Fisiologia Vegetal

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    Morfologia, relações hídricas e fotossíntese em duas cultivares de Coffea canephora submetidas ao déficit hídrico
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-21) Cavatte, Paulo Cezar; Barros, Raimundo Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787859T6; Loureiro, Marcelo Ehlers; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4780851Y3; Damatta, Fábio Murilo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784185Y9; http://lattes.cnpq.br/8029279967950425; Amaral, José Augusto Teixeira do; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793577J0; Ribas, Rogério Ferreira; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4777511A8; Cunha, Roberto Lisboa; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706346J3
    Neste estudo, investigaram-se as estratégias morfológicas e fisiológicas envolvidas na tolerância diferencial à seca em Coffea canephora, utilizando-se duas cultivares, Apoatã e Clone 120, respectivamente das variedades robusta e kouillou. As plantas foram cultivadas em vasos, em casa de vegetação. Após um ano de cultivo, aplicaram-se dois tratamentos: plantas permanentemente irrigadas (plantas-controle) e plantas submetidas à desidratação, imposta pela suspensão da irrigação (déficit hídrico), até que as plantas desidratadas atingissem um potencial hídrico na antemanhã (Ψam) de, aproximadamente, -3,5 MPa, quando foram então reirrigadas. Foram medidos o potencial hídrico da folha, as trocas gasosas e a fluorescência da clorofila a, a condutância hidráulica entre o solo e a folha (KL) e o extravazamento de eletrólitos, a cada duas dias. Curvas pressão-volume foram obtidas a Ψam próximos de -2,0 MPa e -3,5 MPa. As cultivares estudadas exibiram diferenças morfológicas marcantes: Apoatã, com copa mais aberta, acumulou mais biomassa (45%), teve copa mais alta (11 cm), e área foliar maior (60%), em relação ao Clone 120. A razão área foliar/superfície radicular foi 21% superior no Apoatã em relação à do Clone 120. O déficit hídrico severo ( Ψam = -3,5 MPa) foi atingido aos 10 e 14 dias após a suspensão da irrigação, no Apoatã e no Clone 120, respectivamente. Observou-se ajustamento osmótico no Clone 120, mas não no Apoatã. O déficit hídrico acarretou aumentos no módulo global de elasticidade (ε) em ambas as cultivares. Contudo, ε foi maior (70%) no Clone 120 que no Apoatã. As plantas-controle do Apoatã exibiram maiores valores de KL, taxa transpiratória (E), taxa líquida de assimilação de CO2 (A), condutância estomática (gs) e condutância mesolífica (gm). Ao longo do ciclo de desidratação, os decréscimos em A, gs e em gm foram mais pronunciados no Apoatã que no Clone 120. A maior sensibilidade estomática do Apoatã à redução de Ψam não se traduziu em maiores decréscimos em E. Os tratamentos aplicados afetaram somente ligeiramente algumas variáveis de fluorescência da clorofila a. Os danos celulares aumentaram em 20% nas plantas estressadas do Apoatã em relação aos das plantas estressadas do Clone 120. Observou-se, ao fim do experimento, desfolhamento substancial (~50%), porém apenas nas plantas estressadas do Apoatã. A menor tolerância à seca, no Apoatã, em relação ao Clone 120, foi associada a maiores valores absolutos de gs e KL, sistema radicular menos profundo e maior razão parte aérea/sistema radicular, bem como, maior vulnerabilidade à cavitação e danos celulares para um dado potencial hídrico.
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    Variações morfofisiológicas na aclimatação e reaclimatação do cafeeiro à disponibilidade de luz e de água
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-04-29) Cavatte, Paulo Cezar; Ros, Fernando Javier Valladares; Ventrella, Marília Contin; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763436A2; Damatta, Fábio Murilo; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784185Y9; http://lattes.cnpq.br/8029279967950425; Silva, Marco Aurélio Pedron e; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4790898P8; Barros, Raimundo Santos; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787859T6; Silva, Diolina Moura; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793517H8; Nesi, Adriano Nunes; http://lattes.cnpq.br/4220071266183271
    No presente trabalho, plantas de Coffea arabica submetidas à combinação de condições contrastantes de luz (sombra e pleno sol) e água (déficit hídrico e capacidade de campo) foram avaliadas para investigarem-se os efeitos da interação desses fatores sobre (i) a plasticidade e integração fenotípica, (ii) custos de construção, manutenção, composição química e tempo de retorno do tecido foliar, e (iii) as relações entre a disponibilidade de luz e tolerância à seca. Para tal, plantas foram cultivadas por oito meses sob sombreamento (15% da radiação solar) e a pleno sol. Após a emissão do oitavo par de ramos plagiotrópicos, os dois tratamentos lumínicos foram, então, combinados com dois níveis de água disponível no solo (déficit hídrico e capacidade de campo, aqui definidos como sendo 30 e 100% de água disponível no solo, respectivamente); plantas cultivadas à sombra foram transferidas para pleno sol e vice-versa. No primeiro experimento, testou-se a hipótese de que a integração fenotípica é fundamental para coordenar as alterações fisiológicas e morfológicas (plasticidade fenotípica), associadas com a taxa de crescimento relativo (TCR), sob disponibilidade limitada de recursos (luz e água). Os resultados da análise de crescimento e de trilha revelaram que TCR foi fortemente associada com a taxa assimilatória líquida, sem contribuição significativa da área foliar específica e da razão de massa foliar. Os fenótipos mais integrados exibiram as maiores variações em TCR sob limitações de recursos. Em contraste com a visão atual, a plasticidade e a integração fenotípica foram positivamente relacionadas. No segundo experimento, foram analisados os efeitos combinados da disponibilidade de luz e água sobre a TCR, composição química, custos de construção e manutenção do tecido foliar e os benefícios em termos de tempo de retorno. No geral, a maioria das características avaliadas foram mais sensíveis à disponibilidade de luz do que a variação do suprimento hídrico. Maior custo de construção (12%), principalmente associado com maior concentração de fenóis solúveis totais, foram encontrados em folhas expandidas a pleno sol, havendo correlação positiva entre a concentração destes compostos com TCR. O tempo de retorno foi notavelmente inferior em folhas expandidas a pleno sol e, aumentos significativos ocorreram em folhas expandidas sob deficiência hídrica. As diferenças nos custos de manutenção entre os tratamentos foram pequenas, sem qualquer impacto significativo sobre a TCR, não houvendo competição na alocação de recursos entre o crescimento e a defesa. Destaca-se que a maior proporção do nitrogênio (N) foliar (>70%) foi alocado em compostos do metabolismo secundário, não associados à fotossíntese e, portanto, uma baixa eficiência fotossintética do uso do N se torna implícita, independentemente da disponibilidade de luz e de água. No terceiro estudo, baseado em evidências indiretas, hipotetizou-se que o sombreamento poderia atenuar os impactos negativos da seca em C. arabica. Uma gama (49) de características morfológicas e fisiológicas foram examinadas para avaliar se os impactos combinados da disponibilidade de luz e de água, sobre a morfologia e a fisiologia, seriam positivos, negativos ou independentes. No geral, as características avaliadas apresentaram fraca ou insignificante resposta para a interação entre os fatores água e luz, explicando menos de 10% da variação total dos dados. Apenas pequenas variações na alocação de biomassa foram observadas entre os tratamentos. A pleno sol, a seca limitou a taxa fotossintética via limitações estomáticas, sem nenhum sinal de fotoinibição aparente; à sombra, tais restrições eram aparentemente ligadas a fatores bioquímicos. No geral, o sombreamento não atenuou os impactos negativos da seca.