Ciências Agrárias
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Item Contribuições para o conhecimento dos fungos fitopatogênicos associados à espécie ameaçada Euterpe edulis e para o esclarecimento do complexo Trichoderma harzianum(Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-31) Rocha, Fabiano Branco; Pereira, Olinto Liparini; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767879D4; Meira Neto, João Augusto Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728376H9; Barreto, Robert Weingart; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783300H6; http://lattes.cnpq.br/4124552973709499; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; Evans, Harold Charles; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4501250T6; Furtado, Gleiber Quintão; http://lattes.cnpq.br/1676492508949464Três estudos cobrindo áreas distintas da micologia foram desenvolvidos: 1) Um estudo visando explorar a diversidade morfológica de oitenta e um isolados reconhecidos como pertencentes à espécie Trichoderma harzianum sensu lato, em busca de descontinuidades em caracteres morfológicos que refletissem os doze diferentes clados reconhecidos pelo estudo filogenético feito previamente e permitissem amparar sua distinção como espécies crípticas compondo o “complexo T. harzianum”; 2) Um estudo taxonômico sobre espécies de fungos encontradas como parasitas associados à Arecaceae nativa do Brasil Euterpe edulis (palmito-juçara), espécie listada como ameaçada de extinção; 3) Uma tentativa de esclarecimento da gama de hospedeiros de fungos associados às plantas nativas ameaçada de extinção Cousssapoa floccosa (Cecropiaceae), descritos em estudo anterior, e E. edulis. A elucidação do “complexo T. harzianum” é de especial importânciapara o controle biológico de doenças de plantas, área em que isolados pertencentes a este táxon encontram grande aplicação. Desde sua primeira descrição, T. harzianum é considerado um fungo morfologicamente diverso e de ampla distribuição geográfica capaz de se estabelecer em diferentes nichos, por esse motivo esse fungo foi alvo de estudos filogenéticos que indicam a existência de um complexo de espécies. Não foi encontrada base morfológica que justifique a distinção dos doze clados reconhecidos com base em estudos moleculares e concluiu-se que, embora exista amparo parcial para distinção baseado em nichos ecológicos e habitats ocupados e distribuição geográfica para os clados. No presente estado da arte para este táxon, conclui-se como mais recomendável a continuidade do tratamento das populações que compõe o “complexo T. harzianum” como uma única espécie até que evidências mais conclusivas sejam obtidas ou clados mais bem definidos sejam reconhecidos permitindo uma distinção mais precisa de espécies crípticas ou de taxa infra-específicos que existam sob este “rótulo”. Quatro espécies de fungos anamórficos foram descritos associados à Euterpe edulis: Bipolaris cynodontis, Distocercospora sp., Melanographium sp. e Passalora eitenii. A gama de hospedeiro desses fungos, assim como a dos fungos associados à Cousssapoa floccosa, foi estudada através de teste de especificidade, busca por hospedeiros alternativos no campo e uso de plantas-sentinela no campo. Nenhum fungo originalmente associado a C. floccosa foi encontrado associado a outros hospedeiros da ordem Rosales no campo e entre os fungos encontrados originalmente associados a E. edulis, Melanographium sp. desmonstrou ser patógeno específico para o gênero Euterpe e Distocercospora sp. foi apenas capaz de parasitar E. edulis.Item Fungos associados a onze plantas aquáticas no Brasil e seu potencial para controle biológico(Universidade Federal de Viçosa, 2007-01-31) Soares, Dartanhã José; Bezerra, José Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788506P2; Ferreira, Francisco Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787220J1; Barreto, Robert Weingart; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783300H6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760506E6; Alfenas, Acelino Couto; http://lattes.cnpq.br/2514320654462590; Evans, Harold Charles; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4501250T6Efetuaram-se levantamentos da micobiota fitopatogênica associada às seguintes plantas aquáticas daninhas no Brasil: Eichhornia crassipes e Eichhornia azurea (Pontederiaceae); Pistia stratiotes (Araceae); Ipomoea carnea (Convolvulaceae); Hymenachne amplexicaulis (Poaceae); Nymphoides indica (Menyanthaceae); Ludwigia spp. (Onagraceae); Hedychium coronarium (Zingiberaceae); Myriophyllum aquaticum (Haloragaceae); Sagittaria montevidensis (Alismataceae); e Typha domingensis (Typhaceae). Dentre estas H. amplexicaulis, N. indica, S. montevidensis, I. carnea e H. coronarium tiveram seus fungos descritos detalhadamente. Com relação às demais plantas, os fungos encontrados foram identificados a nível genérico e quando possível comparado com espécies previamente conhecidas. Estes foram então tabelados de modo a comparar a ocorrência prévia dos mesmos, nestas plantas, no Brasil. Os levantamentos foram conduzidos em todos os estados do sul e sudeste, e também Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, visando à busca por potenciais agentes de controle biológico destas importantes invasoras. A seleção dos locais a serem visitados para coleta foi feita com base em registros de ocorrência da plantas em questão em trabalhos publicados, bem como seguindo-se rotas pré-definidas de forma a abranger as principais bacias hidrográficas dessas regiões. Mais de 130 espécies fúngicas distintas foram encontradas associadas às plantas-alvo, sendo que 23 delas foram descritas detalhadamente. Dentre essas quatro novas espécies e uma nova combinação. Além disto, todos os demais fungos coletados e descritos detalhadamente representaram novos registros geográficos para o Brasil ou novo hospedeiro para o taxon.Item Fungos foliares associados a espécies vegetais da Mata Atlântica em Viçosa-MG(Universidade Federal de Viçosa, 2007-02-27) Rocha, Fabiano Branco; Ferreira, Francisco Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787220J1; Barreto, Robert Weingart; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783300H6; http://lattes.cnpq.br/4124552973709499; Carmo, Flávia Maria da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727338J9; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; Evans, Harold Charles; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4501250T6Efetuou-se levantamento de parte da micobiota fitopatogênica associada às seguintes plantas nativas do Brasil: Coussapoa floccosa (Urticaceae), Piper crassinervium (Piperaceae), Piper mollicomum (Piperaceae), Pothomorphe umbellata (Piperaceae), Piper gigantifolium (Piperaceae), Piper arboreum (Piperaceae), Helicostylis tomentosa (Moraceae), Ocotea dispersa (Lauraceae), Ocotea odorifera (Lauraceae) e Eugenia cerasiflora (Myrtaceae). O local onde o levantamento foi conduzido é classificado como Floresta Estacional Semidecidual Montana, situada no município de Viçosa, no estado de Minas Gerais, esse local foi escolhido por ser considerado pelos fitossociologístas como um fragmento primário da Mata Atlântica, bioma pouco estudado por micologistas. Ênfase foi dada aos fungos associados a espécie vegetal Coussapoa floccosa por ser considerada pelos ecologistas como ameaçada de extinção. Os fungos encontrados, se específicos deste hospedeiro, mereceriam também o reconhecimento como espécies ameaçadas. Foram encontradas e descritas cinco espécies fúngicas associadas a C. floccosa: Dennisiella coussapoae, Mycosphaerella floccosii, Pseudocercospora atlantica, Sirosporium fuligineum e Pseudoallosoma nervisequens, que adicionalmente é descrito como gênero novo. Além destes, foram encontradas duas espécies novas de Pseudocercospora, P. piperis-arborii e P. piperis-gigantifolii, associados a espécies vegetais da família Piperaceae e ainda foram encontrados três hospedeiros anteriormentes desconhecidos para Pseudocercospora piperis: Piper crassinervium, Piper mollicomum and Pothomorphe umbellata. O exame de outras plantas hospedeiras revelou ainda as seguintes novas espécies Clypeopycnis strobilaceum e Passalora helicostylis.Item Fungos para o controle biológico de Miconia calvescens com especial referência a Coccodiella miconiae(Universidade Federal de Viçosa, 2008-04-28) Alves, Janaina Lana; Rodrigues, Fabrício de ávila; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709080E6; Pereira, Olinto Liparini; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767879D4; Barreto, Robert Weingart; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783300H6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4778690U0; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721444T5; Soares, Dartanhã José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760506E6Os trabalhos aqui apresentados representam uma contribuição adicional no esforço visando o controle biológico de Miconia calvescens (Melastomataceae), um arbusto ou pequena árvore nativa dos neotrópicos (inclusive o Brasil) e que se tornou uma das mais agressivas invasoras de ecossitemas florestais em ilhas do Pacífico. Os estudos aqui apresentaram duas frentes: 1) ampliação da descrição da micobiota patogênica associada a M. calvescens e 2) investigação complementar sobre a manipulação de Coccodiela miconiae, um fungo reconhecido como apresentando um grande potencial para utilização como agente de controle biológico para M. calvescens. A partir de 1995, foram feitos levantamentos sistemáticos de fungos fitopatogênicos associados a Miconia calvescens em busca de potenciais agentes de biocontrole a serem introduzidos em ilhas do Arquipélago Havaiano. Estes levantamentos cobriram áreas selecionadas no Brasil, Costa Rica e Equador e foi encontrada uma diversidade considerável de fungos fitopatogênicos além de fitopatógenos não fúngicos tais como um fitoplasma e dois nematóides fitopatogênicos. Em publicação recente, os seguintes fungos desta micobiota foram descritos: Coccodiella miconiae, Glomerella cingulata (=Colletotrichum gloeosporioides f. sp. miconiae), Guignardia miconiae, Korunomyces prostratus e Pseudocercospora tamonae. Dentre estes, G. miconiae e K. prostratus eram novos para a ciência. No presente trabalho, são adicionalmente descritos: Hyalosphaera miconiae, Hyalosphaera sp. nov, Lembosia melastomatum, Microsphaeropsis clidemiae, Microsphaeropsis sp. nov., Myrothecium sp. nov e Phyllachora sp. nov. O único destes fungos a ter sido efetivamente introduzido no Havaí (e posteriormente na Polinésia Francesa) foi C. gloeosporioides f. sp. miconiae. Embora este fungo tenha se estabelecido onde foi introduzido, o seu impacto sobre as populações da planta foi limitado e considera-se hoje necessária a introdução de novos agentes, sejam eles patógenos ou artrópodes (insetos). Dentre os fungos com possibilidade de utilização no biocontrole desta planta invasora, C. miconiae tem sido reconhecido como promissor, por causar uma doença severa à planta em condições naturais, mesmo que freqüentemente sob ataque severo de micoparasitas. No entanto, em trabalho anterior ficou claro que C. miconiae tem características que dificultam muito a sua manipulação para uso no controle biológico. Trata-se de um parasito biotrófico que se apresentou difícil de ser preservado e inoculado. Repetidas iniciativas de inocular artificialmente plantas sadias de M. calvescens falharam em etapa anterior do trabalho. O conhecimento disponível acerca desse fungo é ainda muito escasso e a elucidação de aspectos da biologia de C. miconiae poderia ser extremamente útil para a utilização desta espécie como agente de controle biológico além de contribuir para um melhor entendimento sobre este gênero de fungos. O presente estudo envolveu a realização de testes para determinar: 1) o melhor método de obtenção de ascósporos viáveis, inclusive com o teste de diversos métodos para se tentar quebrar uma possível dormência dos ascósporos; 2) o efeito da temperatura e do fotoperíodo sobre a germinação de ascósporos; 3) a verificação da viabilidade de ascósporos quando submetidos a lavagens sucessivas, diluições seriadas, ou mantidos em óleo mineral, diferentes concentrações de manitol; 4) a verificação do melhor método de preservação de folhas infectadas e 5) a determinação do método mais adequado de inoculação. Concluiu-se que a liberação de ascósporos a partir dos estromas foi eficiente quando estromas foram mantidos em suspensão e agitados por 3 a 4 h e que o inóculo assim obtido era infectivo quando utilizado imediatamente após sua obtenção. A germinação de ascósporos foi favorecida pela incubação a 25 ºC, sob fotoperíodo de 12 h. A utilização destes métodos mencionados acima, confirmou que a água não compromete a viabilidade dos ascósporos. A herborização por dois dias foi o melhor método de preservação de ascósporos dentre os avaliados. Estes resultados são fundamentais para o estabelecimento de um protocolo que permita finalmente a manipulação e eventual introdução de C. miconiae como agente de controle biológico no Pacífico.Item Micobiota fitopatogênica associada à planta invasora Tibouchina herbacea(Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-28) Parreira, Douglas Ferreira; Soares, Dartanhã José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760506E6; Pereira, Olinto Liparini; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767879D4; Barreto, Robert Weingart; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783300H6; http://lattes.cnpq.br/7858950674644704; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721444T5; Freitas, Leandro Grassi de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784897J6; Vieira, Bruno Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4765264E8As invasões causadas por plantas tanto em ambientes naturais como em ambientes modificados pela ação antrópica resultam em grandes perdas, de natureza econômica ou no desequilíbrio de ecossistemas. Alguns ecossistemas são mais suscetíveis a invasões biológicas, pois têm fauna e flora endêmicas desarmônicas (com nichos ecológicos vazios ou ocupados por espécies pouco adaptadas às funções ecológicas ali desempenhadas) devido ao seu surgimento em isolamento geográfico, como as ilhas oceânicas dos arquipélagos Havaiano, Polinésia Francesa, Fernando de Noronha e outros, ou à sua separação da massa continental no processo de deriva dos continentes em passado evolutivo remoto, como é o caso do Continente Australiano. Nesses locais a introdução de uma espécie exótica vegetal ou animal pode ser desastrosa para o ecossistema. Um exemplo é a introdução de Tibouchina herbacea no arquipélago Havaiano, que resultou em invasão de ecossistemas nativos. Esta planta pertencente à família Melastomataceae, e é nativa da América do Sul. Ela tem sido tratada como alvo de um programa de controle biológico utilizando-se insetos e fungos provenientes do seu centro de origem. Para este fim foi feito um levantamento da micodiversidade associada a T. herbacea. Deste levantamento resultaram 81 amostras, coletadas em três países: Brasil, República Dominicana e Costa Rica. No presente trabalho a ênfase foi dada ao esclarecimento da identidade dos fungos obtidos, como um primeiro passo para uma futura utilização de fungos fitopatogênicos no controle de T. herbacea. 16 espécies de fungos foram obtidas, sendo: seis hifomicetos Cladosporium, Passalora, Cercospora apii e três espécies do gênero Pseudocercospora; quatro coelomicetos Septoria, Hainesia, Chaetophiophoma e Pestalotiopsis; e seis ascomicetos Asteridiella, Mollisia, Asterina, Perisporiopsis, Gnomonia, Leptosphaeria. Foram reconhecidas como taxa novos para a ciência e são aqui descritos: Cladosporium tibouchinensis, Mollisia tibouchinae, Passalora tibouchinae, Pseudocercospora subsinematosa, Pseudocercospora tibouchinensis, Pseudocercospora tibouchinicola and Septoria tibouchinensis. Dentre as espécies de fungos encontradas no presente trabalho, três parecem ter potencial para uso em programas de controle biológico por causarem doenças severas em T. herbacea: S. tibouchinensis, P. tibouchinae e M. tibouchinae. Embora a especificidade destes fungos não tenha ainda sido testada, os dois primeiros fungos pertencem a gêneros que incluem espécies tidas como bastante específicas (pelo menos restritas a uma única família botânica).Item Micobiota folícola de Dimorphandra wilsonii, espécie arbórea brasileira ameaçada de extinção(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-10) Silva, Meiriele da; Pereira, Olinto Liparini; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767879D4; Barreto, Robert Weingart; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783300H6; http://lattes.cnpq.br/4359463327390130; Costa, Maurício Dutra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728228J5; Evans, Harold Charles; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4501250T6; Bezerra, José Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788506P2; Furtado, Gleiber Quintão; http://lattes.cnpq.br/1676492508949464Dimorphandra wilsonii Rizzini, Fabaceae, popularmente conhecida como faveiro de Wilson , é espécie endêmica de Minas Gerais, que ocorre na transição do Cerrado para a Mata-Atlântica, ao norte de Belo Horizonte. Consta do anexo I da lista da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção, nas listas da flora ameaçada de Minas Gerais e da International Union for Conservation of Nature (IUCN), onde figura como criticamente ameaçada, o nível que antecede o de extinção. Em contrapartida, Dimorphandra mollis Benth., planta taxonomicamente muito próxima do faveiro de Wilson, popularmente conhecida como faveira e falso barbatimão , é comum e amplamente distribuída pelo Cerrado brasileiro principalmente nos estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo. Com o objetivo de contribuir para o conhecimento sobre a micobiota associada a plantas ameaçadas de extinção no Brasil e, por conseguinte, também possivelmente ameaçadas, efetuou-se levantamento da micobiota folícola associada a D. wilsonii, e, paralelamente, de fungos folícolas que colonizam D. mollis, encontrados nas proximidades de indivíduos remanescentes de D. wilsonii. Nesse tipo de estudo micológico visa-se à geração de informação tanto na área micológica quanto na contribuição na geração de uma lista preliminar de espécies fúngicas em risco de extinção. Pretendeu-se excluir da lista de espécies fúngicas em risco de extinção aquelas que, além de ocorrerem sobre D. wilsonii, também ocorrem sobre D. mollis. As coletas foram concentradas nos municípios de Caetanópolis, Paraopeba, Juatuba, Fortuna de Minas, Sete lagoas e Pequi. Quinze espécies fúngicas foram encontradas, descritas e ilustradas, dentre as quais oito tiveram a região ITS (Internal Transcribed Spacer) do rDNA e a região LSU (Large Subunit 28S) parcialmente sequenciadas e comparadas filogeneticamente a outras sequências disponíveis no GenBank a fim de se obter uma compressão mais completa das relações destes gêneros. Treze espécies fúngicas foram encontradas associadas a D. wilsonii: Vesiculohyphomyces cerradensis, Johansonia chapadiensis, Trichomatomyces byrsonimae, Piricauda paraguayensis, Geastrumia polystigmatis, Phillipsiella atra, Stomiopeltis suttoniae, Microcalliopsis dipterygis, Janetia sp. 1 (provável espécie nova), Byssogene sp. (provável espécie nova), Pseudocercospora sp. (provável espécie nova), Pseudocercosporella sp. (provável espécie nova), cf. Radulidium sp. (provável gênero novo). Seis espécies foram encontradas associadas a D. mollis: Trichomatomyces byrsonimae, Piricauda paraguayensis, Pseudocercospora sp. (provável espécie nova), Pseudocercosporella sp. (provável espécie nova), Janetia sp. 2 (provável espécie nova) e Alveariospora distoseptata (proposto como novo gênero e espécie). As espécies Vesiculohyphomyces cerradensis, Trichomatomyces byrsonimae, Piricauda paraguayensis, Geastrumia polystigmatis, Phillipsiella atra, Microcalliopsis dipterygis e Stomiopeltis suttoniae já foram relatadas ocorrendo em outras espécies de plantas tendo ampla distribuição, portanto, não tem interesse conservacionista. Quatro fungos ocorreram em ambas as espécies de Dimorphandra: Pseudocercospora sp. (provável espécie nova), Pseudocercosporella sp. (provável espécie nova), Piricauda paraguayensis e Trichomatomyces byrsonimae. Conclui-se que há possibilidade de que os três novos taxa associados unicamente a D. wilsonii: Janetia sp., Byssogene sp. e cf. Radulidium sp., mereçam o status de espécies possivelmente ameaçadas de extinção.Item Reavaliação do ciclo de vida de Hemileia vastatrix no Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-22) Fernandes, Ronaldo de Castro; Carvalho, Carlos Roberto de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780878T0; Queiroz, Marisa Vieira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785812Z5; Barreto, Robert Weingart; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783300H6; http://lattes.cnpq.br/9596688581425341; Evans, Harold Charles; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4501250T6; Oliveira, Rosângela D arc de Lima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788026Z3; Ferreira, Francisco Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787220J1Produziram-se evidências de que Hemileia vastatrix, o agente etiológico da ferrugem do cafeeiro, tem dois tipos de teliósporos no seu ciclo de vida: teliósporos globosos a napiformes de paredes finas e lisas e que germinam tipicamente pela formação de um promicélio (basídio) com quatro células, cada qual produzindo um esterigma sobre o qual um basidiósporo é produzido e teliósporos uredinóides subreniformes com parede espessa lisa ventralmente e equinulada dorsalmente. Estudos cariológicos usando corante Giemsa e citometria de imagem demonstraram que em teliósporos uredinóides a primeira divisão da meiose ocorre nos esporos e a segunda divisão ocorre apenas depois da germinação no apressório. A proposta de examinar o status cariológico de esporos de H. vastatrix pela citometria de fluxo não foi implementada, pois dependia do prévio isolamento de protoplastos, que foi impossível com os tratamentos testados para este fungo. Fatores que afetam a freqüência e o tipo de germinação (micelial versus apressorial) dos teliósporos uredinóides foram investigados e analisados. A maior proporção de germinação foi obtida no escuro entre 22 e 26 oC e a formação de apressorios foi obtida sob temperaturas amenas próximo de 22 oC no escuro. Teliósporos foram coletados em várias localidades em Minas Gerais, confirmando o relato, até então duvidoso, de ocorrência deste tipo de esporo no Brasil. Sua ocorrência pareceu condicionada a mudanças em condições de umidade em períodos de temperatura mais baixa no inverno e na primavera. Uma significativa proporção dos teliósporos apresentou um padrão de germinação anormal com um número de células no promicélio variando de três a sete, com ou sem produção de esterigmas e basidiósporos. O conjunto de observações efetuadas neste trabalho pode contribuir para explicar a ocorrência de um número relativamente grande de raças reconhecido para H. vastatrix que seria de acordo com o conceito usualmente aceito funcionalmente estritamente assexuado, produzindo basidiósporos não funcionais. A existência de um processo adicional para promoção da recombinação genética poderia explicar o aparecimento de novas raças e a continuada quebra de resistência em novas variedades de cafeeiro.Item Subsídios para o manejo cultural e fitopatológico de Cyrtopodium cardiochilum (Orchidaceae)(Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-17) Lima, Brenda Ventura de; Zambolim, Laércio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787254T6; Otoni, Wagner Campos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786133Y6; Barreto, Robert Weingart; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783300H6; http://lattes.cnpq.br/7493500224269528; Pereira, Olinto Liparini; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767879D4; Kasuya, Maria Catarina Megumi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721444T5Cyrtopodium cardiochilum é uma orquídea nativa que apresenta potencial para produção de extratos para uso cosmético e farmacêutico. Devido ao seu interesse comercial e a ausência de informações na literatura a respeito dos aspectos fitotécnicos e fitopatológicos relacionados à mesma, o presente estudo teve como objetivo gerar informações que contribuam para a domesticação dessa orquídea e seu manejo. Avaliaram-se alguns substratos e combinações: brita de gnaisse, argila expandida, seixo rolado, coco em cubos (coxim) e vermiculita para o cultivo de C. cardiochilum. Todos os substratos analisados mostraram-se adequados, destacandose a mistura de argila + brita na proporção de 1:1 (v/v). Buscou-se também um fertilizante multi-nutriente compativél em função da demanda nutricional de C. cardiochilum e testou-se o efeito de diferentes doses desse fertilizante sobre o crescimento de plantas de C. cardiochilum. E por meio da análise de curva de doseresposta inferiu-se que a dose que resultou na máxima produção foi a de 100 mg/vaso/semana. Avaliou-se diferentes combinações de carvão ativado, sacarose e sais do meio Suprimento (S) com a finalidade de se determinar a composição mais favorável para a produção de plântulas de C. cardiochilum in vitro. As concentrações de 3,0 g L-1 de carvão ativado, 33 g L-1 de sacarose e 3,2 g L-1 de sais do meio S respectivamente, proporcionaram as maiores produções de massa de matéria seca de plântulas. Também foi feito um levantamento preliminar da micobiota fitopatogênica associada a C. cardiochilum. Foram encontradas seis espécies fúngicas: Sphenospora kevorkianii, Colletotrichum fructicola, Fusarium solani, Bionectria ochroleuca, Botrytis cinera e Alternaria sp. As quatro primeiras espécies fúngicas foram considearadas as mais importantes tendo sido caracterizadas morfologicamente. Metódos moleculares foram utilizados para esclarecer a identidade de C. fructicola, F. solani e B. ochroleuca. Finalmente, avaliou-se a eficiência de fungicidas no controle de podridões causadas por F. solani e B. ochroleuca em condições in vitro e in vivo. No ensaio in vitro foram analisados 4 ingredientes ativos (tiram, tiofanato metílico, captan e metalaxyl- M + mancozeb). Tanto para F. solani quanto para B. ochroleuca, tiram e tiofanato metílico na concentração de 0,05 g 100 mL-1, 0,025 g 100 mL-1, respectivamente foram eficazes no controle do crescimento micelial. Para o controle químico in vivo realizou-se previamente um teste para escolher um ou mais gêneros de orquídea para servirem de substitutos para C. cardiochilum nos ensaios in vivo, uma vez que há pouca disponibilidade de plantas dessa espécie para uso em experimentos. Realizou-se também um experimento visando avaliar o efeito de inoculações com diferentes concentrações de inóculo, com o objetivo de se determinar qual aquela apropriada para inoculação dos fungos no experimento de controle químico in vivo. Dentre os nove gêneros de orquídeas testados como possíveis substitutos para C. cardiochilum, Cattleya e Laelia foram os gêneros escolhidos como modelos. Todas as concentrações de inóculo de F. solani e B. ochroleuca analisadas (103, 104, 105 e 106 esporos⁄mL) foram capazes de causar necroses nas raízes do híbrido de Cattleya utilizado (Laeliacattleya Tropical Sunset x Brassolaeliacattleya Chian T3Y Beauty). Avaliou-se os ingredientes ativos tiram e tiofanato metílico na concentração de 0,05 g 100 mL-1 e 0,025 g 100 mL-1 respectivamente, no controle de F. solani e B. ochroleuca in vivo (em plantas infectadas). Porém, os resultados deste experimento foram inconclusivos, uma vez que as plantas inoculadas não desenvolveram sintomas de doenças. Portanto, experimentos futuros serão realizados para tentar esclarecer a lacuna deixada por esta parte do trabalho.