Ciência Florestal

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    Relação entre diversidade de espécies, estoque de carbono e variáveis climáticas em sistemas agroflorestais na Amazônia: uma metanálise
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-10-03) Almeida, Thamires Campos de; Oliveira Neto, Sílvio Nolasco de; http://lattes.cnpq.br/4018364364350704
    A Amazônia apresenta um dos maiores reservatórios de biodiversidade e carbono (C) do planeta. No entanto, devido às alterações no uso do solo e mudanças climáticas, o equilíbrio desse ecossistema vem sendo fortemente perturbado, sendo importante desenvolver mecanismos que propiciem a redução do desmatamento na região e mitigação das mudanças no clima. Nesse sentido, os sistemas agroflorestais (SAFs) são estratégicos, visto as importantes funções ambientais que exercem, como o incremento da biodiversidade e promoção de serviços ecossistêmicos. Entretanto, pouco se sabe a respeito dos efeitos de variáveis climáticas no armazenamento de carbono nos SAFs, bem como dos padrões referentes aos cobenefícios da relação diversidade-estoque de carbono. Portanto, objetivou-se realizar uma metanálise para avaliar a relação entre riqueza de espécies e estoque de carbono de sistemas agroflorestais em áreas de domínio amazônico, bem como a influência do clima sobre o estoque de C. Para isso, foi realizada extensa revisão de literatura em bancos de dados abrangentes, com o intuito de selecionar artigos científicos publicados nas últimas três décadas. Foram incluídos nessa pesquisa estudos que se enquadraram em todos os critérios predeterminados. Vinte e duas variáveis climáticas padronizadas foram obtidas para todos os locais de estudo. Para avaliar a normalidade dos dados utilizou-se o Teste de Shapiro-Wilk, e para comparar os valores médios entre tipos de sistemas agroflorestais (simples e complexos) o Teste de Mann-Whitney. As variáveis climáticas foram resumidas através da análise de componentes principais, sendo as mais explicativas selecionadas através da análise de correlação de Pearson. Modelos lineares de efeitos mistos foram usados para testar os efeitos do clima sobre o estoque carbono, assim como a relação riqueza-estoque de carbono. Para selecionar a função de ligação mais adequada, foi realizado o diagnóstico dos modelos a partir do teste da distribuição gaussiana dos erros e verificação das distribuições de resíduos, utilizando o gráfico Q-Q. Para realizar as análises foram usados diferentes pacotes no Rstudio. As médias para a riqueza de espécies dos SAFs complexos e simples foram de 13,66 e 2,88 espécies, respectivamente. Para o estoque de carbono, os SAFs complexos apresentaram valor médio de 55,05 Mg/ha e os simples 36,21 Mg/ha. Entretanto, não houve diferença significativa entre os tipos de SAFs em relação ao estoque de carbono. Dentre as principais variáveis climáticas selecionadas como importantes preditores, apenas o intervalo diurno médio possuiu efeito significativo no estoque de carbono, sendo este negativo. Houve significativa relação positiva de cobenefício entre a riqueza de espécies e o armazenamento de carbono acima do solo, onde a riqueza foi a variável que mais explicou a variação do estoque de carbono nos SAFs. Dessa maneira, foi possível concluir que os sistemas agroflorestais, sobretudo os SAFs complexos, possuem destacado potencial para a conservação da biodiversidade e mitigação das mudanças climáticas de forma simultânea na região amazônica. Palavras-chave: Floresta Amazônica. Agrossilvicultura. Biodiversidade. Serviços ecossistêmicos. Cobenefícios. Mudanças climáticas.