Engenharia Agrícola

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    Efeitos das condições de armazenagem sobre a qualidade da soja (Glycine max (L.) Merrill) e do óleo bruto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006-07-28) Alencar, Ernandes Rodrigues de; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://lattes.cnpq.br/0646231743976574; Silva, Luís César da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793547H0; Martins, Márcio Arêdes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798288T8; Donzeles, Sergio Mauricio Lopes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787758D8; Lacerda Filho, Adílio Flauzino de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788667H5
    A estimativa para a safra de grãos 2005/06 no Brasil é de cerca de 120 milhões de toneladas. Desse total, o Brasil deve produzir 53 milhões de toneladas de grãos de soja, ou seja, 44% da produção nacional. Entretanto, a produção agrícola brasileira precisa ir ao encontro das exigências internacionais para alcançar o mercado externo, e para isso a manutenção da qualidade dos grãos é essencial. Os grãos de soja apresentam cerca de 20% de teor lipídico e são susceptíveis ao processo de deterioração qualitativa, quando armazenados de forma inadequada, podendo acarretar sérios problemas, como danos à qualidade do óleo bruto, refinado, branqueado e desodorizado. Objetivou-se com este trabalho avaliar as principais alterações qualitativas dos grãos de soja durante o armazenamento e a influência dessas alterações na qualidade do óleo bruto extraído. Utilizaram-se grãos de soja colhidos com teor de água em torno de 18% b.u., que foram secos em secador de camada fixa com ar natural, até teores de água de 11,2, 12,8 e 14,8% b.u. Após a secagem, os grãos foram acondicionados em recipientes de plástico de aproximadamente 3,0 L e armazenados em câmaras do tipo B.O.D., nas temperaturas de 20, 30 e 40 ºC. Para garantir o mesmo teor de água dos grãos de soja durante o armazenamento em diferentes temperaturas, manteve-se a umidade relativa de equilíbrio (URe) previamente calculada para cada combinação de temperatura e teor de água, dentro de cada B.O.D. Utilizou-se um sistema computacional denominado 1-wireTM para aquisição e armazenamento de dados de umidade relativa. A cada 45 dias até 180 dias de armazenamento, foram realizadas análises qualitativas dos grãos e do óleo bruto extraído. Os parâmetros qualitativos dos grãos de soja armazenados com diferentes teores de água e combinações de temperatura e umidade relativa analisados foram: teor de água, classificação, massa específica aparente, condutividade elétrica, germinação, cor e teor de lipídios. A qualidade de óleo bruto extraído dos grãos de soja foi avaliada pelas análises índice de iodo, ácidos graxos livres, índice de peróxido e índice fotométrico de cor. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, em parcelas subdivididas, com três repetições. Os tratamentos, combinações de temperatura (20, 30 e 40 ºC) e teor de água (11,2, 12,8 e 14,8% b.u.) foram alocados na parcela, enquanto que a subparcela correspondeu ao período de armazenamento (0, 45, 90, 135, 180 dias), fazendo com que a estrutura de tratamentos correspondesse ao fatorial 3×3×5. As análises dos dados e a interpretação dos resultados obtidos relacionados aos grãos permitiram as seguintes conclusões: para fins de certificação, o armazenamento de soja não é recomendado nas seguintes combinações de teor de água e temperatura: 11,2% b.u. a 40 ºC; 12,8% b.u. a 30 e 40 ºC; e 14,8% b.u. a 20, 30 e 40 ºC; para comercialização de soja dentro dos limites da referência básica, é possível armazenar durante 180 dias grãos com teor de água de até 14,8% b.u. nas temperaturas de 20 e 30 ºC; na temperatura de 40 ºC, somente os grãos com teor de água de 11,2% b.u. poderão ser armazenados por 180 dias; grãos com teor de água de 12,8 e 14,8% b.u. a 40 ºC poderão ser armazenados por 90 e 45 dias, respectivamente. Conclui-se, a partir dos dados obtidos dos parâmetros qualitativos do óleo obtido dos grãos de soja armazenados nas diferentes condições que: o armazenamento de grãos de soja com teor de água de até 14,8% b.u. a 20 ºC não afeta qualitativamente o óleo bruto extraído desses grãos; o óleo bruto obtido de grãos de soja armazenados com teor de água de até 12,8% b.u. a 30 ºC permanece com qualidade satisfatória até 180 dias; não é possível obter óleo bruto, dentro dos padrões de qualidade exigidos para comercialização, de grãos de soja armazenados com teor de água superior a 11,0% b.u., na temperatura de 40 ºC; as características qualitativas dos grãos de soja afetam a qualidade do óleo bruto extraído desses grãos. Como medidas preventivas de manuseio pós-colheita que permitam reduzir os riscos de perdas qualitativas dos grãos e subprodutos de soja, propõe-se: armazenar, a 20 ºC, soja com teor de água de até 15,0% b.u. sem risco de deterioração por até 180 dias; em regiões com temperaturas em torno de 30 ºC, armazenar soja com teor de água de até 13,0% b.u.; não armazenar soja com teor de água superior a 11,0% b.u. em regiões em que a temperatura da massa de grãos possa alcançar 40 ºC, sob o risco de ser acelerado o processo de deterioração dos grãos e subprodutos.
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    Processo de ozonização de amendoim (Arachis hypogaea L.): cinética de decomposição, efeito fungicida e detoxificante de aflatoxinas e aspectos qualitativos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-11-19) Alencar, Ernandes Rodrigues de; Cecon, Paulo Roberto; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788114T5; Martins, Márcio Arêdes; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798288T8; Faroni, Lêda Rita D'antonino; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783317H2; http://lattes.cnpq.br/0646231743976574; Parizzi, Fátima Chieppe; http://lattes.cnpq.br/6613796563578826; Silva, Washington Azevedo da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4765007Y5; Soares, Nilda de Fatima Ferreira; SOARES, N. F. F.
    Este trabalho teve por objetivos avaliar a cinética de decomposição do gás ozônio, o efeito do gás como agente fungicida e detoxificante sobre aflatoxinas e possíveis alterações qualitativas nos grãos de amendoim e no óleo bruto extraído desses grãos em decorrência do processo de ozonização. O trabalho, realizado no Setor de Pré-Processamento e Armazenamento de Produtos Agrícolas do Departamento de Engenharia Agrícola e no Laboratório de Embalagens, do Departamento de Tecnologia de Alimentos, ambos na Universidade Federal de Viçosa, consistiu de três etapas. Na primeira etapa, avaliou-se a cinética de decomposição do ozônio, utilizando-se amostras de 1 kg de amendoim, com teores de água de 7,1 e 10,5% (b.u.), acondicionadas em recipientes de vidro com capacidade de 3 L. Os grãos de amendoim foram ozonizados na concentração de 450 μg L-1, nas temperaturas de 25 e 35 ºC e vazões do gás de 1,0 e 3,0 L min-1. Determinou-se o tempo de saturação quantificando-se a concentração residual do ozônio, pelo método iodométrico, após a passagem do gás pela massa de grãos, até que ela se mantivesse constante. A cinética de decomposição do ozônio foi avaliada depois da saturação da massa de grãos com o gás. Obteve-se a concentração residual do ozônio, depois de períodos de repouso, durante os quais o gás reagia no meio poroso, e dessa forma, era decomposto. O modelo cinético de primeira ordem foi ajustado aos dados da concentração residual de ozônio em função do tempo, após linearização. A partir dos valores da constante da taxa de decomposição foi possível obter a meia vida do ozônio em grãos de amendoim. Na segunda etapa, grãos de amendoim com teor de água de aproximadamente 9,0% (b.u.) foram expostos ao gás ozônio para avaliação do efeito fungicida e da capacidade detoxificante desse gás sobre aflatoxinas. No processo de ozonização, utilizaram-se concentrações de 13 e 21 mg L-1, temperatura de 25 ºC, vazão do gás de 1,0 L min-1 e períodos de ozonização de 0, 24, 48, 72 e 96 h. Avaliou-se o efeito do gás ozônio na contagem de fungos totais e das espécies potencialmente aflatoxigênicas Aspergillus flavus e A. parasiticus, pela técnica de diluição, e na infecção interna dos grãos por esses microorganismos, pela técnica de plaqueamento direto. Observaram-se, em nível microscópico, as alterações morfológicas ocorridas nos fungos devido à exposição ao gás ozônio. Para avaliar a capacidade detoxificante do gás ozônio, em cada combinação de concentração do gás e período de exposição, quantificou-se o teor de aflatoxinas totais e de aflatoxina B1 nos grãos de amendoim por cromatografia líquida de alta eficiência. Na terceira etapa, avaliou-se a qualidade dos grãos de amendoim ozonizados e do óleo bruto extraído desses grãos. Utilizaram-se grãos com teor de água em torno de 8,0% (b.u.), e no processo de ozonização concentrações do gás ozônio de 0, 13 e 21 mg L-1, vazão de 1,0 L min-1 e períodos de exposição de 0, 24, 48, 72 e 96 h. No tratamento controle, os grãos foram expostos ao gás oxigênio. Na avaliação da qualidade dos grãos de amendoim, foram analisados os parâmetros teor de água, condutividade elétrica da solução que continha os grãos, teor de lipídios e coloração dos grãos. Os parâmetros qualitativos do óleo bruto extraído dos grãos de amendoim analisados foram o teor de ácidos graxos livres, o índice de peróxido e o índice de iodo. Para os grãos de amendoim com teor de água de 7,1% (b.u.), nas temperaturas de 25 e 35 °C e vazões de 1,0 e 3,0 L min-1, os valores obtidos de tempo de saturação do gás ozônio permaneceram na faixa entre 173 e 192 min, com concentração de saturação de aproximadamente 260 μg L-1. Para os grãos com teor de água de 10,5% b.u., obteve-se maior concentração residual do gás ozônio na temperatura de 25 ºC, sendo igual a 190 μg L-1. O maior valor obtido para o tempo de meia vida foi igual a 7,7 min, para os grãos ozonizados na temperatura de 25 ºC, enquanto para aqueles com 10,5% de teor de água, na temperatura de 35 ºC, foi de 3,2 min. O ozônio foi eficiente no controle de fungos potencialmente aflatoxigênicos em grãos de amendoim, com redução superior a três ciclos log, na concentração de 21 mg L-1 e período de exposição de 96 h. Com relação ao poder detoxificante do gás ozônio, ocorreu redução no teor de aflatoxinas totais e aflatoxina B1 de aproximadamente 30 e 25%, respectivamente, para os grãos expostos ao gás na concentração de 21 mg L-1, depois de 96 h de exposição. Em geral, não ocorreu alteração da qualidade dos grãos de amendoim e do óleo bruto extraído desses grãos, devido à exposição ao ozônio. Concluiu-se a partir dos resultados obtidos que no processo de decomposição do gás ozônio em grãos de amendoim, o fator determinante é a temperatura. Um aumento de 10 ºC na temperatura dos grãos implica decréscimo de, pelo menos, 43% no tempo de meia vida do gás. O ozônio é uma importante alternativa para amendoim no que se refere à segurança alimentar, pois é eficiente no controle dos fungos potencialmente aflatoxigênicos e pode atuar na redução dos níveis de aflatoxinas do produto. O processo de ozonização, na concentração de até 21 mg L-1, por até 96 h, não afeta a qualidade dos grãos de amendoim e do óleo bruto extraído desses grãos.