Ciência Florestal

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    Análise ergonômica da produção de mudas de eucalipto em viveiro, no Vale do Rio Doce, MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2004-02-25) Alves, José Urbano; Souza, Amaury Paulo de
    A pesquisa foi desenvolvida a partir de dados coletados em viveiro florestal no Vale do Rio Doce, MG, para estudar os fatores ergonômicos relacionados às atividades exercidas nesses ambientes, visando à melhoria da saúde, do bem-estar, da segurança, do conforto e da produtividade dos trabalhadores. Os objetivos específicos foram: levantamento antropométrico e do perfil e condições de trabalho; avaliação biomecânica e da carga de trabalho físico; análise de riscos de lesões por esforços repetitivos/LER; e caracterização dos fatores do ambiente de trabalho, sobrecarga térmica, luminosidade e ruído. Os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais e de medições e avaliações das atividades desenvolvidas. Os resultados indicaram que os trabalhadores possuíam idade média de 32 anos e começaram a trabalhar com a idade de 15,6 anos, em média. Entre os trabalhadores, 36,0% eram casados e tinham, em média, 2,2 filhos. O tempo médio de trabalho na empresa era de 3,7 anos, no entanto, para 20,0% desses trabalhadores, o tempo era de 15,6 anos. Dos trabalhadores florestais, 64,0% aprenderam a função na própria empresa, sendo nesta o tempo igual ao na função. Em relação à saúde, 16,0% dos entrevistados afirmaram ter algum problema de saúde atualmente, do tipo alergias e problemas na coluna. Da população estudada, 24,0% freqüentavam a escola, e, dos que não estavam estudando, 72,0% tinham vontade de voltar a estudar, sendo o valor das mensalidades, o cansaço e a falta de tempo citados como os principais fatores limitantes. Os resultados antropométricos permitiram concluir que a largura máxima para os estaleiros e bancadas, para o percentil de 5%, era de 73,3 cm, enquanto a altura das bancadas e estaleiros para a população estudada, de 101 cm, no percentil 20%. A operação de maior exigência física foi o transporte de mudas para os estaleiros utilizando carrinho, apresentando valor de carga cardiovascular de 30,8%, no entanto nenhuma das atividades avaliadas apresentou valor acima do limite máximo aceitável de 40%. A maioria das atividades foi classificada como leve, com exceção das atividades de preparo de substrato; cobertura dos tubetes com vermiculita fina; transporte de mudas utilizando carrinho; e primeira seleção, as quais foram consideradas moderadamente pesadas. O transporte de muda foi a única atividade que apresentou força de compressão do disco da coluna acima da carga-limite superior, e todas as atividades avaliadas ultrapassaram essa carga recomendada em pelo menos uma fase do ciclo e em pelo menos uma articulação. Os resultados sobre o risco de lesões por esforços repetitivos permitiram concluir que todas as atividades avaliadas, exceto para a primeira seleção, foram classificadas como de alto risco. Os níveis de ruído e os valores do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) encontrados não ultrapassaram os limites de 85 dB(A) e 26,7 oC, respectivamente, estipulados pela Norma Brasileira dos Manuais de Legislação Atlas sobre Segurança e Medicina do Trabalho. A luminosidade encontrada foi considerada insuficiente nos postos de trabalho das atividades: embandejamento de tubetes, estaqueamento e corte de estacas, de acordo com os níveis estabelecidos pela NBR 5413, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).