Teses e Dissertações

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Teses e dissertações defendidas no contexto dos programas de pós graduação da Instituição.

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    Evidence of selective pressure and horizontal gene transfer among ruminal bacteria support a high prevalence of antibiotic resistance in the rumen microbiome
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-15) Sabino, Yasmin Neves Vieira; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://lattes.cnpq.br/0149212201652157
    Infections caused by multidrug resistant (MDR) bacteria represent a therapeutic challenge both in clinical settings and in livestock production. Although antibiotics have been frequently used in cattle production, the distribution of antibiotic resistant genes (ARGs) in microorganisms that colonize the gastrointestinal tract (GIT) of ruminants is not well understood. In this study, we investigated the resistome of 435 genomes of ruminal bacteria and archaea and compared some of their phenotypes in vitro to their genotypes based on annotations of ARGs. We found that the number and classes of ARGs detected in ruminal bacteria genomes varied according to the computational tools used to search for antibiotic resistance. Genes encoding resistance to tetracycline were highly abundant/distributed in the genomes of ruminal bacteria and analysis of the d N /d S ratio indicated that the tet(W) gene in particular is under positive selective pressure. Our findings also revealed that the tet(W) gene is located in an novel integrative and conjugative element (ICE), suggesting a potential mechanism for horizontal transfer of tetracycline resistance in the rumen microbiota. Transcriptomic analyses showed that several ARGs are active in the rumen microbiome and were highly expressed in the GIT of humans. Some of the resistance phenotypes predicted in silico (31.5%) were also confirmed in vitro. Our data provide insight into the ARG profile of ruminal bacteria and reveal the potential role of mobile genetic elements in shaping the resistome of the rumen microbiome, with implications in human and animal health.
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    Quantificação da variação morfológica dos escudos da cabeça em natimortos de Cheloniidae (Testudines) na praia de Guriri, São Mateus, ES, Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-10-08) Oliveira, Monique Póvoa; Romano, Pedro Seyferth Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/0906090621357848
    Variações na morfologia e número de escudos epidérmicas do casco de tartarugas marinhas são comuns, o que pode levar à identificação taxonômica incorreta. Neste trabalho, espécimes natimortos de Cheloniidae foram coletados na praia de Guriri, São Mateus (ES), a fim de avaliar a variação morfológica observada. Cerca de 70% da amostra coletada (144 indivíduos) apresentaram variação no número de escudos inframarginais esperados para as espécies encontradas. Com base principalmente no número de escudos, foram encontrados oito morfótipos diferentes, incluindo os morfótipos de diagnóstico das espécies com maior número de desova na região, Caretta caretta (n = 55) e Lepidochelys olivacea (n = 12). Além disso, três indivíduos de Eretimochelys imbricata podem ser identificados como um terceiro morfótipo. Os outros cinco morfótipos encontrados mostraram características diagnósticas de mais de uma espécie, sendo previamente interpretados como espécimes de C. caretta que apresentam variações fenotípicas. A variação na forma da cabeça foi, portanto, quantificada pelo método da morfometria geométrica (GMM) usando pontos de referência para verificar a quais espécies os espécimes "anômalos" anteriormente classificados como C. caretta poderiam pertencer. Os resultados revelaram maior semelhança desses espécimes com os indivíduos indubitáveis de C. caretta, levando-nos a concluir que esses indivíduos apresentam variação de plasticidade dessa espécie. Além disso, considerando que há uma alta taxa de hibridação em populações que nidificam na costa brasileira, sugerimos que indivíduos anômalos de três dos cinco morfótipos “anômalos” encontrados poderiam ser o resultado da reprodução entre C. caretta com L. olivacea ou E. imbricata. Palavras-chave: Chelonioidea. Carettini. Morfometria geométrica. Escamas epidérmicas. Hibridização.
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    Análise da microbiota do colostro de vacas pluríparas e primíparas e de fezes de vacas e bezerros leiteiros no pós parto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-12-06) Silva, Juliana Soares da; Mantovani, Hilário Cuquetto; http://lattes.cnpq.br/7552912190011230
    Neste trabalho, o objetivo foi avaliar a composição da microbiota do colostro e fezes de vacas pluríparas e primíparas, assim como das fezes dos bezerros no pós- parto. As análises da microbiota não cultivada do colostro (1, 2 e 3 dias após o parto) e das fezes das vacas e dos bezerros foram realizadas um dia após o parto utilizando sequenciamento de nova geração do rRNA 16S. As análises dos índices de riqueza (Chao 1), diversidade (Shannon e Simpson) e beta diversidade indicaram que a comunidade bacteriana do colostro de pluríparas e primíparas não diferiram entre a categoria animal (teste t, p < 0,05). Os filos Firmicutes, Tenericutes, Kiritimatiellaeota e Fibrobacteres foram significativamente mais abundantes (p < 0,05) em pluríparas quando comparado às primíparas, enquanto que Proteobacteria, Actinobacteria, Cloacimonetes e Fusobacteria foram mais abundantes (White’s nonparametric t-test, p < 0,05) em primíparas quando comparados com as pluríparas. As famílias Lachnospiraceae, Ruminococcaceae, Prevotellaceae, Rikenellaceae e Christensenellaceae foram mais abundantes nas pluríparas (White’s non-parametric t-test, p < 0,05) quando comparada às primíparas. Enquanto que Weeksellaceae e Burkholderiaceae foram mais abundantes nas primíparas quando comparado às pluríparas (White’s non- parametric t-test, p < 0,05). Os gêneros mais abundantes (>0,1%) foram Pseudomonas (1,2 e 0,64%), Fibrobacter (0,26 e 0,47%), Stenotrophomonas (0,53 e 0,21%), Sphingobacterium (0,48 e 0,16%) e Brevundimonas (0,34 e 0,12%), nas primíparas e pluríparas, respectivamente. As OTUs que foram identificadas em pelo menos 50% dos animais de uma das categorias (n ≥ 4) foram selecionadas para a análise de espécies indicadoras, resultando no total de 368 OTUs. As OTUs Otu01030 e Otu00891 foram classificadas como membros das famílias Rikenellaceae e Christensenellaceae, enquanto que a Otu00721 foi classificada como pertencente ao gênero Butyrivibrio e Otu00094 como do gênero Prevotella. Essas OTUs foram identificadas como indicadoras nas amostras de colostro de vacas pluríparas, independentemente se foram ou não observadas nas amostras de primíparas. A Otu00101, identificada como Brevundimonas, foi considerada como indicadora das amostras de colostro de primíparas, sendo observada apenas nas amostras desses animais. A análise da betadiversidade das fezes indicou que bezerros de pluríparas e bezerros de primíparas foram significativamente semelhantes entre si, assim como as pluríparas e primíparas (ANOSIM, p < 0,05). Os índices de riqueza e diversidade (Chao 1, Shannon e Simpson) indicaram que a comunidade bacteriana das fezes de pluríparas e primíparas, assim como das fezes dos bezerros de pluríparas e primíparas não diferem significativamente entre si (teste t, p > 0,05). Foram identificadas 47 famílias compartilhadas nas fezes dos animais adultos e bezerros após o nascimento, sendo que Ruminococcaceae, Lachnospiraceae e Christensenellaceae foram mais abundantes nas pluríparas e primíparas, enquanto Enterobacteriaceae, Clostridiaceae_1 e Ruminococcaceae foram mais abundantes nos bezerros. Apenas a família Lactobacillaceae foi mais abundante em bezerros nascidos de primíparas quando comparado aos bezerros nascidos de pluríparas (White’s non-parametric ttest, p < 0,05). O gênero Ruminococcus_1 foi significativamente mais abundante (White’s non-parametric t-test, p < 0,05) nas primíparas (0,74 ± 0,22%) quando comparado às pluríparas (0,23 ± 0,16%), enquanto Lactobacillus e Faecalibacterium apresentaram abundância relativa significativamente maior (White’s non-parametric t-test, p < 0,05) nas fezes dos bezerros de primíparas quando comparado à microbiota fecal dos bezerros de multíparas. Dessa forma, o colostro de pluríparas e primíparas diferem na abundância relativa dos filotipos e Lachnospiraceae, Ruminococcaceae e Prevotellaceae foram os grupos mais abundantes no colostro de multíparas. As fezes de bezerros originados de primíparas possuem microbiota com maior abundância de Lactobacillus e Faecalibacterium, os quais parecem estar relacionados com a saúde e desempenho dos bezerros.
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    Avaliação da qualidade microbiológica e físico-química de kefir e da atividade biológica da bebida, de Lactobacillus spp. isolados de diferentes grãos e exopolissacarídeos
    (Universidade Federal de Minas Gerais, 2016-06-24) Villanoeva, Camila Nair Batista Couto; Neumann, Elisabeth; http://lattes.cnpq.br/2549474740464671
    Os grãos de kefir são caracterizados por uma matriz exopolissacarídica na qual se insere uma complexa comunidade de bactérias e leveduras. A atividade destes micro-organismos caracteriza os grãos de kefir e as bebidas por eles fermentadas, apresentando assim diversas aplicações para a indústria de alimentos. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade microbiológica e físico-química de kefir; a atividade biológica da bebida, de Lactobacillus spp. isolados de diferentes grãos e de exopolissacarídeos. Nos grãos de kefir de leite e de água açucarada, as bactérias e leveduras se apresentaram distribuídas na superfície e no interior dos mesmos. As amostras de kefir de leite possuem contagem de BAL superior a 107UFC/mL durante os 28 dias de armazenamento e apresentaram composição química conforme preconizado pela legislação. De modo geral, as amostras de kefir de água possuem contagem de BAL superior a 107UFC/mL, diminuindo durante o armazenamento com 28 dias. As bebidas apresentam atividade antagonista, in vitro, contra Escherichia coli (ATCC 25922), Enterococcus faecalis (ATCC 19433), Listeria monocytogenes (ATCC15313), Shigella flexneri (ATCC 12022), Staphylococcus aureus (ATCC 29213) e Salmonella enterica sorovar Typhimurium (ATCC14028), em ágar MRS. A produção de EPS foi verificada em diferentes condições de crescimento por Lactobacillus spp. e extraídos diretamente de grãos de kefir de leite ou água açucarada. Estes possuem composição química e organização estrutural primária diversa. Lactobacillus spp. isolados de grãos de kefir são capazes de antagonizar a invasão, mas não a adesão de S. Enteritidis in vitro, evidenciando potenciais propriedades probióticas. EPS produzidos por lactobacilos isolados de grãos de kefir e extraídos de grãos de kefir de água açucarada e de leite são capazes de exercer um efeito antagônico in vitro contra a adesão de Salmonella em células Caco-2/TC-7. A análise de metatranscriptômica mostrou que as espécies bacterianas mais ativas no kefir de leite de Curitiba (KLCU) foram L. mesenteroides (61,93%), L. kefiranofaciens (3,86%), Yarrowia lipolytica (9,43%) e Saccharomyces cerevisiae (9,43%); de Salvador (KLSA) L. mesenteroides (41,65%), L. kefiranofaciens (20,78%), Yarrowia lipolytica (10,21%) e Saccharomyces cerevisiae (1,70%); no kefir de água de Curitiba (KACU) Oenococcus kitaharae (12,76%), Gluconobacter oxydans (7,77%) e Saccharomyces cerevisiae (66,45%); de Salvador (KASA), Oenococcus kitaharae (14,69%), Gluconobacter oxydans (4,42%) e Saccharomyces cerevisiae (72,9%). Genes transcritos da enzima glicosiltransferase, envolvida na síntese de homopolissácarideo de glicose, foram encontrados nas amostras KACU e KASA. Enquanto os genes transcritos das enzimas β-galactosidase, fosfoglucomutase, UDP-glicose pirofosforilase, galactose-4-epimerase e UDP-galactose-4-epimerase, envolvidas na síntese de hetepolissacarideo de glicose e galactose, foram encontrados nas amostras KLCU e KLSA. Palavras chave: Kefir, lactobacilos, exopolissacarídeos, caracterização
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    O Gênero Calea L. (Neurolaeneae, Asteraceae) em Minas Gerais, Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-03-13) Silva, Genilson Alves dos Reis e; Nakajima, Jimi Naoki; http://lattes.cnpq.br/2796775421872058
    Asteraceae está entre as maiores famílias de angiospermas, com 24.000 a 30.000 espécies circunscritas em 43 tribos, representando um percentual superior a 9% da flora mundial. Para o Brasil são registrados 290 gêneros e 2.099 espécies, das quais 1.328 tem distribuição restrita ao país. O gênero Calea, pertencente à tribo Neurolaeneae, possui cerca de 125 espécies de distribuição neotropical e está representado no Brasil por 83 espécies. Considerando que o número de espécies registradas no Brasil aparenta ser o maior dentre todos os países de sua ocorrência, os estudos taxonômicos com o gênero são incipientes para conhecer a diversidade de Calea ocorrente na região sudeste, particularmente no estado de Minas Gerais que apresenta o maior número de espécies. Portanto, o objetivo deste trabalho é o de realizar um estudo taxonômico das espécies de Calea ocorrentes em Minas Gerais. O material botânico analisado foi obtido principalmente por meio de visitas e solicitação de empréstimo a 24 herbários que continham registros de espécimes coletadas em Minas Gerais, bem como por meio de excursões botânicas próprias. As espécies foram identificadas mediante consulta a literatura especializada, comparação com exsicatas ou imagens dos tipos e, posteriormente, descritas e ilustradas. Esta tese está apresentada na forma de três capítulos, que correspondem a manuscritos de artigos científicos formatados conforme as normas dos periódicos aos quais serão submetidos. O capítulo I apresenta o tratamento taxonômico para as 42 espécies e uma variedade, pertencentes às cinco seções de Calea, que ocorrem no Estado de Minas Gerais. Entre os táxons analisados 15 possuem distribuição restrita ao estado de Minas Gerais. Novos registros de Calea asclepiifolia e C. lutea foram estabelecidos para Minas Gerais; C. lantanoides para Rondônia; C. serrata para Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul; e de C. teucriifolia para Piauí e Tocantins. Os lectótipos foram designados para C. brevifolia, C. coronopifolia, C. eupatorioides, C. graminifolia, C. myrtifolia, C. myrtifolia var. paucidentata, C. pilosa, C. pinnatifida, C. senecioides, C. subrotunda e C. tridactylita. Foi proposta a sinonímia de C. myrtifolia var. paucidentata sob C. myrtifolia. Além disso, são fornecidas descrições, comentários morfológicos, de distribuição geográfica e fenologia, chave para identificação dos táxons, além de ilustrações e mapas de distribuição geográfica. O capítulo II apresenta a descrição de uma nova espécie da seção Calea, denominada Calea diamantinensis. A nova espécie é endêmica de campos rupestres do município de Diamantina, o que justifica a escolha do epíteto específico. São apresentadas: descrição morfológica, comparação com a espécie próxima, ilustração, fotos, chave de identificação para as espécies do gênero ocorrentes no município de Diamantina, bem como comentários sobre posição taxonômica, hábitat, fenologia, distribuição e conservação. O capítulo III descreve uma nova espécie de Calea para a Floresta Atlântica, em fitofisionomia do tipo arbustal nebular. A nova espécie foi denominada Calea arachnoidea, em virtude do indumento aracnóide encontrado principalmente em folhas não expandidas, sobre o pedúnculo dos capítulos e na base das brácteas involucrais externas, que se constitui uma característica diagnóstica para esta espécie. C. arachnoidea, pertencente à seção Meyeria (DC.), e até o momento esta espécie é endêmica da região da Serra Negra, localizada na zona da mata mineira. São apresentadas: descrição morfológica e ilustração. As relações de afinidade entre C. arachnoidea e as espécies próximas são discutidas. Adicionalmente, fotos, mapa de distribuição e considerações sobre habitat e estado de conservação da nova espécie são apresentados, bem como uma chave de identificação das espécies de Calea sect. Meyeria no estado de Minas Gerais.
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    A função do chaperone molecular BiP na resposta a estresses abióticos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-01) Miguel, Larissa Pereira; Reis, Pedro Augusto Braga dos; http://lattes.cnpq.br/2034669888727358
    A manutenção da homeostase em organismos vivos passa por mecanismos de percepção e propagação dos mais diversos sinais dentro da célula e do organismo como um todo por meio de complexas redes de sinalização.Vias de sinalização em planta possuem, muitas vezes, o papel de minimizar os efeitos deletérios de estresses bióticos e abióticos,por meio da ativação e repressão de genes específicos. Estes estresses são responsáveis por prejudicar o desenvolvimento e levar a perdas na produção. Desta maneira, diferentes estudos têm focadoem elucidar estasvias de sinalização com a finalidade de obter cultivares superiores. Dentre estas, a via de resposta a proteínas mal dobradas (UPR) e a via mediada por proteínas ricas em asparaginas (NRPs), que transduzem sinais de morte celular originados de estresse no retículo endoplasmático (RE) e osmótico, exercem um papel de atenuação dos estresses e alterações relacionadas ao desenvolvimento. A chaperona molecular residente do RE, BiP, foi demonstrada retardar a indução de morte celular em condições de estresse ea senescência natural,regulando, assim, ambas as vias de sinalização. No entanto, o mecanismo pelo qual BiP controla estas vias é totalmente desconhecido. Desta forma, osobjetivos do presente trabalho foram(I) avaliar o papel do domínio ATPase e da atividade chaperona de BiP no processo de modulação das vias de resposta a estresses no RE, osmótico e de morte celular programada (II) Identificar possíveis candidatos moduladores supressores do mecanismo de tolerância à seca mediado por BiP. Foram geradas mutações no gene de BiPD no sítio de hidrólise do ATP (T44G) e no sítio de ligação ao ATP (G233D), com o propósito de demonstrar se a região chaperona de BiP influência na sua modulação das vias de sinalização. A partir destes mutantes, diferentes técnicas foram utilizadas para demonstrar que estas mutações levaram à perda de função de BiP. Experimentos de estresse hídrico foram realizados demonstrando que as plantas transformadas com o gene mutado ficaram mais susceptíveis à morte celular. Através do tratamento com tunicamicina (indutor de estresse no RE), o nível de expressão de genes da UPR aumentou nas plantas BiPD-T44G e BiPD-G233D, além do fenótipo de morte celular ter sido mais agravante comprovado pelo experimento de Azul de Evans e de infiltração. Além disso, o comportamento da indução de genes NRPs foi alterado nestas plantas, uma vez que houve um aumento da indução destes genes quando comparados com a planta superexpressando BiP. Os resultados obtidos indicam que a função chaperone de BiP está relacionada com a forma que BiP atua em resposta a estresse hídrico e estresse no RE. De forma a identificar possíveis moduladores do mecanismo de tolerância mediado por BiP, foram realizadas mutações com EMS em plantas superexpressando BiPD, e por meio do sequenciamento do genoma das mesmas foram selecionados possíveis supressores do mecanismo de tolerância à seca de BiP. Dentre os genes identificados, ZAR1 foi selecionado para estudo.Primeiramente foi demonstrado que ZAR1 apresenta expressão aumentada em plantas superexpressando BiPD. Além disso, foram obtidas plantas superexpressando e silenciadas para o gene ZAR1. Ensaio de infiltração de tunicamicina em Arabidopsisthalianamostrou que plantas superexpressando ZAR1 apresentam menor grau de clorose decorrente do processo de morte celular, enquanto que em plantas knock-down para ZAR1 este processo foi acelerado. Estudos mostraram que o regulador de proteína G, RGS1, possui função de dessensibilizar a sinalização mediada por proteína G, além de estar envolvido na regulação em resposta à seca. Este mecanismo ainda não é totalmente conhecido, entretanto foi identificado queproteínas LRRRLK são responsáveispela fosforilação de RGS1 ativando sua modulação das proteínas G. ZAR1 possui sítio de ligação à proteína G e pertence à família das LRRRLK, desta maneira ensaio de co-imunoprecipitação e ensaio de complementação de fluorescência bimolecular foram realizados e, a interação entre ZAR1 e RGS1 foi provada.No entanto, posteriores estudos precisam ser realizados para identificar o mecanismo envolvido nesta interação, além de qual resposta é desencadeada após essa interação. Estes resultados indicam uma correlação direta entre ZAR1 e morte celular induzida por tunicamicina e apontam favoravelmente para um envolvimento direto de ZAR1 como supressor do mecanismo de ação de BiP.
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    Diversidade e evolução do tamanho de genomas: uma perspectiva em Formicidae e Bromeliaceae
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-03-23) Moura, Mariana Neves; Cristiano, Maykon Passos; http://lattes.cnpq.br/7371010649780052
    O tamanho do genoma, também denominado conteúdo de DNA, quantidade de DNA ou DNA C-valor, foi descrito como um traço que "encontra-se exclusivamente na interseção do fenótipo e genótipo" e o tamanho do genoma em eucariotos varia em cinco ordens de magnitude, com uma distribuição enviesada em torno de valores pequenos, cerca de 2 picogramas (pg). Na família Formicidae o método para estimar o tamanho do genoma ainda é pouco difundido, o que torna difícil comparar estudos e compreender a evolução desse traço. Neste estudo, reunimos e investigamos a informação sobre o tamanho do genoma em formigas, compilando o conteúdo de DNA estimado. Analisamos também o método aplicado, o tipo de tecido utilizado e o padrão interno. Todos os valores foram colocados em uma árvore filogenética e os valores médios das subfamílias foram então comparados estatisticamente (Capítulo 1). Padronizamos um protocolo de citometria de fluxo (FCM) em formigas; analisamos, entre os padrões internos atualmente utilizados em citometria de fluxo para insetos, o que é o mais recomendado para formigas; avaliamos a eficácia da citometria de fluxo na análise de diferenças no conteúdo de DNA entre colônias de diferentes locais, ou seja, testamos a aplicabilidade da citometria de fluxo em estudos envolvendo genética de populações (Capítulo 2). Também expandimos o banco de dados de tamanho de genoma para Formicidae; estabelecemos um protocolo de determinação de composição de bases AT/GC através de citometria de fluxo em formigas; examinamos os padrões de distribuição e variação do tamanho do genoma e da composição de bases entre os táxons; fornecemos uma perspectiva filogenética sobre a evolução do tamanho de genoma na família e reconstruímos o estado ancestral desse traço (Capítulo 3). Drosophila melanogaster foi um padrão interno melhor do que Scaptotrigona xanthotricha, uma vez que a maioria das formigas estudadas possui tamanho do genoma (valor 1C) correspondente ao de S. xanthotricha, o que resulta em uma sobreposição de picos nos histogramas; como D. melanogaster tem um tamanho de genoma menor isso não acontece, sendo o padrão interno mais apropriado para formigas. O tampão Galbraith foi mais eficaz para Myrmicinae e Pseudomyrmecinae, e LB01 para Ectatomminae e Ponerinae. O tampão OTTO também funcionou, mas com um coeficiente de variação maior que o considerado aceitável (<5%). No capítulo 2, o tamanho do genoma estimado variou entre as populações das quatro espécies estudadas essa variação pode estar relacionada ao estresse na colonização de novos ambientes. A citometria de fluxo mostrou ser um método eficaz de quantificação de DNA em formigas e aplicável em estudos de genética de populações. O coeficiente de variação entre os dias não foi significativamente diferente, o que reflete a eficácia do método e a estabilidade do equipamento. Novas estimativas de tamanho do genoma foram apresentadas para 100 espécies de formigas, 92 das quais correspondendo a novas espécies e o tamanho médio do genoma da família Formicidae foi de 0,38 pg. A relação AT/GC obtida para a família foi AT = 62,40% e GC = 37,60%. No capítulo 3, a família Formicidae foi recuperada como um clado com alto valor de probabilidade posterior na análise filogenética. O tamanho do genoma ancestral reconstruído para Formicidae foi de 0,38 pg de acordo com o método de Inferência Bayesiana e 0,37 pg de acordo com os métodos ML e Parcimônia e diferenças significativas no tamanho de genoma foram observadas entre as subfamílias amostradas. Os resultados deste estudo sugerem que a evolução do DNA C-valor em Formicidae ocorreu devido à perda e acumulação de regiões não codificadoras, principalmente elementos transponíveis e, em alguns casos específicos, por duplicação completa do genoma. No entanto, os processos por trás dessas expansões e retrações do genoma ainda precisam ser entendidos, principalmente através de estudos de diversificação de espécies, a fim de verificar se essas mudanças no conteúdo de DNA estão relacionadas ao processo de colonização da espécie, como sugerido no nível intraespecífico.
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    Avaliação da atividade antimelanoma in vitro e in vivo de um derivado de dibenzoilmetano de uso tópico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-31) França, Andressa Antunes Prado de; Diaz, Marisa Alves Nogueira; http://lattes.cnpq.br/1081080156647658
    O câncer, atualmente, é a segunda causa de morte por doenças no Brasil, e o câncer de pele do tipo melanoma é a principal causa de morte dentre as afecções da pele. Neste sentido, considerando-se o impacto social e relevância da doença, buscam-se novas opções de terapias que sejam mais eficazes contra esses agravos. Os dibenzoilmetanos constituem uma classe de compostos que vem sendo amplamente investigada, devido às suas já conhecidas propriedades fotoprotetoras, anti-inflamatórias e antitumorais. Assim, o presente estudo teve como objetivo a avaliação das propriedades antimelanoma de um derivado de dibenzoilmetano com finalidade de aplicação tópica. O composto 1,3-Difenil-2-benzil-1,3-propanodiona foi sintetizado a partir de 1,3-difenil-1,3-propanodiona (dibenzoilmetano). Os ensaios in vitro de citotoxicidade com MTT foram realizados com 3 x 10 3 células plaqueadas por poço em placas de 96 poços, e o composto nas concentrações 0,25 µg/mL, 2,5 µg/mL, 25 µg/mL e 250 µg/mL, com tratamento das células por 48h. O composto apresentou IC 50 de 53,05 µg/mL para as células da linhagem B16F10, derivadas de melanoma murino, e 225,5 µg/mL para as células da linhagem melan-A, derivadas de melanoblastos normais murino, com índice de seletividade de 4,25. Isto significa que o composto é 4,25 vezes mais seletivo para as células de melanoma do que para os melanócitos, o que indica potencial terapêutico para testes in vivo. O teste in vivo foi realizado com base em um modelo de melanoma murino, utilizando-se camundongos da linhagem C56Bl/6, com inoculação subcutânea de 1 x 10 5 células B16F10 na região cervical, e tratamento tópico no mesmo sítio onde foi induzido o tumor. O tratamento foi realizado utilizando-se um gel transdérmico, contendo o composto nas concentrações de 1 mg/mL e 3 mg/mL, e 2% de Aristoflex® como agente gelificante, 5% de propilenoglicol como umectante, 10% de dimetilsulfóxico (DMSO) como promotor de absorção e álcool 70% como inibidor microbiano (q.s.p). O tratamento foi iniciado 24 horas após a indução do tumor, e durou 21 dias. Terminado este período, os animais foram eutanasiados, e foram coletados o tumor, fígado, rim e pulmões dos animais para análises histológicas, além do sangue, para análise do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) do soro. A avaliação do volume tumoral indicou diferenças significativas entre os animais não tratados e os animais tratados, com os animais tratados apresentando menores tumores. Além disso, o VEGF também se apresentou aumentado nos animais não tratados, o que pode representar um possível mecanismo pelo qual o composto esteja agindo sobre as células tumorais. A avaliação histológica das amostras de tumor mostraram amplas áreas necróticas no material coletado a partir dos animais tratados, e indicativos de morte celular por apoptose. Ademais, o fígado se apresentou mais preservado nos animais tratados do que nos animais doentes sem tratamento, ou tratados com a formulação sem o composto ativo (branco). Nas amostras de rim não foram encontradas alterações histológicas, e nas amostras de pulmão, não foi identificado nenhum foco de metástase. A partir destes resultados, pode-se concluir que o composto apresentou significativo papel terapêutico contra o melanoma, com base na rota de distribuição transdérmica da droga.
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    Diversidade genética e mapeamento associativo para resistência à fumonisinas em milho tropical utilizando marcadores SNPs
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-12-20) Silva, Karla Jorge da; Dias, Luiz Antonio dos Santos; http://lattes.cnpq.br/8436009851035275
    O conhecimento da diversidade genética é fundamental para um programa de melhoramento de plantas pois ajuda entender a relação genética entre as linhagens para direcionar cruzamentos. O mapeamento associativo (GWAS) é um dos principais métodos para relacionar genes e alelos às características de interesse, por meio da co-segregação de marcadores genéticos polimórficos com variação fenotípica. Este trabalho teve como objetivo investigar a diversidade genética de linhagens de milho e verificar a relação entre diversidade genética e padrões heteróticos para a produção de grãos dos híbridos. Com outro conjunto de dados, o objetivo foi identificar regiões genômicas associada com à fumonisina no milho, por meio do mapeamento associativo. Para o estudo da diversidade genética, um total de 1.041 linhagens foram genotipadas por sequenciamento, gerando 32.840 SNPs. Além disso, a diversidade genética de linhagens foi correlacionada com a produção de grãos de 591 híbridos, entre as linhagens genotipadas. No entanto, apenas essas distâncias genéticas entre linhagens não foram suficientes para predizer o desempenho híbrido, uma vez que foi obtida uma correlação de Pearson baixa, embora significativa (0,22, p <0,01) entre distâncias genéticas dos parentais e a produção de grãos dos híbridos. O estudo de mapeamento associativo foi conduzido usando dados fenotípicos de 205 linhagens do painel de milho avaliadas em três ensaios de campo realizados em Sergipe, e um conjunto de 385.654 SNPs. O GWAS foi possível encontrar 45 SNPs significativamente associados à resistência à fumonisinas, agrupados em 19 QTLs. Os QTLs nos bins 2.05, 2.06, 2.08, 2.09, 3.06, 4.05, 5.01 e 10.03 possuem genes candidatos. Com funções preditas implicadas na resistência a patógenos. Os QTLs serão úteis para a seleção assistida por marcadores e para uma melhor compreensão da resistência à fumonisina em milho. Palavras-chave: Genes. Marcadores moleculares. Melhoramento genético. Zea mays.
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    Clonagem e caracterização de um novo gene putativo de resistência do cafeeiro a Hemileia vastatrix e aplicação na seleção assistida
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-03-11) Almeida, Dênia Pires de; Caixeta, Eveline Teixeira; http://lattes.cnpq.br/1347877952997666
    A ferrugem do cafeeiro, causada pelo fungo Hemileia vastatrix, é uma das doenças mais preocupantes para a cafeicultura mundial. A alta variabilidade genética desse fungo e, consequentemente, o surgimento de novas raças do patógeno, tem resultado na suplantação da resistência de cultivares lançadas pelos programas de melhoramento genético. Para desenvolver cultivares com resistência durável, é essencial o entendimento dos genes de resistência envolvidos e seus mecanismos moleculares de atuação na resistência. Dessa forma, nesse estudo, foi realizada a clonagem e caracterização molecular de um novo gene (Receptor Like Kinase) presente no Híbrido de Timor (HdT) CIFC 832/2, uma das principais fontes de resistência dos programas de melhoramento. A clonagem foi realizada a partir de screening de uma biblioteca de clones BAC (Bacterial Artificial Chromosomes), usando um gene que foi selecionado de biblioteca subtrativa entre interação compatível e incompatível de Cafeeiro-H. vastatrix. A sequência da BAC selecionada foi analisada, sendo identificado dois genes putativo para resistência do cafeeiro. Por meio de RT-qPCR, um dos genes, denominado de HdT_LRR_RLK2 (Leucine-rich repeat rececptor like kinase), apresentou pico de expressão apenas na interação incompatível, sendo esse considerado um novo gene putativo de resistência do cafeeiro a H. vastatrix. A partir desse gene caracterizado, foi desenvolvido um marcador molecular funcional, o qual foi analisado e validado em um conjunto de clones de cafeeiros diferenciadores de raças de H. vastatrix e, então, usados na seleção assistida (SAM). Na SAM, cafeeiros em diferentes gerações de melhoramento foram analisados com o marcador funcional desenvolvido, além de outros marcadores previamente obtidos e associados a diferentes genes de resistência a H. vastatrix. Foi utilizado marcadores SCAR, CAPS e SSR flanqueando dois locos (genes maiores) de resistência a raças I, II e patótipo 001 de H. vastatrix, previamente localizados em mapa genético, além de marcador funcional originado de outro gene clonado (CC-NBS-LRR) alocado em outra região do mapa genético. Nesse trabalho, também foram usados os marcadores CBD-Sat207 e CBD-Sat235 associados ao gene Ck1 de resistência a Coffee Berry Disease (CBD). Essa doença se encontra presente somente no continente africano, no entanto, o uso dos marcadores permite realizar melhoramento preventivo para essa importante doença. Nas gerações F 2 , F 3 e Retrocruzamento Suscetível (RCS 2 ) (Híbrido de Timor UFV 443-03 x Catuaí Amarelo IAC 64), as plantas foram genotipadas e fenotipadas com a raça II de H. vastatrix, para validação dos marcadores. As populações F 3:4 e RCS 3 foram genotipados com os marcadores validados. Foram identificados na F 3:4 cafeeiros com o genótipo AABBCCDDEe e no RCS 3 , genótipo AaBbCcD_E_, sendo que o loco A, B, C e D correspondem aos quatro locos de resistência a H. vastatrix e E ao loco de resistência a CBD. A SAM permitu a identificação e obtenção de piramidação de múltiplos genes de resistência a ferrugem e a CBD. Os genótipos identificados serão usados para avanço de geração e plantados para os testes de campo. O uso das estratégias de SAM e piramidação de genes têm potencial de obtenção de resistência duradoura à doenças, além de reduzir tempo, espaço e custo dos testes de campo, por permitirem o descarte de plantas contendo os alelos recessivos nos diferentes locos.