Teses e Dissertações

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Teses e dissertações defendidas no contexto dos programas de pós graduação da Instituição.

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    A vivência materna de amamentação: do planejamento à prática
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-03-03) Moreira, Patrícia Regina Silva; Araújo, Raquel Maria Amaral; http://lattes.cnpq.br/1677456429460490
    Introdução: A decisão de amamentar deve ser vista como um processo complexo, o qual resultará nas práticas alimentares adotadas pela mãe e nos hábitos e condições de saúde da criança a curto, médio e longo prazo. Por isso, é necessário trabalhar esse período materno com um cuidado especial e particular dentro de cada universo, compreendendo as dificuldades, desejos, intenções, experiências, influências, motivações e condições reais dessas mães para praticarem o aleitamento materno. Objetivo: Estudar a prática e a vivência de amamentação em um grupo de mulheres que manifestaram o desejo de amamentar de forma exclusiva até o sexto mês de vida da criança. Metodologia: Estudo longitudinal, de natureza quanti-qualitativa. Foi estudada a prática de amamentação de 163 mulheres que desejaram amamentar de forma exclusiva até o sexto mês pós-parto, avaliado por meio do constructo Estágios de Mudança de Comportamento. Foram coletados dados sobre o desejo materno de amamentar de forma exclusiva até o sexto mês e dados sobre a prática da alimentação da criança até o sexto mês de vida. Por meio de abordagem qualitativa, foi conduzido um estudo com 25 mães, utilizando a análise de conteúdo, modalidade temática para compreensão da vivência materna do processo de amamentação. Resultados: Das mulheres classificadas no Estágio 5 (Manutenção), ou seja, que afirmaram o desejo de amamentar de forma exclusiva até o sexto mês, apenas 17,9% mantiveram o aleitamento materno exclusivo. Observou-se que as mulheres desejaram amamentar exclusivamente por um tempo que lhes pareceu possível, não refletindo a mesma intenção manifestada no pós- parto, ressaltando a complexidade do ato de amamentar. Conclusão: O desejo materno de amamentar de forma exclusiva não implicou na concretização dessa prática. O tempo de duração do aleitamento depende de fatores interferentes durante o processo, como as dores mamilares e influência da rede social. Conhecer a vivência de amamentação de mulheres pode favorecer intervenções mais oportunas na assistência em amamentação nos serviços de saúde, abordando questões que, de fato, estão presentes na vida da mãe que amamenta.
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    Determinantes das alterações do peso corporal pós-parto: estudo prospectivo em nutrizes do município de Viçosa, MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-22) Assis, Karine Franklin; Araújo, Raquel Maria Amaral; http://lattes.cnpq.br/5765624902060228
    A obesidade é considerada um problema emergente em saúde pública em diversos grupos etários e regiões do Brasil, sendo particularmente prevalente em mulheres. Para elas, a gestação e o período pós-parto, principalmente os dois primeiros anos, constituem momentos críticos em sua vida, pois tal período aumenta a exposição a fatores que podem levar à obesidade. Os fatores de risco para a retenção de peso pós- parto incluem o estado nutricional pré-gestacional, ganho de peso durante a gestação, paridade, lactação, nível de atividade física, perfil alimentar pós-parto, situação marital, mulheres com excesso de gordura corporal, de pele negra, com mais de 30 anos de idade e nutrizes de baixa condição socioeconômica. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a evolução de peso materno pós-parto, seus determinantes e sua relação com a prática do aleitamento materno, em mulheres residentes no município de Viçosa, Minas Gerais, acompanhadas por um período de seis meses pós-parto. Entre dezembro de 2011 e agosto de 2012 foi realizado uma coorte prospectiva durante os primeiros 6 meses pós-parto com coleta de dados socioeconômicos (renda, etnia, estado civil, escolaridade, local de moradia, número de pessoas no domicílio, condições de água e saneamento básico, classe socioecocômica ABEP, posse de imóvel de moradia, programas assistencialistas e tipo de serviço de saúde utilizado), obstétricos (idade, hábito de beber e de fumar atuais e pregressos, número de filhos, ordem da gestação, intercorrências gestacionais, número de consultas pré-natal, uso de suplementos e uso de medicamentos), antropométricos (peso pré-gestacional, peso no final da gravidez, ganho de peso gestacional, perda de peso no início da gestação, peso mensal, perímetro da cintura, quadril e braços, e percentual de gordura corporal), dietéticos (recordatório 24 horas mensal) e de atividade física direta (pedômetro) e indireta (IPAQ) de 200 nutrizes que atenderam aos critérios de elegibilidade do estudo com a finalidade de avaliar os determinantes da variação do peso pós-parto. A análise estatística foi feita utilizando a regressão linear simples e múltipla, seguido do teste VIF e Breush-Pagan para verificar a presença de multicolinearidade e heterocedasticidade, respectivamente. O ganho de peso gestacional associou-se inversamente à perda de peso pós-parto e diretamente ao ganho de peso. A menor classe socioeconômica, ausência de imóvel próprio e o menor número de pessoas no domicílio foram os fatores socioeconômicos determinantes para a perda de peso. A realização do parto normal,uso de chupeta e mamadeira, menor paridade, aleitamento na primeira hora de vida e o não sedentarismo da mulher também foram determinantes para a perda de peso. O maior IMC pré-gestacional e aos 6 meses, presença de intercorrência na gestação e a idade inferior a 20 anos foram fatores que contribuíram para o ganho de peso no período. Além disso, no primeiro e no sexto mês pós-parto constatou-se que a proporção de mulheres com sobrepeso e obesidade era significativamente superior às proporções no período pré-gestacional. Aos seis meses pós-parto 51,5% (n=51) das mulheres avaliadas apresentam perímetro da cintura aumentado, 30,3% (n=30) relação cintura-quadril de risco e 53,1% (n=51) possuíam elevado percentual de gordura. A análise múltipla da regressão de Poisson revelou que no primeiro mês pós-parto houve maior probabilidade de ter sobrepeso e obesidade entre mães adultas, mulheres com sobrepeso e obesidade pré-gestacional, nutrizes que tiveram elevado ganho de peso gestacional e que tiveram bebês macrossômicos em gestações pregressas. No sexto mês houve maior probabilidade de ter sobrepeso e obesidade entre nutrizes que tinham perímetro da cintura aumentado, portadoras de sobrepeso e obesidade no período pré-gestacional e mulheres com menor renda familiar em salários mínimos per capita. O ganho de peso gestacional é o fator que exerce o maior impacto na variação do peso pós-parto, além de estar relacionado a outros determinantes dessa variação. Este é passível de intervenção durante a assistência pré-natal nutricional em prol da saúde materna e infantil. A prática de atividade física no puerpério e o aleitamento materno na primeira hora de vida devem ser incentivados visto o seu impacto na perda de peso pós-parto. A idade materna e a renda familiar também estiveram associadas, assim como o elevado perímetro da cintura e do percentual de gordura corporal estiveram associados à obesidade materna. Além disso, tem-se evidenciada as dificuldades das nutrizes obesas para a perda de peso e mobilização da gordura no período pós-parto, sendo que o ciclo gravídico-puerperal pode promover o agravamento do quadro de sobrepeso e obesidade. Diante disso, ressalta-se a importância da assistência nutricional e médica pré-natal para fins de promoção do adequado ganho de peso materno, incentivo ao aleitamento materno e para o acompanhamento nutricional no período pós-parto. É importante destacar a importância das ações em prol do incentivo ao planejamento familiar e da assistência à mulher no puerpério.
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    Equilíbrio de decisão na prática do aleitamento materno exclusivo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-07-25) Rocha, Gabriele Pereira; Araújo, Raquel Maria Amaral; http://lattes.cnpq.br/3995472797033385
    Estudos tem mostrado que embora as mulheres estejam amamentando por um período mais longo, elas apresentam dificuldades para realização da amamentação exclusiva. Referente à promoção da amamentação exclusiva as teorias comportamentais podem ser uma ferramenta para compreender e fornecer suporte para intervenções educativas. Nesse aspecto, o Modelo Transteorético de Mudança de Comportamento tem se mostrado uma boa opção metodológica para aplicação na promoção de comportamentos saudáveis. Foi comprovado a viabilidade do uso do Modelo Transteorético de Mudança de Comportamento para a amamentação. Ele está disposto em três constructos: Estágios de mudança, Processos de mudança e Equilíbrio de Decisão. Diante do exposto, pretende-se neste estudo realizar adaptação transcultural do construto Equilíbrio de Decisão na amamentação para aplicação com gestantes brasileiras atendidas na rede pública de saúde. Foram avaliadas as equivalências conceitual, de itens e semântica. A Validade de Conteúdo foi realizada por meio do Índice de Validade de Conteúdo por dez especialistas sobre o tema e testes estatísticos de concordância entre esses especialistas. Foi realizado um estudo qualitativo para explorar a partir da perspectiva da nutriz as condições de estímulo e de desestímulo vivenciadas no processo de amamentação. O corpus de análise foi submetido à análise de conteúdo com a técnica de análise de similitude. Para os dados quantitativos utilizamos o software Microsoft Excel (2007) para realizar o cálculo do Índice de Validade de Conteúdo e o programa SPSS versão 20.0 para realizar os testes de concordância entre avaliadores, por meio do cálculo do coeficiente alfa de Cronbach. De acordo com o plano teórico sobre amamentação, as discussões com o comitê interno e com as nutrizes o construto Equilíbrio de Decisão apresentou equivalência conceitual e o instrumento permaneceu com os 20 itens da escala. As condições de estímulos apontadas nas discussões com as 18 nutrizes foram o benefícios do leite materno para saúde, vínculo, praticidade/facilidade e economia. As condições de desestímulo foram as dores da mama, a demanda da criança para amamentar, a necessidade da disponibilidade de tempo para amamentar a criança e o retorno ao trabalho e não apontaram a necessidade de acréscimo ou supressão dos itens do instrumento. A discussão com as 41 gestantes mostrou que somente as frases 3, 4 necessitavam de ajustes para manter o conceito desses itens em relação à versão original, por outro lado o item 14 precisou ser alterado em relação a seu sentido para refletir uma condição de desestímulo para o grupo estudado. Para a equivalência semântica foram necessárias alterações das frases para melhorar a compreensão pelas gestantes, sendo o valor do coeficiente alfa de Cronbach referente a compreensão das gestantes de 0, 856, da concordância dos especialistas sobre a manutenção da equivalência semântica de 0,813 e o Índice de Validade de Conteúdo foi de 0,86. A adaptação transcultural do construto Equilíbrio de Decisão para aplicação com gestantes brasileiras atendidas na rede pública de saúde alcançou as equivalências conceitual, de itens e semântica. A versão final garantiu uma linguagem acessível e compreensível para população-alvo. Recomendam-se ainda outros estudos com a utilização do construto Equilíbrio de Decisão para consolidá-lo como um instrumento brasileiro.
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    Implantação e evolução histórica do Banco de Leite Humano no município de Viçosa- MG e fatores associados à sua procura
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-02) Fonseca, Rafaela Mara Silva; Henriques, Bruno David; http://lattes.cnpq.br/8213943442607735
    O objetivo deste trabalho foi descrever a implantação e evolução do Banco de Leite Humano de Viçosa e sintetizar os conhecimentos disponíveis nas pesquisas sobre banco de leite humano no Brasil. O estudo foi norteado por três objetivos específicos, a saber: realização de uma síntese do conhecimento disponível a respeito do papel dos Bancos de Leite Humano na promoção da saúde materno infantil, a qual foi realizada pelo artigo de revisão, em que 11 artigos foram incluídos e tratavam de temas como o perfil das doadoras de leite humano; a importância das informações recebidas dos profissionais do banco de leite humano para manutenção do aleitamento materno durante a internação de prematuros e; o ganho de peso em bebês prematuros que receberam leite humano; o apoio ao aleitamento materno por meio das ações do BLH e fatores que levaram à doação de leite humano. O segundo objetivo específico se baseou no desenvolvimento de referencial teórico para compreensão do processo de transformação e consolidação de ações que contribuíram para a consolidação do Banco de Leite Humano de Viçosa – MG como estratégia promotora da amamentação, mostrado pelo artigo original 1, o qual evidenciou que as ações do BLH evoluíram de forma significativa e alcançaram benefícios importantes para população atendida deste município. O terceiro objetivo buscou avaliar a relação entre indicadores socioeconômicos e de saúde materno infantil de participantes do PROLAC com a procura por assistência do Banco de Leite Humano de Viçosa – MG, contemplado pelo artigo original 2, denominado “Fatores socioeconômicos e de saúde materno-infantil associados à procura por assistência em bancos de leite humano” que concluiu que a procura pelo BLH foi realizada por mães mais jovens, que realizaram parto cesáreo, que tiveram filhos prematuros, de maior escolaridade.
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    Modelo Transteórico: efeito de intervenções educativas no comportamento de nutrizes frente à amamentação
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-02-24) Silva, Aline Elizabeth da; Araújo, Raquel Maria Amaral; http://lattes.cnpq.br/7872840402090463
    As atividades educativas implementadas no pré-natal, devem contemplar a discussão e esclarecimento de questões únicas para cada gestante. O Modelo Transteórico proposto por Prochaska e Diclemente, na década de 80, permite o desenvolvimento e implementação de intervenções individualizadas e mais compatíveis com as necessidades específicas de cada mulher. Objetivou-se avaliar o efeito de intervenções educativas direcionadas aos construtos do Modelo Transteórico no comportamento da mulher frente à amamentação, e nas taxas de aleitamento materno exclusivo. Foi conduzido um estudo de intervenção não controlado em que 233 mulheres cadastradas em unidades do sistema público de saúde de Viçosa, Minas Gerais, foram distribuídas em dois grupos, intervenção e comparação. O estudo foi conduzido entre junho de 2013 e setembro de 2014 e ocorreu em três fases. Na fase pré-intervenção foi aplicado um questionário traduzido e adaptado transculturalmente que contemplava três construtos do Modelo Transteórico, a saber: estágios de mudança de comportamento; processos de mudança de comportamento; e equilíbrio de decisão. Foram coletados, também, dados socioeconômicos, demográficos, obstétricos e quanto à experiência anterior em aleitamento materno. Na segunda fase, as mulheres do grupo intervenção foram submetidas a intervenções educativas baseadas em três construtos do Modelo Transteórico. Os temas trabalhados nos encontros mensais foram definidos conforme a identificação do estágio de mudança apresentado pela gestante, dos processos de mudança utilizados e o equilíbrio de decisão. Para implementar as intervenções foi elaborado um álbum seriado. Como material de apoio foram incluídos um boneco de pano, um modelo de mamas (“mama cobaia”); e folhetos informativos. Em cumprimento à ética na pesquisa, ao final da entrevista na primeira fase do estudo, o grupo comparação recebeu um folheto contemplando aspectos gerais do aleitamento materno. Na fase pós-intervenção, no pós-parto, o questionário contendo os três construtos do Modelo Transteórico foi reaplicado, a fim de verificar mudanças no comportamento materno. Foram coletadas, também, informações sobre amamentação por meio de recordatório 24 horas; além de dados obstétricos e neonatais. O efeito da intervenção foi avaliado pela verificação de mudanças no comportamento materno, ou seja, avaliação dos construtos do Modelo Transteórico (estágios de mudança, processos de mudança e equilíbrio de decisão), antes e após intervenção, e das taxas de aleitamento materno. Das 233 mulheres avaliadas, mais da metade tinham idade entre 20 e 34 anos, mediana de renda per capita acima de 1⁄2 salário mínimo, eram primíparas, 72,0% viviam com o companheiro e 62,0% não trabalhavam fora de casa. Em relação ao grupo comparação, o grupo intervenção apresentou maior frequência de nutrizes classificadas no estágio de manutenção (71,7% versus 68,3%); menor frequência de recaída (15,0% versus 22,5%) e maiores médias dos escores na maioria dos processos de mudança. No entanto, não houve diferenças significativas entre os grupos quanto à classificação dos estágios de mudança, movimento nos estágios de mudança, médias dos escores dos processos de mudança, bem como em relação às taxas de aleitamento exclusivo. No tocante ao equilíbrio de decisão, houve diferença significativa entre os grupos, sendo que o grupo intervenção apresentou escores significativamente menores nos contras: “dar de mamar no peito é fora de moda, cafona” (p=0,021); “eu ficaria envergonhada se alguém me visse dando de mamar no peito” (p=0,047) e “nem me passa pela cabeça que eu sei tudo sobre dar de mamar no peito” (p=0,045). Esse grupo apresentou, de uma maneira geral, médias dos escores de prós maiores do que as médias dos escores de prós do grupo comparação, em especial, naqueles relacionados aos benefícios do aleitamento materno para a mãe, à proteção fornecida pelo leite materno contra doenças e alergias e à superioridade nutricional do leite materno. Entretanto, as diferenças entre os grupos não foram significativas (p>0,05). A intervenção delineada com base na avaliação dos construtos do Modelo Transteórico possibilitou assistir às mulheres de forma individualizada e mostrou efeito positivo na redução da percepção de barreiras à amamentação.
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    Restrição do crescimento extrauterino, amamentação e avaliação da adesão e influência da suplementação com micronutrientes nas prevalências de deficiências de ferro, zinco e vitamina A em prematuros
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-11-13) Freitas, Brunnella Alcantara Chagas de; Franceschini, Sylvia do Carmo Castro; http://lattes.cnpq.br/7545950704801731
    Objetivos: analisar o crescimento de prematuros nas primeiras semanas de vida e fatores associados à restrição de crescimento extrauterino; identificar e analisar as variáveis associadas à menor duração do aleitamento materno em prematuros acompanhados em serviço secundário de referência; analisar o grau de adesão à suplementação preconizada de ferro, polivitamínico e zinco para prematuros, os fatores associados e sua influência nas prevalências de anemia e deficiências de ferro, zinco e vitamina A. Métodos: para o primeiro objetivo, realizou-se estudo transversal com prematuros em unidade de terapia intensiva (n=254). Construíram-se curvas de medianas de peso para as quatro primeiras semanas de vida de acordo com a idade gestacional. Definiu-se a restrição de crescimento extrauterino pelos escores z do peso ≤ −2 para a idade corrigida na alta hospitalar e analisou-se sua associação com variáveis perinatais, assistenciais e morbidades pela regressão de Poisson. Para o segundo objetivo, realizou-se coorte retrospectiva de prematuros acompanhados em centro de referência secundária (n=103). A duração do aleitamento materno e os fatores associados foram analisados pela regressão de Cox. Para o terceiro objetivo, realizou-se coorte prospectiva com prematuros acompanhados em serviço de saúde de referência secundária (n=58). A adesão à suplementação de micronutrientes, sua influência nas prevalências de anemia e deficiências de ferro, zinco e vitamina A e os fatores associados foram analisados pela regressão de Poisson. Resultados: no primeiro artigo, a restrição de crescimento extrauterino acometeu 24% dos prematuros. Aqueles com idade gestacional superior a 32 semanas concentraram maior frequência de pequenos para a idade gestacional e não recuperaram as medianas de peso ao nascer até a terceira semana de vida, enquanto os com idade gestacional inferior a 32 semanas ficaram maior tempo sem dieta enteral. Associaram-se à restrição de crescimento extrauterino nascer pequeno para a idade gestacional (RP 6,14; IC 95% 3,33-11,33; p<0,001) e tempo sem dieta enteral (RP 1,08; IC 95% 1,04-1,13; p=0,010). No segundo artigo, a duração mediana do aleitamento materno foi 5,0 meses. O risco de interrupção do aleitamento materno entre prematuros de idade gestacional inferior a 32 semanas foi 2,6 vezes maior em relação aos que nasceram com 32 semanas ou mais e o risco de interrupção do aleitamento materno em prematuros que estavam em aleitamento materno complementado na primeira consulta ambulatorial foi 3,0 vezes maior em relação aos que estavam em aleitamento materno exclusivo na primeira consulta. No terceiro artigo, somente 65,5% dos prematuros estudados apresentaram alta adesão à suplementação de micronutrientes, considerada inadequada. Aos seis meses de idade corrigida, as prevalências respectivas de anemia e deficiências de ferro e zinco foram 38,3%, 68,9% e 34,6%, mas nenhum prematuro apresentou deficiência de vitamina A. A baixa adesão aos suplementos associou-se à anemia (RP 2,52; IC 95% 1,04-6,07; p=0,040) e deficiência de zinco (RP 3,12; IC 95% 1,25-7,74; p=0,014). A baixa escolaridade materna se associou à baixa adesão aos três suplementos (RP 4,52; IC 95% 1,29-15,86; p=0,018). Conclusões: a restrição de crescimento extrauterino ocorre entre prematuros de todas as idades gestacionais, ressaltando-se a participação do nascimento pequeno para a idade gestacional e das práticas nutricionais na sua gênese. A duração mediana do aleitamento materno entre os prematuros encontrou-se aquém do preconizado e sua interrupção se associou à idade gestacional inferior a 32 semanas e ao fato de não estar mais em aleitamento materno exclusivo na primeira consulta ambulatorial. A baixa escolaridade materna se associou de forma independente com a baixa adesão de utilização de ferro, zinco e vitamina A em prematuros, com impacto nas prevalências de anemia e deficiências de ferro e zinco aos seis meses de idade corrigida.