Ciência Florestal

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    Influência das propriedades e da classe diamétrica de clones de Eucalyptus e Corymbia na dinâmica de resfriamento do carvão vegetal
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-07-04) Guimarães, Dandara Paula da Silva; Carneiro, Angélica de Cássia Oliveira; http://lattes.cnpq.br/8350112266796905
    O resfriamento dos fornos de carvão vegetal é crítico, pois pode consumir mais de 70% do tempo total do ciclo de carbonização. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência do diâmetro e das propriedades da madeira e do carvão vegetal de clones de Eucalyptus (Híbrido espontâneo de Eucalyptus urophylla e Eucalyptus urophylla x Eucalyptus sp.) e Corymbia (Corymbia citriodora x Corymbia torelliana) no processo de resfriamento. Para a carbonização foram utilizadas madeiras de 30 cm de comprimento em diferentes classes de diâmetro (9, 11 e 13 cm). O monitoramento da temperatura foi feito por meio de termopares dispostos longitudinalmente e radialmente na madeira. A madeira e o carvão vegetal do clone AEC 0043 tiveram os maiores tempos de carbonização e de resfriamento, resultando em um incremento médio de 14,52% no tempo total de ciclo com o aumento da classe de diâmetro. Em carvões vegetais mais porosos, a troca de calor tendeu a ser menor do que em carvões vegetais mais densos. Porém, maiores quantidades de massa no interior do reator de carbonização, ou seja, maiores quantidades de energia a ser removida, diminuíram a capacidade de dissipação da energia térmica. Independente do material genético ou do diâmetro, o resfriamento seguiu o mesmo comportamento de decaimento de temperatura em função do tempo, sendo explicado por um único modelo polinomial de segundo grau e obteve-se uma redução média de 89,5 ± 0,5% da energia térmica contida no carvão vegetal ao final da carbonização. Do início ao final do resfriamento, a diferença de temperatura no sentido radial foi 2,3 vezes menor do que no sentido longitudinal. As principais propriedades da madeira que afetaram as taxas de aquecimento e de resfriamento foram o teor de umidade, a densidade básica, a composição química estrutural, a relação cerne/alburno e a permeabilidade. Para o carvão vegetal, foram a porosidade e a densidade aparente. Assim, concluiu-se que os menores tempos de resfriamento ocorreram nas menores classes de diâmetro e para os clones de Eucalyptus. Palavras-chave: Curvas de carbonização. Transferência de calor. Porosidade. Fluxo de energia.
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    Secagem artificial de toretes de madeira de eucalipto para uso em retortas contínuas de carbonização
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-03-04) Figueiró, Clarissa Gusmão; Carneiro, Angélica de Cássia Oliveira; http://lattes.cnpq.br/9965626657019182
    A utilização de toretes de madeira, com variados e elevados teores de umidade, é um dos fatores limitantes para produtividade e estabilidade de reatores contínuos de carbonização. Como alternativa aos problemas decorrentes ao teor de umidade dos toretes, a utilização de secadores de madeira pode significar uma adequação e homogeneidade do teor de umidade da matéria-prima lenhosa, de maneira rápida e de forma controlada, garantindo melhor eficiência do processo e qualidade do carvão vegetal, o que auxilia na consolidação desta tecnologia, uma vez que no mercado e na literatura, dados de sistemas de secagem para toretes de madeira são escassos, tendo na sua maioria, para secagem de partículas e cavacos. Logo, a presente tese de doutorado objetiva fornecer subsídios teóricos para auxiliar no desenvolvimento de um secador industrial para secagem de madeira, na forma de toretes, para serem utilizados em sistemas contínuos de carbonização. Para isto, foi projetado e construído um sistema de secagem de toretes de madeira em escala experimental do tipo leito fixo, para a avaliação das variáveis da madeira e do processo de secagem, a saber: o layout de corte (40 cm de comprimento, 20 cm de comprimento e rachada); classe de diâmetro (>12 cm, 12,1 – 14, 14,1 – 16 cm e 16,1 – 18 cm); e tempo de residência da madeira no reator de secagem (30, 60, 90 min) em temperaturas de 300°C. Os toretes “rachados” independente do diâmetro, aqueceram mais, tanto na região do cerne quanto do alburno, principalmente nos maiores tempos de residência de secagem, quando comparados aos demais layouts de corte. A melhor transferência de calor deste layout de corte, propiciou uma maior taxa de secagem e perda de umidade, que por sua vez, impactou diretamente sua eficiência de secagem. Em relação a ocorrência de ignição durante as secagens, os toretes rachados e de os 20 cm de comprimento, quando submetidas ao programa de secagem de tempo de residência de 90 min, entraram em combustão no secador, demostrando que, nas condições aplicadas no presente estudo, este é o limite de trabalho para tais layouts de corte.Palavras-chave: Água na madeira. Tecnologia de carbonização. Transferência de calor. Produção de carvão vegetal.
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    Efeito da estocagem na qualidade do carvão vegetal de híbrido de Corymbia
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-12-13) Carvalho, Amanda Ladeira; Carneiro, Angélica de Cássia Oliveira; http://lattes.cnpq.br/7125848865604165
    A estocagem do carvão vegetal consiste em armazená-lo em silos, containers, galpões ou até mesmo em pátios, podendo esses serem abertos ou cobertos, para ser utilizado em época de maior demanda e/ou estratégicas de preço e abastecimento. Acredita-se que o carvão vegetal durante o período de estocagem possa vir a modificar suas propriedades físicas e energéticas, em virtude da friabilidade e variações de umidade no ambiente. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do tempo e das condições de estocagem na qualidade do carvão vegetal. Foi analisado carvões vegetais de clone híbrido de Corymbia citriodora x Corymbia torelliana, produzidos em sistema fornos-fornalha. O trabalho foi dividido em dois experimentos, a saber: I) carvões vegetais armazenados em dois ambientes, fechado e semiaberto. Em ambos os ambientes foram instaladas pilhas com carvão vegetal na condição seca, ou seja, no teor de umidade de equilíbrio (≈5%), e outra em condição úmida (≈10%), ou seja, adicionou-se água para simular alteração do teor de umidade quando da necessidade de adição de água para apagar foco de fogo durante abertura dos fornos. II) O segundo experimento consistiu em armazenar o carvão vegetal embalado em sacos de ráfia e sacos de papel, além do armazenamento em pilhas (sem embalagem). Para ambos os experimentos, o período de avaliação da estocagem foi de aproximadamente 120 dias (4 meses). Determinou-se o teor de umidade, friabilidade, densidade a granel, composição química imediata e poder calorifico. De acordo com os resultados, no experimento I, durante o período de baixa pluviosidade, o local de estocagem não teve efeito significativo nas propriedades físicas e químicas do carvão vegetal, somente na friabilidade, que aumentou 40%, em média, ao longo do tempo. Durante o período chuvoso, o ambiente de estocagem semiaberto não ofereceu proteção suficiente, resultando no aumento do teor de umidade do carvão vegetal estocado, promovendo redução de 16% no poder calorifico útil e aumento da densidade a granel devido ao aumento da quantidade de água por mesma unidade de volume. Quanto ao tipo de embalagem para estocagem do carvão vegetal (experimento II), verificou-se diferença entre as formas de armazenamento, porém pouco expressivas, o carvão vegetal estocado em sacos de papel teve menor impacto na sua qualidade, principalmente na geração de finos. Conclui-se que a estocagem do carvão vegetal em local fechado e embalado em sacos de papel confere maior proteção ao carvão vegetal quanto a sua qualidade, quando há necessidade de armazenamento por longos períodos. Palavras-chave: Friabilidade. Siderurgia. Armazenamento. Cocção. Teor de umidade
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    Nanopartículas de lignina kraft para modificação do adesivo ureia-formaldeído para colagem de madeira
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-24) Lopes, Thamirys Andrade; Carneiro, Angélica de Cássia Oliveira; http://lattes.cnpq.br/2410177865841820
    Estudos envolvendo adesivos para colagem de madeira tem ganhado destaque em todo mundo. Esse fato é explicado pela necessidade de tentar substituir matérias primas de origem fóssil por aquelas de origem natural para obtenção de adesivos sustentáveis, e pelo fato de que alguns desses adesivos, como é o caso da ureia-formaldeído, que apesar de ser o mais utilizado na indústria moveleira para fabricação de painéis de madeira, pelo seu baixo custo e facilidade de uso, terem baixa resistência à umidade, além de emitirem formaldeído. Nesse sentido, no “Capítulo 1”, buscou-se levantar os principais materiais, em escala nanométrica, com potencial para modificação e síntese de adesivos ureia-formaldeído para madeira, de modo a contribuir de forma significativa para melhorar a qualidade dos produtos fornecidos pela indústria moveleira. No “Capítulo 2”, foi abordado sobre a obtenção e caracterização de nanolignina kraft de Pinus sp. e Eucalyptus sp. e a adição de suspensões aquosas contendo essas nanoligninas e seus efeitos nas propriedades do adesivo ureia-formaldeído comercial. No “Capítulo 3” foi realizada a secagem dessas suspensões de nanolignina, por meio do processo de liofilização, e estas foram adicionadas ao adesivo ureia-formaldeído comercial, em diferentes proporções e então suas propriedades reológicas e mecânicas foram avaliadas. Além disso, foi realizada também a quantificação da emissão de formaldeído pelas formulações adesivas. Por fim, no “Capítulo 4” foram sintetizados adesivos ureia formaldeído contendo nanolignina em diferentes porcentagens e então foram avaliadas as propriedades adesivas, além da quantificação da emissão de formaldeído. Dentre as conclusões desse estudo, destacam-se: (i) Um dos principais desafios enfrentados tem sido promover a melhora integrada das propriedades adesivas bem como das propriedades dos painéis produzidos com esses adesivos, assim como a utilização de nanomateriais renováveis. (ii) Foi possível a obtenção das nanopartículas de lignina pelo método escolhido e, em geral, adição de suspensão aquosa de nanoligninas ao adesivo ureia-formaldeído ocasionou piora das propriedades do mesmo. (iii) A adição de nanoligninas liofilizadas ao adesivo ureia-formaldeído, em geral, promoveu a melhora da resistência mecânica de algumas formulações adesivas em até 10% e a redução da emissão de formaldeído em até 50%. (iv) A adição de nanoligninas liofilizadas à síntese do adesivo ureia-formaldeído, em geral, promoveu a melhora da resistência mecânica de algumas formulações adesivas em até 13% e a redução da emissão de formaldeído em até 75%. Palavras-chave: Painéis de madeira. Indústria de móveis. Nanomateriais. Liofilização.
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    Desenvolvimento de um processo de gaseificação de biomassas para produção de gás combustível e de síntese.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-17) Magalhães, Mateus Alves de; Carneiro, Angélica de Cássia Oliveira; http://lattes.cnpq.br/2699047434993005
    A gaseificação consiste na conversão da biomassa em gás visando seu uso como biocombustíveis e para manufatura de produtos químicos diversos. A biomassa vegetal como matéria prima garante viabilidade e sustentabilidade para o processo. Ainda que uma técnica antiga, a gaseificação possui vários desafios para aumento da eficiência e qualidade do gás produzido. Nesse contexto, o presente trabalho foi estruturado em três capítulos, o primeiro teve como objetivos abordar os aspectos técnicos da gaseificação, a qualidade e a disponibilidade das biomassas agrícolas e florestais, além da viabilidade, oportunidades e desafios desta técnica para produção de gás no Brasil. No segundo foi avaliado o desempenho operacional de um reator de leito fixo e fluxo concorrente na gaseificação de diferentes biomassas, especificamente pela qualificação e quantificação do gás produzido, além do balanço de massa e energia do reator. Uma vez identificado alternativas para otimização da conversão de biomassas em gás, o terceiro capítulo teve como objetivo melhorar o desempenho do reator por meio da simulação e instalação de barreira física na zona de redução e pelo uso de catalisadores a base minério de ferro e óxido de níquel. A gaseificação, apesar de mais complexa em relação aos demais processos de conversão da biomassa, pode popularizar-se no Brasil devido a possibilidade de geração de energia distribuída, fornecimento de múltiplos produtos e agregação de valor a biomassa e seus coprodutos. No entanto precisa superar barreiras como o baixo conhecimento da técnica, atraso tecnológico e a falta de incentivos governamentais. A diversidade de biomassas deve ser considerada para escolha da tecnologia de gaseificação, além de afetar o rendimento e qualidade do gás produzido. Os catalisadores, principalmente os a base de níquel, tem papel fundamental na produção de gás com qualidade superior destinado a transformação em produtos químicos, destacando aqueles com baixo custo e capacidade de catálise do gás bruto de biomassa. Palavras-chave: Pellets. Simulação. Catalisadores. Torrefação.
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    Decomposição térmica da madeira como subsídio para curvas de carbonização e queima de gases
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-18) Jesus, Márcia Silva de; Carneiro, Angélica de Cássia Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4527901426252793
    O Brasil destaca-se por possuir a maior produção mundial de carvão vegetal, cerca de 12% do total. Aproximadamente 82% do carvão vegetal produzido no país é consumido pelas indústrias siderúrgicas. O setor siderúrgico brasileiro é o único a utilizar o carvão vegetal em escala industrial na produção de ferro-gusa, ferro liga e aço no mundo. No entanto, existem alguns desafios relacionados a qualidade da madeira, ao controle da carbonização e a otimização da queima dos gases que precisam ser compreendidos. Desta forma, para entender um pouco mais destes assuntos, a tese foi dividida em três capítulos. O capítulo 1 “Aspectos práticos e teóricos da produção de carvão vegetal no Brasil” destaca a importância do carvão vegetal e do processo de carbonização, com enfoque ao novo cenário que está surgindo no Brasil. O capítulo 2 “Efeito do teor de umidade e diâmetro na pirólise da madeira de Eucalyptus sp como subsídio das curvas de carbonização”, foi avaliado o efeito de importantes variáveis da madeira (teor de umidade e do diâmetro) na produção de carvão vegetal, com o intuito de compreender os fenômenos de reação e subsidiar o desenvolvimento de curvas de carbonização para aplicação em escala industrial. O capítulo 3 “Balanço de massa e potencial energético dos gases da carbonização da madeira”, foi avaliado o efeito do teor de umidade e do diâmetro da madeira no balanço de massa e energia por fase da carbonização, a fim de subsidiar os projetos de combustão dos gases para melhorar a eficiência das fornalhas. Para que as unidades de produção de carvão vegetal do Brasil consigam atingir alta performance/produtividade são necessárias pesquisas que proponham a responder os gargalos vivenciados no dia-a-dia das empresas. Por isso, a importância de se destacar o efeito das principais variáveis da madeira na carbonização inseridas dentro do contexto prático industrial (Capítulo 1). Durante a carbonização são formadas na madeira gradientes de temperaturas, o que pode ser um importante resultado para o desenvolvimento de modelos matemáticos para utilizar no controle de processo (Capítulo 2). Na fase de secagem (25 a 200 o C) há uma baixa concentração dos compostos gasosos não condensáveis energéticos. A queima dos gases condensáveis e não condensáveis tende a ser mais promissora na faixa de 201 a 400 o C (Capítulo 3). Palavras-chave: Diâmetro. Umidade. Transferência de calor. Termogravimetria. Potencial energético.
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    Resíduo madeireiro para síntese de carvão ativado e compóstisos à base de quitosana
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-04-27) Freitas, Fabiana Paiva de; Carvalho, Ana Márcia Macedo Ladeira de; http://lattes.cnpq.br/4244848399951370
    Uma das ameaças mais graves ao meio ambiente é a poluição do meio aquático e do ar, gerada pelos efluentes e emissão de gases poluentes das indústrias. Dentre os métodos aplicados à purificação da água e do ar, o processo de adsorção é de maior interesse, pelo baixo custo e por possibilitar o uso de diferentes adsorventes renováveis, como o carvão ativado derivado de biomassa residual. Além disso, pesquisas buscam também a combinação de compostos que geram efeito sinérgico na capacidade de adsorção, como filmes de quitosana e carvão ativado. Dessa forma, o objetivo geral do trabalho foi produzir e caracterizar os carvões ativados provenientes de resíduo florestal, bem como sintetizar filmes compósitos de quitosana com carvão ativado (CA), avaliar a capacidade de adsorção dos produtos e suas eficiências de remoção dos corantes azul de metileno e vermelho neutro. Foram produzidos CAs utilizando vapor d’água e CO 2 em diferentes tempos (1, 2 e 3 horas) e temperaturas (600, 750 e 900 °C), além de filmes compósitos de quitosana com CAs. O processo de ativação utilizando vapor d’água e CO 2 à base de resíduo florestal, foi eficaz e gerou CAs com grande volume de poros e área superficial de mais de 1000 m²/g, aproximando-se dos CAs comerciais. Os CAs produzidos à 900 °C durante 2 e 3 horas, tiveram eficiência de remoção de 68 e 84%, respectivamente, do corante azul de metileno em apenas 10 minutos de adsorção. O filme de quitosana com CA produzido à 750 °C, durante 2 horas, proporcionou aumento de 87% da capacidade de adsorção e 43% da eficiência de remoção do corante vermelho neutro, quando comparado ao filme de quitosana pura. A pesquisa mostrou capacidade de produção de adsorventes com a possibilidade de aplicação em tratamento de efluentes, a partir de resíduo da biomassa florestal, agregando valor à matéria prima com baixo potencial de aproveitamento. Palavras-chave: Adsorventes. Filmes. Painel compensado. Precursor.
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    Efeito da termorretificação nas propriedades da madeira de desbaste de Tectona grandis L.f
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-05) Guirardi, Bruna Duque; Carvalho, Ana Marcia Macedo Ladeira; http://lattes.cnpq.br/8300252489712421
    As plantações florestais com rotação de colheita mais curta, somadas à utilização de árvores oriundas de desbastes, compõem uma alternativa sustentável para suprir a demanda nacional de madeira e reduzir a pressão exploratória sobre as florestas nativas. No entanto, a qualidade dessas madeiras é considerada inferior, o que requer a aplicação de pré-tratamentos visando melhorar suas propriedades, principalmente para os setores de construção. A termorretificação é uma das técnicas de grande potencial para esse fim e que já vem sendo utilizada na escala industrial em alguns países europeus. Este tratamento térmico consiste no aquecimento controlado das madeiras em temperaturas entre 120 e 200 °C. As principais modificações ocorrem em sua composição química, as quais, consequentemente, interferem nas propriedades físicas, como a umidade de equilíbrio higroscópico e a estabilidade dimensional. O objetivo deste estudo foi avaliar a termorretificação de madeiras de Tectona grandis (teca) oriundas de plantações de 6, 8 e 18 anos de idade. As amostras foram submetidas ao tratamento a 160 °C em atmosfera de N 2 por três horas. Foram determinadas a composição química estrutural, caracterização anatômica, propriedades físicas-mecânicas, análise termogravimétrica e calorimetria das amostras in natura e termorretificadas. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado com arranjo fatorial 2 x 3, tendo como fontes de variação a madeira in natura e termorretificada e as idades de 6, 8 e 18 anos. De maneira geral, a termorretificação influenciou positivamente à umidade de equilíbrio higroscópico e à resistência à compressão paralela às fibras, nas idades estudadas. Houve redução no teor de extrativos totais, sem modificações nos teores de lignina e holoceluloses. Os menores valores de umidade foram observados na árvore de 18 anos, tanto nas condições in natura quanto nas tratadas. Entre as idades estudadas, as amostras de 18 anos apresentaram a maior densidade básica e dureza Janka, para as duas condições, destacando-se das demais. Após o tratamento térmico houve um escurecimento da madeira em todas as idades. Palavras-chave: Idade. Tratamento térmico. Termogravimetria. Calorimetria.
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    Aproveitamento dos gases da carbonização para secagem da madeira e produção de carvão vegetal
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-04-16) Siqueira, Humberto Fauller de; Carneiro, Angélica de Cássia Oliveira; http://lattes.cnpq.br/9315893147370424
    O carvão vegetal é um produto florestal renovável de grande importância para o Brasil, único país consumidor deste produto na siderurgia e metalurgia. Visando aumentar a sustentabilidade na produção deste insumo, os gases gerados na carbonização não são aproveitados e apresentam potencial energético, os quais podem ser queimados em fornalhas específicas, mitigando as emissões do processo e produzindo energia com potencial para geração elétrica e/ou térmica. Neste sentido, esse estudo objetivou o desenvolvimento e avaliação de um sistema de aproveitamento energético dos gases, em primeira etapa, da carbonização e, em segunda etapa, os gases combustos do queimador para secagem artificial da madeira dentro do próprio forno e avaliar a eficiência da secagem e os impactos no rendimento e qualidade do carvão vegetal. O sistema é composto por quatro fornos circulares de alvenaria, acoplados a um queimador central, interligados por meio de dutos. Na primeira etapa utilizaram-se apenas dois fornos, nos quais os gases da carbonização foram extraídos da chaminé do forno em carbonização e direcionados ao forno de secagem, carregado de madeira. Após as avaliações, prosseguiu-se para a segunda etapa, modificando o sistema e utilizando os quatro fornos, dois para carbonização e dois para secagem. Na chaminé do queimador foi instalada uma tubulação metálica para extração dos gases combustos e direcionamento para os fornos de secagem. Foram avaliadas as temperaturas de 120 e 150 °C e os tempos de 15; 22,5; 30; 45 e 60 horas. A redução da umidade foi medida a partir da pesagem da madeira antes e após cada experimentação. Após a secagem, coleta e análises dos resultados, foram definidos os melhores tempos e temperatura para avaliar o efeito da secagem artificial da madeira seguida de carbonização, de modo a obter os ganhos em rendimento e avaliar os impactos nas propriedades do carvão vegetal. Conclui-se que o uso dos gases da carbonização é eficiente na secagem apenas quando utilizado na 3ª fase da carbonização. No entanto, a secagem artificial da madeira dentro do forno utilizando os gases combustos foi mais eficaz, e as maiores perdas de umidade ocorreram quando utilizados os gases combustos a 150 °C durante 30 horas, o que promoveu, também, ganhos em rendimento gravimétrico e qualidade do carvão vegetal. Palavras – chave: Energia da madeira. Pirólise lenta. Secagem em toras. Umidade da madeira. Rendimento gravimétrico.
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    Characterization and qualification of torrefied biomasses properties during fungal deterioration for energetic purposes
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-11-17) Faria, Bruno de Freitas Homem de; Carneiro, Angélica de Cássia Oliveira; http://lattes.cnpq.br/7008898959476837
    Lignocellulosic biomasses are a reliable alternative to fossil fuels to produce more environmentally friendly energy, mainly due to their renewable and sustainable characteristics, and their worldwide availability. The torrefaction process can be a good way to improve specific characteristics of biomass to achieve better storage conditions and for energetic use. The aim of this study was to evaluate the impact of torrefaction on the storage of different biomasses residues, simulated by fungal deterioration, for energetic purposes. The impact of leaching and fungal deterioration on the chemical and energy properties of raw and torrefied biomasses for energy conversion was thus evaluated. Finally, near infrared spectra were collected to build PLS-DA and PLS models to be able to better understand the fungal deterioration of biomasses. Coffee husk, sugarcane bagasse, pine residues and eucalyptus residues were torrefied at 290 °C in a screw type reactor, for 5, 7.5, 10, 15 or 20 min. The effects of feedstock type and torrefaction process parameter (holding time) on their energy characteristics were investigated. Raw and torrefied biomasses were then submitted successively to leaching and to white rot (Trametes versicolor) and brown rot (Coniophora puteana) fungi to simulate storage conditions. Mass loss after the leaching step, moisture content and mass loss due to fungal deterioration after 2, 4, 8, 12, and 16 weeks were recorded. Variations in carbon content and high heating value were observed during the fungal deterioration of raw and torrefied biomass. Brown rot fungus was more virulent than white rot fungus in pine, leading to mass losses close to 35% for pine torrefied for 15 minutes. For sugarcane bagasse torrefied for 7.5 and 10 minutes, the mass loss during fungal deterioration was less than 10% for all evaluation weeks, being much lower than the mass loss observed for raw sugarcane at 16 weeks (approximately 60%). PLS models for predicting the calorific value of biomasses showed good predictive capacity with RMSEP of 0.1968 and Rp of 98.17%. PLS-DA classification models are reliable to differentiate types of biomass and then, through specific models, identify the most active decay fungus in raw and torrefied biomasses as well as the stage of deterioration at which the biomasses are. PLS developed models appeared to be efficient to predict the high heating value of raw and torrefied biomasses according to their fungal deterioration stages. Torrefaction of eucalyptus, pine, sugarcane bagasse and coffee husk seems to be a viable method to eliminate some of the disadvantages of these raw biomasses as it significantly improves energy content and prevents absorption of moisture during storage. In addition, coffee husk appears to be a very promising biomass for energy conversion by torrefaction process, due to its good energetic increase. Keywords: Biofuel. Fungi decay. Lignocellulose. Near-infrared spectroscopy.