Ciência Florestal

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    Estrutura diamétrica, biomassa, ingresso e mortalidade em floresta atlântica secundária ao longo de 24 anos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-25) Caliman, Jônio Pizzol; Reis, Geraldo Gonçalves dos; http://lattes.cnpq.br/8032773293266730
    Inventários florestais contínuos (IFCs) são ferramentas importantes para o manejo adequado de florestas. Análises como a distribuição diamétrica, quantificação de biomassa e ingresso e mortalidade permitem compreender melhor a dinâmica da floresta e facilitam a tomada de decisões para gestão e conservação. O objetivo desse estudo foi avaliar a distribuição de diâmetros, a produção de biomassa e o ingresso e mortalidade de árvores, ao longo de 24 anos, em uma Floresta Atlântica secundária, em Minas Gerais, Brasil. As árvores maiores que 5,0 cm de diâmetro foram sistematicamente monitoradas de 1992 a 2016, em dez sítios diferentes. O diâmetro quadrático médio (Dq), o incremento periódico anual do diâmetro quadrático médio (APIDq), o Quociente de Liocourt (q) e a distribuição de diâmetros, usando o modelo exponencial de Meyer, foram analisados. O teste de identidade de modelos foi usado para comparar a distribuição diamétrica nos diferentes sítios da floresta e ao longo dos anos de medição. A biomassa total (BT) – soma de biomassa de fuste, galhos, folhas, raízes, lianas e árvores com menos de 5,0 cm de dap – foi estimada a partir de equações de biomassa, equações de volume e densidade da madeira. Diferentes modelos foram testados para descrever a produção de biomassa em função dos sítios. O modelo logístico foi utilizado para descrever a produção de biomassa em função dos grupos ecológicos e da fertilidade do solo e, depois, o teste de identidade de modelos foi aplicado. O ingresso e a mortalidade foram expressos em demografia (contagens) de indivíduos e respectivas taxas anuais médias e área basal, para cada intervalo de medição. A mortalidade das árvores foi analisada, também, por classe de diâmetro, em cada sítio, empregando-se intervalos de classe com amplitude de 5,0 cm. Não houve mudança na distribuição de diâmetros ao longo do tempo para a floresta como um todo, independente dos sítios. No entanto, quando os dez sítios e cada ano de medição foram analisados separadamente, os testes mostraram diferenças. A produção de biomassa variou de 180,11 Mg ha-1 (1992) a 353,60 Mg ha-1 (2016) para a floresta como um todo. Produção diferenciada de biomassa foi abservada em função dos sítios e da florística (grupos ecológicos). As espécies secundárias iniciais (SI) acumularam mais biomassa do que as pioneiras (P) e as secundárias tardias (ST). O acúmulo de biomassa foi maior nos sítios com alta fertilidade natural. A taxa de ingresso variou de 1,75 % ano-1 a 6,66 % ano-1 e a de mortalidade oscilou de 1,91 % ano-1 a 2,90 % ano-1, nos diferentes intervalos de medição. O ingresso e a mortalidade variaram de acordo com os sítios. A área basal das árvores mortas doi maior do que a área basal das árvores ingressantes. Houve uma mortalidade de 82 árvores ha-1 na primeira classe de diâmetro (56,07 % das árvores mortas). Conclui-se que a análise específica de cada sítio quanto à distribuição diamétrica, produção de biomassa e dinâmica de ingresso e mortalidade é necessária para implementar práticas e recomendações de manejo adequadas, particularmente nas áreas montanhosas, caracterizadas por variações ambientais distintas e perceptíveis.
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    Florística e distribuição vertical e horizontal de espécies arbóreas da Mata Atlântica, no Sudeste do Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-02-11) Caliman, Jônio Pizzol; Reis, Geraldo Gonçalves dos; http://lattes.cnpq.br/8032773293266730
    O presente trabalho visou analisar a florística, a diversidade, a dinâmica e os padrões de distribuição vertical e horizontal de espécies arbóreas, e sua relação com as condições ambientais, em fragmento da Mata Atlântica, no Sudeste do Brasil. O estudo foi conduzido em dez locais no fragmento florestal para contemplar características ambientais distintas. Os dados foram obtidos em estratos de altura, de modo a amostrar todos os indivíduos arbóreos, desde plântulas até as árvores dominantes. Para cada espécie, foram calculados a densidade, a frequência e o índice de regeneração natural por classe de tamanho de planta e total. O dendrograma de dissimilaridade foi obtido com base na lista de espécies para cada local estudado. A Análise de Correspondência Destendenciada (ACD) foi usada para avaliar a distribuição espacial das espécies endêmicas, raras e em risco de extinção. O índice de diversidade de Shannon (H”) e o índice de diversidade A (A) foram obtidos para os anos de 1992 e 2012 e o teste t foi usado para comparar os valores desses índices nas diferentes épocas de medição. O teste de qui-quadrado para tabelas de contingência foi utilizado para compar o número de espécies entre locais e estratos. Para identificar os padrões de agrupamento das espécies foi utilizada a Análise de Componentes Principais (ACP). Houve dissimilaridade florística entre os locais estudados. Cinco locais foram classificados como prioritários para a conservação e a preservação da biodiversidade local com base na presença de espécies endêmicas e em risco de extinção. A diversidade das espécies arbóreas aumentou entre 1992 e 2012 em sete locais e reduziu em apenas um local. Com base na ACP foram identificadas associações entre espécies, que permitiu identificar três grupos de locais, cada qual composto por indivíduos que se estabeleceram em condições ambientais semelhantes: Grupo 1 (locais 5 e 6) - floresta em estádio avançado de sucessão, com alta fertilidade (FASaf); Grupo 2 (locais 1, 2, 8 e 9) - floresta em estádio intermediário de sucessão, de média fertilidade (FlSmf) e, Grupo 3 (locais 3, 4, 7 e 10) - floresta em estádio intermediário de sucessão, de baixa fertilidade (FISbf). As principais características que diferenciaram estes três ambientes (FASaf, FlSmf e Flef) foram a saturação por alumínio e o teor de magnésio. Essas características determinam a ocorrência e o estabelecimento das espécies, bem como a formação das associações de espécies arbóreas no fragmento florestal. Os resultados deste trabalho podem subsidiar a tomada de decisões na elaboração de planos de manejo de florestas naturais ou no estabelecimento de plantios.