Arquitetura e Urbanismo

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    Impactos do ambiente de aprendizagem nas respostas psicofisiológicas e na restauração do bem-estar em estudantes de enfermagem durante a simulação clínica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-12-21) Fonseca, Talita da Conceição de Oliveira; Tibúrcio, Túlio Márcio de Salles; http://lattes.cnpq.br/8438574623311539
    Para preparar melhor o estudante de enfermagem para a realização de uma prática clínica mais segura, torna-se necessário pensar em novas formas de ensinar. A Simulação Clínica (SC) é considerada uma estratégia de ensino que tem impacto em múltiplas facetas do cuidado, cabendo aos educadores garantir que todas as partes interessadas tenham um ambiente de aprendizagem seguro. A arquitetura tem influência na vida das pessoas, podendo o ambiente planejado facilitar ou dificultar as ações que ali ocorrem, impactando na experiência do usuário. Esta pesquisa tem o objetivo de analisar os impactos das intervenções arquitetônicas em dois laboratórios, um laboratório existente e outro com intervenções arquitetônicas, sobre as respostas psicofisiológicas ao estresse e restauração do bem-estar em estudantes de enfermagem durante o desenvolvimento do cenário de uma simulação clínica. Foi realizado um estudo quase-experimental com 20 estudantes de enfermagem, com duas intervenções: o desenvolvimento do cenário no laboratório existente (L1) e o desenvolvimento do cenário no laboratório com intervenções arquitetônicas (L2). Cada estudante participou das duas simulações com um intervalo de 15 minutos entre elas. Foram avaliadas as percepções ambientais dos estudantes em relação aos laboratórios através de métodos e técnicas da psicologia ambiental. As variáveis arquitetônicas para o experimento foram selecionadas pela capacidade de promover resultados positivos à saúde, ao bem-estar e à restauração do estresse, de acordo com os fundamentos da neurociência aplicada à arquitetura e da Teoria do Design de Suporte. Resultados apontaram que na análise de percepção dos impactos do ambiente físico no estresse e na restauração, o laboratório L2 do Grupo Experimental (GE) não apresentou características estressoras quando comparado ao laboratório L1 do Grupo Comparação (GC), além de apresentar características restauradoras superiores. Quanto à qualidade do ambiente, ambos os laboratórios apresentaram qualidades percebidas pelos estudantes como restauradoras. Porém, o laboratório L2 apresentou percepção positiva superior ao laboratório L1. O laboratório L2 foi escolhido, por unanimidade, como restaurador. Em relação às variáveis clínicas, os valores de Frequência Cardíaca, cortisol salivar e ansiedade foram estatisticamente menores que os valores basais, após a participação no desenvolvimento do cenário no laboratório com intervenções arquitetônicas. Conclui-se que os ambientes destinados à prática de simulação clínica podem ser protetores ou restauradores de traumas psicológicos relacionados à SC e que as intervenções arquitetônicas incorporadas ao laboratório garantiram um ambiente de aprendizagem psicologicamente seguro. Observou-se a importância da arquitetura com a integração de aspectos subjetivos das inter-relações entre pessoas e ambientes aos aspectos objetivos mensuráveis da resposta humana nos ambientes construídos para aprimorar a qualidade das atividades simuladas. Palavras-chave: Ambientes de Aprendizagem. Psicologia Ambiental. Simulação Clínica. Ambientes Restauradores. Treinamento por Simulação.
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    Barreiras físicas e biológicas: influência da qualidade do espaço urbano no risco de quedas de idosos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-02-18) Fonseca, Talita da Conceição de Oliveira; Tibúrcio, Túlio Márcio de Salles; http://lattes.cnpq.br/8438574623311539
    As quedas em idosos são motivos de grande atenção na área da saúde. O ambiente construído, destacando aqui para os espaços urbanos, deve ser adequado às necessidades dos idosos para evitar quedas. A falta de qualidade dos espaços urbanos tem contribuído para agravar esta situação. Identificar os fatores de risco para as quedas no espaço urbano torna-se importante para se estabelecer estratégias para a sua prevenção. Esta pesquisa tem o objetivo de analisar a relação entre as barreiras físicas do espaço urbano de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e as barreiras biológicas no que se refere às quedas de idosos. Para o desenvolvimento da pesquisa, a revisão de literatura fundamentou e possibilitou o levantamento do estado da arte. Possibilitou também estabelecer as variáveis para a pesquisa e compreender as barreiras biológicas decorrentes de processo de envelhecimento. A pesquisa documental nos acervos dos órgãos responsáveis pela UBS da cidade de Viçosa – MG e entrevistas exploratórias possibilitaram caracterizá-la quanto à sua área de abrangência, serviços prestados e perfil da população cadastrada. Foram utilizados métodos da Psicologia Ambiental para coleta de dados, incluindo Walkthrough, que possibilitou caracterizar o espaço urbano quanto às barreiras físicas e Walkthrough Acompanhado em conjunto com Observação Comportamental para verificar como os idosos percebem e se comportam no espaço urbano. Entrevistas sobre a situação autorreferida de saúde foram utilizadas para identificar as barreiras biológicas e os modos de deslocamento utilizados pelos idosos. Quanto às barreiras biológicas, a pesquisa aponta que os idosos possuem diversos comprometimentos funcionais que podem afetar o uso do espaço e configurar risco de queda, tais como hipertensão arterial, problemas crônicos de coluna como dor nas costas, osteoporose e diabetes. Além destes, muitos idosos apresentam problemas que afetam a visão, dificuldades para caminhar, tem problemas de equilíbrio, entre outros. A pesquisa evidencia vários problemas relacionados com as barreiras físicas do espaço urbano nos principais acessos à UBS, sendo os principais associados à qualidade das calçadas e à ligação física entre os bairros São José e Cidade Nova, dentre os quais se destacam: condições ruins de manutenção, presença de degraus, obstáculos e desníveis e dimensão insuficiente da faixa livre de circulação. Nas vias, foram identificadas pedras soltas e buracos, bueiros desprotegidos e inexistência de rebaixamento da calçada na faixa de pedestres. A ligação física entre os bairros São José e Cidade Nova possui uma ponte improvisada, com condições ruins de manutenção. Esta pesquisa avança ao examinar os fatores de risco para quedas de idosos no ambiente extradomiciliar, uma vez que estudos vêm sendo realizados com idosos institucionalizados ou no âmbito doméstico e poucos têm focado a sua relação com o espaço urbano. Para a área de Arquitetura e Urbanismo contribui com apontamentos sobre a relação do espaço urbano com a segurança, o bem- estar e a qualidade de vida dos seus usuários, sobretudo da população com mais de 60 anos. Para a área da saúde contribui com a apresentação de aspectos relativos ao ambiente físico urbano que devem ser observados no momento da escolha do local de implantação dos serviços de saúde, uma vez que as quedas representam um importante problema de saúde pública.