Ciência Florestal
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Item Avaliaçao de técnicas de restauração florestal de área dominada por Leucaena leucocephala (Lam) de Wit. em Ipatinga, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2009-08-20) Silva, Ariane Cristine Araújo; Leite, Hélio Garcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785373Z6; Borges, Eduardo Euclydes de Lima e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787799U8; Martins, Sebastião Venâncio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784895Z9; http://lattes.cnpq.br/9130394154538780; Gleriani, José Marinaldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791933J1; Neri, Andreza Viana; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777187T2Objetivou-se caracterizar o banco de sementes do solo de uma área do Ribeirão Ipanema, dominada por Leucaena leucocephala (PL), município de Ipatinga, MG, e comparar com os resultados do banco de sementes de uma área do Parque Estadual do Rio Doce (PERD), no mesmo município; analisar a semeadura de um coquetel de sementes e avaliar a alternativa de plantio de mudas de diferentes estágios sucessionais em módulos. A densidade média de sementes germinadas por bandeja foi de 760,79 sementes/m3 no PL e 92,05 sementes/m3 na área do PERD. Entre as espécies arbóreas destacaram-se, em número de indivíduos, Muntingia calabura e L. leucocephala. Apesar do PL ter apresentado maior densidade de indivíduos, estes são em sua grande maioria caracterizados como plantas daninhas. O número de pioneiras, secundárias iniciais e tardias foi maior na área do PERD em relação ao Ribeirão Ipanema, ou seja, o PERD ainda preserva espécies essenciais para sua conservação e classificação como área nativa. O PERD e o PL apresentaram o mesmo número de espécies exóticas, porém essas foram muito mais abundantes no último, com destaque para M. calabura e L. leucocephala. Para a análise da semeadura direta nucleada e plantio de mudas em módulos foi estabelecidos três tratamentos de 15x15m, onde um consistiu em corte raso de todos os indivíduos, um o corte dos indivíduos com CAP ≥ 35 cm e o ultimo foi o tratamento controle. Para o método de semeadura direta nucleada, foi utilizado as espécies: Anadenanthera macrocarpa, Mabea fistulifera, Schizolobium parahyba, Genipa americana L. e Piptadenia gonoacantha. Os tratamentos foram avaliados mensalmente durante oito meses da identificação dos indivíduos arbóreos germinados e estabelecidos, além da medição da altura. Mabea fistulifera e Anadenanthera macrocarpa foram as espécies que mais germinaram dentre as amostradas, e também se destacaram por serem as únicas que sobreviveram por três meses ou mais de observação do experimento. Houve baixa porcentagem de germinação e alta mortalidade destas (93%). O fator competição por luz, devido a espécie exótica agressiva L. leucocephala, foi o que mais influenciou negativamente a sobrevivência dos indivíduos, sendo o tratamento clareira, o mais expressivo quanto ao desenvolvimento em altura das espécies. Para a metodologia de plantio de mudas nativas, foram utilizadas mudas de Euterpe edulis Mart., espécie climácica e Schizolobium parahyba (Vell.) Blake, espécie pioneira. Os tratamentos foram avaliados aos quatro meses após a implantação e 7 meses após a primeira avaliação, através da medição da altura e do diâmetro a altura do coleto (DAC) dos indivíduos estabelecidos. O tratamento clareira, foi o que mais expressivo quanto ao crescimento em altura, sendo que seu efeito foi mais evidente na espécie Schizolobium parahyba. Para o DAC, o tratamento controle influenciou positivamente a espécie Euterpe edulis e o “clareira” a espécie Schizolobium parahyba. O método de plantio de mudas, conciliado com o tratamento clareira, se mostrou eficiente para a área, uma vez que esta não demonstra capacidade de auto-recuperação.Item Avaliação de uma área em processo de restauração, como medida compensatória pela mineração de calcário, Barroso, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-29) Campos, Wanuza Helena; Martins, Sebastião Venâncio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784895Z9; http://lattes.cnpq.br/0230678746141944; Gleriani, José Marinaldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791933J1; Carmo, Flávia Maria da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727338J9A busca pela sustentabilidade das atividades antrópicas e o aumento do rigor da legislação ambiental culminam na adoção de ações que visam à restauração de áreas degradadas. Os ambientes restaurados devem ainda ser avaliados e monitorados a fim de verificar se os objetivos propostos no início no projeto foram alcançados. Para essa finalidade são utilizados indicadores de avaliação e monitoramento, os quais retratam as características ecológicas da área em restauração. Portanto, este estudo teve como objetivo avaliar uma área restaurada por meio do plantio de mudas, há aproximadamente 7 anos, empregando a regeneração natural e o banco de sementes do solo como indicadores de avaliação e monitoramento. No local de estudo foi delimitada uma área de 0,5 ha, na qual foram alocadas 40 parcelas de 2x2 m, espaçadas em 10 metros, formando 8 estratos, compostos por 5 parcelas, paralelos a um curso d água, sendo o estrato 1 o mais próximo e o estrato 8 o mais distante do córrego. Para avaliação do estrato regenerante foram registrados todos os indivíduos arbustivo-arbóreos presentes nas parcelas com altura ≥ 30 cm e CAP < 15 cm. Para avaliação do banco de sementes, foi coletada uma amostra de solo (0,25 x 0,35 x 0,05 m) no centro de cada parcela. Os indivíduos regenerantes e aqueles recrutados do banco de sementes foram identificados e classificados quanto à classe sucessional e síndrome de dispersão de sementes, além da análise de seus parâmetros fitossociológicos. No estrato regenerante foram amostrados 162 indivíduos, 13 famílias e 22 espécies, perfazendo 10.125 indivíduos/ha, sendo Psidium guajava e Myrtaceae, a espécie e família com maior Valor de importância (VI). A diversidade foi considerada baixa (H =2,691), assim como a dominância ecológica (J =0,870). Foi observada maior porcentagem da classe sucessional das pioneiras em nível de espécies (50%) e em nível de indivíduos (66%). Em relação a síndrome de dispersão de sementes predominou a zoocoria entre as espécies (81,8%) e entre os indivíduos (84,6%). No banco de sementes do solo foram recrutados 7.519 indivíduos, 27 famílias e 82 espécies, perfazendo 2.270 sementes/m2. A espécie Melinis minutiflora e a família Poaceae apresentaram os maiores VI. A forma de vida herbácea predominou entre as espécies (68,3%) e as gramíneas entre os indivíduos (75,4%) noviii banco de sementes. A diversidade foi considerada baixa (H =1,89), assim como a dominância ecológica (J =0,429). Dentre as espécies arbustivo-arbóreas, predominou a classe sucessional das pioneiras, entre os indivíduos (77%) e entre as espécies (41%). Em relação a síndrome de dispersão de sementes prevaleceu a anemocoria em nível de indivíduos (85%) e a zoocoria em nível de espécies (50%). O curso d água presente na área de estudo, bem como a mata ciliar, não influenciaram significativamente (p>0,05) na composição do estrato regenerante e do banco de sementes do solo. O elevado número de indivíduos de M. minutiflora tem potencial para interferir negativamente na restauração, sugerindo que sejam adotadas ações de manejo que visem seu controle. A floresta em restauração apresenta parâmetros florísticos e fitossociológicos similares a outros ambientes em processo de restauração, porém, inferiores àqueles observados em florestas estacionais semideciduais maduras. Finalmente, a regeneração natural e o banco de sementes do solo, atuaram como bons indicadores, na medida em que permitiram avaliar as deficiências do projeto e propor ações de manejo que permitam acelerar o processo de restauração.Item Avaliação de uma área em restauração pós-mineração de bauxita, município de Descoberto, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-29) Silva, Kelly de Almeida; Martins, Sebastião Venâncio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784895Z9; http://lattes.cnpq.br/4923470847427504; Ribeiro, Guido Assunção; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783554H6; Silva, Flavio Pereira da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780320Y2Este estudo teve como objetivos, avaliar os indicadores vegetativos, banco de sementes do solo e estrato de regeneração, de uma área em processo de restauração após a mineração de bauxita e avaliar as espécies utilizadas para a restauração da área minerada. A área de estudo possui 4 ha e está em processo de restauração desde o ano de 2011. Para a avaliação das características estruturais dos indivíduos plantados foram alocadas 20 parcelas de 9 x 6 m, com distância de 10 m entre parcelas. Foram mensurados o DNS (diâmetro ao nível do solo), a altura e o diâmetro de copa, além de avaliação da taxa de mortalidade, de todas as árvores plantadas da área amostral. Para a análise do banco de sementes do solo, foram alocadas 40 parcelas de 3 x 3 m, distanciadas 10 m entre si, e no centro de cada parcela foi coletado uma amostra de solo (0,30 x 0,25 x 0,05 m), para avaliação em casa de sombra, durante seis meses, do número de indivíduos e identificação das espécies das plântulas emergidas. Para a análise do estrato de regeneração natural, foram alocadas na área em restauração 40 parcelas permanentes de 3 x 3 m, com intervalos de 10 m entre parcelas. Todos os indivíduos lenhosos arbustivo-arbóreos regenerantes com CAP (circunferência na altura de 1,30 m do solo) inferior a 15 cm foram identificados e mensurados o DNS e a altura. Para a avaliação da influência de um fragmento florestal secundário ao lado da área estudada, na composição florística do banco de sementes e da regeneração da área, foram considerados cinco estratos com diferentes distâncias do fragmento florestal: Estrato 1 zero metros; Estrato 2 - 10 metros; Estrato 3 - 20 metros; Estrato 4 30 metros; e Estrato 5 40 metros de distância. Calculou-se o valor médio e o desvio padrão, para as variáveis densidade de indivíduos, riqueza de espécies, síndrome de dispersão, categoria sucessional e hábito de vida, e foi feita a comparação entre estratos por meio de análise de variância (ANOVA) e teste Tukey, a 5% de significância. Foram registradas na área amostral 540 indivíduos arbóreos vivos, dos 700 plantados (22,86% de mortalidade), pertencentes a 45 espécies e 18 famílias. As espécies com maiores valores de importância (VI) foram Solanum lycocarpum (14,7%) e Schinus terebinthifolius (10,8%). As espécies S. terebinthifolius, S. lycocarpum e Joannesia princeps, contribuíram com 30,36% de cobertura de copa. A altura média das espécies plantadas variou de 0,40 m a 3,90 m. No banco de sementes do solo, foram registrados 394 plântulas emergidas (131 plântulas m-2), pertencentes a 11 famílias e 31 espécies. A família de maior riqueza foi Asteraceae (8 espécies). O banco de sementes apresentou H = 2,41 e J = 0,704. No levantamento do estrato de regeneração natural foram amostrados 66 indivíduos, pertencentes a 20 espécies e 12 famílias, com uma densidade de 1.833 indivíduos ha-1. As famílias de maior riqueza foram Asteraceae (4 espécies), Fabaceae (3) e Solanaceae (3). Verificou-se maior proporção da dispersão por zoocoria (60%) em nível de espécie, e por anemocoria (56%) em nível de indivíduos. Em relação a categoria sucessional, constatou-se maior proporção da categoria das pioneiras, em nível de espécies (60%), e em nível de indivíduos (81,8%). As espécies com maiores VI na regeneração natural foram Trema micrantha, Vernonanthura divaricata, e Baccharis dracunculifolia, com 63,95% do VI total e 57,58% dos indivíduos amostrados. O estrato de regeneração apresentou H = 2,35 e J = 0,786. Em relação ao hábito de vida entre os estratos, houve um predomínio de espécies arbóreas no estrato 1 (0,01 < p < 0,05). Para o número médio de indivíduos, distribuídos nas diferentes categorias sucessionais, houve diferença significativa (0,01 < p < 0,05) entre os estratos, com o estrato 1 apresentando maior número médio de indivíduos pioneiros. Em relação a síndrome de dispersão, na distribuição do número médio de espécies e indivíduos da regeneração natural, ocorreu significativamente (0,01 < p < 0,05) maior proporção da síndrome zoocórica no estrato 1. Houve uma boa diversidade de espécies utilizadas para o plantio de restauração da área minerada, já proporcionando benefícios para a área em restauração, como a cobertura do solo através de suas copas. O banco de sementes do solo da área em restauração apresentou alta densidade de espécies herbáceas, mas com espécies melhores adaptadas para as condições iniciais de restauração, que sofreu degradação por mineração. A baixa densidade de indivíduos e riqueza de espécies no estrato de regeneração natural podem estar relacionados ao pouco tempo de restauração da área, a proximidade de áreas de pastagem, o baixo potencial de chuva de sementes e do banco de sementes.Item Avaliação do componente arbóreo, da regeneração natural e do banco de sementes de uma floresta restaurada com 40 anos, Viçosa, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-01) Miranda Neto, Aurino; Gleriani, José Marinaldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791933J1; Martins, Sebastião Venâncio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784895Z9; http://lattes.cnpq.br/6299588871609750; Neri, Andreza Viana; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777187T2A partir do século XIX, a cobertura florestal da Zona da Mata de Minas Gerais foi subjugada a um intenso processo de fragmentação, constatando portanto, a necessidade de conservação dos remanescentes florestais ainda existentes, da realização de restauração florestal e, consequentemente, o monitoramento e avaliação dos projetos de restauração. O conhecimento dos processos ecológicos envolvidos na dinâmica de populações de plantas através do monitoramento e avaliação de áreas restauradas é extremamente importante para a definição de estratégias de conservação, manejo e restauração dos ecossistemas florestais. Portanto, este trabalho tem como objetivo geral, avaliar o estrato arbustivo-arbóreo, o estrato de regeneração, o banco de sementes e a serapilheira de uma floresta restaurada por meio de plantio, após 40 anos de sua implantação. Foram alocadas na área total de um hectare, 16 parcelas contíguas de 25 x 25 m para a avaliação do estrato arbustivo-arbóreo, registrando todos os indivíduos com CAP ≥ 15 cm. Dentro de cada parcela, alocou-se duas subparcelas de 5,0 x 5,0 m para a avaliação do estrato de regeneração, registrando todos os indivíduos com altura ≥ 0,5 m e DAP < 5,0 cm. Coletou-se em cada parcela contígua, cinco amostras de solo superficial (0,30 x 0,30 x 0,05 m) para avaliação do banco de sementes e uma amostra de 1,0 m² de serapilheira, posteriormente secada e pesada, para avaliação da mesma. Também foi realizado a classificação quanto a classe sucessional e síndrome de dispersão, análise da abertura do dossel, por meio de fotografias hemisféricas, análise física e química do solo, análise da temperatura, da umidade relativa e da luminosidade da floresta restaurada, bem como análise de similaridade florística, pelo índice de Jaccard, entre os componentes da floresta e entre os levantamentos florísticos já realizados no município de Viçosa, MG. No estrato arbustivo-arbóreo registrou-se 1.432 indivíduos, 112 espécies e 36 famílias, sendo 95 espécies nativas e 16 exóticas, com maior VI para espécie Guarea guidonia e família Fabaceae, alta diversidade (H =3,51) e baixa dominância ecológica (J =0,743), maior porcentagem da classe sucessional secundária inicial, a nível de espécie (34,82%), e de secundária tardia, a nível de indivíduos (34,29%), e predomínio de síndrome de dispersão zoocórica. A área basal foi de 47,8 m²/ha, apresentando na distribuição para classe diamétrica um padrão invertido, e a altura média de 10,6 m, variando de 2,2 m a 27,2 m. No estrato de regeneração registrou-se 1.938 indivíduos, 102 espécies mais um morfotipo (trepadeiras) e 33 famílias, sendo 94 espécies nativas e 7 exóticas, com maior VI para espécie Psychotria sessilis e família Fabaceae, alta diversidade (H =3,56) e baixa dominância ecológica (J =0,768), maior porcentagem da classe sucessional secundária inicial, a nível de espécie (33,33%), e de secundária tardia, a nível de indivíduos (37,05%) e predomínio de síndrome de dispersão zoocórica. No banco de sementes recrutou-se 5.555 indivíduos, 93 espécies mais um morfotipo (trepadeiras) e 32 famílias, nenhuma espécie exótica, com maior VI para espécie Leandra niangaeformis e família Melastomataceae, média diversidade (H =3,21) e baixa dominância ecológica (J =0,708), maior porcentagem da classe sucessional pioneira, a nível de espécie (50,00%) e de indivíduos (87,06%) e predomínio de síndrome de dispersão zoocórica. Quanto ao hábito de vida, maior percentual de ervas, a nível de espécie (45,74%) e de indivíduos (35,17%). A serapilheira acumulada obteve 3.432 kg/ha, com a fração foliar representando 65% e correlação significativa com a área basal (p = 0,031; R² = 0,29) do estrato arbustivo-arbóreo. A camada de 0-20 cm do solo apresentou média saturação de bases (V = 43,40%) e a camada de 20-40 cm baixa saturação de bases (V = 34,70%), com densidades do solo (1,08 e 1,07 kg/m³) dentro da faixa ideal para solos com textura argilosa. A abertura do dossel obteve média de 5,81% e o índice de área foliar média de 4,68 m² de componentes do dossel / m² de área do solo. As temperaturas e umidades relativas médias em março de 2011 apresentaram valores superiores em relação a agosto de 2010, e a luminosidade média foi superior em agosto de 2010. Houve semelhança florística entre o estrato arbustivo-arbóreo e o estrato de regeneração e dissimilaridade entre estes e o banco de sementes. A floresta restaurada apresenta baixa semelhança florística com os fragmentos florestais do município de Viçosa, MG, devido, principalmente, pela composição de espécies alóctones utilizadas no plantio. A presença de espécies exóticas invasoras como a Archontophoenix cunninghamiana, torna-se necessário uma ação de manejo visando a retirada desta espécie para propiciar melhor conservação da floresta. A floresta restaurada, após 40 anos, alcançou um patamar semelhante às Florestas Estacionais Semideciduais, em estádio avançado de sucessão, da região de Viçosa, MG, e resultados superiores às áreas restauradas em diferentes idades no Estado de São Paulo, em termos dos parâmetros fitossociológicos. Por fim, a avaliação de áreas restauradas possibilita corrigir eventuais problemas que venham a ocorrer e definir intervenções de manejo que garantam o sucesso do projeto de restauração.Item O banco de sementes do solo e a regeneração natural em diferentes estádios sucessionais de Floresta Estacional Semidecidual e de pastagem abandonada, Reserva Mata do Paraíso, Viçosa, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-28) Kunz, Sustanis Horn; Borges, Eduardo Euclydes de Lima e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787799U8; Gleriani, José Marinaldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791933J1; Martins, Sebastião Venâncio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784895Z9; http://lattes.cnpq.br/0203797981088640; Neri, Andreza Viana; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777187T2; Ivanauskas, Natália Macedo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721433E5Conhecer a resiliência de florestas fragmentadas e circundadas por áreas de pastagens por meio do estudo do banco de sementes do solo e da regeneração natural é importante ferramenta para definir ações de manejo e de restauração ecológica, no intuito de preservar o ecossistema ou acelerar o processo de sucessão. Um dos mais importantes fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual na região de Viçosa, MG, é dotado de áreas com diferentes estádios sucessionais e área de pastagem em processo de regeneração, mas pouco se conhece sobre as relações florísticas da regeneração natural e do banco de sementes entre tais áreas e a resposta destes compartimentos do ecossistema no processo de sucessão. Deste modo, este estudo teve como objetivo avaliar a estrutura e a composição de espécies arbustivo-arbóreas do estrato de regeneração natural de três áreas com diferentes históricos de perturbação e de clareiras, além de conhecer a composição do banco de sementes do solo, a fim de avaliar a resiliência de cada trecho sucessional e assim melhor definir as ações de restauração florestal. Para análise da estrutura fitossociológica foram alocadas 10 parcelas de 5x10 m na floresta inicial (FI), floresta madura (FM) e pastagem abandonada (PAS), sendo amostrados todos os indivíduos com altura ≥ 50 cm e diâmetro a altura do solo ≤ 5 cm (DAS). Em dez clareiras presentes na área de floresta madura foram amostrados todos os indivíduos com altura >1,00 m e diâmetro à 1,30 m do solo (DAP) inferior a 5,00 cm. Foi realizada Análise de Correspondência Destendenciada (DCA) e análise de espécies indicadoras para os trechos de floresta madura, floresta inicial e pastagem. A similaridade florística entre as clareiras, FM e FI foi calculada por meio do índice de Jaccard. Para análise do banco de sementes do solo, foram coletadas 30 amostras de solo na estação chuvosa e seca nos trechos de FI, FM e PAS, sendo adotado o método de emergência de plântulas para estimar a abundância e a riqueza de espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas. A estrutura da regeneração natural da floresta inicial e da pastagem seguiu o mesmo padrão, com uma espécie apresentando mais da metade do Valor de Importância (VI), devido principalmente a alta densidade. Já o trecho de floresta madura e as clareiras apresentam estrutura mais equilibrada, pois não foi observada forte dominância por uma espécie, embora Coffea arabica L. tenha se destacado em VI. As três áreas apresentam-se distintas em termos de composição de espécies, sugerindo que ainda não está havendo um direcionamento da sucessão das áreas de floresta inicial e de pastagem para floresta madura. Além disso, as espécies indicadoras demonstram que cada trecho ainda mantém características de acordo com o estádio sucessional que se encontram, sendo necessárias intervenções para acelerar o processo de sucessão. A análise da similaridade florística permitiu identificar alta heterogeneidade florística entre as clareiras e os trechos de floresta, sugerindo que a comunidade da regeneração natural em clareiras apresenta sua própria flora regenerante. O número de indivíduos germinados no banco de sementes foi significativamente maior na floresta inicial na estação chuvosa (15.954 ind.) e na seca (4.755 ind.), seguido da pastagem (chuva= 8.941 ind.; seca= 2.367 ind.) e da floresta madura (chuva= 2.546 ind.; seca= 932 ind.). Já a riqueza apresentou diferença significativa apenas entre os trechos, sendo maior na área de pastagem (80 espécies), seguida da floresta inicial (75) e da floresta madura (72), não havendo diferença significativa entre as estações. A maioria das espécies é herbácea, correspondendo a 49,5% do total de espécies e 41,8% do número total de indivíduos. Os resultados sugerem que as espécies do trecho de floresta madura apresenta alto potencial para ser utilizado em programas de restauração e indicam alta resiliência da área frente a algum distúrbio. Na floresta inicial, a alta abundância de gramíneas e os elevados valores de densidade para Psychotria sessilis Vell. podem comprometer o atual estado de resiliência da área, não sendo indicada para ações de restauração. Já a área de pastagem, por apresentar elevada densidade de herbáceas, necessita de monitoramento e de ações de manejo para acelerar o processo de sucessão, uma vez que apenas o banco de sementes não garantirá a sucessão e nem mesmo a resiliência local.Item O banco de sementes do solo e a restauração ecológica de uma área dominada por Pteridium aquilinum (L.) kuhn no Parque Nacional do Caparaó(Universidade Federal de Viçosa, 2014-02-28) Cunha, Jeane de Fátima; Borges, Eduardo Euclydes de Lima e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787799U8; Silva, Elias; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798029H5; Martins, Sebastião Venâncio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784895Z9; http://lattes.cnpq.br/7894007624198861; Carmo, Flávia Maria da Silva; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727338J9; Gleriani, José Marinaldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791933J1; Pereira, Israel Marinho; http://lattes.cnpq.br/4731214583033664Algumas áreas florestais do Parque Nacional do Caparaó são de formação secundária, tendo sido alteradas pela ação do fogo e do desmatamento. Os distúrbios provocados nesse ecossistema têm contribuído para sua invasão por Pteridium aquilinum (L.) Kuhn (samambaia do campo). P. aquilinum é uma espécie de samambaia exótica muito agressiva que impede o avanço da regeneração florestal em áreas abertas, como grandes clareiras e pastagens abandonadas, mesmo quando inseridas numa matriz florestal, como no caso do Parque Nacional do Caparaó. No Brasil, há poucas pesquisas sobre o potencial de regeneração destas áreas. Portanto, este estudo teve como objetivo geral conhecer a composição de espécies do banco de sementes de uma área invadida por P. aquilinum e de uma floresta no entorno e aplicar técnicas de nucleação para restauração da área dominada por P. aquilinum. Para o estudo do banco de sementes, foram coletadas trinta amostras de solo na floresta, trinta amostras de solo na área dominada por P. aquilinum e trinta amostras da serapilheira da samambaia, que foram levadas para Viveiro de Pesquisas do Departamento de Engenharia Florestal, na Universidade Federal de Viçosa. As amostras foram mantidas na casa de vegetação e após a emergência das plântulas, realizou-se a quantificação das espécies arbóreas, arbustivas, herbáceas, trepadeiras e gramíneas. Apenas as espécies arbustivas, arbóreas e a herbácea P. aquilinum foram identificadas. No estudo da nucleação abriram-se, na área ocupada por P. aquilinum, sessenta núcleos ou clareiras de 2 x 2 m, sendo dez núcleos para cada tratamento avaliado. Nestas áreas abertas, toda a cobertura de P. aquilinum foi removida até atingir o solo. No centro de cada clareira foi delimitado uma parcela de 1 x 1 m. Os tratamentos foram: T1-calagem, T2-Transposição do banco de sementes e serapilheira, T3-semeadura direta, T4-calagem + transposição do banco de sementes e serapilheira, T5-calagem + semeadura direta, T6-Testemunha. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado com 10 repetições. Para os tratamentos T2 e T4 foram coletadas na floresta no entorno da área do experimento, 20 amostras de 1 x 1 m da camada superficial de solo até 5 cm de profundidade e da camada de serapilheira. Para os tratamentos T3 e T5 foram utilizadas sementes de Araucaria angustifolia (Bertol.). Em cada parcela da nucleação, após um ano, registraram-se os indivíduos arbustivo-arbóreos, medidos em altura e diâmetro ao nível do solo. Nos dois experimentos, as plantas foram classificadas quanto a classe sucessional e a síndrome de dispersão. No geral, as formas de vida mais representativas no banco de sementes dos três locais foram herbáceas e trepadeiras. Considerando os indivíduos arbustivo-arbóreos, verificou-se a presença de 1.406 no banco de sementes da floresta, 79 no banco de sementes da área dominada pela samambaia e 34 no banco de sementes da serapilheira da samambaia, sendo registrada diferença estatística significativa entre os dados. O grupo ecológico de maior destaque, nos três bancos de sementes, foi o das pioneiras tanto em nível de espécies como de indivíduos. Destacou-se a síndrome de dispersão zoocórica no banco de sementes da floresta, em nível de espécies e de indivíduos e para os demais bancos, a anemocoria foi reconhecida em maior número. As famílias de maior destaque no banco da floresta foram Salicaceae, Urticaceae, Dennstaedtiaceae e Melastomataceae. No banco de sementes da área dominada por P. aquilinum e no banco da serapilheira predominou a família Dennstaedtiaceae, representada por P. aquilinum. Após um ano da implantação do experimento de nucleação, foram registrados 331 indivíduos pertencentes a 19 espécies, 12 gêneros e dez famílias botânicas. Na nucleação, predominou o grupo ecológico das pioneiras e a síndrome de dispersão zoocórica. As famílias com maior riqueza foram Solanaceae e Euphorbiaceae. Solanaceae também se destacou com maior número de indivíduos (56,2%), seguida de Fabaceae (10%). O gênero Solanum apresentou maior riqueza e abundância. Solanum mauritianum foi a espécie mais abundante com 49,5% dos indivíduos e também destacou-se por apresentar maior valor de importância (45,50%). Os resultados sugerem que a presença de P. aquilinum afetou a resiliência dessa área, pois houve redução significativa tanto em nível de indivíduos como de espécies arbustivo-arbóreas comparando-se com o banco da floresta, além de elevada densidade de herbáceas e formação de densa camada de serapilheira da samambaia. O banco de sementes da floresta também está comprometido, pois foi detectada a presença de P. aquilinum no mesmo, mostrando que frente um distúrbio, essa espécie poderá dominar a área. As técnicas de nucleação adotadas desencadearam o processo de sucessão na área invadida por P. aquilinum. Os tratamentos com banco de sementes foram os mais indicados para facilitar o processo de regeneração florestal na área.Item Caracterização florística e fitossociológica da regeneração natural em dois trechos de uma floresta estacional semidecidual no município de Viçosa, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2002-08-30) Silva Junior, Wilson Marcelo da; Martins, Sebastião Venâncio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784895Z9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4742980D0; Silva, Alexandre Francisco da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783672E0; Marco Junior, Paulo de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723007A6; Ribeiro, Guido Assunção; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783554H6; Assis Junior, Sebastião Lourenço de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4785693Y6Este estudo teve como objetivos estudar comparativamente, a composição florística e estrutura da regeneração natural do componente arbustivo-arbóreo de dois trechos de floresta da Reserva Mata do Paraíso localizada no município de Viçosa - MG, e discutir através do conjunto de informações obtidas a capacidade de restauração das características edáficas e vegetacionais da Floresta Estacional Semidecidual após forte perturbação antrópica. Foram escolhidos dois trechos de floresta em função do estádio sucessional, sendo o primeiro uma área de pastagem abandonada em franco processo de regeneração há aproximadamente 30 anos, denominado nesse estudo de Floresta Jovem, e o segundo um núcleo de floresta bem preservada sem intervenção antrópica nos últimos 35 anos, denominado Floresta Madura. Em cada trecho foram lançadas dez parcelas de 4x10 metros no qual foram amostrados todos os indivíduos com altura superior ou igual a 1,50m e DAP inferior ou igual a 5,0 cm. No interior destas parcelas foram lançadas sub-parcelas de 2x10m nas quais foram amostrados todos os indivíduos com altura entre 0,30m e 1,49m. De todos os indivíduos foram tomadas medidas de diâmetro ao nível do solo e altura e realizada a identificação taxonômica. No centro de cada parcela foram obtidas fotografias hemisféricas do dossel. Para a amostragem de solo foram coletadas quatro amostras em cada parcela compondo uma amostra composta para cada trecho de floresta onde foram feitas análises químicas e físicas. No total foram amostrados 2456 indivíduos pertencentes a 39 famílias, 83 gêneros, 121 espécies e oito morfoespécies. As famílias mais ricas foram Rubiaceae (13), Meliaceae, Mimosaceae e Myrtaceae (8) e Fabaceae (7). Dezesseis famílias apresentaram apenas uma espécie. No trecho Floresta Jovem Psychotria sessilis, Siparuna guianensis, Trichilia pallida, Anadenanthera macrocarpa, Erythroxylum pelleterianum e Nectandra rigida ocuparam as primeiras posições em valor de importância, considerando os dois níveis de amostragem. No trecho Floresta Madura, as espécies Euterpe edulis, Coffea arabica, Justicia sp., Picranmia regnelii, Guarea macrophylla, Guapira opposita e Psychotria hastisepala foram as mais importantes nos dois níveis de amostragem. Considerando a classificação das espécies em categorias sucessionais, na Floresta Jovem houve predominância de pioneiras e secundárias iniciais nos dois níveis de amostragem indicando que este trecho ainda não atingiu um estádio avançado de sucessão. Já o predomínio de espécies tardias na Floresta Madura mostra o avanço da sucessão neste trecho. A análise de agrupamento revelou a separação nítida de dois grandes grupos de parcelas, cada um representando um trecho da floresta. Além das diferenças florísticas os dois trechos apresentam também diferenças edáficas e de abertura de dossel, com a Floresta Jovem com solo mais pobre em nutrientes e com dossel mais aberto em comparação com a Floresta Madura. Assim, na Floresta Jovem as condições ecológicas, principalmente luz, devem estar favorecendo a regeneração de espécies dos estádios iniciais da sucessão, ao passo que as condições de maior fertilidade e sombreamento da Floresta Madura estão favorecendo espécies secundárias tardias. Portanto, pode-se concluir que o período de abandono da pastagem ainda não foi suficiente para a restauração da composição florística e o avanço da sucessão a uma condição próxima das florestas semidecíduas da região. A degradação do solo desse trecho ainda está refletida nos baixos teores de nutrientes, elevada acidez e compactação em relação à Floresta Madura o que deve estar também refletindo nas diferenças florísticas, estruturais e sucessionais entre as duas áreas. Recomenda-se como estratégia para acelerar o processo de sucessão na Floresta Jovem, o plantio de espécies tardias fazendo-se inclusive a adubação de plantio. As espécies tardias com maior valor de importância na Floresta Madura e as pioneiras na Floresta Jovem, podem ser indicadas para o plantio de enriquecimento de capoeiras e restauração florestal em áreas degradadas, respectivamente.Item Composição florística e estrutura de um fragmento de Mata Atlântica em Pedra de Guaratiba, município do Rio de Janeiro, RJ(Universidade Federal de Viçosa, 2002-07-04) Peixoto, Gustavo Luna; Martins, Sebastião Venâncio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784895Z9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760506J3; Silva, Alexandre Francisco da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783672E0; Silva, Elias; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798029H5; Lima, Haroldo Cavalcante de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787909Z2; Meira Neto, João Augusto Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728376H9O presente trabalho apresenta os resultados do levantamento florístico e fitossociológico do estrato arbóreo de um trecho de Floresta Atlântica na Área de Proteção Ambiental da Serra da Capoeira Grande. Esta APA localiza-se na Zona Oeste do Município do Rio de Janeiro, RJ e, apesar de fazer parte do maciço que forma o Parque Estadual da Pedra Branca, não foi inserida nos limites deste. A Serra da Capoeira Grande se destaca na planície de maré da região de Guaratiba por alcançar altitude de 159 metros e ostentar um importante remanescente da Floresta Atlântica de baixada, outrora abundante no município e hoje escassamente representada. Este trecho é ainda o último remanescente natural de Caesalpinia echinata do município, já sendo utilizado como fonte de germoplasma para a conservação desta espécie. O solo muito raso e rochoso na porção médio-superior da serra cria um ambiente com limitações em oferta hídrica e em profundidade do solo, restringindo um maior desenvolvimento das árvores. O levantamento fitossociológico foi realizado através do método dos quadrantes, tendo-se como critério de inclusão o perímetro do tronco a 1,3m do solo (PAP) maior ou igual a 15cm. Foram alocados 200 pontos amostrais, totalizando 800 indivíduos. Estes distribiram-se em 24 famílias, 36 gêneros e 43 espécies. A distância média entre os indivíduos foi de 2,53 metros e a densidade total por área de 1558,5 indivíduos/ha. A área basal total foi de 12.06 m2 e o índice de Shannon calculado foi de 2,42. A fisionomia da floresta foi caracterizada pela presença de árvores emergentes com até 18 metros, pela ausência de estratificação nítida e por sub- bosque bem iluminado. A composição florística é resultado da amostragem nos 200 pontos, acrescida de coletas aleatórias realizadas durante caminhadas no fragmento, que totalizaram 31 famílias, 57 gêneros e 68 espécies. As famílias que apresentaram maior número de espécies foram Leguminosae Mimosoideae com sete espécies, Myrtaceae com seis, Euphorbiaceae e Leguminosae Papilionoideae representadas por cinco espécies, Bignoniaceae, Bombacaceae, Celastraceae, Flacourtiaceae, Moraceae, Rubiaceae e Solanaceae, todas com três espécies. As seis famílias com maior valor de importância somaram 84% do VI total, sendo Solanaceae a mais importante com 34,1% do VI, seguida de Leguminosae Mimosoideae (16,4), Nyctaginaceae (13), Leguminosae Papilionoideae (7,9), Anacardiaceae (6,5) e Flacourtiaceae (6,1). As espécies com maior número de indivíduos na área foram aquelas que apresentaram também maior VI. São elas: Metternichia princeps com 40,4% dos indivíduos e 33,7% do VI, Pseudopiptadenia contorta (9,3 e 12,6%), Guapira hirsuta (7,5 e 7,8%), Guapira oposita (4,6 e 5,3%), Casearia obliqua (4,6 e 4,2%), Pterocarpus rohrii (3,6 e 4,3%), Albizia policephala (3,5 e 3,5%) e Aspidosperma subincanum (3,4 e 3,6%). Caesalpinia echinata veio logo em seguida, com 2,4% dos indivíduos amostrados e 2,1% do VI. A distribuição diamétrica da comunidade, assim como da maioria das principais populações, apresentou um grande número de indivíduos nas menores classes, decrescendo gradualmente. Este fato reflete a boa situação sucessional desta mata. Analisando a similaridade florística entre a APA da Capoeira Grande e outras 18 áreas florestais do Rio de Janeiro, observou-se uma maior semelhança florística entre a área estudada e as florestas de baixada localizadas próximas ao mar, duas delas com remanescentes de pau-brasil. Todas as florestas reuniram-se a um baixo nível de similaridade, refletindo a heterogeneidade florística entre as florestas do Rio de Janeiro.Item Estudos sobre banco de sementes do solo, resgate de plântulas e dinâmica da paisagem para fins de restauração florestal, Carandaí, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2009-06-22) Calegari, Leandro; Silva, Elias; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798029H5; Gleriani, José Marinaldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791933J1; Martins, Sebastião Venâncio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784895Z9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4771139A0; Silva, Aderbal Gomes da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794524Y9; Neri, Andreza Viana; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777187T2Observando-se a necessidade de novas metodologias que permitam que áreas restauradas se consolidem no tempo, realizaram-se alguns estudos ecológicos em uma propriedade rural, localizada no município de Carandaí, Estado de Minas Gerais, Brasil, os quais foram organizados em capítulos: 1) caracterização dos fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual secundária localizada dentro e no entorno da propriedade; 2) avaliação do banco de sementes do solo; e 3) resgate de plântulas arbustivo-arbóreas. A aplicação de uma correta gestão ambiental, favorecendo a conservação e restauração em áreas degradadas, é favorecida pelo prévio conhecimento dos fragmentos florestais existentes nas propriedades rurais. Utilizando-se os softwares Spring e Fragstats, caracterizou-se a dinâmica da paisagem, com ênfase nos fragmentos florestais, considerando sua evolução durante o período de 1984 a 2007. Concluiu-se que ocorreu progressivo aumento na área total de floresta nativa devido ao surgimento de novos fragmentos, sendo que a área individual de cada fragmento apresentou tendência de redução, o que proporcionou aumento da área de borda, reduzindo a porcentagem total de cada fragmento que é área central. Apesar da vantagem de predominância de fragmentos de formas geométricas simples, com redução do efeito de borda, a qualidade da paisagem apresentou-se comprometida por ser constituída predominantemente por pequenos fragmentos. Os fragmentos florestais mostraram-se ainda muito distanciados entre si (mais que 200 metros), apresentando pequena tendência de aglomeração (reflexo do aumento do número de fragmentos), porém, ainda insuficiente. Portanto, apesar de a cobertura de floresta nativa ter apresentado aumento de área total, de modo geral, esta perdeu em qualidade no intervalo de tempo estudado. O conhecimento do banco de sementes do solo fornece informações essenciais sobre o potencial de regeneração de determinada área, permitindo que se façam inferências sobre a sua restauração. Por meio de 20 parcelas de dimensões 25 x 25 cm e 5 cm de profundidade, foram coletadas amostras de solos de diferentes situações ambientais (pasto limpo, pasto sujo, capoeira, eucalipto e mata) identificadas na propriedade rural. O material coletado foi colocado para germinar em casa de vegetação e analisado durante oito meses, sendo avaliadas a composição e a densidade das espécies (herbáceas, sub-arbustivas, arbustivas e arbóreas). As situações ambientais apresentaram diferentes expressões de regeneração natural. O pasto sujo foi a situação que apresentou maior número de indivíduos herbáceos regenerantes, o que o torna mais problemático para fins de restauração florestal. Todas as situações ambientais apresentaram banco de sementes de plântulas arbustivo- arbóreas, o que poderá auxiliar no processo de restauração. Entretanto, o sucesso desta atividade estará diretamente vinculado às atividades de controle de competidores, principalmente de Urochloa decumbens (Stapf) R.D. Webster, gramínea reconhecidamente agressiva que germinou amplamente em todas as situações ambientais. Devido à ausência de espécies de estádios finais de sucessão no banco de sementes no solo, deverá haver outras intervenções complementares, como plantio de mudas, semeadura direta de espécies arbóreas e/ou implantação de poleiros artificiais para acelerar a sucessão vegetal. A técnica do resgate de plântulas é uma alternativa para minimizar o problema da perda de diversidade biológica nos projetos de restauração de áreas degradadas. Para avaliar esta técnica, plântulas foram resgatadas de dois fragmentos florestais com diferentes estádios de sucessão ecológica (média e inicial). Indivíduos com até 60 cm de altura foram transplantados para viveiro e avaliados durante seis meses. Foi resgatado um total de 966 indivíduos, identificados em 26 famílias e 70 espécies, com maior porcentagem destas observada no fragmento com estádio sucessional mais avançado. A taxa média de sobrevivência foi de 79,3%, diferindo estatisticamente entre os fragmentos, altura dos indivíduos e espécies. Indivíduos provenientes do fragmento de estádio inicial, assim como os de altura inferior a 40 cm, se caracterizaram pela maior taxa de sobrevivência. Algumas espécies se destacaram por apresentar maior crescimento em altura, assim como outras pela perda de suas folhas após o transplante, com posterior rebrota. Principalmente espécies pioneiras, além de algumas não-pioneiras, demonstraram alta sobrevivência, muitas comumente não encontradas nos viveiros florestais e, conseqüentemente, também ausentes nos projetos de restauração. Essas informações são importantes na definição de estratégias para promover a conectividade dos fragmentos florestais dentro da propriedade da Cimento Tupi S.A. e no seu entorno.Item Florística e estrutura da comunidade arbórea de trechos de Floresta Amazônica, Alto Rio Xingu, Mato Grosso, Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2007-07-20) Kunz, Sustanis Horn; Silva, Elias; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798029H5; Ivanauskas, Natália Macedo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721433E5; Martins, Sebastião Venâncio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784895Z9; http://lattes.cnpq.br/0203797981088640; Vieira, Milene Faria; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793214A6; Gleriani, José Marinaldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791933J1A Floresta Estacional Perenifólia está sofrendo fortes impactos ambientais decorrentes das atividades agropecuárias e madeireiras e, a preocupação com o acelerado decréscimo da cobertura vegetal nesta fitofisionomia, justifica-se pelo fato de que pouco se conhece sobre sua florística e padrões ecológicos, os quais são relevantes para auxiliar programas de conservação e restauração da cobertura vegetal. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a composição florística e a estrutura fitossociológica do componente arbóreo da Bacia Hidrográfica do rio das Pacas, bem como a similaridade florística desta fitofisionomia com outras florestas do domínio Amazônico e do Cerrado. Foram selecionados cinco pontos de amostragem ao longo da Bacia do rio das Pacas, os quais situam-se nas fazendas: São Sebastião, Trairão, Amoreiras e Dois Americanos, onde foram amostradas duas áreas em função do grau de perturbação em uma delas. Para a amostragem da vegetação foram distribuídos 200 pontos-quadrantes em cada área e 100 pontos na área com sinais de perturbação antrópica, sendo inclusos todos os indivíduos arbóreos que apresentavam diâmetro a altura de 1,30 m do solo (DAP) ≥ a 10 cm. A análise da similaridade florística foi feita por meio do índice de Jaccard e cluster analysis entre áreas de floresta dos Estados de Mato Grosso, Rondônia, Amazonas, Pará, Maranhão e Distrito Federal. A densidade total amostrada das áreas foi de 740 ind./ha, em média, com exceção da área com sinais de perturbação na Fazenda Dois Americanos (909 ind./ha). Foram registradas 94 espécies, 58 gêneros e 35 famílias, entre as quais Fabaceae destacou-se em riqueza, representada por 13 espécies, assim como Melastomataceae (8), Burseraceae e Lauraceae (7). As espécies que se destacaram em Valor de Importância foram: Ocotea leucoxylon (Sw.) Laness., que ocupou a 1º posição em VI em todas as áreas, Xylopia amazonica R.E. Fr. e Myrcia multiflora (Lam.) DC. que ocorreram em quatro áreas, embora não tenham a mesma representatividade em todos os trechos. A maioria dos indivíduos concentrou-se nas classes diamétricas mais baixas (10 a 20 cm), bem como a altura seguiu o mesmo padrão em todas as áreas, havendo maior quantidade de indivíduos com 6,7 a 16,5 m de altura. O maior valor de diversidade encontrado foi no trecho preservado da Fazenda Dois Americanos (H =3,56) e o menor foi no trecho da Fazenda Trairão (H =3,17), sendo ambos considerados baixos por se tratar de Floresta Amazônica. Apesar disso, a eqüabilidade de Pielou foi em torno de 0,85, havendo baixa concentração de abundância em espécies dominantes. A vegetação da Bacia do rio das Pacas apresentou maior similaridade com os trechos de Floresta Estacional Perenifólia de Gaúcha do Norte-MT e com as Florestas Estacionais Monodominantes de Nova Xavantina e Água Boa-MT, sugerindo que a fitofisionomia estudada apresenta flora distinta daquelas fitofisionomias do entorno. Por fim, a riqueza e a composição florística observadas são semelhantes ao longo da Bacia do rio das Pacas apesar de haver diferenças estruturais entre os trechos, sobretudo quando se considera que muitas espécies com alto valor econômico estão sendo regionalmente extintas. Neste sentido, fica evidente a necessidade de preservar as áreas de floresta nativa nesta bacia hidrográfica, bem como promover a efetivação do Sistema de Licenciamento Ambiental em Propriedades Rurais.Item Florística e estrutura da comunidade arbustivo-arbórea em florestas naturais e restauradas com Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze no estado de São Paulo, Brasil(Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-28) Ribeiro, Tiago Maciel; Ivanauskas, Natália Macedo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721433E5; Martins, Sebastião Venâncio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784895Z9; http://lattes.cnpq.br/7232105651534020; Silva, Elias; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798029H5A Floresta Ombrófila Mista vem sofrendo desde meados do século XIX uma drástica redução territorial no Brasil. Estima-se que esta fitofisionomia ocupe atualmente cerca de 1 a 4% da sua cobertura original. Além disso o conhecimento acerca da estrutura, composição e dinâmica das florestas de araucária paulistas ainda é incipiente, tornando a conservação destes ecossistemas bastante crítica. Este trabalho encontra-se estruturado em três capítulos. O primeiro deles teve como objetivos avaliar a efetividade do reflorestamento puro de Araucaria angustifolia como estratégia de restauração florestal e os efeitos do fogo na composição florística e na estrutura deste reflorestamento. Para tanto, foram selecionados dois reflorestamentos com Araucaria angustifolia, de idade e condições ambientais semelhantes, denominados Reflorestamentos I e II (RI e RII). Em RI, não há histórico de perturbação por fogo a partir do plantio inicial em 1959 (testemunha). Já RII, implantado em 1958, foi submetido à queima acidental em julho de 2001. Para amostragem do estrato superior (CAP > 15cm) foram alocadas 17 e 8 parcelas permanentes de 20x10m nos reflorestamentos RI e RII, respectivamente. Em cada uma destas parcelas foram lançadas aleatoriamente cinco sub-parcelas de 1x1m , para amostragem do estrato inferior (altura > 30 cm e CAP < 15 cm). Em RI foram amostrados 836 indivíduos arbustivo-arbóreos, distribuídos em 64 espécies, 44 gêneros e 31 famílias. Já em RII foram observados 175 indivíduos, distribuídos em 24 espécies, 20 gêneros e 16 famílias. O reflorestamento RI apresentou valores estatisticamente superiores em relação à RII, em ambos os estratos, para densidade, dominância, riqueza e diversidade. A estrutura diamétrica seguiu o padrão J-invertido, em ambas as áreas. No entanto, o fogo reduziu significativamente o número de indivíduos nas primeiras classes de diâmetro. Desta forma, o reflorestamento RII ainda expressa claramente o efeito da queima, a qual mostrou-se mais severa para o estrato regenerante. Por sua vez, o segundo capítulo teve por objetivos caracterizar a composição florística, diversidade e estrutura do componente adulto e regenerante em um trecho de floresta secundária sob Araucaria angustifolia, na Estação Ecológica de Bananal, SP, Brasil; bem como avaliar o potencial catalítico da espécie na colonização de áreas antropizadas inseridas numa matriz florestal em bom estado de conservação. Para tanto foi utilizado a mesma metodologia descrita anteriormente, porém com uma maior área amostral, composta por 43 parcelas com 5 subparcelas cada. Além disso, foi realizado o levantamento florístico pelas principais trilhas da Estação, a pé e sob veículo motorizado. Foram amostrados no componente adulto 1856 indivíduos arbustivo-arbóreos distribuídos em 129 espécies, 79 gêneros e 45 famílias botânicas. Já entre os regenerantes foram contabilizados 1024 indivíduos arbustivo- arbóreos, distribuídos em 95 espécies, 58 gêneros e 33 famílias botânicas. Considerando os levantamentos florísticos e fitossociológicos, foram registradas 200 espécies, distribuídas em 105 gêneros e 53 famílias botânicas. O Índice de Diversidade de Shannon (H´) estimado foi de 3,65 e 3,55 para os componentes adulto e regenerante, respectivamente. Estes mostraram-se semelhantes floristicamente (0,29 e 0,57 pelos Índices de Jaccard e Sorensen, respectivamente), com 64 espécies em comum. A estrutura diamétrica da comunidade segue o padrão J-invertido; o que não ocorre na população de A.angustifolia, indicando o comprometimento de sua manutenção na comunidade. Em ambas as áreas sob sucessão secundária avaliadas, a espécie demonstrou potencial para aplicação em projetos de restauração de áreas antropizadas inseridas numa matriz florestal em bom estado de conservação, ainda que em plantios puros, contrariando as exigências estabelecidas na resolução n° 08/2007 da Secretaria do Meio Ambiente do estado de São Paulo. A auto-ecologia da espécie favorece a catalização da sucessão secundária sob suas copas. Por último, no terceiro capítulo objetivou-se caracterizar a composição florística, diversidade e estrutura do componente adulto e regenerante em um trecho de Floresta Ombrófila Mista na Estação Ecológica de Itaberá, SP, Brasil; bem como avaliar o estado de conservação da população de Araucaria angustifolia e suas relações com o estágio sucessional do fragmento. A metodologia das demais áreas foi novamente utilizada, porém com 50 parcelas com 5 subparcelas cada. Foram amostrados no componente adulto 1429 indivíduos arbustivo-arbóreos, distribuídos em 135 espécies, 93 gêneros e 47 famílias botânicas; cuja área basal foi estimada em 33,97m². Já entre os regenerantes foram observados 758 indivíduos, distribuídos em 93 espécies, 66 gêneros e 39 famílias botânicas; equivalente a uma densidade total absoluta de 30.320 Ind./ha. Ao todo foram registradas pelos levantamentos florístico e fitossociológico 178 espécies, pertencentes a 106 gêneros e 52 famílias. O Índice de Diversidade de Shannon ( ´) estimado foi de 4,12 e 3,5 para os componentes adulto e regenerante, respectivamente. Estes mostraram-se muito semelhantes floristicamente (0,40 e 0,57 pelos Índices de Jaccard e Sorensen, respectivamente), com 65 espécies em comum. A análise de agrupamento evidenciou maior influência das formações florestais vizinhas na flora da Estação, isolando-a das demais Florestas Ombrófilas Mistas do sul do Brasil e da Serra da Mantiqueira. A estrutura diamétrica da comunidade segue o padrão J-invertido. A baixíssima densidade e multi-interrupção da distribuição diamétrica de A.angustifolia impossibilitou o ajuste e teste do modelo exponencial. Por meio de critérios florísticos e estruturais, constatou-se que o fragmento encontra-se atualmente em avançado estágio sucessional. A ausência de indivíduos amostrados no componente regenerante, somado aos raros exemplares nas menores classes de diâmetro e às condições limitantes do entorno, evidencia a impossibilidade desta população auto-sustentar-se em longo prazo, causando a extinção do ecótipo local, descaracterizando a vegetação da unidade como Floresta Ombrófila Mista pela perda de sua espécie definidora.Item Florística e estrutura espacial: 15 hectares de parcelas permanentes na Floresta Densa de Terra Firme na Amazônia Central(Universidade Federal de Viçosa, 2010-09-27) Silva, Kátia Emídio da; Ribeiro, Carlos Antônio Alvares Soares; http://lattes.cnpq.br/0257744922714589; Santos, Nerilson Terra; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782537A2; Martins, Sebastião Venâncio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784895Z9; http://lattes.cnpq.br/6689329484657702; Azevedo, Celso Paulo de; http://lattes.cnpq.br/5433289279965602; Gleriani, José Marinaldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791933J1Entender os mecanismos responsáveis pela manutenção da alta diversidade biológica nos trópicos, resultante das interações das espécies com o ambiente natural e entre si, é fundamental para minimizar a escassez de informações no setor florestal, e contribuir para a restauração, conservação e uso múltiplo sustentável das florestas. Esta tese objetivou descrever e analisar a composição florística e estrutura de 15 hectares de uma floresta densa de terra firme, localizada no campo experimental da Embrapa Amazônia Ocidental, Manaus, AM, Brasil. Dois principais tópicos foram desenvolvidos: i. Composição florística, e similaridade comparada a outras nove áreas inventariadas no estado do Amazonas; ii. Estrutura horizontal, incluindo análises espaciais explícitas da comunidade arbórea empregando a função K de Ripley, e, análises de vizinhança de quatro espécies arbóreas de interesse comercial no estado do Amazonas. Foram identificados 8771 indivíduos, distribuídos em 264 espécies e 53 famílias. As famílias com maior riqueza de espécies foram: Fabaceae-Faboideae (22sps.), Fabaceae-Mimosoideae (22), Sapotaceae (22) e Lecythidaceae (15). A família Burseraceae, com a menor diversidade de espécies (07), dentre as 10 primeiras famílias, é a que possui maior número de indivíduos registrados. As dez espécies mais abundantes, as quais possuem 40% do número de indivíduos indentificados foram Protium hebetatum (1037 individuals), Eschweilera coriacea (471), Licania oblongifolia (310), Pouteria minima (293), Ocotea cernua (258), Scleronema micranthum (197), Eschweilera collina (176), Licania apelata (172), Naucleopsis caloneura (170) e Psidium araca (152). Há uma grande ocorrência de espécies raras na área, com aproximadamente 36% ocorrendo com apenas um (01) indivíduo por hectare, bem como de espécies com baixa abundância e de ocorrência restrita a algumas parcelas, especialmente aquelas ocorrendo nas menores classes de IVI. A estrutura diamétrica é similar à encontrada em outros estudos, apresentando distribuição dos diâmetros na forma de J-invertido, com 80% dos indivíduos concentrados nas classes de DAP de 10-30 cm. Observou-se alta similaridade florística (> 60%) entre as parcelas da área de estudo, e de modo geral, a comparação com outras áreas no estado do Amazonas observou-se que quanto maior a distância geográfica, menor a similaridade florística entre as mesmas. As variáveis de solo (fertilidade, umidade e textura) e topografia exerceram forte influencia no arranjo espacial da comunidade de espécies arbóreas, observando-se dependência espacial entre as espécies e as variáveis ambientais. Entretanto, os padrões espaciais somente foram visualizados em parcelas com tamanho mínimo de 10.000 m2, sendo mais evidente a partir de 14.000 m2, sugerindo que a heterogeneidade ambiental e área mínima de estudo devem ser consideradas nos estudos de dinâmica das florestas de terra firme na Amazônia. Os resultados da análise das relações de vizinhança das quatro espécies arbóreas de interesse comercial no estado do Amazonas, Brosimum spp., Eschweilera coriacea, Ocotea cernua e Protium hebetatum, demonstraram grande ocorrência de vizinhos conspecíficos das espécies focais, principalmente a curtas distancias, mostrando que as espécies focais estão mais sob interações intraespecíficas, apresentando um padrão taxonômico associado às espécies focais. A estrutura espacial, mais do que a abundância das espécies focais Brosimum spp. e Ocotea cernua contribuiu para os encontros de conspecíficos nas duas espécies, evidenciando a importância da estrutura espacial nas interações ecológicas. Espécies raras ocorreram associadas às espécies focais, principalmente a Protium hebetatum, ressaltando mais uma vez a importância da definição de estratégias de manejo que evitem extinções locais de espécies raras. Esta tese contribuiu para o conhecimento sobre a composição florística e estrutura espacial das espécies arbóreas da floresta densa de terra firme na Amazônia, subsidiando, assim, as ações de manejo, conservação e restauração das florestas tropicais.Item Florística e estrutura horizontal de uma Floresta Estacional Semidecidual Montana Mata do Juquinha de Paula, Viçosa, MG(Universidade Federal de Viçosa, 2002-03-08) Silva, Nívea Roquilini Santos; Martins, Sebastião Venâncio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784895Z9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767606J6; Souza, Agostinho Lopes de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787807J6; Meira Neto, João Augusto Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728376H9; Silva, Alexandre Francisco da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783672E0; Silva, Elias; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798029H5O presente estudo teve como objetivo a caracterização da vegetação e análise da estrutura da comunidade arbórea ao longo de uma toposseqüência em um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual Montana localizado no município de Viçosa, Zona da Mata mineira (20º45 S e 42º55 W). O clima da região é tropical de altitude, com verões chuvosos e invernos frios e secos, Cwb pelo sistema de Köppen. Para o levantamento florístico e fitossociológico foram lançados cinco faixas compostas de quatro parcelas retangulares contíguas de 10 x 25 m, espaçados de 80 m, ao longo de um gradiente topográfico, partindo da toposseqüência baixada, em área ciliar, até o topo. Nas parcelas, foram amostrados todos os indivíduos arbustivo-arbóreos com circunferência do caule a 1,30 m de altura (CAP) igual ou superior a 15,0 cm. A composição florística constou de 127 espécies, pertencentes a 80 gêneros e 41 famílias. As famílias mais ricas em espécies foram: Lauraceae, com onze espécies, Euphorbiaceae, Annonaceae e Mimosaceae, com oito espécies, e Myrtaceae, com sete espécies. Considerando Leguminosae como uma única família (sistema de Engler apud Joly, 1977), esta ocuparia a primeira posição em riqueza florística. Os gêneros mais ricos foram: Casearia, Ocotea, e Inga. Na fitossociologia, foram amostrados 1.275 indivíduos arborescentes e 118 mortos em pé. As famílias mais importantes, em ordem decrescente de VI, foram: Euphorbiaceae, Annonaceae, Mimosaceae, Lauraceae e Myrtaceae. As espécies que mais se destacaram em valor de importância foram: Mabea fistulifera Mart., Xylopia sericea St. Hil., Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr., Xylopia brasiliensis Spreng. e Lacistema pubescens Mart. As árvores mortas responderam por 21% do VI, o que provavelmente resultou do isolamento do fragmento e da infestação por cipós. A análise de solos revelou fertilidade baixa, apresentando discreta melhora nas parcelas localizadas na baixada, o que se explica por ser este um ambiente de acúmulo na topografia em questão. Tanto a análise de similaridade florística quanto a análise de correspondência canônica (CCA) mostraram a formação de dois grupos, um com as parcelas mais ao topo e outro com as da baixada, enquanto as parcelas da encosta mostraram-se mais dispersas, evidenciando um ambiente de transição entre os extremos topográficos. As parcelas do topo responderam aos fatores edáficos argila e alumínio, apresentando menor diversidade florística, o que sugere seletividade de espécies na colonização dos ambientes de topo na região. Nesse ambiente, Mabea fistulifera, Xylopia sericea e Maprounea guianensis destacaram-se com valores elevados de densidade, apresentando, portanto, potencial para utilização em projetos de restauração florestal das partes mais altas do relevo na Zona da Mata mineira.Item Florística, estrutura e dispersão de sementes de três trechos de floresta estacional perenifólia ribeirinha na bacia hidrográfica do rio das Pacas, Querência-MT(Universidade Federal de Viçosa, 2008-09-18) Stefanello, Daniel; Silva, Elias; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798029H5; Ivanauskas, Natália Macedo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4721433E5; Martins, Sebastião Venâncio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784895Z9; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4757547E6; Neri, Andreza Viana; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777187T2; Gleriani, José Marinaldo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4791933J1Pouco se conhece sobre a composição florística e padrões ecológicos da Floresta Estacional Perenifólia Ribeirinha, os quais são relevantes para auxiliar programas de conservação e recuperação da cobertura vegetal. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a composição florística, fitossociológica e síndromes de dispersão do componente arbóreo da floresta ribeirinha da Bacia Hidrográfica do rio das Pacas, bem como a similaridade florística desta fitofisionomia com outras florestas do domínio Amazônico e do Cerrado. Foram selecionados três pontos de amostragem situados nas fazendas: Vale Verde, Dois Americanos, e Amoreiras. Para a amostragem da vegetação foram alocadas 42 parcelas de 25 x 10 m em três pontos (Nascente, Meio e Foz), sendo inclusos todos os indivíduos arbóreos que apresentavam diâmetro a altura de 1,30 m do solo (DAP) ≥ a 5 cm. A análise da similaridade florística foi feita por meio do índice de Jaccard e cluster analysis . A densidade total amostrada das áreas foi de 1688 ind./ha, pertencentes a 69 espécies 51 gêneros e 31 famílias. As famílias com maior número de indivíduos foram Lauraceae, Melastomataceae, Fabaceae e Burseraceae. Essas quatro famílias juntas representaram 49,8% (N=842) do total de indivíduos amostrados na comunidade, sendo que as demais famílias contribuíram com 50,2% (N=846) dos indivíduos. Ocotea caudata (Nees) Mez, Jacaranda copaia (Auubl.) D. Don, Ocotea guianensis Aubl. Sloanea eichleri K. Schum., Miconia pyrifolia Naudin, Zigia caractae (Kinth) L. Rico e Protium pilosissimum Engl foram as espécies que apresentaram o maior Valor de Importância. O índice de diversidade de Shannon (H ) obtido foi de 3,673 nats/indivíduo e equabilidade (J ) = 0,87. Ao avaliar as espécies quanto às suas respectivas síndromes de dispersão de diásporos foi observado que 86% das espécies possui síndrome de dispersão zoocórica, 10% anemocóricas, 3% barocóricas e 1% autocóricas. O predomínio de espécies com síndrome de dispersão por animais é importante na comunidade e, portanto, a eliminação de animais frugívoros no ambiente pode comprometer a reprodução e a dinâmica de várias espécies. Portanto, fica evidente a necessidade de preservar áreas de floresta nativa, bem como promover a efetivação do Sistema de Licenciamento Ambiental em Propriedades Rurais.