Ciência Florestal

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    Intensification of agriculture and livestock based on low carbon technologies in the Amazon and Atlantic Forest
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-05-06) Silveira, Júlia Graziela da; Oliveira Neto, Sílvio Nolasco de; http://lattes.cnpq.br/0096212568182600
    The Amazon and the Atlantic Forest are Brazilian biomes that have undergone intense land use and cover changes, marked by the loss of native forest and the expansion of agriculture and livestock. These are areas with potential use for intensification based on low-carbon technologies, but this change is still taking place slowly. Some factors need to be identified to guide promising solutions for this issue. Aiming at this, this study aimed to identify the land use and land cover in a historical series of 35 years in the Amazon and Atlantic Forest and describe the patterns of sustainable land use by producers who use this technique in the Amazon, identifying their characteristics and perceptions regarding the change developed in the farm. The statistics of the platform from the Annual Mapping Project for Land Use and Land Cover in Brazil (MapBiomas) were used in an annual historical series from 1985 to 2020. The analysis of land use and land cover changes indicates that the native forest of the Amazon was reduced by 44.53 million hectares (Mha), while pastures, agriculture and planted forest increased by 38.10, 6.06 and 0.26 Mha, respectively, over the 35 years. In the Atlantic Forest, for the same period, forest and pasture reduced by 0.99 and 11.53 Mha, respectively, while agriculture expanded by 8.06 Mha and planted forest by 2.99 Mha. Sustainable land use strategies, such as Integrated Crop-Livestock-Forest (ICLF) or Agroforestry Systems (AFS), can support increased agricultural production while recovering and preserving the environment. In view of this, we identified in the Amazon, the pattern of land use by farmers who adopt sustainable technologies, considering AFS and managed pasture monoculture (MP). The results were generated through interviews and analysis of qualitative and quantitative research that allowed the evaluation of producers in three states in the Amazon (Mato Grosso, Pará and Rondônia). In general, farmers in the Amazon are still risk averse and mainly implement MP. But when assessing the states in isolation, we realize that the producers in Pará and Rondônia are more approachable when it comes to moving to a diversified system. We did not find many differences in the profile of these producers, but we noticed that pasture adopters always have areas of larger properties and generally develop livestock as their main economic activity. On the other hand, AFS producers have smaller areas of property, conserve more forest and may have agriculture as the main activity of the property. Regional and local fitness, producer tradition and technology transfer can influence the decision of the adopted technology. There are great opportunities to improve agricultural and livestock practices with MP systems and AFS, demonstrated through improvements in farm income, productivity and environment. This evidence can be extrapolated to land use in the Atlantic Forest biome. However, we emphasize the need to consider regional characteristics, socioeconomic conditions and the perspectives of producers in the development of public policies and programs to encourage sustainable agriculture. Keywords: Sustainable Development. Agroforestry System. Crop-Livestock-Forestry Integration. Rural Producer.
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    Efeito da extração e do armazenamento de folhas de Corymbia citriodora no rendimento e composição do óleo essencial
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-21) Peres, Letícia Costa; Vital, Benedito Rocha; http://lattes.cnpq.br/9037262541239432
    Visando a sustentabilidade e o avanço tecnológico, esforços coletivos são realizados de modo a encontrar formas de desenvolvimento mais adequadas à capacidade de suporte do ecossistema. O Brasil se destaca por diversas atividades relacionadas aos setores agrícola e florestal, dentre elas pela exportação de óleos essenciais, substâncias aromáticas voláteis e complexas obtidas a partir de materiais botânicos. A diversidade de funções químicas encontradas nos óleos essenciais oferece uma variedade de usos, sendo matéria-prima importante para diversas indústrias. O primeiro capítulo deste trabalho é uma revisão de literatura sobre óleo essencial de eucalipto, como é comumente denominado o óleo essencial de espécies de Eucalyptus e Corymbia, no que tange os pré-tratamentos do material vegetal, a extração e usos. O segundo capítulo refere-se à otimização da extração do óleo essencial de Corymbia citriodora, de forma a obter o maior rendimento empregando-se tempo de extração de 1, 2 e 3 horas e massa de folhas de 0,5; 1,0 e 1,5 Kg. O maior rendimento em óleo essencial foi obtido com 0,5 kg de folhas, durante duas ou três horas de extração. Foram encontrados cinco componentes com a prevalência do citronelal, em proporções maiores que 80%. Portanto, os parâmetros de extração alteram o rendimento e a composição do óleo essencial de Corymbia citrodora. O terceiro capítulo trata do armazenamento das folhas de Corymbia citriodora para a extração de óleo essencial em temperatura ambiente e refrigeradas à 5°C, por um mês. Nas folhas não refrigeradas houve perda de cerca de 40% do óleo essencial entre a primeira e última semanas. As amostras não refrigeradas perderam significativamente mais massa que as refrigeradas. Três componentes foram identificados na maioria das amostras, com grande predominância do citronelal, com valores superiores à 90%. O armazenamento de folhas não refrigeradas não é recomendado. Não houve alterações na composição entre folhas refrigeradas e não refrigeradas, ou ao longo do tempo de armazenamento. O armazenamento de folhas refrigeradas, por períodos de até duas semanas, pode ser realizado sem perda significativa de rendimento. Palavras-chave: Citronelal. Destilação a vapor. Eucalipto. Pré-tratamentos.
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    Efeitos do álcali, temperatura e tempo de reação na polpação soda de sisal (Agave sisalana Perrine)
    (Universidade Federal de Viçosa, 1987-06-18) Machado, Francisco José Januário; Gomide, José Lívio; http://lattes.cnpq.br/8853064746918111
    A realização deste experimento, em condições de laboratório, teve por objetivo o estudo dos efeitos do álcali ativo (15, 17 e 19%), da temperatura (155, 160 e 165 C) e do tempo de reação (40 e 180 minutos) na polpação soda de sisal (Agave sisalana Perrine), para a obtenção de polpa de alta qualidade. Os dados experimentais das propriedades físico-mecânicas, rendimentos total e depurado, teores de rejeitos, números kappa e viscosidades foram analisados, estatisticamente, por meio de análises de regressão. Celuloses soda de sisal não-branqueadas foram obtidas com maiores rendimentos e propriedades físico-mecânicas mais elevadas, quando a deslignificação foi conduzida com baixa carga alcalina (15%), temperaturas de 155 e 165°C e tempos de reação de, respectivamente, 180 e 40 minutos. Foi detectada ligeira superioridade para o tratamento com temperatura de cozimento de 165°C, tempo de reação de 40 minutos e álcali de 15%. Industrialmente, seria aconselhável utilizar estas últimas condições, pois haveria aumento da produtividade (redução de cerca de 78% do tempo de cozimento), das propriedades físico-mecânicas (5% para a tração, arrebentamento e alongamento e 18% para o rasgo) e da viscosidade (10%).
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    Gestão do fogo no Parque Nacional da Serra da Canastra, Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-07-15) Souto, Danúsia Amorim; Lima, Gumercindo Souza; http://lattes.cnpq.br/1158632487753242
    Esta pesquisa teve como área de estudo o Parque Nacional da Serra da Canastra (PNSC), situado no estado de Minas Gerais, Brasil e analisou dados inerentes às ocorrências de fogo e às características naturais do parque, a fim de otimizar o planejamento de prevenção e combate ao fogo. Este estudo foi dividido em dois capítulos, no primeiro objetivou-se avaliar a eficiência de combate a incêndios e analisar as causas do fogo, traçando um perfil dos incêndios no PNSC do ano de 2008 a 2018, utilizando os Registros de Ocorrências de Incêndios (ROI). Os dados dos registros foram tabulados gerando as estatísticas sobre área queimada, causas, tempo de ataque e de combate e número de combatentes. Resultados de maior número de ocorrências, três anos empataram com 15 (2008, 2011 e 2012) e 2012 a maior área queimada. Pela classificação por tamanho, a maioria dos anos enquadram-se na classe V (>200 ha). Na análise do número ocorrências e área queimada por causas, respectivamente, registrou-se queima de limpeza (41%, 21%), diversos (22%, 46%), raios (17%, 1%) e incendiários (16%, 31%). Houveram mais ocorrências na área não regularizada do PNSC, porém a regularizada queimou mais. Quanto ao tempo de ataque, a maioria dos anos enquadra-se na classe de tempo IV. No tempo de combate repete-se classe IV e os anos 2017 e 2012 tiveram maiores durações. As causas relacionadas as ações antrópicas se destacaram em número e área queimada. A eficiência no tempo de ataque e combate a incêndios diminuiu, necessitando melhoria nos planos de ação, contratação e treinamento de funcionários e brigadistas, para atender uma área tão extensa e complexa como a do PNSC. No segundo capitulo objetivou-se definir um mapa de suscetibilidade a incêndios, analisando a influência de fatores como relevo, clima, cobertura do solo e ocorrências de incêndio utilizando um sistema de informações geográficas. Foram produzidos mapas de declividade, exposição de vertentes, radiação solar e o mapa de uso e cobertura do solo, adaptado do projeto MapBiomas, seguindo três modelos que distribuem notas para cada variável, cruzaram-se os mapas gerando seis cartogramas que foram sobrepostos aos focos de calor do INPE para validação. Os fatores analisados demonstraram como as características do PNSC influenciam na ignição e propagação do fogo, as pastagens apresentam maior área e número de focos (47% e 37%), a formação campestre (25%) aparenta reincidência de incêndios pelo alto número de focos (34%), as particularidades da área quanto a baixa declividade (73%) e alta radiação solar (51%) nos Chapadões delimitam as áreas de alta e altíssima suscetibilidade. O mapa 4 do modelo 2, teve maior eficiência para previsão da suscetibilidade a incêndios, com número de focos por hectare crescente da classe de baixíssima para a de altíssima suscetibilidade, tendo mais de 70% da área nas classes de baixa suscetibilidade e o maior número de focos estão nas classes de média e altíssima suscetibilidade. Por tanto, o mapa de suscetibilidade gerado será eficiente para prever e entender a suscetibilidade ao fogo no PNSC e poderá auxiliar nas tomadas de decisão dos gestores. Palavras-chave: Áreas protegidas. Incêndios florestais. Gestão.
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    Influência do cordão de contorno no volume e qualidade da água de escoamento superficial em plantio de Eucalyptus sp.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-06-22) Barbosa, Sergio Guedes; Dias, Herly Carlos Teixeira; http://lattes.cnpq.br/5207015435058720
    A qualidade da água de uma bacia hidrográfica pode ser afetada por vários fatores antrópicos ou naturais, bem como da interação entre eles. O estudo das práticas de uso da terra no escoamento superficial e seus efeitos na carga de sedimentos do escoamento na perda de solo é essencial para a adoção de estratégias adequadas para controlar a erosão do solo e melhorar a qualidade das águas da microbacia. Áreas degradadas promovem, condição pra que ocorra maior escoamento superficial e erosão do solo em comparação ao ecossistema natural. Na ausência da cobertura vegetal natural as plantações florestais comerciais podem contribuir para a redução do escoamento da água e consequentemente, da erosão hídrica. O cultivo de espécies florestais com práticas de conservação do solo vem se constituindo em excelente aliado sob ponto de vista ambiental além de incorporar benefícios para a mitigação dos impactos causados pelo desmatamento e melhora dos parâmetros hidrológicos. As florestas plantadas têm importância econômica e ambiental. O estudo monitorou durante 8 anos em parcelas com diferentes declividades a distribuição de água de chuva e o uso de um método de conservação de solo em um plantio de eucalipto sob uma microbacia degradada, desde o plantio até a colheita, utilizando como parâmetro o coeficiente de escoamento superficial, turbidez, condutividade e pH da água. O método avaliado é o uso de cordão de contorno, o qual é amplamente utilizado em manejo de bacias hidrográficas. A combinação entre a cobertura vegetal proporcionada pela cultura do eucalipto e as práticas de terraceamento reduziu os percentuais de escoamento superficial em ambas as declividades estudadas e nos parâmetros físicos da água avaliados. Essa técnica pode ser divulgada para os produtores ruais da Zona da Mata Mineira. Palavras-chave: Hidrologia. Florestas plantadas. Áreas degradadas.
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    Sistemas agroflorestais: uma contribuição para a conservação dos recursos naturais na Zona da Mata de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2000-07-19) Franco, Fernando Silveira; Couto, Laércio; http://lattes.cnpq.br/3218633711361955
    O objetivo geral deste trabalho foi buscar alternativas de uso da terra, principalmente para margens de cursos d'água e encostas declivosas, que promovam a conservação dos recursos (água, solo, biodiversidade) e a produção de bens e serviços de forma sustentável para os agricultores da região da Zona da Mata de Minas Gerais. Foram incluídas neste estudo as Áreas de Preservação Permanente (APP's), como forma de fornecer subsídios técnicos para a legislação atual. Para alcançar o objetivo proposto neste trabalho, foi primeiramente realizado um diagnóstico da situação atual de uso da terra em APP's em três microbacias, na região da Zona da Mata, utilizando um sistema de informações geográficas (SIG) para o tratamento dos dados. Nesta fase, constatou-se que, na Zona da Mata, grande parte das APP's encontra-se com USOS não-florestais, sendo principalmente pastagens. As áreas mais degradadas são aquelas situadas às margens de cursos d'água e no entorno de nascentes, fato este que tem sido apontado como uma das causas da diminuição de vazão dos recursos hídricos na região. Em seguida, é apresentado um processo participativo a longo prazo, utilizado para o desenvolvimento de Sistemas agroflorestais na Zona da Mata de Minas Gerais. Constatou-se que a abordagem participativa foi efetiva, pois quase todos os agricultores envolvidos continuam com as experiências, enquanto outros se incorporaram no processo. Porém, embora os resultados em termos de conservação de solo sejam promissores, as expectativas relativas ao aumento na produção e à redução no Uso de insumos ainda não foram atendidas, causando tensões e tornando necessários ajustes. São discutidos os benefícios e os problemas encontrados durante os primeiros cinco anos, para compreender a complexidade do desenvolvimento participativo em sistemas agroflorestais e a necessidade de continuidade. Com o objetivo de resgatar conhecimentos sobre sistemas agroflorestais já utilizados por agricultores, foram realizados um levantamento e uma análise de experiências agroflorestais que estejam situadas em áreas declivosas e margens de cursos d'água, incluindo APP's. Os resultados obtidos demonstram que a cultura do café tem decrescido na região, pela grande queda dos preços no mercado. Por isto, alguns agricultores estão estabelecendo consórcios com café, que muito se aproximam do conceito de sistemas agroflorestais. Segundo os agricultores, esses sistemas diversificam a produção, o que garante a sustentabilidade econômica e proporciona, paralelamente, melhor aproveitamento das encostas ingremes e recuperação de pastagens degradadas. Constatou-se a necessidade de estudos aprofundados em diversos aspectos relacionados com sistemas agroflorestais, como ciclagem de nutrientes, ciclo hidrológico, análise econômica, espécies potenciais, incidência de pragas e doenças e erosão. Desta forma, iniciou-se um estudo de caso detalhado daquelas experiências mais relevantes, monitorando, durante o tempo do projeto, os aspectos ecológicos e econômicos importantes na adoção destes sistemas. Para este monitoramento, foi priorizado o estudo da erosão, comparando os sistemas agroflorestais com os sistemas convencionais utilizados na região. Por meio de sistematização e análise de todas as informações obtidas nas fases anteriores, foram estabelecidas propostas de sistemas agroflorestais mais adaptados a condições ecológicas e socioeconômicas da área estudada. Para isto, são apresentados princípios de manejo e exemplos de sistemas específicos para alguns ambientes representativos da região, que são importantes e devem ser recuperados e conservados.
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    Produção e caracterização de nanocristais e microcristais de celulose e sua aplicação em adesivos de ureia-formaldeído
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-12-18) Boschetti, Walter Torezani Neto; Carvalho, Ana Márcia Macedo Ladeira; http://lattes.cnpq.br/7196810883249848
    A celulose é o biopolímero orgânico mais abundante encontrado na natureza, e a sua extração a partir da madeira de eucalipto vem sendo o principal incentivador para o desempenho bioeconômico de base florestal no Brasil, destacando-se os produtos derivados da celulose, como os nanocristais e microcristais de celulose (CNC e CMC), por exemplo, por se tratar de materiais sustentáveis, leves, biodegradáveis, com alta resistência intrínseca, e com grande quantidade de aplicações e vantagens. Todavia, as variáveis do processo de obtenção desses nanopolímeros variam conforme a matéria prima e as condições de hidrólise ácida, influenciando no rendimento e nas suas propriedades, podendo interferir no seu uso final. Por outro lado, tem-se o adesivo ureia-formaldeído, um polímero muito usado na indústria de painéis de madeira reconstituída e de madeira compensada, e que apesar de suas vantagens, possui baixa resistência à umidade, emissão de formaldeído e menor resistência mecânica quando comparado a outros adesivos sintéticos. Os problemas da ureia-formaldeído podem ser minimizados ou solucionados com a adição de nanocristais ou microcristais de celulose como aditivo. Desse modo, o objetivo desse trabalho foi otimizar as condições de hidrólise ácida para obter nanocristais e microcristais de celulose, utilizando a polpa kraft branqueada de eucalipto como matéria prima e, além disso, avaliar o efeito da aplicação de nanocristais e microcristais como aditivo em adesivo à base de ureia-formaldeído. O trabalho foi dividido em três capítulos, a saber: capítulo 1 – Obtenção e caracterização de cristais de celulose: revisão de literatura; capítulo 2 – Obtenção de nanocristais e microcristais de celulose a partir da polpa kraft de eucalipto; capítulo 3 – Efeito da adição de cristais de celulose em adesivo de ureia-formaldeído. No capítulo 2 foram avaliadas as variáveis tempo e temperatura na hidrólise ácida em diferentes polpas kraft de eucalipto branqueadas, na produção e nas características dos nanocristais de celulose (CNC) e microcristais de celulose (CMC). Foi observado que as variáveis, tempo e temperatura, influenciaram no rendimento e nas características dos CNC‟s e dos CMC‟s obtidos das três diferentes polpas hidrolisadas. As melhores condições de hidrólise para cada polpa foram: polpa 1 (55 oC, 120 minutos de hidrólise), polpa 2 (50 oC, e 120 minutos de hidrólise) e polpa 3 (50 oC e 120 minutos de hidrólise). A hidrólise da polpa de fibras desagregadas (polpa 1) foi dificultada pela integridade das fibras. A desintegração das fibras facilitou a hidrólise da polpa 2 e aumentou o rendimento de nanocristais. E a polpa proveniente da madeira de reação (polpa 3) foi facilmente hidrolisada e convertida em nanocristais comparada as demais polpas. Os nanocristais das polpas 1, 2 e 3 tiveram formato de agulhas, diâmetro médio de 6; 4; e 3 nm, respectivamente, e comprimento médio de 154; 130; e 304 nm, respectivamente. O índice de cristalinidade foi de 74,6; 74,5; e 78,2%, para os CNC‟s das polpas 1, 2 e 3, respectivamente. Os microcristais das polpas 1, 2 e 3 tiveram formato de bastonete, diâmetro médio de 2,4; 1,4; e 1,1 μm, respectivamente, e comprimento médio de 37; 22; e 15 μm, respectivamente. O índice de cristalinidade de 73,1; 74,5; e 77,1% para os CMC‟s das polpas 1, 2 e 3, respectivamente. O polimorfismo da celulose das três polpas, assim como dos respectivos nanocristais e microcristais derivados foi da celulose tipo I. No capítulo 3 foi avaliado o efeito da adição de nanocristais e microcristais de celulose nas propriedades do adesivo à base de ureia formaldeído (UF), e na resistência ao cisalhamento da linha de cola em juntas coladas de madeira de eucalipto. Foi observado que a adição de nanocristais no adesivo UF interferiu no teor de sólidos, pH, tempo de gelatinização, viscosidade, e no tempo de trabalho. Verificou-se que a adição de nanocristais aumentou a resistência ao cisalhamento a seco e a úmido das juntas coladas até proporção de adição de 3% com base no teor de sólidos do adesivo. Acima desse percentual, houve uma redução gradativa da resistência ao cisalhamento a seco e a úmido, e verificou-se que todas as proporções de adições contribuíram para um aumento da resistência quando comparado com a testemunha. A adição de microcristais pouco influenciou no teor de sólidos, no pH, no tempo de gelatinização, a exceção do tempo de trabalho. Porém a adição limite de 0,75% de microcristais obtidos em laboratório (CMC) e carboximetil celulose (CMeC), afetaram na viscosidade. Ainda, a adição de CMC e CMeC no adesivo UF aumentou a resistência ao cisalhamento nas condições seca e úmida das juntas coladas até a adição de 0,5% com base no teor de sólidos do adesivo. Apesar de haver uma redução gradativa da resistência ao cisalhamento, nas condições seca e úmida, com a adição de 0,5% até 0,75% de CMC e de CMeC, todas as proporções de adições contribuíram para um aumento da resistência, quando comparado com o adesivo testemunha. Desta forma, conclui-se que os nanocristais e microcristais de celulose são partículas eficazes de reforço quando associado à matriz polimérica do adesivo ureia-formaldeído, possivelmente em decorrência das ligações de hidrogênio entre as hidroxilas da UF e CNC/CMC, melhorando a interação madeira-adesivo, adesivo- nanocristais, e adesivo-microcristais. A sua aplicação como aditivo na proporção de 3% de nanocristais e 0,5% de microcristais é recomendado, a fim de melhorar a resistência ao cisalhamento do adesivo UF, assim como sua resistência à umidade.
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    Tecnologia da informação como suporte à logística interna de uma empresa produtora de carvão vegetal
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-07-14) Ribeiro, Lorena Castro; Machado, Carlos Cardoso; http://lattes.cnpq.br/1441347504450949
    O transporte na área florestal é praticamente todo realizado sobre rodas, e não apenas o transporte do produto final (madeira in natura, carvão vegetal, celulose, painéis, entre outros), e sim toda a movimentação dos insumos necessários à produção florestal, que são o foco deste trabalho. A utilização de softwares no setor florestal não é uma novidade, porém pouco se tem na literatura sobre a utilização desses sistemas no transporte interno (insumos e suporte) dessas empresas. Além disso, dado o aumento crescente da necessidade de se ter a rastreabilidade das informações utilizadas na geração de pagamentos das empresas prestadoras de serviço, aumentam-se as exigências em auditorias de conformidade e Compliance. Há, portanto, grande demanda por sistemas que automatizem este processo, trazendo ao sistema de pagamento maior confiabilidade e rastreabilidade das informações. O principal objetivo deste trabalho foi analisar a eficiência e eficácia da utilização de software logístico no transporte interno, SigLog, de empresa produtora de carvão vegetal, e propor melhorias para o sistema. Por se tratar de um trabalho de estudo de caso, as ferramentas utilizadas foram entrevistas com usuários do sistema, através da utilização de perguntas de investigação focadas nas variáveis de interesse, sendo as respostas analisadas conforme critérios pré-determinados. Além disso, foi feita uma análise crítica dos relatórios de custos gerados pelo SigLog, Com base nas entrevistas e análise dos dados, há grande potencial de utilização do sistema na gestão da logística de transporte de materiais e pessoas nas empresas florestais. Há, porém, necessidade de período de transição de forma consolidada, a fim de evitar problemas relacionados ao entendimento e conscientização dos usuários. Além disso, a necessidade de melhor planejamento tático das atividades facilita o sistema de gestão dos recursos. Com base na análise dos relatórios de custos gerados no primeiro mês de utilização do sistema, percebeu-se redução do valor pago por tipo de transporte, podendo ser devido à implantação do sistema de solicitação formal de serviço, o que inibe solicitações desnecessárias, porém os custos devem continuar sendo analisados para garantir que as reduções são devidas à implantação do sistema.
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    Uso de taninos da casca de três espécies de eucalipto na produção de adesivos para madeira
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-06-28) Silva, Rosana Vicente da; Pimenta, Alexandre Santos
    Este trabalho teve como objetivo estudar o potencial de aproveitamento das cascas de Eucalyptus citriodora, Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla e Eucalyptus pellita como fontes de taninos para a produção de adesivos, por serem os taninos de natureza fenólica e passíveis de reação com o formaldeído. A partir dessas três espécies, foi determinado o rendimento gravimétrico em sólidos totais, taninos e não-taninos, com 1, 3, 5, 7 e 9% de Na 2 SO 3 na água de extração a 100°C por três horas. Observou-se que o maior rendimento em taninos foi o de Eucalyptus citriodora e que, com o aumento da concentração de sulfito, houve aumento na extração de substâncias não tânicas, não ocorrendo na mesma proporção o aumento na extração de taninos. Antes da produção dos adesivos, os taninos passaram por modificação química prévia (sulfitação) para diminuir sua viscosidade, já que os extratos brutos possuem elevada viscosidade. Os adesivos foram preparados com uma parte de taninos sulfitados, 6% de paraformaldeído, 5% de extensor e 5% de carga. Para testar a qualidade dos adesivos, foram coladas lâminas de pinheiro brasileiro e realizados testes de resistência mecânica ao cisalhamento por tração, sob condição seca e úmida. Também foi determinada a percentagem de falha na madeira, sob condição seca e úmida. Tais resultados foram comparados ao desempenho de lâminas coladas com adesivo fenólico convencional. Foi observado que a resistência tanto da madeira seca quanto da úmida foi igual à apresentada pelo adesivo comercial, quando as lâminas foram coladas com adesivos de taninos de Eucalyptus pellita extraídos com 1% de sulfito. O restante foi inferior ao adesivo fenólico não só em relação à resistência seca e úmida, mas também quanto a falhas na madeira.
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    Composição florística e estrutura de vegetação colonizadora de clareiras em floresta atlântica sob manejo sustentável
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-19) Faria, Vicente de Paulo; Ribeiro, Carlos Antonio Alvares Soares
    Este estudo foi desenvolvido em área de Floresta Atlântica, classificada como floresta Ombrófila Densa, localizada no município de Porto Seguro, Bahia. Os objetivos deste trabalho foram: caracterizar as estruturas fitossociológica e florística em clareiras e em área não explorada da mesma floresta; mapear as clareiras originadas por atividades de exploração, a fim de obter a intensidade de corte e caracterizar as espécies colhidas; verificar a influência do tamanho das clareiras sobre a composição florística; avaliar se os índices de regeneração dessas espécies no interior das clareiras são capazes de garantir a reposição do estoque retirado e recomendar tratamentos silviculturais pertinentes. Os dados foram coletados em área não-explorada, utilizando-se 35 parcelas amostrais de 20 m x 50 m, instaladas sistematicamente. O nível de abordagem utilizado, DAP maior ou igual 12,7 cm, é o exigido pelo IBAMA para elaboração de planos de manejo florestal visando a exploração madeireira. Nas clareiras utilizaram-se dois níveis de abordagem: nas parcelas de 2 x 2 m, foram medidas todas as plantas com altura menor ou igual a 1,30 m e em toda a área da clareira mediram-se todos os indivíduos com altura maior que 1,30 m. Foram analisados dados de 35 parcelas de 20m x 50 m em área não explorada e 14 clareiras em talhão submetido à exploração florestal. Em termos de composição florística, as parcelas amostrais apresentaram 1.414 indivíduos distribuídos em 69 espécies, com 58 gêneros pertencentes a 30 famílias botânicas. Dentre as famílias amostradas, a Sapotaceae apresentou o maior número de indivíduos e a espécie de maior valor ecológico foi Myrcia sp. Nas clareiras detectou-se a presença de 1.821 indivíduos, distribuídos entre 135 espécies e 99 gêneros pertencentes a 44 famílias. Sapotaceae apresentou o maior número de indivíduos e entre as espécies de interesse Ocotea sp1 foi a mais representativa. Tendo em vista que as espécies de maior incidência nas clareiras são ecologicamente classificadas como secundárias iniciais, tardias e, às vezes, clímax, pode-se inferir que o ambiente por elas formado é benéfico a espécies de valor comercial que, em sua maioria, são assim classificadas. As clareiras com áreas inferiores a 200 m 2 foram consideradas de tamanho pequeno e não influenciaram significativamente na composição florística. Entre as espécies de interesse comercial Manilkara bella e Caryocar edule possuem sérias limitações em se tratando de regeneração e por isso merecem tratamentos silviculturais adequados, a fim de se evitar sua possível extinção. Na floresta não explorada verificou-se o predomínio de espécies secundárias iniciais e tardias. Nas clareiras, os níveis de ocorrência dessas espécies foram semelhantes aos anteriormente citados. No entanto, mudanças ambientais ocorridas em função do rompimento do dossel, proporcionaram o surgimento de um maior número de espécies pioneiras nesses locais, como era de se esperar.