Ciência Florestal

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    Alterações fisiológicas e bioquímicas durante a hidratação de sementes de Dalbergia nigra ((Vell.) Fr. All. Ex Benth
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-26) Ataíde, Glauciana da Mata; Guimarães, Valéria Monteze; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798758T3; Gonçalves, José Francisco de Carvalho; http://lattes.cnpq.br/0553096006639259; Borges, Eduardo Euclydes de Lima e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787799U8; http://lattes.cnpq.br/8001032010519406; Rezende, Sebastião Tavares de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787599A3
    A produção e utilização de sementes de alta qualidade são fatores de grande importância para o sucesso na produção de mudas e implantação de povoamentos florestais com espécies nativas. A hidratação das sementes em água é uma técnica utilizada como forma de melhorar a germinação e o vigor, por meio da embebição das sementes sob condições controladas, para iniciar os primeiros eventos da germinação, sem entretanto, atingir a fase III da germinação e ocorrer a emergência da radícula. Dentre as alterações decorrentes desta hidratação, têm sido relacionadas os vários processos fisiológicos e bioquímicos associados à preparação do metabolismo, tais como: estruturação do sistema de membranas, início da atividade respiratória, aumento da produção de ATP e da atividade enzimática e síntese de proteínas. Considerando-se que a água é fator essencial para a reativação do metabolismo das sementes, o objetivo deste trabalho foi investigar alterações fisiológicas e bioquímicas decorrentes da hidratação de sementes da espécie jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra). Para tanto, os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Análise de Sementes Florestais do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa - UFV. Foram utilizadas neste trabalho sementes de Dalbergia nigra colhidas em matrizes de duas procedências, as quais constituíram os lotes I e II. Em seguida, sementes pertencentes aos dois lotes foram colocadas para hidratar em água em dessecadores com umidades relativas de 95-99%, nas temperaturas de 15 e 25ºC, até atingirem aproximadamente quatro níveis de hidratação: 10, 15, 20 e 25% de umidade nas sementes. No primeiro capítulo, os lotes I e II foram inicialmente caracterizados quanto aos dados biométricos (comprimento, largura, espessura), massa de mil sementes, porcentagem de germinação, índice de velocidade de germinação (IVG) e condutividade elétrica. Em seguida, foram avaliadas as alterações fisiológicas nas sementes dos dois lotes após chegaram aos níveis de hidratação desejados, sendo analisadas a curva de embebição das sementes, germinação, IVG e condutividade elétrica. No segundo capítulo foi estudada a mobilização de substâncias de reserva nos cotilédones de sementes de D. nigra durante a hidratação, por meio da quantificação das concentrações de lipídios, açúcares solúveis, amido e proteínas solúveis nas sementes dos lotes I e II após os tratamentos de hidratação nas temperaturas de 15 e 25°C. O terceiro capítulo abordou as variações nas reservas de monossacarídeos nos cotilédones e as atividades das enzimas α-galactosidase, β-mananase e poligalacturonase em cotilédones e embriões durante a hidratação nas sementes dos dois lotes de Dalbergia nigra. Sementes pertencentes ao lote I possuíam qualidade fisiológica superior ao lote II, por apresentarem maiores médias de germinação e índice de velocidade de germinação e menor quantidade de lixiviados no teste de condutividade elétrica. Não foram observadas diferenças significativas entre as temperaturas de hidratação 15 e 25°C para os testes analisados neste trabalho. A hidratação lenta em água favoreceu a germinação e o vigor das sementes de D. nigra dos dois lotes, porém efeitos mais expressivos foram observados no lote II. A manutenção das sementes em hidratação até 15% de umidade foi a mais indicada para incremento na qualidade das sementes dos lotes de diferentes qualidades fisiológicas. A mobilização de reservas durante a hidratação lenta em água foi similar entre os dois lotes avaliados, com pequena variação nos teores de lipídios, enquanto os conteúdos de carboidratos solúveis e amido apresentaram decréscimo a partir do nível de hidratação de 15% e proteínas solúveis exibiram tendência gradativa de queda, desde a testemunha (sementes secas) até o nível de 25% de umidade. Nos dois lotes avaliados, as concentrações de ramnose e xilose apresentaram valores altos na testemunha e redução durante a hidratação até 15% de umidade, momento a partir do qual aumentaram novamente. Foram observadas diferenças entre as concentrações de glicose entre os dois lotes, de forma que o lote I, de qualidade superior, possui maior síntese e degradação desse açúcar durante a hidratação das sementes. A enzima α-galactosidade mostrou ser pré-formada e possuiu maior atividade inicialmente no embrião, gerando substrato para a respiração e formação de estruturas de carbono para o crescimento. As atividades das enzimas β-mananase e poligalacturonase aumentam com a embebição das sementes e foram diferentes entre cotilédone e embrião, alcançando maiores valores nos cotilédones que no eixo embrionário.
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    Fisiologia, bioquímica e anatomia de sementes de Melanoxylon brauna Schott. (Fabaceae) germinadas em diferentes temperaturas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-09-06) Ataíde, Glauciana da Mata; Picoli, Edgard Augusto de Toledo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4768537Z5; Borges, Eduardo Euclydes de Lima e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787799U8; http://lattes.cnpq.br/8001032010519406; Dias, Denise Cunha Fernandes dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727304Z9; Mattos, Karina Lucas Barbosa Lopes; http://lattes.cnpq.br/4739646634217297; Guimarães, Renato Mendes; http://lattes.cnpq.br/0469666950995989
    As sementes germinam quando as condições ambientais são favoráveis para o crescimento do embrião e não apresentam nenhum tipo de dormência. Dentre os fatores que afetam o processo germinativo, a temperatura assume papel de destaque, na medida em que determina a capacidade e taxa de germinação das sementes, afetando a velocidade de absorção de água e as reações bioquímicas que governam o processo germinativo. Considerando-se que a temperatura é fator imprescindível para o adequado desenvolvimento da germinação, o objetivo neste trabalho foi estudar alterações fisiológicas, bioquímicas e anatômicas associadas à germinação de sementes de Melanoxylon brauna em diferentes temperaturas. Para tanto, os experimentos foram conduzidos nos Laboratórios de Análise de Sementes Florestais e de Anatomia Vegetal da Universidade Federal de Viçosa - UFV. Foram utilizadas neste trabalho sementes de M. brauna colhidas em dois anos distintos, 2010 e 2012, as quais constituíram os lotes I e II. Inicialmente, foi feito um estudo com o objetivo de avaliar a influência da quantidade de sementes, volume de água e tempo de embebição no teste de condutividade elétrica em sementes da espécie, visando o estabelecimento de metodologia específica para avaliação do vigor destas sementes. Foram utilizadas sementes pertencentes aos dois lotes, sendo testadas as combinações de 25, 50 e 75 sementes, em volumes de 25, 50 e 75 mL de água destilada, nos tempos 24, 48 e 72 horas de embebição. Para os capítulos 2, 3 e 4, foram utilizadas apenas sementes pertencentes ao lote II, coletadas em 2012, as quais foram colocadas para embeber às temperaturas constantes de 10, 25, 30 e 40 oC. No segundo capítulo, foram medidas a porcentagem, velocidade e tempo médio de germinação das sementes em cada temperatura, e a capacidade de reversão das sementes quando transferidas para a temperatura de 25 oC após exposição às temperaturas de 10 e 40 oC. Foram avaliadas também as alterações biométricas nas temperaturas constantes de 10, 25, 30 e 40 oC, por meio das análises do teor de água, massa fresca, comprimento, largura e espessura das sementes, e comprimento e massa fresca dos eixos embrionários. No terceiro capítulo foi estudada a mobilização de substâncias de reserva nos cotilédones de sementes de M. brauna durante a germinação nas diferentes temperaturas, sendo quantificadas as concentrações de lipídios, açúcares solúveis, amido e proteínas solúveis e as atividades das enzimas α-amilase, β-amilase e glicose-6-fosfato desidrogenase. No quarto capítulo foram abordadas as alterações histoquímicas e estruturais em cotilédones e eixos embrionários de sementes de M. brauna durante a germinação nas temperaturas 10, 25, 30 e 40 oC. Pelos resultados pode-se observar que a metodologia mais adequada foi a condução do teste de condutividade elétrica no tempo de 48 horas de embebição, com 50 sementes e 50 mL de água. Em relação à germinação, as maiores médias foram observadas nas sementes de M. brauna nas temperaturas de 25 e 30 oC, com valores de 93 e 98%, respectivamente, enquanto nas temperaturas de 10 e 40 oC a germinação foi de 5%. A embebição das sementes a 10 e 40 oC com posterior retorno à 25 oC resultou em acréscimos na germinação em relação às temperaturas extremas, em todos os tempos estudados. As alterações nas reservas de carboidratos solúveis nos cotilédones foram as que apresentaram maiores evidências de decréscimo durante o período germinativo de sementes de Melanoxylon brauna, principalmente nas temperaturas de 25 e 30 oC, onde a atividade das enzimas α-amilase, β-amilase e glicose-6-fosfato desidrogenase aumenta com a embebição das sementes, gerando substrato para a respiração e formação de estruturas de carbono para o crescimento. As proteínas decrescem significativamente no início do período pós germinativo, à temperatura de 30 °C. Às temperaturas 10 e 40 °C, acima e abaixo da faixa ótima de germinação para a espécie, a atividade das enzimas α- amilase, β-amilase e glicose-6-fosfato desidrogenase é reduzida, prejudicando o desenvolvimento adequado do processo germinativo. Anatomicamente, foi possível visualizar que as reservas lipídicas mantiveram-se constantes no período estudado, sendo responsáveis pela manutenção da plântula após o início do crescimento. Em consequência, foi observada formação de grão de amido nas sementes após protrusão da raiz primária na temperatura de 30 °C, resultados coerentes com as informações levantadas quanto à atividade enzimática e de germinação das sementes nesta temperatura. A análise estrutural comprova a presença de células vacuoladas, alongadas, justapostas e com intensa atividade celular após início da embebição das sementes.