Engenharia Agrícola

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    Avaliação do modelo de Green-Ampt-Mein-Larson em condições de campo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-07-24) Zonta, João Henrique; Silva, Demetrius David da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786123E5; Pruski, Fernando Falco; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727304E8; Martinez, Mauro Aparecido; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781072U1; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4734029A9; Hamakawa, Paulo José; Matos, Antonio Teixeira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783529H2; Silva, José Márcio Alves da; http://lattes.cnpq.br/8865986685041819
    Dentre as diversas equações que foram propostas para a simulação do processo de infiltração, o modelo de Green- Ampt-Mein-Larson (GAML) é um dos mais empregados em estudos hidrológicos, por se basear nos processos físicos que ocorrem no solo durante a infiltração. Entretanto alguns de seus parâmetros não condizem com a situação real do processo de infiltração da água no solo. Assim, o presente trabalho teve como objetivos determinar em condições de campo, a taxa de infiltração (Ti) e a infiltração acumulada (I) no solo, com e sem cobertura vegetal morta; simular o processo de infiltração de água no solo com o modelo de GAML, usando diferentes metodologias de obtenção de seus parâmetros; e avaliar o modelo comparando os resultados simulados com os obtidos experimentalmente. Os ensaios foram realizados em um Cambissolo Háplico Tb Distrófico Podzólico, com utilização de simulador de chuvas. Utilizou-se parcelas experimentais com dimensões de 0,7 m de largura por 1,0 m de comprimento, que direcionavam o escoamento superficial produzido para uma caixa de coleta na qual o volume escoado era obtido com uso de Thalimedes, medindo-se o volume escoado. A infiltração foi calculada a partir da diferença entre o volume de água aplicado sobre a parcela e o volume de escoamento superficial coletado. Foram realizados nove testes, utilizando as seguintes intensidades de precipitação: 243, 245, 184, 170, 170 e 105 mm h-1 (solo com cobertura) e 115, 103 e 100 mm h-1 (solo sem cobertura). Foram realizadas simulações com o modelo de GAML testando diferentes combinações de propostas de determinação dos parâmetros de entrada: θS (umidade de saturação do solo ou porosidade total) e θW (umidade de saturação de campo) como valores de umidade na zona de transmissão; K0 (condutividade hidráulica do solo saturado) e Tie (taxa de infiltração estável) como valores de condutividade hidráulica na zona de transmissão (Kw) e o potencial matricial referente à umidade inicial do solo (ψ θi)), equações de Risse et al. (1995), que calcula ψf em função da textura do solo, e de Cecílio (2005) para o cálculo do potencial matricial na frente de umedecimento (ψf). Para avaliação do modelo, foi utilizado o índice de confiança ajustado (c ), proposto por Camargo & Sentelhas (1997). De acordo com os resultados, nota-se que o valor da Tie para os ensaios em solo com cobertura foi em média 40 mm h-1 enquanto para solo sem cobertura foi de 20 mm h-1, demonstrando o provável efeito do encrostamento superficial na redução da Tie. Quanto à simulação da infiltração, o modelo GAML com seus parâmetros originais não obteve bom desempenho pelo índice c , sendo este em 55% dos casos considerado de péssimo a mal (c ≤0,5), superestimando os valores de Ti e I. As combinações que utilizaram valores de ψf calculados pela equação de Risse et al. (1995) também apresentaram desempenho pelo índice c de péssimo a mal (c ≤0,5) em todos os ensaios, subestimando durante todo o tempo os valores de Ti e I, em ambas as condições de superfície. A combinação (K0, θs e equação de Cecílio (2005)) apresentou os melhores resultados, com desempenho pelo índice c em 66% dos casos classificado como bom ou superior (c ≥0,66). A utilização do valor da Tie para representar a condutividade hidráulica do perfil do solo apresentou-se como boa alternativa, devido à maior confiabilidade em sua determinação.
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    Influência da velocidade operacional e da carga aplicada pelas rodas compactadoras sobre o estabelecimento inicial da cultura do milho em sistema de plantio direto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-20) Gonçalves, Wagner Santos; Araújo, Eduardo Fontes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787131J6; Pinto, Francisco de Assis de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784515P9; Fernandes, Haroldo Carlos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761460E6; http://lattes.cnpq.br/1691606713068387; Resende, Ricardo Capúcio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727053A4; Lacerda Filho, Adílio Flauzino de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788667H5; Borges, Pedro Hurtado de Mendoza; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795764H8
    O Brasil é um dos maiores produtores de milho do mundo, o que faz da cultura importante alvo para a pesquisa. Para obter o sucesso na implantação da cultura, deve-se promover um bom contato solo-semente, bem como cuidar para que ocorra uma boa distribuição de plântulas. O plantio direto minimiza os efeitos indesejáveis do preparo do solo e pode ser adotado como medida para favorecer a sustentabilidade dos sistemas produtivos. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da combinação entre as velocidades de deslocamento e cargas aplicadas pela roda compactadora de uma semeadora-adubadora sobre a emergência das plântulas e o desenvolvimento inicial da cultura do milho em sistema de plantio direto. Os ensaios foram conduzidos na Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, em dezembro de 2006. Utilizaram-se 12 tratamentos no delineamento de blocos inteiramente casualizados no esquema fatorial 3x4 com quatro repetições. Combinaram-se três velocidades de deslocamento da semeadora (V1= 1,11, V2= 1,67 e V3= 2,22 m s-1), com quatro cargas aplicadas pelas rodas compactadoras (C1= 119,26, C2= 131,11, C3= 257 e C4= 339 N). As diferentes cargas aplicadas foram ajustadas pela compressão de duas molas presentes em cada unidade de plantio da semeadora. As máquinas utilizadas foram um trator Massey Ferguson, modelo 265 4x2 TDA (Tração Dianteira Auxiliar) e uma semeadora-adubadora para plantio direto, Seed-Max, modelo PC 2123, em um solo Argissolo vermelho amarelo câmbico. Foi adaptada uma célula de carga entre a estrutura das rodas compactadoras e da semeadora para que fossem medidas as cargas aplicadas. Avaliaram-se a profundidade de semeadura, a porcentagem e o índice de velocidade de emergência das plântulas, a altura das plântulas, as massas das matérias verde e seca das plântulas e a uniformidade de distribuição longitudinal de sementes, pela classificação de espaçamentos falhos (quando maior que 1,5 do desejado), duplos (quando menor que 0,5 do desejado), e aceitáveis (entre 1,5 e 0,5 do desejado). Verificou-se que houve efeito das diferentes cargas aplicadas para o fator profundidade de deposição das sementes. A carga C4 ocasionou uma menor profundidade de deposição das sementes que a carga C2. Esse fato mostra o maior achatamento da camada do solo sobre a semente com a carga C4, devido à pressão feita pelas rodas compactadoras. Não houve interação entre os fatores e não foram encontradas diferenças significativas para velocidades avaliadas. Para as demais características avaliadas, não foi observado efeito dos fatores, velocidades de deslocamento e cargas aplicadas pelas rodas compactadoras, bem como interação entre eles. A emergência média de plântulas foi de 56% e ocorreu entre seis e 12 dias após semeadura. A altura média das plântulas foi de 0,16 m, as médias produzidas de massa das matérias verde e seca foram, respectivamente, de 67 e 7 g. Conclui-se que nas condições em que o trabalho foi conduzido, as cargas aplicadas pelas rodas compactadoras e as velocidades de deslocamento utilizadas para a semeadura não influenciaram a emergência e o estabelecimento inicial da cultura do milho.
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    Arrefecimento térmico de cobertura de aviários por aspersão, com vista ao uso de água de chuva, no Centro-Oeste brasileiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-08-14) Machado, Neiton Silva; Souza, Cecília de Fátima; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784862P9; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; Tinôco, Ilda de Fátima Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783628D6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4759975P9; Baêta, Fernando da Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783323D6; Albino, Luiz Fernando Teixeira; http://lattes.cnpq.br/7930540518087267; Silva, Jadir Nogueira da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783346P3
    No campo da produção animal, verifica-se um significativo progresso da indústria avícola, pois o frango de corte comercial é, hoje, um dos animais com maior eficiência de desempenho e rapidez de desenvolvimento. Um dos maiores problemas no alojamento de frangos de corte comercial são as elevadas temperaturas ambientais encontradas no interior das instalações, decorrentes das características arquitetônicas e dos materiais utilizados na construção das instalações, que associadas com as características físicas e fisiológicas das aves, limitam a máxima produtividade proporcionada pela genética dos animais. A utilização da água da chuva que seria desperdiçada, por meio do armazenamento e aspersão da mesma sobre a cobertura é uma alternativa interessante para o desenvolvimento sustentável do setor avícola, uma vez que promove o arrefecimento térmico das instalações, podendo contribuir para alcançar melhores resultados no desempenho produtivo dos animais. Tendo em vista o exposto objetivou-se com este trabalho avaliar um sistema convencional de aspersão sobre a cobertura e projetar um sistema sustentável de arrefecimento térmico de ambiente por meio da aplicação de água sobre a cobertura de aço zincado, em instalações comerciais para frangos de corte, na região centro-oeste do Brasil. Na avaliação consideraram-se as seguintes variáveis: índices de conforto térmico, carga térmica radiante (CTR), temperatura da superfície da telha, temperatura da superfície da cama, tempo de funcionamento e consumo de energia pelos sistemas de arrefecimento térmico dos aviários com e sem aspersão sobre a cobertura, consumo de água pelo sistema de aspersão e índices de desempenho zootécnico. A pesquisa foi realizada em seis aviários de produção industrial de frangos de corte do Sistema de Integração da Perdigão Agroindustrial S/A, na Região de Rio Verde, Goiás, durante a fase final de criação (21 aos 42 dias de idade), no período de janeiro de 2007. Os seis aviários eram equipados com idêntico sistema de ventilação negativa e nebulização interna, sendo que em três destes foi instalado um sistema de resfriamento adicional com aspersão de água sobre a cobertura. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado (DIC) com dois tratamentos e três repetições. A análise estatística dos dados de desempenho zootécnico das aves foi realizada no software SAS® (STATISTICAL ANALYSIS SYSTEM). O ambiente térmico foi avaliado com base nos dias característicos de menor e de maior temperatura máxima do ar externo na fase inicial (21 aos 31 dias de vida das aves) e na fase final (32 aos 42 dias de vida das aves) de utilização da aspersão sobre a cobertura. Para escolher os dias característicos foram realizadas análises diárias de todos os dados climáticos do ambiente externo e interno das instalações. O tempo de acionamento do sistema de aspersão, bem como do sistema de ventilação e nebulização interno aos aviários, se deu com base nos dados de temperatura interna dos aviários para cada tratamento. O potencial de uso da aspersão sobre a cobertura utilizando água pluvial foi considerado de acordo com as normais climatológicas do Ministério da Agricultura e Reforma Agrária disponível no Instituto Nacional de Meteorologia (1961 a 1991). A aspersão de água sobre a cobertura proporcionou os seguintes resultados: a) Redução de até 27 oC na temperatura da superfície da telha; b) Redução da temperatura a 0,25 m abaixo do telhado em até 10 oC para ambos os dias característicos de menor e de maior temperatura máxima do ar externo; c) Redução na temperatura ao nível das aves em até 3 oC no dia característico de maior temperatura máxima do ar externo na fase inicial de utilização da aspersão sobre a cobertura; d) Aumento de até 6 % na umidade relativa ao nível das aves no dia característico de menor temperatura máxima do ar externo na fase final de utilização da aspersão sobre a cobertura; e) Manutenção da faixa de ITGU entre 77 e 86, respectivamente para os dias característicos de menor e de maior temperatura máxima do ar externo, tanto na fase inicial como final de utilização da aspersão sobre a cobertura; f) Manutenção da CTR inferior a 500 W.m-2 para ambos os dias característicos, tanto na fase inicial como final de utilização da aspersão sobre a cobertura; g) Redução no tempo de funcionamento do segundo grupo de exaustor de 4,8 %, no terceiro grupo de 7,5 % e na bomba de nebulização de 9,6 %; h) Consumo de água de aproximadamente de 5.865 L.h-1. i) Redução na mortalidade de 2,03 %; j) Melhora na conversão alimentar de 6,09%; k) Aumento no ganho de massa corporal média ao abate de 0,109 kg.animal-1; l) Aumento de 48,3 no Índice de Eficiência Produtiva; m) Na temperatura da superfície da cama não houve diferença significativa entre os tratamentos.
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    Desempenho de microaspersores operando com águas residuárias de avicultura e de bovinocultura
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-02-11) Souza, José Antonio Rodrigues de; Denículi, Wilson; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783037Y5; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4732506Z6; Matos, Antonio Teixeira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783529H2; Cecon, Paulo Roberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788114T5; Mantovani, Everardo Chartuni; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783628Z4; Drumond, Luis César Dias; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787240Z7
    Este trabalho foi desenvolvido com o propósito de caracterizar hidraulicamente o microaspersor Fixo da marca Carborundum, quando em operação com água limpa, água residuária de avicultura (ARA) e água residuária de bovinocultura (ARB), bem como avaliar a susceptibilidade desse microaspersor ao entupimento quando em operação com ARA e ARB, além de se determinar a máxima concentração de sólidos totais na água residuária com a qual o microaspersor apresente o mesmo desempenho hidráulico quando em operação com água limpa. Os resultados possibilitaram concluir que: (a) o microaspersor, nos cinco diâmetros de bocais avaliados, apresenta excelente qualidade sob o ponto de vista de controle de qualidade no processo de fabricação, apresentando CVf menor ou igual a 0,05; (b) a tela de 80 mesh de malha mostrou-se mais adequada à filtragem da ARA e ARB para sua posterior disposição final no solo via de sistemas de irrigação por microaspersão, tomando-se por base apenas o entupimento ocasionado por agentes físicos; (c) a ARA com concentração de 1,5437 dag L-1 (1,5437 %) de sólidos totais causou o entupimento dos bocais de diâmetros 0,90 e 1,00 mm, e a ARB com concentração de 1,8629 dag L-1 (1,8629 %) de sólidos totais causou o entupimento do microaspersor operando com os bocais de diâmetros 0,90; 1,00; 1,20 e 1,40 mm; (d) as curvas características vazão-pressão para os bocais de diâmetro 0,90; 1,00 e 1,80 mm, tanto para ARA como para ARB, não diferiram estatisticamente em relação à curva da água limpa e nem em relação às curvas das suas respectivas concentrações de sólidos totais avaliadas; (e) para o microaspersor operando com o bocal de 1,20 mm de diâmetro, as curvas vazão-pressão para as concentrações 0,3211 e 0,3248 dag L-1 de sólidos totais na ARA, não diferiram estatisticamente entre si e nem em relação à curva da água limpa, enquanto na ARB, as cinco concentrações de sólidos totais avaliadas não diferiram entre si, todavia, diferiram em relação à curva da água limpa; (f) para o microaspersor operando com o bocal de 1,40 mm de diâmetro, as curvas vazão-pressão, para as quatro concentrações de sólidos totais na ARA, diferiram estatisticamente em relação à curva da água limpa, enquanto na ARB, as concentrações de 0,6834; 1,4576 e 1,4829 dag L-1 não diferiram entre si e nem em relação à curva da água limpa.
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    Mudanças no uso do solo e comportamento hidrológico nas bacias do rio Preto e ribeirão Entre Ribeiros
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-02-28) Latuf, Marcelo de Oliveira; Silva, Demetrius David da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786123E5; Martinez, Mauro Aparecido; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781072U1; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4739580Y4; Ramos, Márcio Mota; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783666U8; Cecon, Paulo Roberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788114T5; Silva, José Márcio Alves da; http://lattes.cnpq.br/8865986685041819
    Discutir e propor soluções para os problemas relativos às bacias hidrográficas, visando à sustentabilidade do uso da água, nos meios urbano e rural, e suas relações com o desenvolvimento sustentável são objetivos que o planejamento e gestão dos recursos hídricos deverão assegurar às futuras gerações. As relações entre o uso do solo e recursos hídricos, entretanto, têm sido marcadas pelo insucesso, com prejuízos significativos para o ambiente, o que tem se transformado em perdas para toda coletividade. Assim, modificações no regime de vazões de uma bacia hidrográfica podem ser causadas por mudanças do uso do solo, pela variabilidade climática, pela construção de barragens ou pelo aumento da irrigação. A troca de uma cobertura por outra altera os componentes do ciclo hidrológico na bacia hidrográfica modificando necessariamente o regime de vazões. Neste contexto inserem-se as bacias hidrográficas do rio Preto e ribeirão Entre Ribeiros, afluentes do rio Paracatu, que drenam uma área de aproximadamente 14.149km2. Tendo em vista o complexo quadro de conflitos pelo uso da água existente nestas bacias, o presente trabalho teve como objetivos: realizar o monitoramento do uso do solo no período de 1985 a 2000; associar o comportamento hidrológico das vazões máximas, mínimas e médias observado nas bacias com as variações ocorridas no uso do solo das mesmas; e obter, por meio de ajuste de regressão linear múltipla, equações para estimativa das vazões máxima, mínima e média para as estações fluviométricas localizadas nestas bacias. Este estudo contou com a análise da série temporal de oito estações fluviométricas e onze estações pluviométricas, no período de 1985 a 2000, a fim de se obter a vazão máxima, média e mínimas (Q7, Q90 e Q95) para cada ano do período selecionado, assim como, a precipitação média para cada área de drenagem de estações fluviométricas. Para o monitoramento do uso do solo nas bacias foram utilizadas 27 imagens do sensor Landsat TM 5, das órbitas/ponto 221/71, 220/71 e 220/72, tendo sido tratadas através do software SPRING 4.2. Os dados foram analisados qualitativamente e quantitativamente. A análise qualitativa procurou avaliar, através de linhas de tendências, o comportamento da vazão, do uso do solo e da precipitação ao longo do período escolhido e a associação entre estas variáveis. Além da própria tendência observada foi obtida a significância das mesmas ao longo do tempo. Subsidiando esta análise foram elaborados diagramas de relações causais que auxiliam na associação entre os comportamentos das variáveis. A análise quantitativa dos dados foi realizada usando o procedimento estatístico de regressão linear múltipla, adotando como variável dependente as vazões e variáveis independentes a precipitação e as classes de uso. Foram ajustadas equações de regressão observando os seguintes parâmetros: coeficiente de determinação (R2) acima de 0,70, significância da equação, hipóteses dos coeficientes, assim como, os sinais dos coeficientes. Os resultados demonstraram que, na maioria dos casos, as áreas de cerrado diminuiram significativamente no período avaliado em virtude do aumento das áreas de cultivo, com uma significância média de 97,15%, sendo que o crescimento das áreas de mata ocorreu sobre áreas de pasto, significativamente a 90,76%. A análise qualitativa da associação entre vazão e variações do uso do solo para a vazão máxima, a precipitação do mês mais chuvoso (Pmc), assim como os usos do solo mata e pasto são mais explicativos. Para as vazões mínimas (Q7, Q90 e Q95), as variáveis que associaram-se às mesmas foram a precipitação média anual (Pa), assim como os usos do solo cerrado e cultivo. Já para a vazão média as variáveis foram a precipitação média anual (Pa) e o uso do solo mata. Quanto à análise quantitativa dos dados, foi observada que para as vazões máximas obtiveram-se ajustes satisfatórios para quatro estações fluviométricas, seis para as vazões mínimas e três para vazões médias das oito estações em análise. Entretanto, não chegou-se a resultados de ajustes satisfatórios para as vazões específicas máximas, média e mínimas. As variáveis que apresentaram maiores significâncias foram precipitação do mês mais chuvoso (Pmc), mata e cultivo para as vazões máximas; precipitação do mês mais seco (Pms), cerrado, cultivo e mata para as vazões mínimas; e precipitação média anual (Pa), mata e cultivo para as vazões médias.
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    Avaliação de sistema para monitoramento de gás amônia em galpões avícolas com ventilação negativa
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-05-14) Amaral, Maíra Freire Pecegueiro do; Gates, Richard Stephen; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4125304Y6; Tinôco, Ilda de Fátima Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783628D6; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4759528J9; Silva, Jadir Nogueira da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783346P3; Zolnier, Sérgio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795613U7; Baêta, Fernando da Costa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783323D6
    O crescimento industrial e as atividades econômicas mundiais em geral contribuem para o aumento da produção de gases e poluentes que prejudicam a qualidade do ar. Na criação intensiva de frangos de corte, o principal gás produzido é a amônia e a alta concentração deste gás pode causar diversos danos à saúde dos animais e trabalhadores, bem como prejuízos ao sistema produtivo. O monitoramento da concentração de amônia no ambiente é extremamente importante para o bem-estar animal, sendo que a quantificação da emissão deste gás é importante para o estudo da poluição ambiental causada pela atividade de produção animal, contribuindo para inventários e banco de dados, importantes na adoção de medidas mitigadoras de impactos ambientais. Entretanto, instrumentos para monitoramento contínuo de gases possuem alto custo, não são portáteis e necessitam de instrumentação de apoio, o que dificulta sua utilização em condições de campo. Por conseguinte, torna-se necessário o desenvolvimento de instrumentação simplificada e acessível, que possibilite o monitoramento de gases em criações comerciais de animais. Diante do exposto, tem-se como objetivo nesta pesquisa montar e avaliar a eficiência de um equipamento de baixo custo, destinado ao monitoramento contínuo de amônia em ambientes de produção de animais acondicionados com sistema de ventilação negativa em modo túnel. O equipamento avaliado, denominado UPM (Unidade Portátil de Monitoramento), foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Kentucky, Iowa State University e Pensylvania State University, nos Estados Unidos. A pesquisa foi realizada em dois aviários comerciais similares, no município de Madisonville, estado de Kentucky, nos Estados Unidos. As coletas de amostras de ar foram realizadas em três locais de cada galpão, denominados 1, 2 e 3, referentes respectivamente ao local entre dois dos quatro exaustores destinados à ventilação mínima (relacionado com a fase de pinteiro), entre outros dois exaustores de ventilação mínima (relacionado à fase de crescimento inicial) e entre os ventiladores destinados à ventilação térmica em modo túnel (relacionado com a fase de crescimento final). Os valores de concentração e emissão de amônia obtidos pelo equipamento avaliado foram comparados aos valores obtidos pelo equipamento considerado como referência nesse estudo, de confiabilidade conhecida, denominado UMMEA (Unidade Móvel de Monitoramento de Emissões no Ar). Foram avaliadas quatro diferentes metodologias de cálculo de concentração de amônia, com base nos valores obtidos instantaneamente pela UPM, considerando-se que estes interferem diretamente nos valores de emissão média de amônia. As metodologias estudadas para cálculo da concentração média de amônia foram denominadas AT, A2, A4 e AMX, nas quais foram considerados, respectivamente: os valores referentes aos seis minutos do período de amostragem; aos dois últimos minutos, excluindo-se o último valor; aos quatro minutos intermediários; ao valor máximo. Para comparação entre os equipamentos quanto ao monitoramento de emissão de amônia, os valores de concentração de amônia obtidos com as metodologias apresentadas foram multiplicados pela taxa de ventilação do local e denominados BT, B2, B4 e BMX. Nas condições de realização deste experimento e com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que todas as metodologias estudadas para cálculo da concentração e emissão médias de amônia da UPM apresentaram valores estatisticamente similares aos apresentados pelo equipamento de referência UMMEA. As metodologias que mais se aproximaram dos resultados da UMMEA foram AT e BT, para valores de concentração e emissão de amônia respectivamente. Os níveis de concentração de amônia foram maiores na fase de pinteiro e os níveis de emissão de amônia foram maiores na fase de crescimento final da vida das aves. Não houve influência destes níveis de gases na acurácia da UPM, indicando que este equipamento pode ser usado com confiabilidade em todas as fases de criação. Sendo assim, o instrumento avaliado UPM mostrou-se uma alternativa eficiente no monitoramento contínuo de concentração e emissão de amônia. Entretanto, os valores encontrados com a utilização da UPM devem ser ajustados de acordo com as equações apresentadas neste trabalho.
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    Resposta espectral do capim-tanzânia à adubação nitrogenada e densidades de plantio
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-20) Abrahão, Selma Alves; Queiroz, Daniel Marçal de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783625P5; Pinto, Francisco de Assis de Carvalho; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784515P9; http://lattes.cnpq.br/1143321215321225; Fonseca, Dilermando Miranda da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780539D6; Resende, Ricardo Capúcio de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727053A4; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4703656Z4
    O uso de aplicação à taxa variável de nitrogênio é mais eficiente, evitando as perdas, especialmente por lixiviação. Tendo em vista que seja possível discriminar as doses de nitrogênio a partir da resposta espectral do dossel das forrageiras, torna-se necessário o conhecimento do efeito dessa variável sobre a resposta espectral da cultura. Com a presente pesquisa objetivou-se avaliar o efeito de quatro doses de nitrogênio (0, 80, 160 e 320 kg ha-1) e três densidades de plantio (9, 25 e 49 plantas m-2) na resposta espectral do dossel do Panicum maximum cv. Tanzânia, nas correlações entre índices de vegetação (NDVI, VARIRedEdge, VARIGreen, WDRVI(0,05), WDRVI(0,1) e WDRVI(0,2)) e medições de clorofila (valores SPAD) e massa seca (MS). O experimento foi conduzido com os tratamentos arranjados num fatorial quatro doses de N e três densidades de plantio, segundo o delineamento em blocos casualizados, no Setor de Forragicultura do Departamento de Zootecnia da UFV, em Viçosa-MG, no período de novembro de 2006 a janeiro de 2007. Foram realizadas quatro avaliações em campo, com dois espectrorradiômetros SD2000, utilizados para obterem dados espectrais nos comprimentos de onda compreendidos entre 400 e 900 nm, com a resolução espectral de 0,34 nm. Com os fatores de reflectância bidirecional determinados, simularam-se às bandas azul (460 a 480 nm), verde (545 a 565 nm), vermelho (620 a 670 nm), transição do vermelho ao infravermelho próximo (700 a 710 nm) e infravermelho próximo (840 a 880 nm) dos satélites MODIS e MERIS e, a partir destas, foram calculados os seis índices de vegetação. De acordo com os resultados obtidos, concluiu-se que, a resposta espectral do dossel do capim-tanzânia ao longo das avaliações, tenderam em geral apresentar comportamento característico de vegetação verde. Na região do visível do espectro, houve uma tendência geral da reflectância do dossel da capim-tanzânia diminuir com o aumento das doses de nitrogênio. Enquanto na região do infravermelho próximo, a resposta espectral foi oposta a da região do visível do espectro. A densidade de plantio, um ano após o seu estabelecimento, nas duas regiões espectrais (visível e infravermelho), não influenciou a reflectância, como também não influenciou as variáveis teor de N foliar, índices de vegetação e massa de forragem seca. Para 30 dias após o primeiro corte e 20 dias após a adubação, o WDRVI(0,05) foi o melhor índice para discriminar doses de nitrogênio. Para 15 dias após o segundo corte e 13 dias após a primeira parcela da adubação, o VARIRedEdge foi o melhor índice para discriminar doses de nitrogênio. Para 26 dias após o segundo corte e 11 dias após a segunda parcela da adubação, os índices VARIRedEdge e WDRVI(0,05) foram os melhores para discriminar doses de nitrogênio. Os resultados indicaram que não houve tendência de um mesmo índice sobressair para discriminar as doses de N aplicadas em relação aos outros para as datas estudadas. Para as todas datas de avaliação, o índice que tem maior correlação com os valores de SPAD e MS foi o VARIRedEdge.
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    Modelagem da qualidade da água e da capacidade de autodepuração do Rio Pomba.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-07-21) Guedes, Hugo Alexandre Soares; Matos, Antonio Teixeira de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783529H2; Silva, Demetrius David da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4786123E5; http://lattes.cnpq.br/5120976859905217; Mendonça, Antônio Sérgio Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783891Z6; Borges, Alisson Carraro; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706302U9; Ramos, Márcio Mota; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783666U8
    A gestão da qualidade da água no Brasil não tem merecido o mesmo destaque dado à gestão da quantidade da água, quer no aspecto legal, quer nos arranjos institucionais em funcionamento no setor ou no planejamento e na operacionalização dos sistemas de gestão. Dessa forma, o principal foco da pesquisa foi contribuir, no âmbito da gestão de recursos hídricos e ambientais, para o conhecimento, em termos matemáticos e experimentais, da qualidade da água e da capacidade de autodepuração do Rio Pomba, utilizando modelos matemáticos como subsídio para a tomada de decisão nos processos de planejamento e gestão dos recursos hídricos. Foram utilizados no trabalho os modelos matemáticos de Streeter-Phelps modificado, QUAL-UFMG e QUAL2Kw para avaliar a qualidade da água e a capacidade de autodepuração, em termos espaciais e temporais, do curso médio do Rio Pomba. A análise espacial compreendeu o estudo da qualidade da água ao longo de nove seções de monitoramento, entre os municípios de Astolfo Dutra e Cataguases, perfazendo um trecho total de 42,8 km, e a análise temporal contemplou os estudos nos períodos seco e chuvoso, entre os meses de outubro de 2008 a janeiro de 2009. Para melhor representar as condições qualitativas dos ecossistemas aquáticos, os mesmos foram calibrados e validados utilizando, respectivamente, 16 e 6 parâmetros de qualidade da água. O estudo da capacidade de autodepuração do Rio Pomba deu-se em função dos resultados gerados pelos modelos de qualidade, principalmente em termos de Oxigênio Dissolvido (OD), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e dos coeficientes de desoxigenação (K1) e reaeração (K2). Os resultados encontrados indicaram que uma das principais fontes de degradação da qualidade das águas do curso médio do Rio Pomba é o lançamento de efluentes domésticos nos dois períodos hidrológicos estudados, devido às grandes concentrações de matéria orgânica encontradas. Durante o período seco, o constituinte de qualidade da água melhor associado à condição de degradação das águas do Rio Pomba foi a DBO, apresentando concentrações da ordem de 5 mg L-1, sendo as maiores concentrações encontradas na cidade de Cataguases, com 13 mg L-1. Nesse município, a concentração de DBO ficou acima do limite estabelecido na Resolução CONAMA 357/2005, estando o curso d’água na condição classe 4. A concentração média de oxigênio dissolvido encontrada no período seco do ano foi de 5,6 mg L-1. Durante o período chuvoso verificou-se melhora na qualidade da água, em termos de OD (6 mg L-1), mas o excesso de matéria orgânica (7,3 mg L-1) e o aumento das concentrações de outros parâmetros de qualidade da água, como sedimentos, fósforo, nitrogênio e coliformes, fez decrescer os níveis satisfatórios de qualidade, impossibilitando o uso dessas águas para algumas finalidades. A situação qualitativa dos recursos hídricos, nesse período, só não se encontra pior devido à vazão expressiva no Rio Pomba, uma vez que ocorre um processo de diluição da matéria orgânica e dos demais constituintes de qualidade da água. Segundo a Resolução CONAMA 357/2005, todo o trecho estudado está na condição classe 3. No trecho localizado entre os municípios de Astolfo Dutra e Dona Euzébia encontrou-se, nas duas condições hidrológicas, a menor capacidade de autodepuração de efluentes, sendo necessário tomar medidas preventivas no controle dos lançamentos in natura de esgotos domésticos diretamente no curso d’água. O modelo matemático que melhor se ajustou aos dados de qualidade de água no Rio Pomba foi o QUAL-UFMG, considerando os períodos seco e chuvoso. Verificou-se que a utilização de modelos matemáticos na avaliação da qualidade da água e nos estudos de autodepuração em rios pode constituir importante ferramenta no subsídio para a tomada de decisão nos processos de planejamento, monitoramento e gestão dos recursos hídricos.
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    Avaliação do potencial hidráulico em bacias hidrográficas por meio de Sistemas de Informações Geográficas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-02-26) Faria Filho, Reynaldo Furtado; Oliveira Filho, Delly; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783321Z9; Ferreira, Paulo Afonso; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783301T5; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4779279Z3; Ribeiro, Carlos Antônio Alvares Soares; http://lattes.cnpq.br/0257744922714589; Hamakawa, Paulo José; Ramos, Márcio Mota; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783666U8
    Os recursos hidrelétricos no País, tanto em termos da capacidade já instalada quanto de seu potencial ainda não explorado, representam um ativo de grande importância estratégica e econômica. Na geração de energia elétrica descentralizada, destacam-se as minicentrais hidrelétricas (MCHs) dentro de um contexto de preservação e gestão ambiental. Uma das ferramentas de uso crescente em estudos de viabilidade de implantação de MCHs e de reservatórios é o Sistema de Informações Geográficas (SIG). No presente trabalho, utilizou-se o ArcGis versão 9.0 para desenvolver uma metodologia visando à identificação de seções do curso de água de uma sub-bacia hidrográfica, com potencial para geração de energia hidrelétrica e construção de reservatórios, bem como para simular um reservatório capaz de atender à demanda de abastecimento de água na cidade de Viçosa, em 2030. O estudo foi desenvolvido na sub-bacia do rio Turvo Sujo, localizado nas cabeceiras do rio Doce. Para obtenção do modelo digital de elevação hidrograficamente consistente (MDEHC), utilizou-se: dados de altimetria (curvas de nível eqüidistantes de 20 m) e hidrografia na escala 1:50.000, obtidos de cartas topográficas no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pontos cotados obtidos por levantamento topográfico ao longo do trecho encachoeirado da sub-bacia do Rio Turvo Sujo, incorporados às curvas de nível do IBGE; e dados digitais de altimetria (modelo digital de elevação - MDE) SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) com resolução de 90 m, importados do site da NASA via ftp. Utilizou-se, ainda, hidrografia na escala de 1:250.000, digitalizada a partir da folha topográfica do IBGE. Geraram-se MDEs com resoluções espaciais de 5 e 10 m, totalizando oito simulações entre os dados de entrada e as resoluções espaciais. Para as simulações em que utilizaram dados de entrada, constituídos de pontos cotados ao longo do levantamento topográfico e curvas do IBGE no restante da sub-bacia, hidrografia na escala de 1:50.000, para as duas resoluções espaciais (PTCM5 - 5 m e PTCM10 - 10 m), os resultados foram satisfatórios. O modelo não foi suficientemente sensível para determinar quedas de água com valores entre 2 a 8 m utilizando-se curvas de nível do IBGE, de 20 m como dados de entrada ou usando dados (MDEs) da NASA com célula de 90 m. A queda de água levantada em campo apresentou valor aproximado de 8,80 m, sendo que a simulação que mais se aproximou deste valor foi a PTCM5, apresentando praticamente o mesmo resultado, possibilitando gerar potência de 94,75 kW. No que se refere à determinação da capacidade de regularização máxima, por meio da metodologia usada, identificaramse nove seções com estreitamento menor que 100 m, ao longo do curso de água principal. No estudo de caso para simulação de um reservatório que atenda a demanda de abastecimento de água para a cidade de Viçosa, em 2030, fêz-se uma visita a campo nas seções 5, 6, 7 e 8, quando confirmaram-se os resultados encontrados com a utilização SIG. Além de estar mais bem localizada, a seção 8, poderá apresentar melhor custo/benefício por possuir maior bacia de acumulação de água.
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    Desenvolvimento de um sistema de apoio à decisão com acesso pela internet para determinação de custos em unidades armazenadoras
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-02-28) Valente, Domingos Sárvio Magalhães; Queiroz, Daniel Marçal de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783625P5; Correa, Paulo César; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783530Z6; http://lattes.cnpq.br/8080945803303151; Braga, José Luis; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787263E8; Martins, José Helvécio; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787754Z3; Leite, Carlos Antonio Moreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783899A4
    O funcionamento de unidades armazenadoras de grãos envolve operações unitárias, tais como recepção, limpeza, secagem, armazenagem e expedição. Para a execução dessas operações, utilizam-se edificações, maquinários, mão-de-obra, energia e insumos. Vários trabalhos de análise de custos em unidades armazenadoras de produtos agrícolas têm sido conduzidos, mas poucos abordam análises dos efeitos dos fatores associados a cada uma das etapas do pré-processamento e armazenagem. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um sistema de apoio à decisão com acesso pela internet para determinação de custos e tarifas em unidades armazenadoras de produtos agrícolas. Os custos foram determinados considerando as especificações de cada uma das operações unitárias no que se refere à depreciação, reparo e manutenção, seguros, impostos e alojamento, energia, insumos, mão-de-obra permanente e temporária. Os custos de recepção e expedição foram calculados por tonelada de produto recebido pela unidade armazenadora, considerando o índice de rotatividade e sua capacidade estática. Os custos para as operações de limpeza e secagem foram calculados, considerando o tipo, teor de umidade e impureza do produto. Para isso, foram utilizados coeficientes técnicos para estimativa da capacidade efetiva de processamento. Os custos na operação de armazenagem foram calculados por tonelada de produto armazenado para um período de 15 dias, considerando o índice de ocupação, capacidade estática da unidade armazenadora e massa específica do produto. As unidades da CONAB, localizadas em Uberaba-MG e Ponta Grossa-PR, foram implementadas no sistema para geração de resultados conforme suas características específicas. Ao empregar o sistema de apoio à decisão, constatou-se que os custos de recepção e expedição se reduzem exponencialmente com o aumento do índice de rotatividade da unidade armazenadora: crescendo o custo de recepção com maior intensidade que o custo de expedição. Para os custos de limpeza e secagem, os comportamentos dos custos foram aproximadamente lineares e crescentes com o aumento do teor de umidade inicial do produto. O custo de secagem para a unidade de Ponta Grossa apresentou um aumento nas intensidades de crescimento do custo com a redução do teor de umidade final de secagem. A unidade de Uberaba apresentou, aproximadamente, as mesmas intensidades de crescimento do custo de secagem com a redução do teor de umidade final. O custo de armazenagem apresentou um comportamento exponencial crescente com a redução do índice de ocupação da unidade armazenadora. Com os resultados obtidos, pode-se concluir que a consideração do tipo de produto, teor de umidade e impureza do produto, índice de ocupação e rotação da unidade armazenadora, bem como os demais detalhes operacionais de funcionamento de uma unidade armazenadora de produtos agrícolas são importantes na composição final dos custos de recepção, limpeza, secagem, armazenagem e expedição.