Teses e Dissertações

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Teses e dissertações defendidas no contexto dos programas de pós graduação da Instituição.

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    Fatores associados a concentração de iodo urinário em gestantes e nutrizes – um recorte do EMDI-Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-06-09) Machamba, Almeida Abudo Leite; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; http://lattes.cnpq.br/3394779731145782
    No mundo, a deficiência iódica prevalece alta ao mesmo tempo que o consumo do sal aumenta na população. O grupo materno-infantil é o mais afetado provocando efeitos irreversíveis para o bebê. Revisões sistemáticas recentes têm explicado este fato por fatores demográficos, econômicos, ambientais, de saúde e do consumo alimentar terem influência sobre a concentração de iodo urinário nas mulheres. Avaliar os fatores associados ao estado nutricional de iodo em gestantes e nutrizes. O presente trabalho faz parte do Estudo Multicêntrico de Deficiência de Iodo (EMDI-Brasil). Os documentos produzidos para esta tese foram três artigos de revisão e um artigo original. As revisões sistemáticas que incluíram o grupo materno-infantil foram desenvolvidas de acordo com a metodologia do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Para a inclusão dos estudos, foram consideradas as intervenções como o consumo de sal iodado, suplementos e alimentos fortificados com iodo e como desfechos considerou-se os níveis de concentração de iodo na urina de gestantes e nutrizes, do leite materno da nutriz e o perfil do desenvolvimento neurocognitivo nas crianças. Os resultados foram analisados no programa software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS ® ) versão 27, com base em frequências absolutas e relativas, média e desvio padrão, mediana, percentis (25º e 75º) e regressão linear simples considerando-se significativo p<0,05. O artigo original, de delineamento transversal, foi composto por uma amostra total de 319 gestantes e nutrizes, com idade ≥ 18 anos, sem histórico de doença tireoidiana, atendidas nos serviços pré-natal, de puerpério e de vacinação dos seus filhos de 14 Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Viçosa-MG, entre 2018 e 2020, foram coletados 20 mL de urina, 50 g de sal, 50g de tempero das gestantes e nutrizes e 400 mL da água das UBSs em que as mulheres foram atendidas. Foram realizadas entrevistas, através de um questionário com auxílio do software Research Electronic Data Capture (REDCap ® ) versão 8.10.1, onde foram coletadas informações sobre as variáveis sociodemográficas, gestacionais, puerperais, clínicas, bioquímicas, de hábitos de vida, sobre o consumo alimentar e hábitos de compra e uso do sal. Os resultados, foram analisados no programa SPSS ® versão 27 e no programa Stata ® versão 13, onde foram analisadas as frequências absolutas, relativas, médias, medianas, percentis (25º e 75º) e regressões lineares simples e os seus respetivos intervalos de confiança (95% IC). As participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O projeto foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (parecer n o 2.496.986). De acordo com os estudos de revisão sistemática, o grupo materno-infantil com foco nas gestantes e nutrizes mostrou-se como o mais afetado pela deficiência iódica no mundo. Contudo, observou-se uma melhora nos níveis de iodúria na população ao longo dos anos, com o aumento da adequação da concentração de iodo urinário (CIU) de 16,9 para 166% e, uma redução da taxa de bócio da anterior 1,2 para 62%. Esta modificação é resultante do aumento no número de países no mundo com programas de iodação sustentáveis. O que em parte, a suplementação e o consumo de alimentos fortificados com iodo contribuíram para melhorar o perfil de iodo urinário, o conteúdo de iodo no leite materno e consequentemente o estado nutricional de lactentes, quando o consumo de sal não foi suficiente para atender as necessidades iódicas em mulheres residentes em áreas com deficiência moderada a leve de iodo (mediana de CIU < 100 μg/L para nutrizes e < 150 μg/L para gestantes). Assim, gestantes e nutrizes, por constituírem um grupo populacional em que a recomendação de ingestão diária de iodo é quase o dobro da recomendação para demais adultos, apresentam maior risco de inadequação. No artigo original, detectou-se uma prevalência baixa da deficiência de iodo em gestantes e nutrizes (proporção de deficiência de iodo abaixo de 50%). E que a adequação do conteúdo de iodo no sal, o conteúdo de iodo na água, o local de conservação do tempero caseiro e o consumo diário de refeições nos domicílios contribuíram para a melhora dos níveis de iodo urinário. Considerando que o conteúdo de iodo na água ser baixo (< 10 μg/L ) e do temperos se associar a valores baixos de CIU, o consumo do sal puro adequadamente iodado junto com o de refeições diárias no domicílio são os que mais disponibilizam e adequam o consumo de iodo no grupo avaliado. Os achados deste estudo contribuem de forma significativa para obtenção de informações que subsidiam a necessidade do reajuste dos valores de ingestão de iodo para o grupo materno infantil e monitoramento ao longo do tempo o seu impacto. Contudo, mais estudos são necessários para comprovar esses achados de modo que, se construam políticas e se desenhem estratégias concretas, direcionadas e efetivas para o combate da deficiência. Palavras-chave: Iodo. Aleitamento materno. Consumo alimentar. Iodúria. Gestação. Lactação.
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    Fatores associados ao estado nutricional de iodo de nutrizes e lactentes do município de Viçosa, Minas Gerais: um recorte do Estudo Multicêntrico de Deficiência de Iodo (EMDI Brasil)
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-02-28) Azevedo, Francilene Maria; Carmo Castro, Franceschini Sylvia do; http://lattes.cnpq.br/8994838218575876
    A iodação do sal foi implantada para controlar a deficiência de iodo em diversos países do mundo. No entanto, a deficiência ainda acomete quase 2 bilhões de pessoas. Dentre essas, o grupo materno-infantil demanda maior preocupação, devido à alta prevalência de deficiência. Durante a lactação, a deficiência pode prejudicar o desenvolvimento do recém-nascido, causando danos irreversíveis, sobretudo no desenvolvimento neuropsicomotor. Portanto, estudos populacionais devem ser conduzidos a fim de verificar os fatores associados ao estado nutricional de iodo nesse grupo. Objetivo: Avaliar a relação entre o estado nutricional de iodo de nutrizes e lactentes, bem como os principais fatores associados à deficiência. Metodologia: Esse estudo faz parte do Estudo Multicêntrico de Deficiência de Iodo (EMDI-Brasil). Para as revisões sistemáticas, foi adotado a metodologia Preferred Reporting Items for Systematic Reviews. Após a busca nas bases e exclusão das duplicidades, os artigos foram selecionados conforme os critérios de inclusão por dois pesquisadores independentes, de acordo com a leitura de títulos, resumos e texto completo. Os dados dos artigos selecionados foram sintetizados e discutidos. Para o artigo original, foi avaliada uma amostra parcial do estudo transversal realizado no município de Viçosa-MG. Participaram do estudo 128 nutrizes com 18 anos ou mais, entre 15 e 90 dias após o parto e seus respectivos filhos. A amostra compreendeu indivíduos das áreas urbanas e rurais, usuários da rede pública de saúde do município. Não foram incluídas mulheres com histórico de doenças tireoidianas, assim como crianças que receberam qualquer outro alimento nos últimos 15 dias que antecederam a coleta, além do leite materno. Os dados foram coletados de janeiro a setembro de 2019. As mães foram identificadas nas Unidades Básica de Saúde e no Hospital Maternidade e convidadas a participar do estudo. Aquelas que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido responderam a um questionário com informações socioeconômicas, demográficas, ambientais e de saúde da mãe e da criança. Também foram avaliados o conteúdo de iodo na urina da mãe e da criança para verificar a ingestão atual de iodo, sal de cozinha e temperos utilizados nos domicílios. O conteúdo de iodo na água das unidades de saúde foi dosado para representar as regiões do município. As análises estatísticas foram realizadas nos softwares Statistical Package for Social Sciences® (SPSS) e STATA® Statistical Software, versão 13.0. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (número de parecer 2.496.986). Resultados: As revisões sistemáticas apontaram que existe uma forte correlação entre a concentração de iodo urinário da criança e da mãe, bem como entre concentração de iodo no leite materno e iodo urinário dos lactentes. Além disso, os filhos apresentaram menor prevalência de inadequação do estado nutricional de iodo, em comparação à mãe, exceto para situações em que as nutrizes faziam uso de tabaco, que compromete a nutrição de iodo do lactente. Ainda, foram apontados como fatores associados ao uso do sal iodado, a concentração de iodo na água. Já o uso da suplementação durante a gestação foi capaz de melhorar o desenvolvimento psicomotor, comportamental e a resposta ao som. Além disso, melhores resultados foram observados quando a suplementação foi mantida durante a lactação. No estudo realizado em Viçosa-MG, a prevalência de deficiência foi de 36,7% e 11,6% para nutrizes e lactentes, respectivamente. Não foi observada correlação significativa entre a iodúria materna e do lactente, assim como entre a iodúria materna e o conteúdo de iodo no sal, no tempero e na água de consumo. O aumento na idade do lactente, no período interpartal e na renda, reduziram as chances de deficiência de iodo nas nutrizes. Considerações finais: No município de Viçosa-MG, a prevalência de deficiência de iodo foi maior para nutrizes, quando comparado aos lactentes e não houve relação com a iodúria materna. Alguns fatores como o consumo de iodo por meio da água e do sal iodado apresentaram-se como principais fatores associados ao estado nutricional de iodo para o grupo materno-infantil. Enfatiza-se a necessidade de realizar pesquisas com propósito de evidenciar a condição de cada local e assim incentivar a implementação de políticas de prevenção e de um ponto de corte para classificação do consumo excessivo de iodo em lactentes e nutrizes de acordo com a concentração de iodo urinário. Palavras-chave: Iodo. Lactente. Concentração de Iodo Urinário. Nutriz.