Teses e Dissertações

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Teses e dissertações defendidas no contexto dos programas de pós graduação da Instituição.

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    O Jeca tatu não é mais jeca: representações sobre o rural nos anúncios veiculados na revista Globo Rural, entre 1980 e 2000
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-06-28) Daniel, Laene Mucci; Gomes, Maria Carmen Aires; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791838E8; Pinho, José Benedito; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790649D3; Amodeo, Nora Beatriz Presno; http://lattes.cnpq.br/6045747294263289l/visualizacv.do?id=K4708493A7; http://lattes.cnpq.br/4441237063780483; Doula, Sheila Maria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785704Z8; Braga, Geraldo Magela; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788021D4
    Esta dissertação visa analisar como a publicidade produzida em meios de comunicação impressos, representa o rural, observando sua transformação nas décadas de 1980, 1990 e 2000, utilizando-se para isso os anúncios da revista Globo Rural. Através da análise da publicidade, análises de discurso e semiótica, pretendeu-se compreender como foram modificando as representações acerca do rural. Para isso foram analisados os 384 anúncios correspondentes às edições dos meses de março, junho, setembro e dezembro, dos anos 1988, 1998 e 2008. Ao longo da análise e comparação dos anúncios, a heterogeneidade das representações sobre o rural ficou evidente pela marca da temporalidade. Ou seja, à medida que o contexto se modificou, as representações sobre o rural acompanharam e manifestaram suas modificações. Essa evidência veio confirmar a hipótese dessa pesquisa de que a publicidade, ao longo do tempo, representa a multiplicidade de identidades da nova ruralidade e as mudanças sociais incorporadas pelo mundo rural. Parte-se de um rural como espaço de trabalho, esforçado, mas que podia ser gerador de fartura e conquistas, através de modelos tecnológicos, em prol da produção e produtividade, nos anos 80, evoluindo para a representação de uma nova ruralidade heterogênea, pluriativa e de múltiplos significados na década de 2000, em consonância com as discussões acadêmicas sobre o rural. Conclui-se que a publicidade, em vez de ser agente de mudança como propõem alguns autores, apresenta-se neste caso como reforçadora de uma cultura dominante.
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    Impactos da incorporação do sistema de aquecimento solar de água na habitação de interesse social: estudos de caso em municípios de pequeno porte em Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-25) Silva, Izadora Cristina Corrêa; Tibúrcio, Túlio Márcio de Salles; http://lattes.cnpq.br/7538871885032281; Tibiriçá, Antônio Cleber Gonçalves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794527Y8; Carvalho, Aline Werneck Barbosa de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4766934H2; http://lattes.cnpq.br/4125755067222075; Zambrano, Letícia Maria de Araújo; http://lattes.cnpq.br/5536843934178583; Alvarenga, Rita de Cassia Silva Sant' Anna; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785816A8
    Neste trabalho propõe-se uma investigação acerca da implantação do sistema de aquecimento solar de água na habitação de interesse social, sob o ponto de vista da sustentabilidade da tecnologia adotada. Entende-se a sustentabilidade num sentido amplo, que envolve entre outros, os aspectos econômicos, sociais, ambientais e culturais bem como os hábitos e costumes arraigados na população residente. Ainda há poucos exemplos de aplicação prática e pouca literatura sobre a implantação de tecnologias visando à economia de energia na habitação de interesse social, sobretudo sob o ponto de vista da sustentabilidade e da adaptação da população às novas tecnologias utilizadas. Para tanto, busca-se identificar os impactos gerados com a inserção de coletores solares na habitação de interesse social, produzida pela COHAB-MG (Companhia de Habitação de Minas Gerais) no Programa Lares - Habitação Popular, em cidades de pequeno porte demográfico em Minas Gerais, avaliando a adequação da incorporação dos coletores solares aos hábitos e costumes da população e possíveis mudanças de comportamento decorrentes da presença dessa nova tecnologia no espaço habitacional. Foram realizados três estudos de caso, nos conjuntos habitacionais de Piedade de Caratinga, Itatiaiuçu e Dores de Campos. Efetuou-se em cada conjunto habitacional uma Avaliação Pós- Ocupação Comportamental para aferir a satisfação dos usuários com relação à instalação do aquecedor solar nas habitações. Como principais resultados encontrados têm-se: a satisfação dos usuários com a economia financeira gerada pelo aquecedor solar e com o conforto propiciado pelo aumento do tempo de uso do chuveiro, decorrente da despreocupação em relação ao consumo energético; a falta de manutenção periódica do sistema de aquecimento solar pelos moradores; a desvinculação entre o uso do aquecimento solar e a redução dos impactos ambientais. Conclui-se que, apesar dos impactos positivos relacionados com a sustentabilidade econômica e cultural, os moradores não relacionam a utilização da tecnologia solar com a sustentabilidade e, portanto, a incorporação dos coletores solares não é suficiente para criar uma consciência ambiental. Esses resultados mostram que a ação de incorporação do aquecedor solar na habitação de interesse social pela COHAB-MG representa importantes ganhos sociais, mas deve ser acompanhada de um trabalho de conscientização com a finalidade de ampliar os benefícios concedidos à população, caracterizando-se assim como um importante passo na busca de uma habitação social equilibrada, em prol da sustentabilidade.
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    Legislação ambiental e reprodução socioeconômica de pequenos produtores rurais da microbacia hidrográfica do Córrego do Grama, Coimbra/MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-30) Sant'anna, Maria Aparecida de Castro Monteiro; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Ludwig, Márcia Pinheiro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790500T3; http://lattes.cnpq.br/8199354590856929; Oliveira, Robson José de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760239P6
    Este estudo contempla os resultados da pesquisa realizada com unidades familiares da Microbacia Hidrográfica do Córrego do Grama, município de Coimbra-MG. O objetivo do estudo foi investigar e analisar a relação entre a legislação ambiental vigente, no que se refere às Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal, e a reprodução socioeconômica de pequenos proprietários. Especificamente, buscamos refletir e analisar sobre a dinâmica da reprodução socioeconômica dos pequenos proprietários rurais, frente às recentes transformações ocorridas, tanto em nível da economia global, quanto das relações entre o campo e a cidade; investigar e analisar a percepção de pequenos proprietários rurais em relação à legislação ambiental vigente no contexto da realidade socioeconômica por eles vivenciada; relacionar as situações de uso e ocupação das APP s e RL das pequenas propriedades rurais com o Estatuto Legal vigente (Código Florestal Brasileiro de 1965). A pesquisa, de natureza qualitativa, especificamente um estudo de caso, teve como técnicas de coleta de dados: questionários, entrevistas semi-estruturadas, observação direta e informações em caderno de campo. O estudo se apoiou em referências teóricas que discutem o rural brasileiro e reprodução de pequenos proprietários rurais, além da análise da história e desdobramentos da Legislação Ambiental no Brasil e dos entraves e submissões (política, econômica, cultural) que o pequeno produtor rural vem sofrendo ao longo da história brasileira. Os resultados evidenciam uma população rural em processo de envelhecimento, acompanhado pela migração dos filhos em busca de melhores condições de vida. De modo geral, a reprodução socioeconômica se apoia na produção agropecuária para a subsistência, sendo a aposentadoria e os programas de transferência de renda do governo fatores decisivos nesse processo. No tocante à legislação ambiental vigente, os pequenos proprietários rurais investigados não a cumprem, muito embora percebam sua importância frente à proteção e recuperação do patrimônio ambiental. Concluímos que a legislação ambiental vigente aparece como mais um entrave à reprodução socioeconômica e à permanência de pequenos produtores rurais no campo, dada às características físicas da região na qual se insere a área de estudo, como relevo acidentado e abundância de corpos hídricos.
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    Análise do processo decisório familiar concernente à saúde bucal: fatores determinantes e implicações do tratamento ortodôntico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-30) Ramos, Thais Cristina Vasconcelos; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; Vargas, Andréa Maria Duarte; http://lattes.cnpq.br/1949307178423219; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; http://lattes.cnpq.br/5885021055694721; Ferreira, Efigênia Ferreira e; http://lattes.cnpq.br/0633684421168567; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9
    As oclusopatias possuem alta prevalência em adolescentes brasileiros. Porém, mesmo com a Política Nacional de Saúde Bucal, que oferece à população uma rede de tratamentos odontológicos especializados, o serviço de ortodontia na saúde pública ainda é muito incipiente. Neste sentido, pressupõe- se que, a partir das diversas demandas e necessidades da família, esta deverá buscar alocação e manejo eficiente de seus recursos. Sendo assim, esta pesquisa objetivou analisar como a família percebe, estrutura e se organiza, em termos do processo de tomada de decisão relativo à saúde bucal, examinando seus fatores determinantes e implicações sobre os subsistemas pessoal e administrativo da unidade familiar. Mais especificamente, buscou-se caracterizar a saúde bucal no cenário brasileiro e mineiro, caracterizando o desenvolvimento das políticas de prevenção, promoção, recuperação e manutenção da saúde bucal, e o exercício da prática ortodôntica, em função das percepções dos ortodontistas do município de Bambuí/MG sobre o contexto de saúde bucal, bem como sobre o tratamento e o processo decisório familiar. Além disso, foram analisadas as representações sociais das mães acerca da saúde bucal e do tratamento ortodôntico, a fim de se entender qual o sentido e o significado atribuídos pelo segmento materno a estes serviços. Posteriormente, foram identificados os papéis, as etapas e os fatores intervenientes no processo decisório referente ao uso do aparelho ortodôntico pelo adolescente, bem como suas implicações sobre os subsistemas pessoal e administrativo da família. Como procedimento metodológico, foi feito uso da pesquisa documental sobre dados da Odontologia no Brasil e em Minas Gerais, como também de entrevistas semiestruturadas com ortodontistas e com mães ou responsáveis por adolescentes que são submetidos a tratamento ortodôntico, no município de Bambuí/MG. Os profissionais foram entrevistados em sua totalidade, enquanto que a amostra das mães foi definida por critério de quotas, relacionado ao número de famílias repassadas à pesquisadora por cada dentista. Os resultados mostraram uma diversificação do mercado de trabalho odontológico, porém, com o exercício predominantemente privado e com a prática clínica ainda centrada no modelo curativista e normativo. A ortodontia é a especialidade que mais desperta interesse em dentistas, sendo a região Sudeste do Brasil a que mais concentra ortodontistas. Em nível local, os odontólogos ressaltaram os avanços na Odontologia local, com maior conhecimento da população por serviços de saúde bucal. Além disso, destacaram os baixos valores cobrados pelos procedimentos clínicos, muitas vezes, fruto da baixa renda da população de Bambuí/MG e do aumento do número de profissionais. Com relação ao processo decisório, os ortodontistas identificam as mães como tomadoras de decisão quanto ao tratamento, sendo a estética ou a insatisfação com a aparência dento facial o principal motivo pela procura do serviço ortodôntico. As mães associam a saúde bucal à ausência de doença. Seu significado é traduzido em termos de cuidado, simbolizado por idas ao dentista, higiene e tratamento curativo. A aparência e a estética são consideradas essenciais para uma boa saúde bucal, sendo o tratamento ortodôntico o símbolo da conquista de dentes perfeitos . Assim, as mães revelaram-se como componente essencial para o desenvolvimento das etapas do processo decisório, sendo seus comportamentos cognitivo e afetivo determinantes das estratégias de promoção da saúde bucal. A mudança no uso dos recursos familiares, em termos de realocação e manejo, envolveu decisões por prioridades, fundamentadas na lógica da produção simbólica, com reflexos sobre o subsistema administrativo familiar, cujo orçamento sofreu reajustes e controle de gastos, com a finalidade de manter o tratamento ortodôntico dos filhos e buscar a adaptabilidade do sistema familiar.
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    O processo de reinserção social de apenados: uma análise comparativa de trajetórias de vida
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-04-04) Tomé, Stella Maria Gomes; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; Noronha, José Ferreira de; http://lattes.cnpq.br/7377162407855190; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; http://lattes.cnpq.br/2889500317815210; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9; Silva, Douglas Mansur da; http://lattes.cnpq.br/1812859470131233
    O problema desta pesquisa esteve pautado tanto na crise do sistema penitenciário brasileiro, caracterizada pelas condições desumanas dos ambientes de reclusão e pela inexistência ou baixa efetividade de programas de reeducação e ressocialização para a reintegração social dos apenados, quanto no processo de estigmatização e discriminação do ex-detento, que dificultam sua inserção na vida profissional e familiar. Na pesquisa, consideraram-se duas formas de correção penal existentes: a reclusão comum e a reclusão com aplicação de programas de ressocialização. O estudo foi realizado na Unidade Prisional Comum, em Piumhi- MG, bem como no sistema da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC), localizada na cidade de Viçosa-MG, e teve como principal objetivo analisar o processo de reinserção social de apenados, considerando tanto a capacidade dos programas de ressocialização em propiciar condições para a autonomia e melhoria da qualidade de vida, quanto as estratégias de reinserção social, em face à realidade de suas trajetórias de vida. Este trabalho, de natureza qualitativa, consistiu de uma pesquisa descritiva e comparativa, através de análise documental, entrevistas semiestruturadas e grupo focal. Foram entrevistados 3 agentes penitenciários e 5 egressos da Unidade Prisional de Piumhi, e 4 funcionários, 12 apenados e 6 egressos da APAC de Viçosa. Os resultados mostraram que a utilização de atividades socioeducativas, práticas laborterápicas e de espiritualidade, além de oficinas profissionalizantes, cursos e palestras, proporcionou aos apenados da APAC a possibilidade de uma reinserção mais eficaz, comparativamente aos apenados do Presídio Comum. A trajetória de vida foi pautada por um ambiente de exclusões, ressignificação de crenças e valores, e readaptações do preso à sociedade. Os egressos de ambos os regimes de correção fizeram uso de suas redes sociais e familiares como estratégia para reinserção social, buscando à realização de seus projetos de vida e à superação do preconceito e discriminação social. Para esse público, autonomia e qualidade de vida são sinônimos de liberdade, intimamente ligadas aos componentes família e emprego digno . Assim, na percepção dos apenados, o fator reinserção esteve fortemente associado ao acesso ao mercado de trabalho e ao apoio das redes familiares, vistos como elementos essenciais para a autodeterminação, reabilitação e desinstitucionalização. Nesse sentido, pôde-se concluir que o processo de reconstrução da vida e da reinserção social dos detentos depende tanto da conscientização e apoio do público envolvido com o ambiente carcerário quanto da sociedade em geral, principalmente das redes de íntimos, para que, em face às adversidades socioculturais e econômicas, seja possível a mobilização de recursos e criação de oportunidades de desenvolvimento humano e social. As práticas socioeducativas, centradas na ressocialização e capacitação profissional, contribuem para que a pena seja individualizada e não funcione apenas como veículo de retribuição punitiva, mas como meio de condicionamento e preparo para a libertação e reinserção social. Dessa forma, no processo de planejamento e execução das políticas públicas de nosso país, as medidas legais e administrativas devem considerar que os apenados não são apenas números de uma estatística a ser apresentada à sociedade, mas, sim, sujeitos singulares, com realidades familiares diversas, únicos em seus anseios e projetos de vida específicos, que devem ser apoiados, por meio de relacionamentos pautados no princípio da reciprocidade, para que efetivamente ocorram a reeducação, ressocialização e reinserção social.
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    A interrelação entre atividade laboral, familiar e qualidade de vida de trabalhadores do setor de agropecuária de uma universidade pública
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-21) Salgado, Sara Maria Lopes; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Doimo, Leonice Aparecida; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782616Y6; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9; http://lattes.cnpq.br/6736989060690720; Tinôco, Adelson Luiz Araújo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787553U8
    Qualidade de vida (QV) tornou-se foco de pesquisas multidisciplinares ao longo das últimas décadas. A relação entre variáveis como o contexto do trabalho, mudanças populacionais como o envelhecimento e as relações familiares se tornaram importantes na ressignificação da QV dos indivíduos. O presente estudo teve como objetivo geral analisar e compreender a realidade vivenciada pelo trabalhador no cargo de auxiliar de agropecuária da Universidade Federal de Viçosa (UFV)-MG, a partir da inter-relação entre a atividade laboral e familiar e suas implicações na qualidade de vida. Especificamente, pretendeu-se: identificar e analisar o perfil socioeconômico desta população; identificar a realidade laboral e relacioná-la com a qualidade de vida dos auxiliares de agropecuária; compreender a qualidade de vida e funcionalidade familiar do grupo, identificar os hábitos diários e analisar indicadores de saúde que podem influenciar na qualidade de vida destes; analisar a percepção da capacidade para o trabalho e a incidência de dores do grupo investigado. Estudo descritivo, de abordagem quali-quantitativa, foi realizado na cidade de Viçosa-MG considerando o período de 2010, com 54 auxiliares de agropecuária da UFV, todos do sexo masculino. Os métodos de coleta de dados foram questionários fechados e semiabertos, tais como questionários WHOQOL, APGAR de família, Índice de Capacidade para o trabalho (ICT), Mapa de Dores e outros com observação direta de 10 postos de trabalho, uso da mensuração do ambiente laboral para análise da temperatura (Termo-Anemômetro), do ruído, (Decibelímetro), iluminação, (Luxímetro) e ventilação (Termo-Anemômetro). Também foram aferidos o peso corporal e altura para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), circunferência abdominal e do quadril para a Relação Cintura-Quadril (RCQ) dos sujeitos e a pressão arterial em repouso (PAR). Para a análise de dados utilizou-se recursos da estatística descritiva e inferencial a partir do software SPSS 15.0. Observou-se 57,4% do grupo exercendo atividades agrárias e o tempo médio na ocupação atual foi 23 anos e 8 meses. Verificou-se que 31,5% do grupo já sofreu acidente no trabalho, durante o manuseio de alguma ferramenta em atividades no campo, atingindo mãos e braços. Constatou-se que os ambientes laborais apresentaram características adequadas exceto em alguns pontos em que a temperatura e iluminação elevaram-se ao longo do dia. Percebeu-se altos índices de satisfação em todos os domínios e na percepção geral da qualidade de vida, sendo o domínio físico o mais relevante para o grupo. Em relação à funcionalidade familiar, 87% deles a consideraram boa, indicando satisfação em relação à dinâmica da unidade doméstica.Como hábitos diários observou-se o tabagismo em 20,4% e consumo de bebida alcoólica em 55,7% do grupo, 31,5 % dos sujeitos realizam algum tipo de atividade física semanalmente, 25,9% consomem café em doses consideradas normais, e dormiam uma média de 7 horas e 31 minutos por dia. Constatou-se que 50% dos avaliados possuíam um IMC dentro da faixa de normalidade, e 48% possuíam peso acima do ideal considerado para sua idade e altura. A RCQ permitiu verificar que 55% dos avaliados apresentaram risco coronariano moderado , 28% risco alto e 2% risco muito alto e a PAR estava acima da normalidade em 33% do grupo. Apesar da boa capacidade para o trabalho houve grande incidência de dor nas regiões da coluna e lombar, sugerindo má postura e sobrecarga sobre as mesmas. Os sujeitos disseram haver uma boa qualidade de vida com valorização do domínio físico, satisfação em relação à funcionalidade familiar, e providos de cuidados e afeto. Acredita-se que quando se trata do universo do trabalho, estes avaliados tendem a afirmar estarem em bom estado de saúde para realizá-lo, fato este que lhes garantia algum status de longevidade produtiva na sociedade.
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    A significação do trabalho e da aposentadoria: o caso dos servidores da Universidade Federal de Viçosa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-13) Bressan, Maria Alice Lopes Coelho; Melo, Mônica Santos de Souza; http://lattes.cnpq.br/5603442663409183; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9; http://lattes.cnpq.br/2410873791265272; Stepansky, Daizy Valmorbida; http://lattes.cnpq.br/4536787585350512
    O problema desta pesquisa foi pautado nos desafios apresentados à sociedade atual com relação ao crescimento do número de aposentadorias como consequência do aumento da expectativa de vida mundialmente. Considerou-se que grande parte da adaptação à aposentadoria irá depender diretamente do significado que o indivíduo dá ao trabalho, de seu envolvimento com ele, do significado atribuído à aposentadoria e às expectativas e das limitações com relação ao bem-estar neste momento de transição. O estudo, realizado na Universidade Federal de Viçosa (UFV), localizada na cidade de Viçosa, MG, teve como principal objetivo realizar uma análise da significação do trabalho, da aposentadoria e do bem-estar na aposentadoria entre profissionais que estão próximos desse processo. Foram considerados os níveis de classificação de cargos, visando identificar os pontos de proximidade e divergência, bem como cargo e o nível de escolaridade dos participantes, para subsidiar o planejamento de programas de preparação para a aposentadoria (PPA) no serviço público, no âmbito das Universidades Federais. O estudo pode ser considerado qualitativo e descritivo. Os dados foram obtidos utilizando-se a entrevista semiestruturada e analisados conforme a análise do discurso proposta por Patrick Chareudeau. Foram entrevistados 33 servidores, distribuídos da seguinte forma: cinco docentes, cinco técnico administrativos do nível A, sete do nível B, sete do nível C, quatro do nível D e cinco do nível E. De acordo com os resultados, há forte significação subjetiva positiva apresentada pelos entrevistados e importante vínculo emocional, demonstrando satisfação e envolvimento deles com o trabalho e a organização. A maioria dos participantes reconheceu na aposentadoria a oportunidade de obter ganhos, como liberdade das responsabilidades do trabalho e ter mais tempo para o lazer e relacionamentos . Porém, ainda é evidente o medo e a insegurança frente à transição, o que foi marcado pela ênfase nas perdas dos aspectos tangíveis do trabalho e dos aspectos emocionais do trabalho . Os fatores percebidos como essenciais para a garantia do bem-estar na aposentadoria foram saúde e tranquilidade financeira, que estão ligados à dimensão fatores de risco e sobrevivência. Os fatores considerados como positivos em relação ao bem-estar para a população foram a educação, o relacionamento familiar, a saúde e o engajamento em atividades culturais e de lazer. Fatores como a perspectiva de trabalho pós-aposentadoria, a situação financeira, a falta de conhecimento da responsabilidade institucional na aposentadoria e os relacionamentos sociais predizem dificuldades no processo de transição, o que evidencia a importância da inclusão da família no PPA. Nesse sentido, faz-se necessário refletir a respeito da importância de um PPA efetivo e que acompanhe o servidor na organização durante sua carreira, para abrir perspectivas além do trabalho, e, consequentemente, preparar o indivíduo para quando ocorrer o desligamento. Também é necessário que a família tenha acesso ao PPA, para que possa se beneficiar dos eventuais ganhos propiciados pelo Programa, visto que os fatores que irão afetar o indivíduo possuem reflexo direto na família. Conclui-se também que estudos como este podem ajudar no planejamento de PPAs focados em fatores condizentes com a realidade de cada população, sendo assim possível alcançar maior adesão aos programas e, consequentemente, favorecer o bem-estar e a qualidade de vida tanto individual quanto familiar dentro desse processo.
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    Repercussões do CAPS para a administração do tempo e qualidade de vida das famílias, Viçosa/MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-06-28) Silva, Lucíola Lourenço da; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Mafra, Simone Caldas Tavares; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723600T9; http://lattes.cnpq.br/7686823563298614; Pereira, Eveline Torres; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4797481T0; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0
    As transformações ocorridas no campo da saúde mental no Brasil, através da busca pela extinção dos manicômios e da criação de novos serviços de caráter mais humanizado, que procuram estimular a inserção social e familiar dos portadores de transtorno mental, respeitando suas particularidades, a exemplo dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), possibilitaram que a família tivesse convivência cotidiana com seu familiar doente. Essa convivência fez que a família incluísse em suas tarefas diárias o cuidado ao portador de transtorno mental (PTM) e, com isso, fosse necessário administrar seu tempo para o alcance do equilíbrio do sistema familiar e, consequentemente, melhoria da qualidade de vida. Essas mudanças ocorridas no campo da saúde mental e a reinserção do doente mental no âmbito familiar suscitaram os objetivos do estudo, que são: caracterizar o perfil socioeconômico e demográfico, pessoal e familiar dos usuários do CAPS e dos seus cuidadores; identificar e analisar as mudanças enfrentadas pela família após a reintegração do PTM na residência, bem como suas estratégias para reassumir os cuidados a ele; conhecer e examinar a administração do tempo pela família do PTM, em função dos cuidados a ele despendidos; e analisar a percepção da família sobre as mudanças na administração do tempo familiar influenciadas pelo CAPS, bem como a influência do serviço em sua qualidade de vida. A pesquisa foi realizada em abordagem qualitativa, de caráter exploratório-descritivo, tendo sido adotado o estudo de caso como proposta metodológica. As técnicas de coleta de dados foram a análise documental, o questionário e a entrevista embasada em um roteiro semiestruturado, que foram aplicados a 11 familiares cuidadores dos portadores de transtornos mentais atendidos entre abril e junho de 2009, no CAPS. Foi verificado que o surgimento do transtorno mental gerou mudanças na organização e dinâmica das famílias, que se reorganizaram para as exigências do cuidado, tendo que abandonar as atividades do seu cotidiano, sem terem, muitas vezes, o conhecimento necessário para o processo de decisão diante dos cuidados exigidos. Verificou-se que a administração do tempo da família foi diretamente influenciada pelo estado de saúde do PTM que, quando se encontrava mais independente, possibilitava maior independência para a família na realização de outras atividades. O CAPS foi percebido pelas famílias como local de auxílio, apoio emocional e econômico, sendo favorável à administração do tempo e à melhoria da qualidade de vida. Assim, conclui-se que esse ambiente institucional, criado nos moldes da Reforma Psiquiátrica, que tem a família como parceira no processo de cuidado, pautado na obrigação pessoal, afetividade e reciprocidade, tem permitido melhor organização do tempo, com reflexos positivos na qualidade de vida.
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    Estudo das representações de crianças internadas em hospital sobre o adoecimento e a hospitalização em uma abordagem piagetiana
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-06) Bonato, Cássia Aparecida Andrade; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Barreto, Maria de Lourdes Mattos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4700160D8; http://lattes.cnpq.br/8460295199424346; Souza, Gisele Maria Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4708703Z7; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0
    A construção do conhecimento por crianças e adolescentes tem instigado pesquisas nas mais variadas áreas. O conhecimento social é construído na interação entre o sujeito e o meio em que vive; assim, crianças e adolescentes que passam por uma experiência de hospitalização constroem conhecimento a partir de sua vivência. Quando hospitalizada, a criança é afastada de seu meio e sua realidade sofre alterações e transformações. Desta forma, além do sofrimento físico advindo da doença, a criança sofre por estar separada dos familiares, das atividades cotidianas e pelo desconhecimento do que está acontecendo consigo. Para minimizar este sofrimento são utilizadas estratégias de humanização hospitalar, como a brinquedoteca hospitalar, uma vez que a função do hospital não é apenas curar doenças, mas também promover bem-estar e qualidade de vida aos pacientes. Assim, ao buscar conhecer o que crianças hospitalizadas pensam sobre o processo de adoecimento e internação hospitalar, surgem algumas questões: Quais são as representações sobre o adoecimento e hospitalização de crianças que participam de atividades lúdicas no ambiente hospitalar? O que estas crianças pensam e sentem ao estar doentes e hospitalizadas? A fim de responder a estas questões, o objetivo desta pesquisa foi analisar as representações sobre o adoecimento e a hospitalização pela perspectiva de crianças, de 4 a 12 anos, hospitalizadas em uma instituição hospitalar que possui atividades lúdicas. Diante da natureza do problema abordado, utilizamos o Método Clínico Piagetiano, como método de coleta e análise dos dados, visando alcançar o objetivo proposto. Para isso empreendemos uma coleta de dados através das seguintes etapas: construção do instrumento de coleta de dados e realizaçao do estudo piloto, e, coleta de dados por meio da entrevista clínica. Após realizadas as entrevistas, realizamos o tratamento dos dados elaborando seis categorias: ambiente físico hospitalar, ambiente humano hospitalar, procedimentos e rotina hospitalar, adoecimento e cura, práticas lúdicas e brinquedoteca hospitalar. Posteriormente realizamos a análise dos dados, de acordo com os níveis de respostas em que os sujeitos se encontram, de acordo com a teoria piagetiana. Os resultados apontaram que a construção do conhecimento social passa por fases evolutivas, indo de níveis mais simples até os mais complexos. Nossa hipótese de que as crianças desenvolvem representações sobre o processo de adoecimento e cura, desde muito jovens, foi corroborada. Mas é importante ressaltar que uma mesma criança possui representações e diferentes níveis de compreensão, de acordo com as categorias estabelecidas. Categorias que traziam aspectos vivenciados mais negativos, como dor, espera por atendimento e más condições de instalação física, alcançaram níveis maiores de compreensão, do que categorias que não estavam relacionadas com sofrimento, por exemplo, em relação ao brincar no hospital. Conclui-se que é importante conhecer as representações das crianças para que possamos rever os procedimentos hospitalares e até mesmo as práticas humanizadoras já desenvolvidas. Ouvindo as crianças percebemos que o ambiente hospitalar não é preparado para receber crianças, pois o ambiente e a prática hospitalar refletem as necessidades adultas, sem atentar-se que as crianças têm outras necessidades tanto em relação ao espaço físico e mobiliário, quanto à forma de tratamento humano: as crianças têm direito a ser ouvidas, tem direito de saber o que está acontecendo consigo e tem de ter suas necessidades infantis respeitadas. A brinquedoteca hospitalar é um avanço, pois permite que as crianças brinquem, tenham sua auto-estima aumentada e vivenciem momentos prazerosos no hospital. Entretanto são necessárias mudanças e maiores investimentos nos programas de humanização hospitalar, para que ocorra aumento do bem-estar e qualidade de vida das crianças hospitalizadas e de suas famílias.
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    Redes Sociais e Maternidade: diferentes vivências em uma instituição de ensino superior
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-06-30) Sousa, íris Ferreira de; Loreto, Maria das Dores Saraiva de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787872U2; Bartolomeu, Tereza Angélica; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709252T1; Teixeira, Karla Maria Damiano; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790320H4; http://lattes.cnpq.br/0493644300975956; Silva, Neuza Maria da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783876Z0; Andrade, Viviane Delfino Albuquerque; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791117H1
    Desde os anos 1960, observa-se uma mudança no padrão do comportamento feminino motivada pelas transformações ocorridas na sociedade e impulsionada pelo movimento feminista. A mulher de classe média ingressa de forma maciça no mercado de trabalho, aumenta seu nível de escolarização e passa a controlar sua vida sexual e reprodutiva. Estas modificações contribuem para uma nova alteração no comportamento feminino, principalmente em relação à fecundidade, com reflexos diretos na estrutura e organização da família. Diante deste contexto, problematizou-se que as redes formadas pelas mulheres que vivenciam a maternidade tardia são construídas e vivenciadas de forma diferente comparativamente àquelas que vivenciam a maternidade mais jovens, em função da estabilidade emocional e financeira, que facilita a administração das diferentes esferas da vida feminina. Neste contexto, questionou-se como as redes de mulheres primíparas antes dos 25 anos e após os 35 anos são formadas? Quais são as diferentes possibilidades e dificuldades na administração de diferentes demandas para as mães jovens e tardias? Esta pesquisa, exploratório-descritiva, utilizou-se de questionário estruturado e entrevista fundamentada em um roteiro semi-estruturado. As entrevistas foram gravadas e as falas transcritas e categorizadas tematicamente. A população foi composta por docentes e funcionárias ativas da Universidade Federal de Viçosa UFV, que foram mães (primíparas), entre os anos de 2000 e 2007, com um recorte de idade antes dos 25 anos e depois dos 35 anos de idade. A amostra foi composta por 46 mulheres que aceitaram participar da pesquisa. Os resultados apontaram que tanto para as mães jovens quanto tardias, a maternidade após os 35 anos não deve ser considerada tardia, sendo que aquelas que optaram pelo adiamento da maternidade estavam satisfeitas com a opção e, em sua maioria, não enfrentaram problemas de saúde. Os problemas apresentados por 14,3%, das mães tardias referiram-se a dificuldades de engravidar, decidindo pela adoção. Entretanto, as mães jovens perceberam a maternidade tardia com maiores limitações, em termos de vigor físico e adaptação da mãe a rotina da criança. No que se refere às redes de apoio social, verificou-se que embora tenham se mostrado importantes para os dois grupos por se constituírem em uma estratégia para a administração de diferentes papeis, demandas e necessidades do trabalho e família, eram construídas de forma diferente, dependendo do momento em que a mulher vivenciou a maternidade. Para o grupo de mães jovens, as redes estabeleceram uma conformação de maior dependência da família para os cuidados e a guarda dos filhos, no momento do trabalho remunerado; enquanto para as tardias esses vínculos se construíram com laços mais fortes entre as instituições formais, que são as creches e babás, bem como as empregadas. As conclusões apontam que as famílias estão mudando em tamanho, tipo e característica, sendo uma organização mais dependente das redes sociais. De forma geral pode-se concluir que as mulheres têm planejado a sua gravidez e a adiado como estratégia para conciliar a interface famíliatrabalho remunerado. As redes de íntimos constituem a principal fonte de apoio para as mães em termos de apoio psicológico e, principalmente, em eventualidades, mesmo quando essas mães possuem condições financeiras de arcar com custos de contratação de empregados e serviços de cuidados e educação infantil. Enfim, as opções por conciliação entre família e trabalho na perspectiva de mães trabalhadoras, apontam para um modelo de conciliação, permeado por tensões e condicionado à efetividade das redes sociais de apoio às famílias.