Ciências Exatas e Tecnológicas

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    Efeitos do composto de lixo urbano na disponibilidade e absorção de metais pesados em alface
    (Universidade Federal de Viçosa, 1998-02-18) Nascentes, Clésia Cristina; Jordão, Cláudio Pereira; http://lattes.cnpq.br/0354323372008275
    O lixo é um grande problema ambiental. Sem tratamento, polui solo, águas, plantas e prejudica a qualidade de vida da população. A reciclagem dos materiais inertes e compostagem da fração orgânica do lixo são soluções para este problema. O composto de lixo é aplicado ao solo, visando melhorar sua fertilidade. Entretanto, estes compostos podem apresentar altas concentrações de metais pesados, podendo contaminar solos e plantas e atingir a cadeia alimentar. No Brasil, dados científicos sobre efeitos da utilização do composto na agricultura são escassos. Para obter mais informações, conduziu-se experimento, utilizando-se dois compostos, provindos de Coimbra e Rio de Janeiro, três doses destes compostos (0, 35 e 70 t/ha) e quatro tempos de aplicação antes do plantio (0, 10, 20 e 30 dias) para cultivar alface. Avaliaram-se produção; pH e disponibilidade de Zn, Cu, Mn, Pb e Ni no solo; absorção e acúmulo destes metais pelas plantas; e correlações entre metais extraídos com ácido dietilenotriaminopentacético (DTPA) e acumulados na planta. Resultados mostraram que a produção aumentou com a elevação das doses dos compostos. Os tempos que levaram à máxima produção estão entre 15 e 20 dias. O pH elevou-se com o aumento das doses e diminuiu com o aumento do tempo. As concentrações de Zn, Cu, Pb e Ni disponíveis aumentaram com a elevação das doses, e de Mn manteve-se praticamente constante. Em geral, as concentrações dos metais aumentaram com o aumento do tempo de aplicação. O composto do Rio de Janeiro causou maior incremento na concentração disponível dos metais. Na parte aérea, a concentração de todos os metais aumentou com as doses aplicadas. As concentrações de Cu, Mn e Pb aumentaram até o tempo de 30 dias. A concentração de Zn aumentou até os tempos estimados de 16,9; 19,2; 21,5 dias para 0, 35, 70 t/ha e 18,3 dias para todas as doses, respectivamente, para os compostos do Rio de Janeiro e de Coimbra. A concentração de Ni aumentou linearmente para o composto de Coimbra e até os tempos estimados de 21,5; 28,4; 30 dias para 0, 35, 70 t/ha do composto do Rio de Janeiro. Os coeficientes de correlação entre concentrações disponíveis e acumuladas na planta foram: 0,73; 0,43; 0,80; 0,87 e 0,78, respectivamente, para Zn, Cu, Mn, Pb e Ni. A utilização dos compostos causou aumento nas concentrações dos metais nas plantas, não atingindo, entretanto, os limites permitidos pela legislação brasileira para alimentos. O composto de Coimbra promoveu maior produção e concentrações menores dos metais no solo e na planta, sendo mais indicado como adubo.
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    Ocorrência de Cryptosporidium spp. na cadeia produtiva de alface (Lactuca sativa L.), sua captura e retenção por biofilmes de Pseudomonas fluorescens e seu controle por surfactantes
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-10-29) Careli, Roberta Torres; Minim, Luis Antonio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789633Y8; Ribeiro Junior, José Ivo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723282Y6; Andrade, Nélio José de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788281Y5; http://lattes.cnpq.br/5153043513212696; Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783521J6; Martins, Maurilio Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794520A8; Silva, Washington Azevedo da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4765007Y5
    A ocorrência de Cryptosporidium spp. e Giardia spp. em unidades produtoras de alface lisa, cultivar Vitória de Santo Antão, situadas na zona rural de Viçosa, Minas Gerais, foi avaliada nos períodos de seca e de águas. Constatou-se a presença de ambos os protozoários em água, alface, adubo orgânico e solo em, pelo menos, uma unidade produtora de alface e um período. A principal fonte de contaminação de ambos protozoários em alface foi a água usada para irrigação e os números desses microrganismos tiveram influência das variações pluviométricas (p < 0,05), sendo mais elevados no período de águas. A contaminação microbiológica de água, alface, adubo orgânico e solo também foi mostrada por diferentes análises bacteriológicas. Foram observadas correlações elevadas entre a ocorrência de Cryptosporidium spp. e Giardia spp. em todos os tipos de amostras, com exceção do adubo. Em água também foram constatadas boas correlações entre protozoários e C. perfringens. Os resultados indicaram que alguns indicadores bacteriológicos, como o grupo coliforme, não são preditivos para a presença de protozoários. Além disso, os valores de turbidez das diferentes fontes de água pertencentes às unidades produtoras apresentaram-se mais elevados durante a época de águas e apresentaram correlação alta com a presença de Cryptosporidium spp. e Giardia spp. em água de irrigação. A capacidade de remoção de Cryptosporidium parvum em cultura pura ou mista com Pseudomonas fluorescens aderidos por 12 h em cupons de folhas de alface foi avaliada pela utilização de soluções com diferentes concentrações de cloreto de benzalcônio, Tween 80 e dodecil sulfato de sódio (SDS) por 10 min de contato. Constatou-se que SDS apresentou uma maior remoção dos protozoários e sua efetividade aumentou com a concentração (p < 0,05). Avaliou-se a capacidade de oocistos de C. parvum serem capturados e retidos por biofilmes de P. fluorescens formados em tubulação de poli (cloreto de vinila), PVC. O número de oocistos capturados pelo biofilme foi maior (p < 0,05) do que o de oocistos retidos após o aumento de seis vezes do fluxo do líquido circulante. Constatou-se que, na ausência do biofilme bacteriano, os oocistos possuem pouca capacidade de adesão à superfície de PVC. Os aspectos termodinâmicos na formação de biofilmes de P. fluorescens e de oocistos de C. parvum aderidos à tubulação de PVC também foram avaliados. Observou-se que as superfícies de C. parvum e P. fluorescens apresentaram caráter hidrofílico, ao contrário do PVC que é hidrofóbico. Esses resultados foram confirmados pela quantificação da energia livre de superfície (ΔGsws). A quantificação da energia livre total de interação indicou que a adesão de P. fluorescens na forma de biofilmes e de oocistos de C. parvum foi termodinamicamente favorável (ΔGadesãoTOT < 0) em todas as condições. O controle de biofilmes de P. fluorescens e de oocistos de C. parvum aderidos em tubulação de PVC foi realizado por meio de aplicação de cloreto de benzalcônio. As concentrações testadas das soluções de cloreto de benzalcônio resultaram em aumento (P < 0,05) no número de RD de ambos os microrganismos à medida que os mesmos foram submetidos a tratamentos com soluções surfactantes em concentrações mais elevadas. A aplicação de soluções de cloreto de benzalcônio em procedimentos de higienização pode ser uma alternativa de controle de bactérias e protozoários aderidos à tubulação de PVC utilizada na irrigação de hortaliças. Contudo, são necessários testes toxicológicos para avaliar o efeito nocivo desse produto na concentração sugerida.
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    Contaminação, crescimento e inativação de microrganismos na cadeia de produção de alface (Lactuca sativa L.) variedade Vitória de Santo Antão
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-08-05) Antunes, Maria Aparecida; Chaves, José Benício Paes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787754A9; Minim, Luis Antonio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4789633Y8; Andrade, Nélio José de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788281Y5; http://lattes.cnpq.br/3526593005886990; Peña, Wilmer Edgard Luera; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4730660Z8; Pinto, Cláudia Lúcia de Oliveira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783521J6
    Foi analisada a cadeia de produção da alface, cultivar Vitória de Santo Antão, do campo à mesa, sob as diretrizes do sistema Análise de Perigo se Pontos Críticos de Controle(APPCC)e do sistema de Análise de Risco Microbiológico. Para este estudo realizaram-se as etapas: caracterização da superfície foliar da alface; avaliação dos hábitos de consumo da alface e condições de higiene do processamento em restaurantes comerciais; avaliação da contaminação da alface do campo à mesa; identificação, listagem e análise de potenciais perigos das enterobactérias encontradas; testes de desafio microbiológico e testes de armazenamento utilizando-se modelos da microbiologia preditiva; e, finalmente, uma avaliação de riscos microbiológicos. Inicialmente, caracterizou-se a superfície foliar por microscopia eletrônica de varredura. A cutícula apresentou-se hidrofóbica e irregular. Estômatose nervuras foram sítios naturais de adesão E. coli O157:H7, além das superfícies hidrofílicas de lesões cuticulares e de cortes. A adesão intencional desse microrganismo nas bordas e cortes na folha de alface foi superiora 5 log·cm-2. Avaliaram-se os hábitos de consumo de alface em restaurantes comerciais. Porções pequenas (8,0g), médias(20g) e grandes (30g)são consumidas diariamente por pessoas entre 10 e mais de 40 anos, de ambos os sexos. Afirmaram que não lava as mãos antes das refeições 16,0% dos homens e 11,3%das mulheres. Dentre os usuários dos restaurantes,10,1%afirmaram que tiveram diarreia. O número de casos de diarreia foi maior entre os usuários assíduos aos restaurantes do que os esporádicos. Avaliaram-se as condições higiênicas de se ter restaurantes comerciais de Viçosa, MG. Na avaliação do ar dos ambientes refrigerados e não refrigerados, de modo geral, as contaminações estavam acima das recomendações da APHA e de pesquisadores brasileiros. As mãos dos manipuladores em cinco restaurantes apresentaram médias de contagens superiores a 2logUFC / mão para coliformes e mesófilos aeróbios. Todos os utensílios apresentaram contagens de mesófilos aeróbios acima das recomendações da APHA(0,30 log UFC·cm-2) e poucos atenderam às recomendações mais flexíveis (1,70 logUFC·cm-2). Avaliou-se quantitativamente a contaminação da alface campo à mesa. A contaminação por coliformes, enterobactérias e fungos e leveduras foi constatada em todas as etapas, no campo, na entrega e na fase de consumo. Não houve incidência de E.coli nas amostras coletadas no campo. Mas, a bactéria estava presente nas amostras para a entrega e prontas para o consumo, indicando que houve contaminação ao longo do processo. Observou-se que não houve reduções dos microrganismos contaminantes ao longo da cadeia de produção. Em alguns casos, houve aumento da contaminação. Foram isoladas bactérias Gram-negativas presentes nas etapas campo , entrega e pronta para consumo e dezoito delas foram identificadas pormicroscopia e provas bioquímicas. As enterobactérias foram listadas e realizou-se a análise de perigos segundo metodologia APPCC. Consideraram-se como perigos potenciais Escherichia coli, Cronobacter sakazakiie, predominantemente, Klebsiellla pneumoniae, com prevalência em 81,5%nas amostras de alface prontas para consumo nos restaurantes. Esses microrganismos foram submetidos aos testes de desafio microbiológico e de armazenamento. Em um dos desafios, avaliou-se, pelo teste da suspensão, a eficácia de soluções de vinagre (ácido acético)acrescentada de cloreto de sódio ou não para a inativação de células planctônicas dos três gêneros. As soluções foram eficientes em reduzir populações de C. sakazakii e de K.pneumoniae. Mas, estas soluções não foram aprovadas pelo teste da suspensão. Em outro desafio, avaliou-se a eficácia da água, solução de cloramina orgânica e soluções de ácido acético, acrescentadas ou não de cloreto de sódio, para reduzir as bactérias aderidas às folhas de alface. Observou-se a ação sinérgica do cloreto de sódio adicionado ao ácido acético em inativar C. sakazakii e K.pneumoniae. As reduções decimais foram iguais às com cloramina orgânica. Não houve, porém, diferença na resistência das enterobactérias em relação ao tratamento. No entanto, nenhuma solução sanitizante atingiu reduções decimais de três ciclos logarítmicos na polulação de microrganismos, como recomendado para células sésseis. Avaliou-se, também, a eficácia de uma solução de cloramina orgânica e outra de ácido acético em inativar células de K. pneumonia e aderidas à folha de alface, nas concentrações usadas pelos restaurantes. O modelo exponencial de dois termos foi apropriado para descrever a cinética de inativação. Nas populações estudadas, duas subpopulações de resistência heterogênea foram identificadas, uma mais sensível e outra mais resistente. Do ajuste das curvas de inativação obtiveram-se as constantes de velocidade de inativação das duas subpopulações. Nos testes de armazenamento, estudou-se o crescimento de K. pneumoniae na alface mediante temperaturas entre 5 e 40o C. Os modelos matemáticos primários da microbiologia preditiva, Gompertz modificado e de Baranyi e Roberts, foram utilizados para descrever as curvas de crescimento. Verificou-se que o modelo Baranyi e Roberts foi o mais adequado às respostas do crescimento microbiano. Na temperatura de distribuição observada nos restaurantes de 20°C, o tempo da adaptação() foi de 1,74h, e a velocidade específica de crescimento(µmax) de 0,199·h-1. Observou-se, também, que K. pneumonia e cresceu sob refrigeração em temperaturade 5°C. No estudo dos parâmetros de crescimento por modelos secundários, os modelos de Arrehnius e de Weibull ajustaram-se bem aos dados da duração da fase lag, e o modelo simples de raiz quadrada de Ratkowsky descreveu bem o efeito da temperatura sobre as taxas específicas de crescimento máximo. A análise de risco microbiológico nesse experimento, considerando a prevalência e o número de K. pneumoniae nas amostras em cada estágio da cadeia de produção da alface Vitória de Santo Antão, desde a primária até a mesa do consumidor, em razão do processo, da temperatura e do tempo de exposição, indicou riscos de o consumidor ingerir grande número de células do microrganismo.