Ciência Florestal

URI permanente para esta coleçãohttps://locus.ufv.br/handle/123456789/171

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 10 de 19
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Uso de aprendizado de máquina interpretável na avaliação da produtividade de povoamentos de eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-06-24) Lopes, Lucas Sérgio de Sousa; Leite, Helio Garcia; http://lattes.cnpq.br/9145967830383473
    As ferramentas de inteligência artificial, como os algoritmos de aprendizado de máquina e as redes neurais artificiais, evoluíram rapidamente a partir de ideias baseadas nas teorias do aprendizado comportamental e cognitivo, até alcançarem os princípios do aprendizado de máquina interpretável. Técnicas post-hoc de interpretabilidade podem ser úteis para modelar a produtividade de povoamentos florestais, possibilitando compreender as relações entre as variáveis preditoras e a produção volumétrica na idade de corte. O objetivo desta tese foi aplicar e avaliar diferentes tipos de técnicas de aprendizado de máquina interpretável para predizer a produtividade média aos 7 anos (IMA7) de povoamentos de eucalipto no norte de Minas Gerais. Para tal, a tese foi estruturada em três capítulos: I) Revisão de literatura sobre aprendizado de máquina; II) Técnicas post-hoc de aprendizado de máquina para predizer a produtividade de povoamentos de eucalipto; III) Interpretabilidade de variáveis preditoras da produtividade de povoamentos de eucalipto utilizando perturbação de redes neurais artificiais. Utilizou-se uma base de dados composta por 320 talhões localizados em povoamentos de clones de híbridos de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis em Minas Gerais. Os algoritmos random forest, gradient boosting machine, árvore de decisão e redes neurais artificiais (RNA) foram treinados para generalizar a produtividade aos 7 anos em função de 304 variáveis preditoras classificadas em silviculturais, ambientais e de manejo. Técnicas de interpretabilidade pós-hoc e de perturbação de RNA foram aplicadas para identificar as variáveis com maiores importâncias relativas. As técnicas post-hoc permitiram visualizar os efeitos das variáveis de maior importância para o IMA7: altitude 9,7 m³ha⁻¹ano⁻¹ (38%), teor de argila no solo 4,9 m³ha⁻¹ano⁻¹ (19,3%), teor de matéria orgânica 2,4 m³ha⁻¹ano⁻¹ (9,5%) e dias úmidos na idade de um ano do povoamento 1,7 m³ha⁻¹ano⁻¹ (6,7%). A ampliação de bancos de dados a partir da simulação de variáveis e adição de novas variáveis gerou importâncias relativas distintas pela perturbação de RNA. Todas as técnicas de interpretabilidade de modelos de aprendizado de máquina incluíram a altitude, o teor de matéria orgânica e o teor de argila como variáveis de maior importância relativa para predizer o IMA7. Palavras-chave: Tratos silviculturais; Perturbação de redes neurais artificiais; Eucalipto-produtividade; Gradient boosting machine; Random forest; Árvore de decisão; Redes neurais artificiais.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Aplicabilidade da enxertia in vitro no revigoramento/rejuvenescimento clonal de Eucalyptus spp.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-12-08) Nagaoka, Raíssa Eiko; Xavier, Aloisio; http://lattes.cnpq.br/5420606443453141
    O Eucalyptus spp. é uma das espécies mais estudadas dentro da técnica de cultivo in vitro, principalmente com o objetivo de revigoramento e de rejuvenescimento clonal. No entanto, ainda existem lacunas de conhecimento, devido às necessidades específicas de cada material genético. Nesse sentido, esse trabalho teve como objetivo avaliar a enxertia in vitro como técnica de revigoramento e de rejuvenescimento, visando à restauração parcial da competência rizogênica na propagação vegetativa de clone de Eucalyptus spp. Os objetivos específicos foram avaliar: 1) a influência de dois porta-enxertos de Eucalyptus saligna (ES1 e ES2); 2) o efeito da enxertia no revigoramento/rejuvenescimento de um clone de Eucalyptus saligna (C1); 3) a influência de duas qualidades espectrais de luz no cultivo in vitro dos enxertos; 4) e o efeito da técnica de enxertia seriada in vitro na produção de brotações e enraizamento das microestacas, obtidas a partir de microcepas estabelecidas em minijardim clonal na condição ex vitro. As avaliações in vitro foram realizadas quanto à percentagem de sobrevivência dos enxertos, crescimento das plantas enxertadas e o vigor aos 55 dias de idade. Na fase ex vitro, em viveiro de produção de mudas, foi implantado uma área de multiplicação vegetativa composta pelos tratamentos: microcepas provenientes de enxertia in vitro - I subcultivo (T1); microcepas provenientes de enxertia in vitro - II subcultivo (T2); microcepas provenientes de enxertia in vitro - III subcultivo (T3); microcepas provenientes de enxertia in vitro - IV subcultivo (T4); microcepas após 13 subcultivos provenientes de micropropagação (T5); minicepas advindas de enxertia ex vitro (T6) e minicepas provenientes de miniestacas (T7). Coletou-se microestacas e miniestacas para avaliação de produtividade do minijardim clonal e da velocidade de enraizamento em fase de casa de vegetação. Ao final da fase de crescimento das mudas foram avaliados os parâmetros: altura das mudas, vigor, percentagem de sobrevivência e enraizamento, diâmetro de colo, massas secas de parte aérea e raiz, qualidade das mudas pelo índice de Dickson e o volume de raiz. Com base nos resultados obtidos, as plantas enxertadas apresentaram percentuais médios de sobrevivência de 94%, mostrando que a metodologia de enxertia in vitro utilizada foi eficiente, para o clone e nas condições experimentais em que o estudo foi conduzido. O cultivo dos enxertos in vitro não foi influenciado pelas fontes de luz. No entanto, houve influência da qualidade de luz no desenvolvimento em altura do enxerto, sendo observados melhores resultados no porta-enxerto ES1 e no subcultivo IV, aos 55 dias de idade. Para a produtividade de microestacas em minijardim clonal, foi observado ligeiro aumento na produção de brotos em relação à minicepa, bem como aumento na velocidade de enraizamento em casa de vegetação, assim como nos demais parâmetros das mudas avaliadas em fase de crescimento. Conclui-se que o tipo de porta-enxerto e a enxertia seriada tendem a melhorar o desenvolvimento do propágulo utilizado como enxerto. Para as avaliações no viveiro, a micropropagação (enxertia in vitro seriada), de modo geral teve efeito positivo na produtividade do minijardim clonal, velocidade de enraizamento das microestacas, bem como nos parâmetros das mudas avaliadas em fase de crescimento do clone C1 de Eucalyptus saligna. Palavras-chave: Propagação vegetativa; Micropropagação; Microenxertia; Silvicultura clonal; Microestaquia.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Crescimento inicial de Dendrocalamus asper em resposta a relações cálcio:magnésio, silício e zinco
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-08-24) Paula, Rodrigo Nascimento de; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://lattes.cnpq.br/7575249453472493
    O interesse crescente pela cultura do bambu no Brasil vem de encontro com a necessidade de evoluir com o conhecimento do manejo nutricional. Estudos demonstram a importância de nutrientes como cálcio e magnésio, sendo que o magnésio chega a superar a quantidade quando comparado com o cálcio nos tecidos do bambu. Outro elemento, o silício, aparece como principal componente da massa de nutrientes em estudos com bambu, além disso, a literatutua demonstra vários estudos com efeitos positivos do zinco em gramíneas. Tem-se como objetivo deste trabalho avaliar a produção de biomassa de Dendrocalamus asper, cultivado em vasos, sob efeito de relações cálcio e magnésio (Ca:Mg), e de doses de silício. O experimento foi instalado no viveiro de pesquisa do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa, em arranjo fatorial 5 x 5 (5 níveis de relação Ca:Mg e 5 níveis de doses de silício), mais um tratamento adicional com zinco em vasos de 25 L, disposto no delineamento experimental de blocos ao acaso. Os tratamentos consistiram de cinco relações Ca:Mg (3:1; 2:1; 1:1; 1:2; 1:3), sendo as doses calculadas com base nos resultados da análise de caracterização química do solo, elevando-se a saturação por bases até o nível de 50%; cinco doses de silício, equivalentes a 0, 2, 4, 6 e 8 t ha-1 de Agrosilício Plus® ha-1, um tratamento adicional com Zn, equivalente a dose de 5 kg ha-1 . Os produtos utilizados foram Carbonato de Cálcio e Hidróxido de Magnésio. Para o silício utilizou-se Bugram Protect® via solo. Para o Zn utilizou-se como fonte sulfato de zinco. Todos os tratamentos receberam as mesmas quantidades de NPK, em adubações de plantio e cobertura, totalizando 45 g vaso-1 de P2O5, 20 g vaso-1 de N e 50 g vaso-1 de K2O. As avaliações foram realizadas após 207 dias de cultivo, quantificando o número de brotos, massa seca de folhas, galhos, colmos, parte aérea, rizomas, sistema radicular e massa seca total. Os resultados obtidos foram analisados estatisticamente, através da análise de variância, teste de Dunnett e Tukey e análise de regressão. Como resultado, não houve efeito significativo, pelo teste Dunnett a 5% de probabilidade, para aplicação Zn, quando comparado com os demais tratamentos. Obteve-se resposta significativa, a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey para a relação Ca:Mg 1:3, para massa seca de sistema radicular e massa seca total. Houve resposta significativa para maior dose de Si (equivalente a 8 t ha-1 de Agrosilício Plus®). Pela análise de regressão é possivel observar que os modelos ajustados indicam que a dose ótima, onde haverá maior crescimento é atingida em doses de Si superiores as testadas para essa idade e condição de cultivo. Os resultados demonstram respostas positivas do crescimento de Dendrocalamus asper com maior disponibilidade de Mg e Si no substrato. Palavras-chave: Bambu. Adubação. Calagem. Nutrição mineral.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Estudo dos programas de inovação aberta (Open Innovation) do setor florestal brasileiro envolvendo startups
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-01-07) Almeida Filho, Wilton Ribeiro de; Santos, Glêison Augusto dos; http://lattes.cnpq.br/3854515426527863
    A indústria de florestas plantadas movimenta bilhões de dólares em todo o mundo. O Brasil é responsável por uma grande fatia do mercado global de madeira e seus derivados, isso graças ao clima propício, solo, disponibilidade hídrica e por contar com empresas de alta performance. A geração de novas tecnologias é essencial para o crescimento do setor florestal. A Inovação é uma estratégia para garantir este crescimento. A inovação pode ser fechada ou aberta, quando fechada acontece exclusivamente dentro da empresa ficando restrita aos recursos dos quais a empresa dispõe. Quando aberta, é possível contar com a cooperação de universidades, startups e outros. A Inovação aberta é descrita como o método usado pelas organizações para criar valor, desenvolvendo um novo conhecimento ou usando um conhecimento já existente de novas maneiras, valendo-se da cooperação entre entes diversos como: Universidade, Empresa, Startup, Governo, Sociedade Civil. Por meio da SIF e da UFV, foi criado o UFV Forest Insight, uma chamada de inovação aberta para o setor florestal, uma vez que essas chamadas são ainda escassas, este trabalho objetivou estudar as chamadas de inovação abertas já realizadas no setor florestal. Bem como edições 2019, 2020 e 2021 do UFV Forest Insight, afim de gerar informações e propor ferramentas para a realização dessas chamadas. Para isso foram utilizados dados de inscrição no programa, avaliação de startups, cadastros de desafios, entre outros. Além disso, para avaliar a relevância e ocorrência dessas chamadas de inovação aberta no setor florestal, foram realizadas a aplicação de questionários para coleta de dados. Estes questionários foram aplicados para empresas florestais associadas à Sociedade de Investigações Florestais que já realizaram chamadas de inovação aberta nos últimos cinco anos e também aos participantes das edições do UFV Forest Insight. Foi possível verificar que poucas chamadas de inovação abertas foram realizadas no setor florestal. As chamadas existentes propunham soluções em sua maioria voltadas para a indústria enquanto as edições do UFV Forest Insight se concentraram em desafios ligados a silvicultura e manejo florestal. Os grupos participantes dessas chamadas eram heterogêneos, compostos por ampla formação com nível elevado de escolaridade. Quanto ao UFV Forest Insight pela perspectiva dos agentes envolvidos, percebeu-se uma maior integração empresa-universidade-startup, que garante ganhos econômicos como maior possibilidade de cofinanciamento de projetos de desenvolvimento tecnológico. Também foi possível perceber que embora essas chamadas ainda sejam escassas, elas contribuem para a formação dos participantes. Além de contribuir para ganhos das empresas com melhoria de processos de produção, possibilidade de novos produtos, entre outros. Palavras-chave: Inovação florestal. Empresas florestais. Tecnologia. Desenvolvimento tecnológico.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Otimização da produção de mudas por miniestaquia de Cariniana legalis, Cariniana estrellensis, Cordia alliodora e Cordia trichotoma
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-06-30) Freitas, Alex Ferreira de; Xavier, Aloisio; http://lattes.cnpq.br/9443304113813149
    O caminho do desenvolvimento tecnológico da silvicultura clonal de espécies arbóreas nativas passa pela customização do arcabouço tecnológico utilizado para a eucaliptocultura, como a propagação vegetativa via miniestaquia. A determinação de procedimentos operacionais para manejo do minijardim clonal, a seleção do padrão de miniestaca e a escolha do substrato adequado impactam diretamente o enraizamento e a qualidade das mudas. Para este trabalho o objetivo foi determinar procedimento operacional para produção de mudas nativas via propagação vegetativa, quantificando a produtividade das minicepas em diferentes estações do ano e utilizar indicadores operacionais como potencial máximo de enraizamento, tempo ótimo em casa de vegetação e qualidade morfológica das mudas para selecionar o padrão de miniestacas e o substrato para Cariniana legalis; Cariniana estrellensis, Cordia alliodora e Cordia trichotoma. Para determinação da produtividade das minicepas foi implantado minijardim clonal em calhetão com areia e minicepas oriundas de mudas produzidas por sementes. Estas plantadas em delineamento em blocos ao acaso, sendo as parcelas constituídas pelas espécies e as subparcelas pelas estações do ano. Para seleção do padrão de miniestaca adotou-se o delineamento inteiramente casualizados - DIC, em parcelas subdivididas, com quatro repetições, sendo as parcelas formadas pelas espécies e as subparcelas pelos dois tipos de miniestacas, apical e basal. Para determinação do substrato avaliou-se: T1: 100% CCP - composto de casca de pinus; T2: 33% CCP + 33,5% VM - vermiculita média + 33,5% casca de arroz carbonizada – CAC e o T3: 50% VM + 50% CAC. Adotou-se delineamento inteiramente casualizados-DIC, em esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições, sendo as parcelas constituídas pelas espécies e as subparcelas pelos substratos. Com base nos resultados obtidos observou-se que os tratos culturais aplicados em minijardim foram eficientes, sendo que as minicepas de todas as espécies foram impactadassignificativamente pelas estações do ano, com reduções de quase 50% entre o verão (10,9) e o inverno (6,7), na produção de miniestacas por minicepa/mês. Ambos os tipos de miniestacas testadas foram eficientes, mas o uso de miniestaca apical deve ser priorizado, devido ao enraizamento médio significativamente maior (75,7%) comparativamente a miniestaca basal (53,9%), e menor tempo de enraizamento. Para C. legalis, C. estrellensis e C. alliodora percebeu-se que o sucesso do processo de enraizamento das miniestacas é inversamente proporcional à concentração de composto de casca de Pinus. A C. trichotoma mostrou-se a espécie mais desafiadora do ponto de vista de enraizamento das miniestacas, porém foi a mais impactada positivamente pela redução da quantidade de composto de casca de Pinus no substrato, com ganhos de quase 80% de enraizamento. A miniestaca apical sem corte foliar e o uso do substrato 50% VM + 50% CAC são recomendados para a propagação vegetativa por miniestaquia das espécies estudadas. Palavras-chave: Jequitibá rosa. Jequitibá branco. Frejó. Louro-pardo. Propagação de plantas. Enraizamento adventício.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Fogo e fumaças, líquida e gasosa, afetam a fisiologia de sementes de Senna macranthera (dc. Ex collad.) H.S.Irwin & Barneby
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-03-01) Bastos, Lydiane Lucia de Sousa; Torres, Fillipe Tamiozzo Pereira; http://lattes.cnpq.br/4852112671238132
    A germinação pós fogo tem sido relatada a partir de uma enorme diversidade de espécies vegetais, uma vez que o calor e a fumaça podem quebrar a dormência de sementes enterradas no solo. Apesar dos muitos estudos em regiões temperadas, a contribuição do fogo na germinação de espécies tropicais ainda é pouco compreendida. Além da complexidade da composição química da fumaça, as condições de estresse durante a germinação podem levar a diversas alterações metabólicas, desencadeando a produção excessiva de espécies reativas de oxigênio (EROs). O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a germinação e as alterações enzimáticas que ocorreram em sementes de Senna macranthera (Fabaceae), uma árvore nativa do Cerrado. Aplicou-se fogo em sementes enterradas a 2 e 5 cm no solo; defumação pela queima de feno; e fumaça líquida com uso de extratos pirolenhosos (EPs) produzidos do carvão de Eucalyptus sp. e Anadenanthera macrocarpa (angico) diluídos em diferentes concentrações. Utilizou-se sementes embebidas em água destilada, sem aplicação do fogo e fumaça, como testemunha. O teste de germinação durou uma semana e a protrusão da raiz foi o critério germinativo. Um corte foi realizado para verificar a viabilidade de sementes não germinadas. Foram calculadas a porcentagem de germinação (G%), tempo médio e índice de velocidade de germinação. A composição química dos EPs foi identificada por cromatografia gasosa. Foram analisadas as enzimas superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e peroxidase (POX). A germinação da testemunha após sete dias foi de 0%, porém o teste de viabilidade atestou que estavam vivas (intumescimento do tegumento e cotilédones de coloração verde). Houve efeito positivo do fogo na germinação de sementes dormentes enterradas a 5cm embebidas em EP de eucalipto (14,0 G%), seguida das sementes incendiadas a 2cm (11,2 G%) e das que não foram embebidas em EP (10,0 G%). Sementes defumadas apresentaram intumescimento do tegumento, porém estavam mortas (0 G%). Registrou-se 124 compostos orgânicos nos EPs de eucalipto e angico. Piridonas e aldeídos podem ter sido responsáveis pela germinação das sementes embebidas com EP de eucalipto. A germinação das sementes embebidas com um dos EPs de angico, pode ter sido influenciada pelo (Tetrahydrofuran-2-yl) metanol, um derivado do éter. As atividades da SOD aumentaram após EP de eucalipto (F2-1:75) e exposição ao fogo. As atividades da CAT e POX reduziram após EP de angico (F2-1:50) e fumaça. O efeito do calor e da fumaça líquida na quebra de dormência de sementes sugere que S. macranthera é adaptada ao fogo. No entanto, a exposição das sementes à fumaça gasosa reduziu todas as atividades enzimáticas antioxidantes, indicando que este estresse é o mais prejudicial para a germinação, e em cenários de incêndios florestais frequentes seu desenvolvimento ficará prejudicado. Este trabalho indica como prática silvicultural o uso de EP de eucalipto e de angico no tratamento de sementes de S. macranthera, devido sua composição antioxidante. É possível que a POX atue na parede celular das sementes reduzindo peróxido, sinalizando dano oxidativo e removendo EROs. Os estudos nessas áreas são encorajados. Palavras-chave: Germinação pós fogo. Quebra de dormência. Espécie florestal. Extrato pirolenhoso. Defumação. Composição química. Enzimas antioxidantes.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Relação entre diversidade de espécies, estoque de carbono e variáveis climáticas em sistemas agroflorestais na Amazônia: uma metanálise
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-10-03) Almeida, Thamires Campos de; Oliveira Neto, Sílvio Nolasco de; http://lattes.cnpq.br/4018364364350704
    A Amazônia apresenta um dos maiores reservatórios de biodiversidade e carbono (C) do planeta. No entanto, devido às alterações no uso do solo e mudanças climáticas, o equilíbrio desse ecossistema vem sendo fortemente perturbado, sendo importante desenvolver mecanismos que propiciem a redução do desmatamento na região e mitigação das mudanças no clima. Nesse sentido, os sistemas agroflorestais (SAFs) são estratégicos, visto as importantes funções ambientais que exercem, como o incremento da biodiversidade e promoção de serviços ecossistêmicos. Entretanto, pouco se sabe a respeito dos efeitos de variáveis climáticas no armazenamento de carbono nos SAFs, bem como dos padrões referentes aos cobenefícios da relação diversidade-estoque de carbono. Portanto, objetivou-se realizar uma metanálise para avaliar a relação entre riqueza de espécies e estoque de carbono de sistemas agroflorestais em áreas de domínio amazônico, bem como a influência do clima sobre o estoque de C. Para isso, foi realizada extensa revisão de literatura em bancos de dados abrangentes, com o intuito de selecionar artigos científicos publicados nas últimas três décadas. Foram incluídos nessa pesquisa estudos que se enquadraram em todos os critérios predeterminados. Vinte e duas variáveis climáticas padronizadas foram obtidas para todos os locais de estudo. Para avaliar a normalidade dos dados utilizou-se o Teste de Shapiro-Wilk, e para comparar os valores médios entre tipos de sistemas agroflorestais (simples e complexos) o Teste de Mann-Whitney. As variáveis climáticas foram resumidas através da análise de componentes principais, sendo as mais explicativas selecionadas através da análise de correlação de Pearson. Modelos lineares de efeitos mistos foram usados para testar os efeitos do clima sobre o estoque carbono, assim como a relação riqueza-estoque de carbono. Para selecionar a função de ligação mais adequada, foi realizado o diagnóstico dos modelos a partir do teste da distribuição gaussiana dos erros e verificação das distribuições de resíduos, utilizando o gráfico Q-Q. Para realizar as análises foram usados diferentes pacotes no Rstudio. As médias para a riqueza de espécies dos SAFs complexos e simples foram de 13,66 e 2,88 espécies, respectivamente. Para o estoque de carbono, os SAFs complexos apresentaram valor médio de 55,05 Mg/ha e os simples 36,21 Mg/ha. Entretanto, não houve diferença significativa entre os tipos de SAFs em relação ao estoque de carbono. Dentre as principais variáveis climáticas selecionadas como importantes preditores, apenas o intervalo diurno médio possuiu efeito significativo no estoque de carbono, sendo este negativo. Houve significativa relação positiva de cobenefício entre a riqueza de espécies e o armazenamento de carbono acima do solo, onde a riqueza foi a variável que mais explicou a variação do estoque de carbono nos SAFs. Dessa maneira, foi possível concluir que os sistemas agroflorestais, sobretudo os SAFs complexos, possuem destacado potencial para a conservação da biodiversidade e mitigação das mudanças climáticas de forma simultânea na região amazônica. Palavras-chave: Floresta Amazônica. Agrossilvicultura. Biodiversidade. Serviços ecossistêmicos. Cobenefícios. Mudanças climáticas.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Tamanho da parcela experimental, atributos morfológicos e modelagem do crescimento de mudas de espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica em resposta a substratos e microrganismos simbiontes
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-12-12) Abreu, Gustavo Mattos; Paiva, Haroldo Nogueira de; http://lattes.cnpq.br/9778212597747146
    O uso de microrganismos simbiontes promotores do crescimento vegetal, como os fungos micorrízicos arbusculares (FMA), durante a produção de mudas de espécies arbóreas nativas no Brasil é algo que tem chamado a atenção de produtores pelo fato desses microrganismos promoverem maior crescimento e tolerância a estresses ambientais às plantas. A formulação dos substratos de produção das mudas, assim como suas características físicas, químicas e biológicas, é um aspecto que pode alterar a resposta das plantas aos FMA. No primeiro capítulo, foram avaliados os efeitos do uso de dois substratos (Antuérpia e Ouro Verde) e a inoculação micorrízica desses substratos (inoculado e não inoculado com FMA) no crescimento em altura da parte aérea (H) e diâmetro do coleto (DC) de mudas de espécies arbóreas nativas do bioma Mata Atlântica. Foram produzidas mudas de 11 espécies, as quais foram posteriormente agrupadas de acordo com o ritmo de crescimento (rápido e lento). Nesse capítulo, notou-se que, independentemente do ritmo de crescimento das plantas, mudas com maior crescimento são produzidas no substrato Antuérpia não inoculado com FMA. No capítulo 2, realizou-se a modelagem do crescimento em H e DC e produção de massa seca da parte aérea (MSPA) e raízes (MSR) de mudas de duas espécies de ritmo rápido de crescimento (Schinus terebinthifolia e Psidium guineense) e duas espécies de ritmo lento de crescimento (Colubrina glandulosa e Pterogyne nitens) e a avaliação de qual dos atributos de fácil mensuração (H e DC) possui maior capacidade preditiva da produção de massa das mudas. Para a análise dos modelos de crescimento e produção, os atributos morfológicos foram avaliados periodicamente. Foram testados os modelos de Gompertz, Logístico e Power. Adicionalmente, avaliou-se a identidade das equações ajustadas. Os modelos Power e Logístico foram mais adequados para a modelagem dos atributos morfológicos de S. terebinthifolia, enquanto o modelo Logístico foi mais apropriado para P. guineense. Os modelos Gompertz e Logístico, respectivamente, para C. glandulosa e P. nitens, foram melhores para modelar o crescimento e produção de massa das mudas. O teste de identidade dos modelos mostrou que em 91,7% dos testes as equações ajustadas foram diferentes para os pares de tratamentos, indicando-se utilizar equações isoladas para cada espécie, atributo morfológico e tratamento avaliados. O atributo DC possui maior capacidade preditiva da produção de massa das mudas. No capítulo 3 avaliou-se a precisão experimental em função do número de plantas que formou a parcela experimental (n) e definiu-se o tamanho ótimo de parcela para os atributos H e DC de mudas das quatro espécies estudadas no capítulo 2, as quais foram separadas pelo ritmo de crescimento. Realizou-se a análise de variância dos atributos mensurados, sendo o tamanho ideal da parcela definido como o número mínimo de plantas que permitisse obter a mesma conclusão quando se utilizou a maior intensidade amostral avaliada (n = 50 plantas). O aumento do n eleva a precisão experimental. O tamanho ótimo de parcela (n) para os atributos morfológicos H e DC variam de acordo com o agrupamento das espécies em função do ritmo de crescimento. Palavras-chave: Substratos orgânicos. Fungos micorrízicos arbusculares. Precisão experimental.Crescimento e produção de mudas.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Manejo de teca para produção de madeira de qualidade e entrada precoce de gado no sistema silvipastoril
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-06-27) Silva, Cátia Cardoso; Reis, Geraldo Gonçalves dos; http://lattes.cnpq.br/6710948729497379
    O objetivo desse estudo foi analisar os efeitos da aplicação de gesso, de boro (B) e de superfosfato simples (SS) e, de desrama em diferentes intensidades e intervalos, para promover maior produção de madeira de qualidade e, maior taxa de crescimento em altura e diâmetro para antecipar a entrada de animais na pastagem, em SSP com teca (Tectona grandis L. f) e braquiarão (Urochloa brizantha cv. Marandu). Foram implantados dois experimentos na área de plantio comercial de teca com braquiarão, no arranjo de 20 x 3 m, na Fazenda Bacaeri, município de Alta Floresta, MT. O experimento 1 consistiu em cinco doses de gesso em blocos casualizados com quatro repetições. O experimento 2 foi implantado em blocos casualizados, em esquema de parcelas sub-subdivididas, incluindo: diferentes doses de SS e de B e, intensidades de desfolha, no início da primeira estação seca e, desrama, a partir de um ano de idade. A aplicação de gesso aumentou a sobrevivência, o crescimento e a produção de teca em SSP. O diâmetro e o volume individual não variaram com as doses de gesso. O incremento médio anual do volume (IMAv), aos 105 meses, foi maior com aplicação de 6 000 kg ha -1 de gesso (14,62 m³ ha -1 ), seguido pela aplicação de 3 000 kg ha -1 . O gesso promoveu aumento de teores de enxofre no solo (S) em profundidade e de magnésio (Mg) na camada superficial. O maior crescimento em altura da teca na fase de estabelecimento, com a aplicação de gesso permitiu antecipar a entrada do gado no SSP, em até quatro meses. A adubação com SS e B aumentou a sobrevivência, o crescimento e a produção da teca. Sem SS, a desrama mais intensa afetou negativamente o crescimento e a produção da teca. Com a adubação com 300 g SS planta - e 2 g B planta -1 , os sintomas de seca de ponteiro foram reduzidos. O efeito positivo da aplicação de SS, de B e da desrama, no crescimento e produção da teca em SSP, além de permitir a produção de madeira de maior qualidade, favoreceu a antecipação da entrada do gado em até três meses. Os resultados indicam que deve ser feita a aplicação de até 6000 kg ha-¹ de gesso e, ou, pelo menos 300 g de SS planta-¹ e 2 g de B planta-¹ para favorecer o crescimento da teca e, a desrama em plantas mais jovens e com maior frequência, para produção de maior proporção de madeira limpa. Palavras-chave: Gesso Agrícola. Adubação. Desrama Artificial.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Resgate de DNA e indução de florescimento precoce de árvores nativas da região de Brumadinho e Nova Lima, MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-08-22) Caiafa, Karine Fernandes; Santos, Gleison Augusto dos; http://lattes.cnpq.br/4617650156330937
    A enxertia pode ser uma boa alternativa para o resgate de árvores de interesse econômico ou ecológico. Esta técnica, quando associada à aplicação de paclobutrazol (PBZ) pode antecipar o florescimento das plantas, garantindo a sua propagação. Os objetivos deste trabalho foram: (1) resgatar, por enxertia, árvores nativas com risco de morte e avaliar o desenvolvimento dessas plantas no campo (com ou sem aplicação de PBZ e em condições de sol ou sombra); (2) verificar a eficiência da enxertia de Euplassa semicostata Plana em porta-enxertos de diferentes espécies arbóreas e complementarmente observar as possíveis diferenças anatômicas entre elas; e (3) verificar a eficiência da aplicação de paclobutrazol na indução do florescimento precoce e realizar a caracterização de doenças em E. semicostata em condições de campo. Seguimentos caulinares de matrizes de Dalbergia nigra, Handroanthus serratifolius, Cariniana estrellensis e Euplassa semicostata foram coletados e enxertados por garfagem em fenda em mudas seminais. As três primeiras espécies foram lencontradas em Brumadinho/MG e a última em um fragmento florestal de Nova Lima/MG. Propágulos de E. semicostata foram enxertados em cinco diferentes espécies. Noventa dias após a realização das enxertias, foram avaliadas a sobrevivência, o número de brotações e o crescimento. Mudas enxertadas de D. nigra e H. serratifolius foram plantadas no local de origem em dois diferentes experimentos. No primeiro, o delineamento foi em blocos casualizados, em esquema fatorial (2x2), com duas espécies e aplicação de PBZ ou não. No segundo as espécies não foram consideradas tratamentos. Neste, os tratamentos foram apenas as condições ambientais (pleno sol e sombra) às quais cada uma das espécies foi exposta. O florescimento dos enxertos foi avaliado por um ano, com visitas a cada 15 dias. O crescimento, número de brotações e a sobrevivência foram mensurados aos oito meses após o plantio das mudas. Para a indução de florescimento de E. semicostata no campo, foram aplicados 20 mL de PBZ em cinco matrizes, diretamente no solo, em um raio de dois metros ao redor do tronco. Duas árvores foram utilizadas como testemunhas. A floração e frutificação desta espécie no campo foi monitorada com visitas periódicas. Para a caracterização de doenças de E. semicostata, amostras foliares foram enviadas para Laboratório de Patologia Florestal/Bioagro da Universidade Federal de Viçosa, para diagnose. Foi possível resgatar, por enxertia, todas as matrizes de D. nigra, H. serratifolius e C. estrellensis. H. serratifolius floresceu durante o período de avaliação dos enxertos no campo. O PBZ e o plantio em pleno sol favoreceram o florescimento desta espécie. Nenhum enxerto de E. semicostata sobreviveu aos 90 dias após a enxertia. Todas as plantas desta espécie, que receberam aplicação de PBZ no campo, floresceram e posteriormente três frutificaram. As árvores testemunhas não apresentaram flores. Com as sementes foi possível produzir mudas para restabelecimento da população desta espécie no campo. Foram encontrados os seguintes patógenos nas folhas de E. semicostata: Diaporthe sp. e Mycosphaerella gregaria. Palavras-chave: Enxertia por garfagem em fenda. Paclobutrazol. Propagação vegetativa.