçosa, 2021-07-08) Zeferino, Maria Carolina Costa Almeida; Borges, Eduardo Euclydes de Lima e; http://lattes.cnpq.br/1186754813874032Técnicas empregadas nos meios urbano, rural e industrial são responsáveis pelo acúmulo de elementos traço no meio ambiente, comprometendo a qualidade do solo e possibilitando a entrada desses elementos na cadeia alimentar. O Mercúrio (Hg) é considerado potencialmente tóxico à biota como um todo; nas plantas pode causar estresse hídrico, alteração hormonal, diminuição da biomassa, inibição da fotossíntese e até morte. Nas sementes, esse elemento afeta a germinação inibindo a absorção de água, além de estimular o estresse oxidativo. As sementes são o principal método pelo qual as plantas se reproduzem na natureza e são utilizadas para propagar inúmeras espécies florestais. A germinação é um estágio essencial no ciclo de vida das espécies. O objetivo do presente estudo foi estabelecer a relação entre a presença do Hg e a germinação de sementes de Melanoxylon brauna. Avaliou-se a porcentagem de germinação, o Índice de Velocidade de Germinação, o comprimento do eixo embrionário, o consumo de reservas, a taxa de consumo de oxigênio, as atividades das enzimas α- e β-amilase e a produção de malonaldeído das sementes submetidas a diferentes concentrações de HgCl 2 (25, 50, 75, 100μM, 1, 2, 3, 4 e 5mM). De forma geral, os embriões de Melanoxylon brauna tratados com HgCl 2 apresentaram redução na porcentagem de germinação e no IVG, no comprimento do eixo embrionário, no consumo de reservas, na taxa de consumo de oxigênio, nas atividades das enzimas α- e β-amilase e na produção de MDA. A concentração de HgCl 2 de até 5mM não foi capaz de causar a morte das sementes, no entanto alterou a absorção de água dessas, levando ao atraso e inibição da germinação. Palavras-chave: Elementos traços. Embebição. Cloreto de mercúrio. Toxicidade.Item Ação do mercúrio no comportamento fisiológico e bioquímico no eixo embrionário de Schizolobium parahyba(Universidade Federal de Viçosa, 2016-11-24) Magistrali, Paulo Roberto; Borges, Eduardo Euclydes de Lima e; http://lattes.cnpq.br/3589002520810957A germinação é um processo fisiológico que se inicia pela hidratação. O transporte de água nas membranas biológicas é realizado por canais específicos conhecidos como aquaporinas. Assim, estas proteínas apresentam um importante papel na regulação do processo de embebição das sementes. Inúmeros estudos têm utilizado o cloreto de mercúrio (HgCl2) para oxidar tióis nas aquaporinas inibindo o transporte de água durante a germinação. Por outro lado, por ser um metal pesado, o Hg pode induzir o estresse oxidativo interferindo na germinação. Assim o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do HgCl2 na atividade das aquaporinas e no metabolismo de eixos embrionários de S. parahyba durante o processo germinativo. Avaliou-se a embebição, a expansão em comprimento, a atividade das enzimas PME e PG, a mobilização das reservas (carboidratos solúveis, lipídeos e proteínas), a produção de espécies reativas de oxigênio (O2•- e H2O2), a atividade do sistema antioxidante enzimático (SOD, CAT e POX), a integridade da membrana plasmática (produção de MDA e condutividade elétrica) e de ácidos nucleicos (DNA). De modo geral, os eixos embebidos em HgCl2 apresentaram reduções no ganho de massa, no comprimento, no consumo de reservas, na atividade das enzimas PME, PG, SOD, CAT e POX, na produção de O2•-, H2O2 e de MDA, na condutividade elétrica e ausência de degradação de DNA durante o período de embebição. A aplicação do DTT reverteu a ação inibitório do mercúrio. Tais resultados indicam que HgCl2 inibiu a atividade metabólica de maneira reversível nos eixos embrionários de S. parahyba.Item Aceleração do florescimento em genótipos autofecundados e florescimento ultra-precoce de mudas jovens de Eucalyptus por top graftings(Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-18) Castro, Carla Aparecida de Oliveira; Resende, Marcos Deon Vilela de; http://lattes.cnpq.br/4464441301879179Processos inovadores de aceleração do florescimento de espécies de Eucalyptus por top graftings (enxertias de topo), incluem a possibilidade de redução do tempo dos ciclos no melhoramento florestal. Esta metodologia tende a permitir a produção de linhagens florestais e a tornar o uso da Seleção Genômica Ampla operacional. Desta forma, o objetivo foi estabelecer metodologias padronizadas para a realização de top graftings em genótipos autofecundados e de mudas juvenis, do gênero Eucalyptus, visando a indução precoce de florescimento. As avaliações dos top graftings vivos foram realizadas a cada 3 meses após as enxertias. Com base nos valores relativos ao florescimento, taxas de sobrevivência e nas mensurações relacionadas ao crescimento da área de copa, foram definidos os melhores padrões a serem empregados durante as enxertias. As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se a máxima verossimilhança restrita/ melhor preditor linear não viesado (REML/BLUP) e o método Scott-Knott. Desta forma, foram determinados os efeitos dos tratamentos (genótipos, épocas de realização da enxertia, aplicação de paclobutrazol e idade das mudas) sobre as variáveis avaliadas. Neste sentido, constatou-se que a predisposição dos top graftings à enxertia varia de acordo com o material genético utilizado. A quantidade de botões florais e frutos produzidos pelos top graftings foi satisfatória para atestar sobre a eficiência da metodologia. O florescimento permitiu que o segundo ciclo de autofecundação fosse realizado e que pólen e frutos fossem coletados, para serem utilizados em cruzamentos. Levando em consideração o desempenho dos enxertos para florescimento, a melhor época para realização de top grafitings varia de acordo com a sua finalidade, sendo que para a enxertia de genótipos autofecundados, o ideal é a época de 3 meses antes do florescimento. Já para a enxertia de mudas jovens, os top graftings de 6 meses antes apresentam melhores resultados para florescimento e crescimento de área de copa. Além disso, recomenda-se o uso de mudas jovens de 150-180 dias para a realização de enxertias. Em relação às taxas de sobrevivência dos top graftings, melhores resultados são obtidos para a época de 3 meses antes do florescimento, independente do seu tipo. Ou seja, se o enxerto é advindo de genótipos autofecundados ou de mudas jovens. Considerando as duas épocas de enxertia, a aplicação de paclobutrazol favorece o florescimento dos top graftings. No entanto, a aplicação do regulador não afeta a taxa de sobrevivência e o seu efeito varia em relação ao desenvolvimento de área de copa. Assim, para top graftings de genótipos autofecundados, a sua aplicação não acarreta valores de área com diferença significativa, segundo Scott-Knott, em relação aos top graftings sem paclobutrazol. Por outro lado, o paclobutrazol afeta negativamente o desenvolvimento da copa dos top graftings de mudas jovens. Assim, concluímos que a técnica é viável para Eucalyptus e pode ser replicada para as espécies do gênero, seguindo os procedimentos recomendados. Palavras-chave: Melhoramento florestal. Linhagens. Seleção Genômica Ampla.Item Adesivos de silicato de sódio formulados com fluoreto de potássio e compostos fenólicos(Universidade Federal de Viçosa, 2020-12-21) Milagres, Emerson Gomes; Vital, Benedito Rocha; http://lattes.cnpq.br/7240060639624393Os adesivos são importantes para indústria de bens madeireira, pois, unem diferentes partes da madeira possibilitando a formação de novos produtos. De modo geral, os adesivos de origem sintética ureia-formaldeído e fenol-formaldeído são os mais consumidos pelo setor. Entretanto, adesivos de origem natural, como o tanino-formaldeído, também são usados. Atualmente, pesquisas são feitas buscando novas formulações, dentre elas, destaca-se a substituição parcial do fenol pela lignina formando o adesivo de lignina-fenol-formaldeído. Normalmente, esses tipos de adesivos têm boa aderência com a madeira, mas suas formulações contêm formaldeído, que pode ser liberado durante a síntese, colagem e após o emprego do produto. O formaldeído é tóxico e causa câncer em humanos. Neste contexto, é necessário à busca por adesivos que não tenham, ou pelo menos, tenha um baixo percentual de formaldeído. Umas das possibilidades são os adesivos de origem inorgânica, como o adesivo de silicato de sódio, visto que, não contêm produtos tóxicos em sua composição, é fácil de manusear, além de ser barato. No entanto, a baixa adesão com a madeira o torna pouco atrativo para o setor madeireiro, sendo necessárias pesquisas buscando melhorar esta propriedade. Dessa forma, o objetivo geral do trabalho foi determinar o efeito da aditivação do adesivo de silicato de sódio com adesivos fenólicos e fluoreto de potássio. O trabalho foi dividido em cinco capítulos, a saber: Capítulo 1: Adesivos com polímeros naturais e inorgânicos para colagem de madeira. Capítulo 2: Adesivos de silicatos aditivados com fluoreto de potássio para colagem de madeira. Capítulo 3: Desempenho de adesivos de silicato de sódio aditivados com tanino-formaldeído. Capítulo 4: Colagem de madeira de Pinus caribea com adesivos à base de silicato de sódio aditivados com fenol-formaldeído. Capítulo 5: Adesivos de silicato de sódio aditivados com lignina-fenol-formaldeído para colagem de madeira. De modo geral, a aditivação do adesivo de silicato de sódio com adesivos fenólicos ou fluoreto de potássio não afetaram significativamente o pH. Porém, as outras propriedades são alteradas. As bandas dos espectros infravermelhos dos adesivos à base de silicatos e aditivados foram iguais ao adesivo de silicato de sódio puro. Portanto, não se identificou novas ligações entre átomos. A adição de fluoreto de potássio, fenol- formaldeído e lignina-fenol-formaldeído ao silicato de sódio, aumentou, em algumas das formulações, a resistência na linha de cola, entretanto, o percentual de falha na madeira foi baixo ou não foi afetado significativamente. A resistência ao cisalhamento e a percentagem de falha na madeira para todas as formulações à base de silicato de sódio foram significativamente menores do que aquelas observadas para os adesivos fenólicos puros, necessitando de novas pesquisas que busquem melhorar o seu desempenho, principalmente no que tange à resistência mecânica. Palavras-Chave: Polímeros. Flúor. Adesão.Item Adição de nano e microcelulose em adesivo tanino-formaldeído para produção de painéis OSB(Universidade Federal de Viçosa, 2019-10-07) Soratto, Déborah Nava; Vital, Benedito Rocha; http://lattes.cnpq.br/7098775642818897Os taninos são polifenóis utilizados na síntese de adesivo tanino-formaldeído, o qual pode ser empregado para a produção de painéis OSB (Oriented Strand Board) com a justificativa de menor emissão de formaldeído, ser extraído de fontes renováveis, principalmente resíduos, a exemplo das cascas de Acácia mearnsii. No entanto, estes adesivos apresentam características, como elevada massa molecular, alta viscosidade e reatividade que acarretam linha de cola fraca. Para reparar problemas relacionados ao desempenho dos adesivos, a adição de nano e micromateriais à base de celulose pode ser uma alternativa visto, especialmente, suas características de resistência mecânica. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da adição de nano e microcelulose ao adesivo tanino-formaldeído, em diferentes percentuais, nas propriedades reológicas do adesivo e nas propriedades físicas e mecânicas dos painéis OSB. As adições ao adesivo tanino-formaldeído foram realizadas em diferentes percentuais: 1, 3 e 5% de celulose nanocristalina (CNC), 3, 6 e 9% de celulose microcristalina (CMC) e 0,5, 1,0 e 1,5% de celulose nanofibrilada (CNF). Foram produzidos painéis OSB com os adesivos tanino-formaldeído (TF) e fenol- formaldeído. O experimento foi analisado isoladamente de acordo com o tipo de celulose adicionada ao adesivo TF. O teor de sólidos dos adesivos reduziu após a adição de CNC, CMC e CNF, assim como também ocorreu com o tempo de gelatinização. Quanto à viscosidade dos adesivos, a inclusão de CNC e CMC ocasionou redução e a CNF aumentou esta característica. Os espectros ATR-FTIR (Espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier e reflectância total atenuada) variaram pouco em função das adições de nano e microceluloses aos adesivos TF. A adição de 5% de CNC reduziu 2,2% da absorção de água e 10,9% o inchamento em espessura dos painéis OSB. As menores adições de CMC e CNF resultaram em menor teor de umidade de equilíbrio higroscópico, absorção de água e inchamento em espessura. As adições de 3, 3 e 0,5% de CNC, CMC e CNF, respectivamente, resultaram em acréscimos de 8,9, 3,3 e 4,6% no MOE (módulo de elasticidade) dos painéis OSB. A inclusão de 3% de CNC ao adesivo TF aumentou em 11,5% a resistência à tração perpendicular dos painéis. A inclusão de CMC no adesivo TF não afetou significativamente a resistência à tração perpendicular, da mesma forma ocorreu com a adição de 0,5% de CNF. Os painéis com as adições de 3 e 5% de CNC e os menores percentuais de CMC e CNF no adesivo TF proporcionaram as melhores propriedades físicas e mecânicas dos painéis OSB. Palavras-chave: OSB. Nanocelulose. Taninos.Item Adição de xilanas e nanofibras para melhoria de propriedades do papel cartão(Universidade Federal de Viçosa, 2018-12-17) Feltrin, Michael Ribeiro; Oliveira, Rubens Chaves de; http://lattes.cnpq.br/7415172246900417O papel cartão possui grande versatilidade de utilização, sendo o seu uso mais representativo no setor de embalagens. Dentre os problemas relacionados ao papel cartão está o desprendimento de camadas, gerando prejuízos no processo de impressão e a deformação da embalagem, com prejuízo à estética, à publicidade e aos possíveis danos ao conteúdo da embalagem. Neste trabalho, com o intuito de melhorar as propriedades físicas, substituir o uso do amido na união das camadas e evitar a delaminação de camadas do cartão, foram adicionadas xilanas e nanofibras no preparo da massa após o refino, quando realizado, antes da etapa de formação, em níveis de 0, 1, 3 e 5% de incorporação. No preparo da massa foi utilizada a polpa Kraft branqueada de eucalipto destinada às camadas capa (superior e inferior), a qual foi refinada a 3500 revoluções do moinho PFI resultando em um grau de refino de 38 oSR. A polpa destinada à camada meio, constituída majoritariamente por polpa de alto rendimento, não foi refinada. As xilanas foram adicionadas às polpas, nas quais foi aplicado um tratamento térmico com controle de tempo e pH, enquanto que às nanofibras, foram adicionados diretamente na massa sem a necessidade deste controle. Foram formados cartões triplex (três camadas) de 290 g/m2, contendo duas camadas capa de 50g/m2 cada e uma camada meio de 190g/m2. O desenvolvimento de propriedades do papel cartão foi avaliado através de testes físicos (mecânicos e ópticos) e os resultados foram submetidos à análise estatística. Os resultados mostram alteração em quase todas as propriedades mecânicas avaliadas, com decréscimo da rigidez, do módulo de elasticidade e da espessura. Entretanto, com incremento de resistência a delaminação do tipo interfibras e Scott Bond, resistência a tração e compressão, resistência ao arrebentamento, a passagem de ar, e gramatura. As propriedades ópticas não foram afetadas pela adição dos componentes. Em geral, a utilização de nanofibras superou os resultados obtidos com a utilização de xilanas, sendo que as nanofibras geraram maior efeito na camada meio do cartão. Além disso, a adição de xilanas e principalmente nanofibras pode substituir o uso do amido, melhorando propriedades que beneficiam a produção, o processo de impressão e a resistência do papel cartão.Item Adubação fosfatada e microrganismos simbiontes na produção de mudas de mangaba e mama-cadela(Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-23) Abreu, Gustavo Mattos; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://lattes.cnpq.br/9778212597747146A obtenção de mudas de qualidade é fundamental para o sucesso da implantação de um projeto florestal, pois o crescimento e a sobrevivência das plantas estarão atrelados à sua qualidade. A nutrição mineral e a seleção de microrganismos simbiontes a serem adicionados ao substrato de cultivo são de grande importância e influenciam a qualidade de uma muda. Contudo, para grande parte das espécies arbóreas nativas do Cerrado, esse conhecimento ainda não foi obtido, podendo dificultar ou inviabilizar a produção das mudas. O presente estudo teve como objetivo avaliar o crescimento inicial e a qualidade de mudas de Hancornia speciosa (mangabeira) e Brosimum gaudichaudii (mama-cadela) em resposta a doses de P e inoculação de microrganismos simbiontes provenientes do solo próximo às plantas matrizes e inóculo de fungos micorrízicos arbusculares (FMA). Foram avaliados dois experimentos, sendo ambos conduzidos no delineamento inteiramente casualizado (DIC). O experimento um foi composto por cinco doses de P (0, 100, 200, 300 e 400 mg dm -3 ), com seis repetições, totalizando 30 unidades experimentais por espécie, sendo o substrato uma mistura do solo rizosférico de plantas matrizes (SRPM) das espécies em estudo + horizonte subsuperficial de um Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico autoclavado (LVAd-Aut) + substrato comercial Tropstrato Florestal® autoclavado (1:1:1,v:v:v). O experimento dois foi composto por quatro formulações de substrato contendo SRPM, LVAd-Aut e substrato comercial autoclavados (SC-Aut), onde esses receberam ou não a adição de inóculo de FMA (Mix), composto pelas espécies Gigaspora decipiens, Rhizophagus clarus e Scutellospora heterogama. Os tratamentos deste experimento consistiram de: T1 (LVAd-Aut + SC-Aut), T2 (LVAd-Aut + SC-Aut + Mix), T3 (LVAd-Aut + SC-Aut + SRPM) e T4 (LVAd-Aut + SC-Aut + SRPM + Mix), com seis repetições, totalizando 24 unidades experimentais por espécie. Ao final de cada experimento, realizou-se a determinação da taxa de colonização micorrízica (CM), a abundância de esporos presentes no substrato (AE) e as medições da altura total da parte aérea (H), diâmetro do coleto (DC), volume do sistema radicular (VR), massa de matéria seca da parte aérea (MSPA), raízes (MSR) e total (MST); relações H/DC, H/MSPA, MSPA/MSR, Índice de Qualidade de Dickson (IQD) e, para o experimento dois, foi quantificada, também, a dependência micorrízica (DM). No experimento um, plantas de mangabeira sofreram redução da CM em resposta aos níveis de P testados e tiveram resposta linear positiva à aplicação de P ao analisar as relações H/MSPA e MSPA/MSR, enquanto a relação H/DC não sofreu efeito do P. As demais variáveis em mudas de H. speciosa foram influenciadas negativamente pela aplicação de P. Em relação ao experimento dois, as espécies em estudo tiveram DM variando de moderada a alta quando o SRPM foi adicionado ao substrato de cultivo. A adição do SRPM gerou incremento na H, DC, VR, MSPA, MSR, MST e aumento da qualidade de mudas de H. speciosa e B. gaudichaudii, em comparação às plantas do tratamento controle. Para a produção de mudas de qualidade de H. speciosa e B. gaudichaudii, ao usar o substrato utilizado neste ensaio, a adubação fosfatada é desnecessária, sendo recomendada a utilização de solo rizosférico da planta matriz e, ou inoculação com FMA para garantir a produção de mudas de mangabeira e mama-cadela.Item Adubação nitrogenada na produção de mudas de Peltophorum dubium, Psidium guajava e Colubrina glandulosa(Universidade Federal de Viçosa, 2018-08-30) Paula, Samuel Dutra de; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://lattes.cnpq.br/7338322703090522Os projetos que têm por objetivo a recomposição de cobertura vegetal para a recuperação de áreas degradadas, dentre essas, as matas ciliares, utilizando-se de espécies nativas, muitas vezes, dependem da produção de mudas de qualidade. O fornecimento de nutrientes em quantidades adequadas contribui para a formação de mudas de qualidade. Todavia, para que sejam realizadas corretas adubações, é necessário maior conhecimento sobre as exigências nutricionais das espécies arbóreas nativas. Sabe-se que o nitrogênio é um dos nutrientes mais exigidos pelas espécies florestais. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência da adubação nitrogenada sobre o crescimento e a qualidade de mudas de canafístula (Peltophorum dubium (Sprengel) Taubert.), goiabeira (Psidium guajava L.) e sobrasil (Colubrina glandulosa Perkins). O delineamento estatístico foi o inteiramente casualizado com cinco repetições de 15 tratamentos: três fontes de nitrogênio (sulfato de amônio [(NH 4 ) 2 SO 4 ], nitrato de cálcio [Ca(NO 3 ) 2 ] e nitrato de amônio (NH 4 NO 3 )) e cinco doses de nitrogênio (0, 80, 160 240 e 320 mg dm -3 ), em esquema fatorial . O substrato utilizado foi um Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico de textura argilosa. Ao final dos experimentos foram medidas a altura de parte aérea (H), o diâmetro de coleto (DC), as massas de matéria seca de parte aérea (MSPA) e de raízes (MSR), e calculadas a massa de matéria seca total (MST), as relações H/DC, H/MSPA, MSPA/MSR, e o Índice de Qualidade de Dickson (IQD). A adubação nitrogenada exerceu efeito positivo no crescimento e na qualidade das mudas de canafístula, goiabeira e sobrasil. Não houve efeito das fontes de nitrogênio sobre as características morfológicas das mudas avaliadas, mas verificou-se efeito significativo de doses de nitrogênio. Recomenda-se a aplicação de 260, 270 e 320 mg dm -3 de nitrogênio, utilizando-se de qualquer uma das fontes testadas, parcelada igualmente aos 40, 55, 70, 80 e 100 dias após a semeadura, 40, 55, 70, 80 e 100 dias após a repicagem, e 30, 45, 60, 75, 90 dias após a repicagem, respectivamente, para a produção de mudas de canafístula, goiabeira e sobrasil.Item Agrossilvicultura com eucalipto como alternativa para o desenvolvimento sustentável da Zona da Mata de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2004-07-30) Vale, Rodrigo Silva do; Couto, Laércio; http://lattes.cnpq.br/5682291800735657O objetivo deste trabalho foi fazer uma análise da viabilidade técnica, econômica, social e ambiental da agrossilvicultura com eucalipto como uma alternativa para o desenvolvimento sustentável da Zona da Mata de Minas Gerais. A partir de um levantamento de informações do estado da arte do conhecimento e da prática da agrossilvicultura com eucalipto na Zona da Mata Mineira e de uma caracterização das condições ambientais e do uso da terra na região, definiu-se um modelo de sistema agroflorestal com eucalipto para a Zona da Mata mineira, com uma descrição detalhada do sistema. Neste sentido, o sistema agroflorestal modelizado (pecuária leiteira em sistema silvipastoril) e os seus componentes em sistema de monocultivo foram comparados quanto ao ambiente, produtividade física, por meio do índice de equivalência de área (IEA), e viabilidade econômica, por meio de uma análise financeira utilizando métodos de avaliação de projetos, como: valor presente líquido (VPL), valor anual equivalente (VAE), valor esperado da terra (VET), razão benefício/custo (B/C) e a taxa interna de retorno (TIR). Para tanto, considerou-se no presente estudo três atividades distintas: Sistema I (reflorestamento com eucalipto), Sistema II (pecuária leiteira convencional) e o Sistema III (Sistema Silvipastoril – eucalipto + pecuária leiteira). Os custos e as receitas foram estimados em Reais/ha. Por meio dos resultados obtidos verificou-se que o IEA total foi de 1,93, sendo 0,8 para o reflorestamento e 1,13 para a pecuária leiteira. Deste modo, 1 ha de consórcio equivaleria, neste caso, a 1,93 ha distribuídos entre as monoculturas de pastagem e eucalipto, com um ganho de quase 100% em área. Para todos os métodos de análise financeira utilizados, os três sistemas avaliados são economicamente viáveis. O maior VPL foi obtido com o sistema III (R$16.302,54), seguido do sistema I (R$7.223,94) e sistema II (R$6.015,27). O Sistema I apresentou a maior relação benefício/custo (3,24) enquanto a menor ficou com o Sistema II (1,28). O VET (R$25.482,97) e o VAE (R$1.904,62) foram maiores para o Sistema III, seguido do Sistema I (VET = R$12.224,86 e VAE = R$843,97) e II (VET = R$10.456,87 e VAE = R$702,76). Das atividades analisadas o Sistema II apresentou o maior TIR (52%), seguido do Sistema III e I, 27,5% e 24,8% respectivamente. Concluiu-se que, diante da caracterização dos diferentes ambientes encontrados na Zona da Mata Mineira, os sistemas silvipastoris (eucalipto + pecuária leiteira) são técnica, econômica, social e ambientalmente viáveis, indicando que o sistema silvipastoril com eucalipto representa uma alternativa para o desenvolvimento sustentável da região.Item Ainda sobre cubagem e equações de volume(Universidade Federal de Viçosa, 2022-07-28) Domiciano, Carlos Alberto Ramos; Soares, Carlos Pedro Boechat; http://lattes.cnpq.br/0884496581064175Para alcançar alta produtividade, as florestas necessitam de acompanhamento e intervenções constantes, sendo recomendado que as atividades de manejo florestal sejam realizadas com base em informações técnicas. Os procedimentos dos inventários florestais são a base para obtenção das informações que são utilizadas nas tomadas de decisão do manejo florestal, sendo o volume de madeira considerado por muitos autores como a informação mais importante na definição de ações de manejo de florestas equiâneas para fins comerciais e que demanda recursos financeiros e tempo para obtenção das estimativas. Embora essenciais, a obtenção de dados e de informações no campo geram custos, que afetam diretamente o retorno final do investimento, sendo necessário a redução destes sem afetar a exatidão das estimativas e sem comprometer a execução das atividades de manejo florestal. Nesse contexto os procedimentos de cubagem de árvores-amostra para obter estimativas dos volumes de árvores individuais devem ser otimizados a partir da compreensão do processo de coleta e análise dos dados. No presente estudo foi avaliado: i) o efeito do número de árvores por classe de diâmetro sobre a exatidão das equações volumétricas e ii) os efeitos dos comprimentos das seções de medição e de fórmulas matemáticas sobre as estimativas dos volumes das árvores-amostra e sobre os ajustes das equações de volume. De acordo com as análises, foi constatado que: 1) equações de volume referentes ao modelo de Schumacher e Hall (1933), em sua forma linear, ajustadas a partir de 8 árvores por classe de diâmetro, forneceram estimativas volumétricas similares às obtidas pelo emprego da equação resultante da cubagem de 48 árvores; 2) o aumento do número de árvores por classe de diâmetro resultou em uma diminuição dos erros médios e da variabilidade dos erros em todas as classes, sobretudo nas maiores, uma vez que as estimativas dos parâmetros das equações ajustadas foram não viesadas; 3) as fórmulas de Huber, Newton e Smalian utilizadas para totalização do volume do fuste resultaram em equações com pouca diferença estatística, para um mesmo tamanho de seção, mas aumentando-se o comprimento da seção, em alguns casos, as equações foram estatisticamente diferentes, mesmo para uma mesma formula matemática; 4) o tamanho da seção afeta a exatidão das estimativas de volume, sendo que seções de maiores tamanhos resultam em equações com erros maiores. Ao final deste estudo, pode-se inferir que pode-se diminuir os custos nos procedimentos de cubagem por meio de uma avaliação criteriosa dos dados, visando reduções no número de árvores cubadas por classe diamétrica e com o aumento do tamanho das seções de cubagem. Palavras-chave: Determinação do volume. Fórmulas de cubagem. Comprimento de seções. Modelo volumétrico.Item Alterações bioquímicas, fisiológicas, anatômicas e proteômica de sementes florestais sob estresse térmico(Universidade Federal de Viçosa, 2019-08-29) Lara, Rodrigo de Oliveira; Borges, Eduardo Euclydes de Lima e; http://lattes.cnpq.br/7230283720564665Estudos anatômicos, fisiológicos e bioquímicos durante a germinação de sementes de Cedrela fissilis sob estresse térmico são fundamentais, tendo em vista a possibilidade do aumento da temperatura global, da importância econômica da espécie e do pouco conhecimento acerca do seu uso. Além disso, a escassez de informações com base em analise proteômica em espécies nativas brasileiras, estudos de espécies de interesse econômico e ambiental são necessários como a Melanoxylon brauna. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo: avaliar alterações bioquímicas, fisiológicas e anatômicas durante a germinação de Cedrela fissilis em diferentes temperaturas e análisar qualitativamente o perfil de proteínas de sementes de M. brauna sob estresse térmico. Avaliou-se a germinação de cedro em 25, 30 e 35 °C, temperatura alternada de 35/25 °C, o índice de velocidade de germinação (IVG), condutividade elétrica, consumo de oxigênio, e monossacarídeos de açucares solúveis. Também foi avaliado o teor de peróxido de hidrogênio durante a germinação, assim como a atividade enzimática da invertase, ascorbato peroxidase, protease, catalase, superóxido dismutase, peroxidase de fenóis em condições de diferentes temperaturas. Realizou-se cortes anatômicos da semente e histoquímica de proteínas. O perfil expresso de proteinas de M.brauna foi utilizado SDS PAGE com short run e a leitura feita por espectromea de massas UPLC nanoAcquity MS. Os experimentos foram conduzidos no delineamento inteiramente causalizado (DIC). A embebição das sementes de cedro em 35 °C com posterior transferência para 25 °C favoreceu a germinação. Na temperatura de 35 °C ocorreram maiores danos ao sistema de membranas, aumento no consumo de oxigênio, maior alteração de compostos de reserva tais como redução no teor de amido, teor de glicose total e monossacarídeos assim como, acumulo de H 2 O 2 , maior atividade de invertase e proteases, comprometimento do sistema oxidante e posterior morte das sementes. Após 72 horas de embebição, foram observadas alterações anatômicas na região micropilar e no endosperma lateral assim como redução de proteínas. A análise proteômica da semente de M. brauna demonstrou que há diferença de abundância de proteínas expressas quando as sementes são submetidas a 25 e 40 °C. Foram identificadas 69 proteínas em sementes de braúna. A presença de proteínas em T0 (sem embebição) estão relacionadas a proteção e processo germinativo inicial da semente. Sob 25°C as proteínas presentes pertencem a síntese de ATP, sistema antioxidante, proteção celular e síntese de novo. As proteínas detectadas à 40 °C integram vias ligadas ao estresse oxidativo, sistema antioxidante, manutenção celular. Palavras-chave: Efeito da temperatura. Cedrela fissilis. Melanoxylon brauna. Proteína.Item Alternativas para classificação da capacidade produtiva na estimação do volume de plantios clonais de eucalipto(Universidade Federal de Viçosa, 2017-01-17) Taquetti, Mariana Futia; Soares, Carlos Pedro Boechat; http://lattes.cnpq.br/1585756463022532O objetivo deste trabalho foi estudar alternativas ao índice de local nas equações de volume para clones de E. grandis x E. urophylla. Os dados são provenientes de povoamentos de eucalipto localizados na região nordeste da Bahia, no município de Inhambupe. A região possui precipitação que varia entre 800 e 1.250 mm anuais e diferentes tipos de solos: Podzólico, Latossolo, Areia Quartzosa e Argissolo. As variáveis avaliadas para caracterizar a capacidade produtiva foram o índice de local (S), a altura média das árvores dominantes (Hd), o diâmetro quadrático (q), as classes de solo e as classes de precipitações pluviométricas anuais. A substituição, no modelo de Schumacher (1939), do índice de local pela altura média das árvores dominantes e diâmetro quadrático médio, considerando estas variáveis como efeito fixo nos modelos, não implicou em melhoria do ajuste. Contudo, as equações com estas variáveis apresentaram ajustes próximos ao da equação com índice de local, mostrando que elas podem ser utilizadas como variáveis proxy alternativas para caracterizar a capacidade produtiva dos plantios de eucalipto. As classes de precipitação e de solo, incluídas no modelo como variáveis aleatórias por meio da estrutura dos modelos mistos, em substituição ao índice de local, resultaram em bom ajuste das respectivas equações, mostrando-se também como alternativas para caracterizar a capacidade produtiva dos plantios de eucalipto, em substituição às variáveis índice de local, altura média das árvores dominantes e diâmetro quadrático. No entanto, o índice de local no modelo de crescimento e produção ainda foi a variável proxy que resultou em estimativas mais precisas, tanto no processo de ajuste das equações quanto na validação.Item Alternativas para estabilização granulométrica e química de solo de estradas florestais(Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-15) Arrivabeni, Breno Santos; Machado, Carlos Cardoso; http://lattes.cnpq.br/7670757189175389O presente estudo teve por objetivo avaliar a resistência mecânica de solos para base granular com e sem o uso de aditivos químicos, inferindo na viabilidade de aplicação de tais estabilizantes em solos de estradas florestais. As amostras coletadas foram submetidas à padronização granulométrica apresentada pelo DNIT (2006), atendendo especificamente as faixas A, C e F. As amostras foram trabalhadas em sua constituição original e em sua adequação às faixas supracitadas, sendo que a estas foram adicionados cimento, cal e emulsão, separadamente, como estabilizantes químicos. Empregou-se cimento Portland CP II E-32 no teor de 4%, cal hidratada nos teores de 4% e 8% e a combinação de emulsão RR-1C com teores de 4% de cimento. Inicialmente caracterizou-se o cascalho e posteriormente procedeu-se à compactação, ao ensaio de Índice de Suporte Califórnia e ao ensaio de Resistência à Compressão Simples em conformidade com as normas específicas para cada aditivo. Para o solo com estabilizantes, os resultados de RCS se apresentaram superiores aos dos solos sem tratamento químico, ainda que abaixo do sugerido pela norma dos ensaios. Os resultados CBR evidenciaram que o uso de cal, cimento ou emulsão ao solo apresentou valores de suporte muito superiores aos dos solos sem tratamento com estabilizantes, o que comprova a eficácia do uso de aditivos no aumento das propriedades mecânicas do solo. O cimento apresentou o melhor resultado dentre os aditivos, atingindo capacidade de suporte 3 vezes superior ao CBR padrão, no qual comumente se emprega a brita graduada. Portanto, a estabilização combinada granulométrica e quimicamente apresenta-se como uma solução viável frente à falta de selamento asfáltico das estradas rurais e florestais, inferindo em bons resultados quanto à estabilização e ao desgaste causado pelo tráfego.