Engenharia Agrícola

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    Avaliação do SISDA (Sistema de Suporte à Decisão Agrícola) para manejo de irrigação na região de Araçuaí-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 1999-08-13) Borges, Henrique Queiroz; Soares, Antonio Alves
    No período de maio a agosto de 1998, utilizou-se o SISDA (Sistema de Suporte à Decisão Agrícola) para fazer o manejo de irrigação em duas culturas: abacaxi irrigado por aspersão fixa e banana irrigada por microaspersão. O modelo é baseado no balanço de água no solo. Dado as características do sistema de irrigação e as condições iniciais de umidade do solo, o modelo simula a evapotranspiração da cultura, a precipitação efetiva e a umidade atual do solo, determinando a hora de irrigar e quanto de água aplicar, usando dados climáticos. A evapotranspiração de referência foi estimada utilizando-se o método de Penman-Montieth, FAO 1991. Inicialmente avaliaram-se os sistemas de irrigação, determinando-se os parâmetros físico-hídricos do solo e os parâmetros de desempenho correspondentes a uniformidade de aplicação de água e eficiências de irrigação e de bombeamento. No cálculo da evapotranspiração utilizou-se o método Penman-Monteith FAO 1991. Os valores de evaporação do Tanque Classe A foram medidos para determinação do coeficiente de tanque para a região. A umidade do solo foi determinada semanalmente, utilizando o método- padrão de estufa, e os resultados foram comparados com os valores obtidos da simulação com o SISDA. Analisou-se o desempenho do SISDA, considerando o manejo durante todo o experimento sem corrigir os valores de umidade simulada e corrigindo-os a cada duas semanas e a cada quatro semanas. Nas avaliações, as irrigações foram realizadas no momento certo nas duas áreas; entretanto, as lâminas aplicadas foram insuficientes para elevar o teor de umidade à capacidade de campo, nos dois sistemas. Os valores dos coeficientes de uniformidade de Christiansen encontrados foram inferiores a 75% para a aspersão convencional e superiores a 90% para a microaspersão, e os coeficientes de uniformidade de distribuição foram inferiores a 65% para a aspersão convencional e superiores a 88% para a microaspersão. A perda por percolação profunda foi pequena nas duas áreas avaliadas, uma vez que as lâminas aplicadas foram menores que a necessária. As eficiências potenciais de aplicação foram de 81 e 98%, e as perdas por evaporação e arrastamento pelo vento foram de 18,9 e 1,6% para a aspersão convencional e a microaspersão, respectivamente. As eficiências de condução foram de 100%, nos dois sistemas, em virtude da não-constatação de nenhum vazamento. O cálculo da eficiência, baseado na metodologia proposta por KELLER e BLIESNER (1990), superestimou os valores da eficiência potencial de aplicação e subestimou a perda por evaporação e arrastamento pelo vento. A eficiência de aplicação foi de 76,8% para a aspersão convencional e 90,7% para a microaspersão. A eficiência da bomba do sistema de aspersão convencional foi de 47,8%, e a do sistema de microaspersão, de 42,7%. Os valores de ETo para o ano de 1998 foram maiores que os referentes à série histórica. O valor de kt foi de 0,69 para o Tanque Classe A instalado em superfície com bordadura de solo nu, velocidade do vento fraca e umidade relativa média alta. Os valores de umidade do solo simulados pelo SISDA foram iguais ou inferiores aos valores observados na área irrigada por aspersão convencional, enquanto na irrigada por microaspersão eles foram iguais ou superiores. O SISDA superestimou a evapotranspiração da cultura do abacaxi e subestimou a da banana. Pode-se utilizar o SISDA com segurança para manejo de irrigação na região de Araçuaí- MG.