Fisiologia Vegetal

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    Análise funcional da via de sinalização antiviral mediada por NIK em tomateiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-02-18) Apfata, Jorge Alberto Condori; Zerbini Júnior, Francisco Murilo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783743U5; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780851Y3; Fontes, Elizabeth Pacheco Batista; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781848H2; http://lattes.cnpq.br/5501687466580841; Carvalho, Claudine Márcia; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794965T6; Santos, Anésia Aparecida dos; http://lattes.cnpq.br/8527394593088827
    A proteína NSP de begomovírus facilita o transporte do DNA viral do núcleo para o citoplasma e coopera com a proteína de movimento MP para promover o transporte do DNA viral às células adjacentes não infectadas através dos plasmodesmas. A proteína NSP interage com membros da família LRR-RLK ( leucine- rich repeat receptor like kinase ), designados NIK ( NSP-Interacting Kinase ). A ligação de NSP na alça de ativação de NIK inibe a atividade quinase, e conseqüentemente, a proteína viral inibe a atividade de autofosforilação desses receptores e sua atividade de defesa antiviral. Estudos de mutagênese na alça de ativação de NIK demonstraram que o resíduo Treonina 474 é fosforilado in vitro e exerce uma função crucial para atividade de quinase que é requerida para sinalização antiviral. Mutação no resíduo de Thr-474 para aspartato resulta no mutante T474D que exibe ativação constitutiva, atividade de fosforilaçao do substrato aumentada e menor efeito inibidor de NSP. Este trabalho teve como objetivo caracterizar o domínio quinase de NIK na resposta de defesa antiviral em tomateiros. Tomateiros foram transformados com a construção que codifica para NIK super ativa (35S-AtNIK-T474D). Os transformantes primários foram selecionados por PCR e a expressão do transgene em linhagens independentes foi confirmada por RT-PCR normal e em tempo real. A super expressão da NIK1 e NIK- T474D super ativa em tomateiros promoveu um alongamento de entrenós, mas afetou negativamente o desenvolvimento do sistema radicular, demonstrando uma possível comunicação cruzada entre a via de sinalização antiviral mediada por NIK e vias de sinalização de desenvolvimento. Experimentos de infectividade foram conduzidos em linhagens transgênicas superexpressando AtNIK ou AtNIK-T474D, utilizando o vírus ToYSV-[MG-Bi2]. Super expressão de NIK super ativa alterou a taxa de infecção por ToYSV e interferiu no desenvolvimento dos sintomas. Comparado com as plantas não transformadas e a linhagem transgênica 35S-AtNIK1-6 superexpressando NIK normal, a taxa de infecção foi inferior e os sintomas mais atenuados em linhagens transgênicas independentes superexpressando AtNIK-T474D. Estes resultados confirmam in planta o papel essencial da fosforilação do resíduo de Treonina 474 de NIK e indicam a possibilidade de se desenvolverem estratégias de tolerância a geminivirus mais eficientes.
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    Efeito do óxido nítrico na atenuação do estresse desencadeado por arsênio em Pistia stratiotes L. (Araceae).
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-18) Farnese, Fernanda dos Santos; Oliveira, Juraci Alves de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782512D8; http://lattes.cnpq.br/9449315151367208; Araújo, João Marcos de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794558T1; Silva, Luzimar Campos da; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799707J8
    O efeito do óxido nítrico na atenuação do estresse desencadeado pelo arsênio (As) foi avaliado em Pistia stratiotes, sendo o óxido nítrico suprido na forma de nitroprussiato sódico (SNP). As plantas, cultivadas em solução nutritiva, pH 6,5, ½ da força iônica, foram expostas a quatro tratamentos: controle (apenas solução nutritiva); SNP (0,1 mg L-1); As (1,5 mg L-1); As + SNP (1,5 e 0,1 mg L-1, respectivamente). As plantas permaneceram nessas condições por sete dias, para análises de crescimento e absorção de As e nutrientes minerais, e por 24 horas, para análises de alterações metabólicas. A cinética de absorção de As foi analisada, utilizando-se para isso seis concentrações do poluente, nas quais as plantas permaneceram por duas horas: 0,0; 0,25; 0,5; 0,75; 1,0 e 1,5 mg L-1. Os parâmetros de cinética de absorção de As por P. stratiotes indicam que a absorção do metalóide ocorre por transportadores de alta afinidade. O As absorvido foi acumulado nos tecidos vegetais, principalmente na raiz, conferindo a P. stratiotes baixo fator de translocação e o status de possível hiperacumuladora, características que não foram afetadas pela presença de SNP. O acúmulo de As desencadeou uma série de danos, como aumento na produção de espécies reativas de oxigênio (ânion superóxido e peróxido de hidrogênio) e na peroxidação lipídica. Estes danos foram revertidos pelo SNP, que aparentemente atuou diretamente como antioxidante e como molécula sinalizadora, estimulando respostas antioxidantes enzimáticas (catalase, peroxidase e peroxidase do ascorbato) e não enzimáticas (estímulo do ciclo ascorbato-glutationa), o que se refletiu em aumentos na capacidade antioxidante total. Como consequência, o índice de tolerância ao As aumentou na presença de SNP. Os parâmetros fotossintéticos também foram afetados pela presença de As, sendo que os teores de pigmentos cloroplastídicos diminuíram, com exceção dos carotenóides, que apresentaram aumentos em suas concentrações. A presença de SNP restaurou os teores dos pigmentos à níveis normais. A eficiência fotoquímica máxima do FSII e o rendimento quântico do transporte de elétrons também foram afetados negativamente pelo As, enquanto coeficiente de extinção não fotoquímica apresentou incrementos significativos. A assimilação líquida de carbono decresceu significativamente na presença de As, enquanto gs não se alterou e a razão Ci/Ca aumentou, indicando a ocorrência de limitações bioquímicas. A razão ΦFSII/ ΦCO2 foi maior nas plantas expostas ao As. O SNP teve efeito protetor tanto sobre a fluorescência quanto sobre as trocas gasosas, restaurando estes parâmetros à níveis normais. Em relação aos teores de nutrientes minerais, a exposição ao As diminuiu os teores de ferro, magnésio, manganês e fósforo, não tendo afetado os teores de cálcio. Destes nutrientes, apenas os teores de fósforo não retornaram a valores semelhantes ao controle quando o As foi suprido em combinação com SNP. Desta forma o óxido nítrico, suprido na forma de SNP, foi eficaz na atenuação dos danos desencadeados pelo As, agindo tanto como antioxidante direto quanto como molécula sinalizadora.
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    Diversidade funcional da partição de biomassa, ganho de carbono e do uso da água em Coffea canephora, em resposta à disponibilidade hídrica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-28) Silva, Paulo Eduardo de Menezes; Ferrão, Maria Amélia Gava; http://lattes.cnpq.br/0041236146696754; Barros, Raimundo Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787859T6; Damatta, Fábio Murilo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784185Y9; http://lattes.cnpq.br/7516021532884796; Chaves, Agnaldo Rodrigues de Melo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4764341P1; Silva, Marco Aurélio Pedron e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790898P8
    A divergência funcional associada à partição de biomassa, ganho de carbono e uso da água foi estudada em 10 clones de Coffea canephora. Mudas com quatro pares de folhas, provenientes do enraizamento de estacas de ramos ortotrópicos, foram cultivadas a pleno sol, em vasos de 24 dm3. Quando atingiram oito meses, as plantas foram submetidas a regimes hídricos diferenciais: um grupo de plantas foi irrigado continuamente (plantas-controle), enquanto o segundo grupo (10 plantas de cada clone) foi submetido à desidratação, imposta pela supressão da irrigação, até que a umidade do solo atingisse 66% da água disponível na capacidade de campo, permanecendo nessa condição durante 90 dias (déficit hídrico moderado). Metade das 10 plantas de cada clone foi então analisadas; à outra metade, permitiu-se que a água disponível decrescesse para 33% em relação à disponibilidade hídrica na capacidade de campo, mantendo-se as plantas nessa condição por mais 30 dias, quando foram, pois, avaliadas (déficit hídrico severo). Análises multivariadas com decomposição em componentes principais foram feitas, com o intuito de se avaliar a divergência funcional entre os clones e as possíveis estratégias desenvolvidas, em resposta à disponibilidade de água. De maneira geral, o déficit hídrico acarretou reduções significativas na biomassa acumulada, com incrementos na razão de massa radicular e redução na razão de massa foliar, enquanto a razão de massa caulinar pouco variou, a despeito do aumento expressivo de densidade de caule na grande maioria dos clones avaliados. Nas plantas-controle, maiores taxas fotossintéticas estiveram associadas com maior condutância estomática e maior razão entre as concentrações interna e externa de CO2, mas não se observou correlação significativa entre trocas gasosas com a composição isotópica do carbono. Independentemente do regime hídrico, a composição isotópica do nitrogênio não variou consistentemente, em resposta aos tratamentos aplicados. De modo geral, clones com maior eficiência hidráulica (menor densidade de caule, maior razão de massa radicular, maior taxa de transpiração, maior condutância hidráulica aparente e potenciais hídricos mais negativos) exibiram maior ganho de carbono. Esses mesmos clones tenderam a manter maiores taxas de fotossíntese líquida sob deficiência hídrica moderada, às expensas de maiores taxas do uso da água. Sob déficit hídrico severo, a manutenção parcial das trocas gasosas foi, em grande extensão, dependente de um status hídrico mais favorável associado a características mais conservativas em termos de uso da água. Ressalta-se que, sob seca severa, as reduções nas taxas fotossintéticas ocorreram em paralelo com reduções na condutância estomática, resultando numa correlação negativa entre taxas de fotossíntese e a razão entre as concentrações interna e externa de CO2; como conseqüência, houve uma correlação negativa entre trocas gasosas e a composição isotópica do carbono. Variáveis associadas ao uso da água, como densidade do caule, potencial hídrico ao meio-dia e taxa de transpiração, além da composição isotópica do carbono (sob déficit hídrico), podem ser ferramentas úteis na identificação de clones promissores, em resposta à disponibilidade hídrica, especialmente porque são de fácil medição e exibiram uma amplitude substancial entre os clones.
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    Tolerância de Brassica juncea ao arsênio e seu potencial para a fitoestabilização de solos contaminados
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-29) Araujo, Sabrina Helena da Cruz; Nesi, Adriano Nunes; http://lattes.cnpq.br/4220071266183271; Williams, Thomas Christopher Rhys; http://lattes.cnpq.br/3232721185279491; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780851Y3; http://lattes.cnpq.br/5373651383324887; Azevedo, Aristéa Alves; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787822Y7; Araujo, Wagner Luiz; http://lattes.cnpq.br/8790852022120851
    O arsênio é considerado o elemento mais perigoso para a saúde humana. Fitorremediação é uma importante tecnologia para amenizar o efeito antropogênico na contaminação ambiental, mas para o seu sucesso é necessário a compreensão detalhada dos mecanismos de tolerância de metais pesados, objetivo deste trabalho. A espécie escolhida foi a Brassica juncea, tolerante a vários metais, como cádmio e zinco, e que possui um crescimento rápido. O arsênio foi fornecido a solução nutritiva na forma de arsenato de sódio nas concentrações de 10, 50, 200 e 500 μM, sendo coletados dados aos 6, 10, 13, 14, 15 e 16 dias após a exposição. Quanto maiores os níveis de arsênio presentes no tratamento, maiores os níveis encontrados na planta, havendo um acúmulo de até 5457 mg Kg-1 de As nas raízes expostas a 500 μM de arsenato. Esta quantidade foi 26 e 34 vezes superior aquela observada em caules e folhas, respectivamente. Em nenhum dos tratamentos foram observadas alterações na concentração de fósforo. Esta ausência de inibição de acúmulo de fósforo pode significar a presença de um mecanismo de tolerância à toxidez do arsênio neste genótipo. Em contraste, doses de arsênio iguais ou superiores a 50 μM aumentaram os níveis enxofre nas raízes, em paralelo com um aumento no teor de fenóis, ao passo que reduziu os níveis de enxofre na folha. As duas maiores doses de arsenato levaram ao aparecimento de sintomas de toxidez nas folhas, caracterizados por clorose marginal e coloração arroxeada nas faces abaxiais de folhas velhas. Apesar dos altos níveis de arsênio em raízes, não houve redução no comprimento e na massa seca deste órgão. Na parte aérea por outro lado, foi observada a redução na área foliar, comprimento e massa fresca em plantas tratadas com 200 e 500 μM de arsenato. Adicionalmente observou-se que somente a maior dose reduziu a fotossíntese líquida (A) e condutância estomática (gS) até o 13º dia. A partir do 14º dia já foi possível observar a queda destes parâmetros em plantas tratadas com 200 μM de arsenato. Maiores períodos na presença altas doses de arsenato permitiram observar que alem da redução da abertura estomática, há uma limitação bioquímica contribuindo para a redução da fotossíntese. A diminuição em A esteve associada a limitações na etapa fotoquímica onde ocorreu uma redução na taxa linear de transporte de elétrons (ETR) e na eficiência quântica do fotossistema II [Y(II)], concomitante com o aumento da perda da energia luminosa na forma de calor [Y(NPQ)]. A segunda maior dose (200 μM) não provocou redução em A e nos parâmetros fotoquímicos até o 13º dia, com reduções negligíveis na área e massa foliar, com nenhum efeito no crescimento das raízes. Em conjunto, estes resultados permitem evidenciar que o genótipo de Brassica juncea em estudo possui tolerância aos níveis de arsênio. Apesar de acumular níveis altíssimos de arsênio nas raízes, estas plantas não apresentaram dano oxidativo, nem redução na acumulação de massa seca nas raízes. O fato de que altos níveis de As seja acumulado nas raízes, com efeitos reduzidos no seu crescimento, indica o grande potencial desta espécie para o seu uso na fitorremediação como uma espécie fitoestabilizadora.
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    Contribuição da barreira tegumentar para a germinação de sementes de Stylosanthes humilis H.B.K
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-07-19) Chaves, Izabel de Souza; Dias, Denise Cunha Fernandes dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727304Z9; Finger, Fernando Luiz; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783681Y0; Barros, Raimundo Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787859T6; http://lattes.cnpq.br/0954080021944936; Melo, Anderson Adriano Martins; http://lattes.cnpq.br/4113027589439237
    Sementes de estilosante (Stylosanthes humilis HBK), leguminosa tropical, forrageira anual, exibem uma barreira tegumentar imposta principalmente pelos macroesclereídios que compõe o tecido paliçádico do tegumento. Alguns reguladores de crescimento são capazes de penetrar o tegumento das sementes, estimular a germinação e promover o crescimento do embrião que, então rompe a barreira tegumentar. Quando as sementes são escarificadas em seguida ao tratamento das sementes com reguladores por 48 ou 72 h, ocorre quebra parcial da dormência, mostrando que os reguladores haviam penetrado pelo tegumento. Os reguladores de crescimento que exibiram maior permeância , i. e., aqueles que propiciaram um nível de germinação mais alto foram: ácido 1-carboxílico-1-aminociclopropano, tiouréia e ácido 2-cloroetilfosfônico (CEPA) + benziladenina (BA). CEPA e BA, isoladamente, também puderam quebrar a dormência, dependendo do lote de sementes estudado. Tratamentos de escarificação mecânica (com o uso de lixa d água) e química (com H2SO4) tornaram o tegumento permeável à água e solução dos reguladores de crescimento por afetarem a cutícula e os macroesclereídios do tegumento e, por isso, são rotineiramente empregados na quebra da paradormência tegumentar das sementes.
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    Efeito da redução do transporte da sacarose nas células-guarda na resposta ao estresse osmótico e expressão protéica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-06-24) Pinheiro, Daniela Pereira; Antunes, Werner Camargos; http://lattes.cnpq.br/6454495897097940; Williams, Thomas Christopher Rhys; http://lattes.cnpq.br/3232721185279491; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780851Y3; http://lattes.cnpq.br/5287637532888275; Nesi, Adriano Nunes; http://lattes.cnpq.br/4220071266183271; Ramos, Humberto Josué de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/4037452920080174
    Estudos indicam que a sacarose tem um importante papel osmo-regulatório nas células-guarda (CG), sendo hipotetizado que sua origem principal seria a importação deste soluto das células do mesofilo foliar. Plantas de Nicotiana tabacum transformadas com vetor contendo construção antisenso do gene do transportador de sacarose (P62) sob controle do promotor KST1, específico de CG, apresentam menor condutância estomática e um aumento na eficiência do uso da água comparado a plantas selvagens (WT), resultando em plantas com menor consumo de água. Estresse osmótico induzido pela aplicação de polietileno glicol (PEG) à solução de cultivo resultou em uma reduzida área foliar total em todas as plantas, sendo esta redução menor nas plantas transgênicas. A redução da fotossíntese (A) sob estresse osmótico, observada somente nas plantas não-transformadas, foi associada a uma menor condutância estomática (gs) e redução da razão Ci/Ca. Entretanto, a taxa fotossintética de plantas WT a 2,0% de PEG, sob altas concentrações de CO2, foi reduzida em 31%, indicando que há uma limitação bioquímica do processo fotossintético produzida por este nível de estresse osmótico. Porém, esse fato não é explicado por danos oxidativos visto que não houve variação na taxa de peroxidação de lipídios. Não foram observadas diferenças nos parâmetros relacionados à fluorescência Fv/Fm, Y(II), ETR e qP, para as plantas avaliadas, evidenciando que tanto plantas de genótipo selvagem quanto transgênica não apresentaram limitações no uso da energia de excitação para reações fotoquímicas. No entanto, plantas WT submetidas ao estresse osmótico (1,5% e 2,0% de PEG) apresentaram valores maiores de qN, indicando uma maior dissipação térmica. Comparando o proteoma de células-guarda, plantas P62 apresentaram aumento na expressão de proteínas-chave relacionadas à fixação fotossintética de carbono tais como a sedoheptulose-1,7- bifosfato fosfatase e a ativase da rubisco, sugerindo uma maior assimilação de CO2 e atividade do ciclo de Calvin, o que poderia sugerir um mecanismo homeostático de manutenção dos teores de sacarose nestas células. Presença de fotossíntese nas células-guarda pode também ser indiretamente inferida, visto que se identificou outras proteínas fotossintéticas, como a proteína PsaD do fotossistema I e algumas subunidades da ribulose-1,5-bifosfato carboxilase/oxigenase (Rubisco). A análise proteômica diferencial de folhas revelou que não há diferença significativa entre plantas WT e P62, consistente com o uso de um promotor específico para células-guarda para dirigir a expressão da construção antisenso. Como conclusão, este trabalho sugere que reduções no tranporte de sacarose podem contribuir para maior tolerância ao estresse osmótico e maior eficiência do uso da água.
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    Respostas fisiológicas e bioquímicas de Lactuca sativa cv Hanson submetida ao arsenato (AsV) e arsenito (AsIII)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-21) Gusman, Grasielle Soares; Cambraia, José; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783868U6; Oliveira, Juraci Alves de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782512D8; http://lattes.cnpq.br/0316421390581906; Araújo, João Marcos de; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794558T1; Kuki, Kacilda Naomi; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784674P6
    As formas inorgânicas de arsênio (As), arsenato (AsV) e arsenito (AsIII) são consideradas as mais tóxicas sendo também, as mais encontradas em plantas. A contaminação de As em alimentos representa um grande risco à saúde pública, já que essa é considerada a segunda principal forma de contaminação por esse metalóide. Assim, plantas de alface (Lactuca sativa cv Hanson) foram expostas a diferentes concentrações de AsV e AsIII, 0,0; 6,6; 13,2; 26,4 e 52,8 μmol L-1, por três dias. Foram avaliados o acúmulo e a distribuição de As em raízes e folhas e o efeito no crescimento vegetal, nas trocas gasosas, na fluorescência da clorofila a e na concentração de clorofilas e carotenóides, assim como as alterações na nutrição mineral, avaliando-se a concentração de cálcio (Ca), magnésio (Mg), fósforo (P), ferro (Fe), manganês (Mn) e cobre (Cu) e a regulação das enzimas do sistema antioxidante, como dismutase do superóxido (SOD), peroxidases totais (POX), catalase (CAT), redutase da glutationa (GR) e peroxidase do ascorbato (APX). As plantas testadas acumularam quantidades significativas de As, à medida que se aumentou a concentração de AsV e AsIII na solução nutritiva, em folhas e raízes, observando-se maior acúmulo nas raízes. Tal fato, promoveu redução nos parâmetros de trocas gasosas como fotossíntese líquida (A), condutância estomática (gS), transpiração (E) e eficiência do uso da água (EUA), exceto para 6,6 μmol L-1 AsV. A concentração interna de CO2 (Ci) aumentou nas maiores concentrações de AsV e AsIII, indicando alteração na etapa bioquímica da fotossíntese. Os parâmetros de fluorescência da clorofila a foram alterados, com redução no coeficiente de extinção fotoquímico (qP) e transporte relativo de elétrons (ETR), acompanhados do aumento do coeficiente de extinção não-fotoquímico (NPQ), evidenciando alteração na etapa fotoquímica do processo fotossintético. Em consequência, o crescimento das plantas foi afetado, à exceção das raízes daquelas expostas à concentração de 6,6 μmol L-1 de AsV. A exposição das plantas ao AsV e AsIII resultou em peroxidação de lipídios crescente, conforme observado pelo aumento na concentração de malonaldeído (MDA), indicativo de ação do estresse oxidativo. Entretanto, esse estresse oxidativo não foi capaz de afetar as membranas dos tilacóides e a concentração dos pigmentos cloroplastídicos, clorofilas e carotenóides, conforme observado pela inalteração da fluorescência mínima (F0) e da eficiência fotoquímica potencial do fotossistema II (Fv/Fm). O estresse oxidativo, acompanhado dos danos diretos sofridos pelo sistema radicular, promoveu alterações na nutrição mineral de folhas e raízes. A concentração dos nutrientes envolvidos com mecanismos de tolerância, como Ca e Mg, foram aumentadas. A concentração 6,6 μmol L-1, de ambas as formas químicas promoveu aumento na concentração de fósforo (P), não sendo esse resultado observados nas concentrações superiores de AsV e AsIII. A provável produção de espécies reativas de oxigênio (ROS), decorrentes da exposição ao AsV e AsIII promoveu alteração no sistema enzimático antioxidante. Nas folhas, observou-se aumento nas atividades da SOD, CAT, POX e APX, enquanto, nas raízes, da SOD, CAT e GR, caracterizando mecanismo de tolerância diferenciado nas folhas e raízes.
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    Germinação e alterações fisiológicas e bioquímicas em sementes de mamão tratadas com fitorreguladores
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-08-10) Zanotti, Rafael Fonsêca; Barros, Raimundo Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787859T6; Dias, Denise Cunha Fernandes dos Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727304Z9; http://lattes.cnpq.br/0923177184449313; Borges, Eduardo Euclydes de Lima e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787799U8
    Os objetivos do trabalho foram: i) avaliar os efeitos dos reguladores de crescimento nitrato de potássio (KNO3), ácido 2-cloroetilfosfônico (CEPA) e ácido giberélico (GA3) na germinação das sementes de mamão dos grupos Formosa e Solo ; ii) avaliar os efeitos daqueles reguladores de crescimento na composição de amido, açúcares solúveis, lipídios, proteínas solúveis e proteínas totais em sementes do grupo Formosa , em sementes extraídas de frutos nos estádios de maturação 3 e 5, correspondendo a 50% e 75% da superfície exterior amarela, respectivamente. As sementes-controle do grupo Formosa obtidas no estádio 5 apresentaram maior germinação aos 30 dias após a semeadura. O CEPA promoveu redução na germinação de sementes de mamão. Os efeitos do CEPA foram revertidos pelo nitrato de potássio. Em geral, todos os reguladores de crescimento testados foram eficientes na superação da dormência, com exceção do CEPA quando isolado. O nitrato de potássio mostrou-se o composto mais eficiente na superação da dormência das sementes de mamão. O CEPA provocou redução na mobilização do amido. O GA3, isoladamente, e em associação com o nitrato de potássio, estimulou uma maior mobilização de lipídios, enquanto as sementes do estádio 3 de maturação apresentaram aumento da germinação, quando tratadas com todos os reguladores de crescimento testados. O nitrato de potássio promoveu em efeito negativo sobre a germinação e no índice de velocidade de germinação, principalmente nas sementes no estádio 5. Os reguladores de crescimento não aumentaram a porcentagem de plântulas normais das sementes de mamão do grupo Solo . O CEPA 5x10-4M e o GA3 isolados foram responsáveis pelo aumento do número de plântulas normais, aos 14 dias após a semeadura de sementes no estádio 3.
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    Fotossíntese e crescimento de clones de Coffea canephora em função de diferentes períodos de maturação e épocas de poda
    (Universidade Federal de Viçosa, 2010-07-28) Morais, Leandro Elias; Damatta, Fábio Murilo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784185Y9; Ferrão, Maria Amélia Gava; http://lattes.cnpq.br/0041236146696754; Barros, Raimundo Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787859T6; http://lattes.cnpq.br/4519998369455023; Chaves, Agnaldo Rodrigues de Melo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4764341P1; Silva, Marco Aurélio Pedron e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790898P8
    Embora a poda em lavouras de Coffea canephora seja uma prática necessária, pouco se sabe, em bases científicas, a respeito da época ideal para a sua realização. Ademais, em café, nenhum estudo foi feito, até o presente, tentando associar as variações da fotossíntese, em função do padrão de maturação de frutos. Procurou-se investigar, neste estudo, os efeitos de podas realizadas em diferentes épocas entre a colheita e a florada, em clones de café robusta, com distintos períodos de maturação de frutos (precoce, intermediário e tardio), avaliando-se, especificamente, o crescimento, a fotossíntese e o acúmulo de amido. Clones de maturação precoce (clones 03 e 67) foram podados em quatro diferentes épocas: 0, 30, 60 e 90 dias após a colheita (DAC); nos clones intermediários (120 e 16), a poda foi realizada aos 0, 30 e 60 DAC; nos tardios (19 e 76), realizou-se a poda aos 0 e 30 DAC. A taxa de crescimento de ramos e as trocas gasosas (taxa de fotossíntese líquida, condutância estomática e a razão entre as concentrações interna e ambiente de CO2) não foram afetadas pelos tratamentos de poda, independentemente do clone estudado. Não se verificou, também, efeitos da poda sobre as concentrações foliares de amido e sobre a eficiência fotoquímica máxima do fotossistema II. Outros parâmetros de fluorescência da clorofila a foram apenas afetados marginalmente pelos tratamentos de poda. As principais diferenças ora observadas dizem respeito às variáveis associadas à fotossíntese e aos teores de amido, em função, particularmente, do padrão de maturação dos frutos. Os clones de maturação tardia, comparados aos demais clones, exibiram menor taxa de fotossíntese líquida (~25%) e menor teor foliar de amido (~20%). Em todo o caso, nos clones de maturação tardia, como os frutos têm um período maior de enchimento e maturação, os menores valores da taxa fotossintética, de teores de amido e de razão área foliar/massa de frutos podem ser compensados, no longo prazo, pela menor força do dreno. Em suma, demonstrou-se que é indiferente proceder-se à poda imediatamente após a colheita, conforme usualmente recomendado, ou posteriormente, antes da florada.
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    Limitações e potencialidades da fotossíntese no cafeeiro em função da irradiância
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-02-16) Martins, Samuel Cordeiro Vitor; Nesi, Adriano Nunes; http://lattes.cnpq.br/4220071266183271; Ventrella, Marília Contin; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763436A2; Damatta, Fábio Murilo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784185Y9; http://lattes.cnpq.br/3010246075881689; Chaves, Agnaldo Rodrigues de Melo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4764341P1; Barros, Raimundo Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787859T6
    O presente estudo foi conduzido procurando-se analisar as contribuições das limitações hidráulicas, difusivas (estomática e mesofílica) e bioquímicas à fotossíntese do cafeeiro, a partição do nitrogênio dentro da maquinaria fotossintética e a ativação desta maquinaria em resposta à irradiância. Para tal, plantas de café arábica (Coffea arabica L.) foram cultivadas em vasos durante 12 meses, sob duas intensidades lumínicas (0 e 90% de sombreamento). Comparadas com as plantas de sol, as plantas à sombra exibiram maiores área foliar específica (63%), concentrações (em base de massa) de clorofilas (76%), carotenóides (62%) e de nitrogênio (N) (15%), como também maior razão clorofilas/N (53%); em contraste, as plantas sombreadas exibiram menores densidade estomática (32%), índice estomático (20%), densidade de venação (27%), condutâncias estomática (27%) e mesofílica (37%) e concentração de N em base de área (30%). Não houve variações significativas nas concentrações de pigmentos em base de área e na razão clorofila a/b entre os tratamentos. A partição do N investido em Rubisco e em componentes envolvidos no transporte de elétrons pouco diferiu entre os fenótipos; porém, maior fração do N investida em componentes estruturais (13%) foi observada nas plantas à sombra em relação às plantas ao sol. Não houve diferenças, em base de massa, nos parâmetros de trocas gasosas, com exceção da velocidade máxima de carboxilação tomando-se por base a concentração de CO2 nos sítios de carboxilação, 24% maior nas plantas sombreadas em relação às plantas a pleno sol. Em contraste, em base de área, as plantas de sol exibiram maiores velocidade máxima de carboxilação (32%), taxa fotossintética máxima (45%) e taxa de transporte de elétrons (43%). Aparentemente, a condutância mesofílica tem importância igual ou inferior à da condutância estomática na explicação das baixas taxas fotossintéticas, independentemente da irradiância de crescimento. Sugere-se que a arquitetura hidráulica seja o fator primário mais limitante à fotossíntese no cafeeiro. Os resultados suportam a hipótese de que as plantas sombreadas aproveitariam melhor a energia de sunflecks em relação às plantas de sol, em razão dos maiores estados de ativação e menores perdas de indução fotossintética, além de ausência de fotoinibição nas folhas de sombra. Os resultados ajudam a explicar, em parte, a baixa eficiência fotossintética do uso do N, em decorrência de alto investimento desse elemento em compostos não-fotossintéticos.